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Livro - Regressar a casa, de Rose Tremain

por Jorge Soares, em 31.10.13
Regressar a casa
Confesso, nunca tinha ouvido falar desta autora inglesa, é mais um dos livros que estava no monte da R. e que me veio parar às mãos por sugestão da minha filha... a miúda tem mesmo bom gosto e uma capacidade de leitura que só é comparável com a minha na idade dela... com um bocado mais de sorte, que naquela altura o dinheiro para livros era escasso.

Talvez desde a  "Sombra do vento" que um livro não captava a minha atenção desta forma, fiquei preso na leitura desde a primeira página e não consegui desprender-me até à última. Não é um livro de altos e baixos, apesar de que a história que se conta é de altos e baixos, o nível da narrativa é linear e continuo da primeira à última linha...
A história em si é comovente, como milhares de pessoas no mundo inteiro, a meio da sua vida Lev descobre que não há nada para si na sua terra, à morte da sua mulher segue-se o encerramento do seu local de trabalho e não há forma de garantir o seu futuro e o da sua filha.
O livro começa com a Longa viagem de autocarro desde o Leste da Europa até Londres, onde Lev chega como tantos milhares de emigrantes à procura de uma nova oportunidade para si e para os seus.
Em Londres LEV para além de um emprego, encontra uma enorme solidão da que nunca se conseguirá separar, novos sonhos, novos amigos, o amor, a desilusão, o fracasso e o recomeço.
No fim, após alguns altos e baixos, quedas e recomeços,  LEV consegue realizar os seus sonhos e como diz o titulo do Livro, regressar a casa, com uma nova vida e um novo futuro para si e os seus amigos, mas nunca se conseguirá separar da recordação das mulheres do seu passado.

Em suma, um excelente livro que aconselho vivamente... curiosamente só há bocado quando andava à procura da imagem para o post,  reparei que é escrito por uma mulher.. é estranho, porque consegue descrever os sentimentos do Lev de tal forma que seria capaz de jurar que tinha sido escrito por um homem... já ando à procura de mais livros da mesma autora, fiquei fan.

Sinopse:
Lev, um homem ferido pela vida, parte da Europa de Leste para a Grã-Bretanha, à procura de um recomeço para si e para a sua família.

Perseguem-no as memórias dolorosas da mulher falecida, da filha de cinco anos e do extravagante amigo Rudi, que sobrevive, sonhando com o Ocidente.

Em Londres, vagueando pelas ruas hostis e pelos pubs tribais daquela estranha cidade, encontra a promessa de amizade, amor, dinheiro e uma nova carreira.

Mas a voz da filha habita o coração e a mente de Lev, e fá-lo duvidar se conseguirá realmente pertencer a algum lugar.

Tenho medo, Papá. Quando voltas para casa? Quando?

Jorge Soares

publicado às 20:55

Cristiano Ronaldo

Imagem de aqui

 

Havia futebol sem Cristiano Ronaldo? É claro que havia, mas evidentemente, pelo menos para a nossa selecção, não era a mesma coisa, e seria de certeza muito pior. Havia futebol sem Joseph Blatter o presidente da FIFA? Havia e de certeza que era muito melhor.

 

Não sou dos que entram em comparações entre Cristiano Ronaldo e Messi, ou entre o actual capitão da selecção nacional e outros capitães e jogadores portugueses do passado.

 

Já vi muitos jogadores de futebol, não tenho a menor dúvida que ele estará entre os 4 ou 5 melhores e basta olhar para os resultados dos últimos anos da Bola de Ouro do France Futebol ou para a eleição do melhor jogador do mundo da FIFA, para se perceber que ele está sempre entre os 3 melhores da actualidade.

 

É verdade que tem uma qualidade inata natural acima da média, e ao contrário de muitos outros com idênticas qualidades, veja-se Balotelli ou Quaresma por exemplo, consegue trabalhar no dia a dia de forma a conseguir tirar o máximo resultado possível dessas qualidades e com isso ter um rendimento muito acima da média e ser um líder dentro do campo.

 

Tudo isto faz dele um dos mais bem pagos do mundo e não faz esforço nenhum para o esconder, leva um estilo de vida acorde com o que ganha e evidentemente não se poupa a nada... coisa que pelos vistos é crime para muita gente... As pessoas esquecem facilmente que não é ele que ganha dinheiro a mais, é o resto do mundo que ganha a menos.

 

De resto, parece que é fácil gozar com ele, com a sua figura, ou com o que diz, basta olhar ali para a barra lateral para se ver que o segundo post mais comentado deste blog, tem-no a ele e a uma das suas tiradas como protagonistas.

 

Mas uma coisa é ser eu ou outro cidadão anónimo qualquer a expressar a minha opinião, e outra muito diferente é ser o Presidente da FIFA a expressar-se da forma em que se expressou e muito menos quando se sabe que o CR7 está uma vez mais nomeado para a eleição do melhor jogador do mundo que a instituição que o senhor dirige organiza.

 

Concordo com o presidente da Federação de Futebol e com Cristiano Ronaldo, as declarações do presidente da FIFA são uma enorme falta de respeito para o jogador, para a nossa selecção e para o Real Madrid, Blatter pode ter as suas preferências mas não as pode expressar em público e muito menos  da forma em que o fez.

 

A FIFA é cada vez mais uma instituição sem crédito, basta ver a forma como foram atribuídas as organizações dos mundiais de 2018 e de 2022, envoltas em enormes suspeitas de votos comprados e corrupção. Em 2022 o mundial será no Qatar, um país sem futebol, sem estádios e com um clima que não é compatível com a prática deste desporto.

 

Com mais ou com menos exuberância e espalhafato, Cristiano Ronaldo terá o seu nome escrito na história do futebol e perdurará por muito tempo na memória de quem o viu jogar, Blatter nunca passará de uma nota de rodapé ou se o fizer não será de certeza pelos melhores motivos.

 

Vídeo com as declarações de Blatter

 

 

Jorge Soares

publicado às 21:13

Jornalismo de sarjeta

por Jorge Soares, em 28.10.13

Idiotas

Imagem da Internet

 

Acabo de ver no Facebook um vídeo em que uma Jornalista da correio da Manhã TV pergunta à Bárbara Guimarães se é verdade que o seu padrasto a tentou violar. Não sei a quem, além de à justiça,  interessará este tipo de questões, mas questiono-me qual a ética e a deontologia de uma jornalista que faz esta pergunta a uma pessoa que está a entrar para o seu carro junto com os seus filhos menores e a sua mãe?

 

O Correio da manhã tem feito um filme à  volta das desavenças do casa, dada a insistência no assunto e o sucesso que o jornal tem, imagino que haverá interessados, mas convenhamos que deve haver limites para tudo, e quanto a mim esta jornalista ultrapassou todos os limites possíveis.

 

O que sentirá a jornalista quando uma das suas colegas algum dia no futuro lhe fizer uma destas ou alguma ainda pior, será que se vai sentir orgulhosa do seu passado profissional de jornalista de sarjeta?

 

Jorge Soares

publicado às 23:48

Justiça

Imagem do Público

 

"O Tribunal Criminal de Loures condenou nesta quinta-feira a nove anos de prisão um militar da GNR local acusado de ter matado um jovem durante uma perseguição policial após um assalto em Santo Antão do Tojal."


O militar que se chama Hugo Ernano, matou o jovem durante uma perseguição policial que decorreu após um assalto a uma vacaria. O jovem de 13 anos ia na carrinha junto com o seu pai, que tinha fugido da prisão,  e outros dois homens. O militar não sabia da presença do jovem na carrinha e disparou com o único intuíto de deter os assaltantes.


Sandro Lourenço, pai do jovem, foi condenado a dois anos e dez meses de prisão.

 

Conclusão, o verdadeiro culpado do que aconteceu, a pessoa que levou para um assalto um adolescente, foi condenado uma pena ridicula, e em pouco tempo estará de novo na rua pronto para proseguir com a sua vida dedicada ao crime.  O cidadão que estava a cumprir o seu dever de combate ao crime, foi condenado a nove anos de prisão e ficou com a sua vida desfeita.

 

Depois de uma sentença como esta gostava de perceber para que entregam uma arma de serviço a policias e GNR's? Se numa perseguição policial não é licito que estes as utilizem, quando será? Para que servem as armas das forças de segurança?

 

Segundo o tribunal, Hugo Ernano agiu de modo “inadequado e desajustado” e que revelou abuso de autoridade. Gostava de perguntar aos juízes o que considerariam eles adequado num caso como este? Deixar os ladrões fugir?

 

É licito ou não que as forças de segurança utilizem as suas armas para deter criminosos? Se, como parace resultar esta sentença a resposta é não, então para que entregam armas de serviço a polícias e GNR's?

 

Jorge Soares

publicado às 21:59

Conto - A estátua sem rosto

por Jorge Soares, em 26.10.13
Dom Sebastião
O que se conseguia ler no folheto pisado e rasgado que parou aos meus pés era apenas
«(…) omingo, 5 (…) inaugur (…) praça D. Moniz (…) stát (…) rei (…)»,
mas foi o suficiente para eu perceber do que se tratava, dada a proximidade de eleições e algum conhecimento do que acontece em tais épocas: as autarquias desdobram-se em melhoramentos, apressam obras que estiveram paradas durante anos e anunciam inaugurações.
Ribeira de Canas, onde vivo, não é exceção. A minha rua estava virada do avesso havia dois meses. Máquinas e brigadas de operários criavam espaços de estacionamento, repavimentavam os passeios e introduziam uma pista para bicicletas a todo o comprimento. Além desta obra, várias outras tinham sido anunciadas, uma das quais a implantação de uma estátua do rei D. Moniz – de que falava o folheto – na praça com o nome do monarca. Este rei, que viveu nos séculos XIII – XIV, está sepultado no mosteiro de S. Moniz, aqui em Ribeira de Canas, o que constitui um motivo de orgulho para a cidade.
Alertado pela informação truncada do folheto, dirigi-me ao local assim que ouvi o som de uma fanfarra. Para a cerimónia de inauguração, estava presente uma representação da Câmara Municipal, ao mais alto nível, além do escultor. Primeiro, falou a vereadora da cultura, que fez um pequeno discurso alusivo ao soberano e ao que ele representou para Ribeira de Canas. A seguir, falou a presidente, que agradeceu ao artista e o elogiou pela excelente peça ali instalada, após o que destapou uma escultura em bronze, de uns dois metros e meio de altura, instalada sobre um pedestal em pedra.
Imediatamente, alguém que devia estar preparado de antemão, disse em voz bem alta: «Senhora presidente, o povo não está contente; o rei D. Moniz não tem cara nem nariz», o que foi ouvido por todos, porque embora o grupo fosse numeroso, estava relativamente silencioso. Na verdade, a escultura apresentava uma figura antropomórfica estilizada, em posição sentada, coroada e coberta com um manto, mas sem formas faciais. Como cabeça, apenas uma coroa estilizada, como uma cabeça de rei do xadrez.
A situação tornou-se um pouco confrangedora, dada a presença do autor, mas este manteve-se impávido. A vereadora, sentindo-se, talvez, em xeque, ou achando boa a oportunidade para um esclarecimento pedagógico, tomou a palavra e teceu algumas considerações sobre o que é mais importante na figura de D. Moniz, e que esses atributos estavam presentes na escultura: a coroa real; o manto majestático; a cruz da ordem de Cristo, por si fundada e herdeira dos Templários; o livro simbolizando o seu gosto pelas letras que também cultivava, através de mais de cento e trinta poemas; além duma mata estilizada a seus pés, reconhecida a sua importância na instalação extensiva de pinhais no litoral, fundamentais no refreamento do avanço dunar e na posterior construção de navios.
A cerimónia terminou pouco depois, altura em que os repórteres dos jornais locais se aproximaram para obter declarações do artista. Aproximei-me, também, e ouvi este diálogo:
– Mestre Bretão, por que é que não pôs cara ao rei?
– Tem um pouco a ver com o que disse a senhora vereadora – explicou o escultor. – Eu podia dar um rosto à escultura, mas esta vive muito da estilização. Para lhe pôr uma cara, tinha de, também, fazer os outros elementos semelhantes aos verdadeiros, e, se vir a minha obra, não é esse o meu estilo. As minhas peças procuram captar a essência do que está representado, o seu simbolismo, o seu significado, e não a representação realista de objetos, pessoas ou temas que, muitas vezes, interessam sobretudo pelos conceitos que representam. Não sei se me fiz entender.
– A opção por não representar o rosto não tem que ver com o facto de não existirem imagens do rei? – insistiu o repórter.
– Não – continuou o artista –, há imagens que, sem serem da época, são bastante credíveis do aspeto provável do rei. Além disso, há o jacente, ali no mosteiro. O problema não está aí. As épocas e os homens têm maneiras diferentes de encarar os mesmos assuntos. Olhe, vou contar-lhe uma história. Em 1972, quando foi adjudicada a estátua de D. Sebastião para Lagos, eu era assistente dum escultor que fez parte do júri de seleção dos vários projetos apresentados, pelo que assisti às discussões que levaram à escolha do projeto de João Cutileiro. Em confronto estava um projeto que retratava D. Sebastião, tal qual aparece na obra do pintor Cristóvão de Morais, que está no Museu de Arte Antiga. O historiador da arte que fez a defesa do projeto advogou veementemente a representação realista dizendo qualquer coisa como: «Aquilo que admiramos nas esculturas da Grécia antiga é a sua capacidade de representar o natural, a que eles chamavam “mimesis”, isto é, a cópia do real. Esta beleza que sentimos na representação naturalista está sempre a reaparecer na história da arte, mesmo quando pensamos que está morta, extinta e que as suas cinzas se perderam nos tempos passados, como parecia que tinha acontecido no longo período medieval. Aí, não interessava o real, terreno, mas sim o divino, supraterreno. A imagem interessava só como símbolo do que lá não estava. Na Renascença, reapareceu a “mimesis”, qual Fénix inextinguível, a que eles chamavam “tirar polo natural”, e o mesmo acontece de cada vez que parece que o artificialismo simbólico se vai impor». A sua exposição, que pretendia demonstrar que a representação realista era mais recorrente, historicamente, e mais compreendida pelas pessoas – como parece que as vossas reticências ilustram – cavou fundo no grupo de decisão.
– Mas, afinal, ganhou? – interveio o repórter.
– Não ganhou porque o meu mestre fez uma exposição não menos brilhante, em que defendeu que o realismo genuíno não existe, que mesmo o celebrado David de Miguel Ângelo tem proporções alteradas para realçar certos simbolismos – uma mão direita enorme, e logo suficientemente possante para liquidar Golias – e que vivemos rodeados de significantes, desde a linguagem à política. Hoje, temos em Lagos um D. Sebastião que é muito expressivo, sem ser realista. Com a sua enorme cabeleira de pedra rosada e os seus olhos deslumbrados, parece mais um menino ingénuo e sonhador – que é o que na verdade foi – do que o combatente que a desmedida armadura e o enorme elmo a seus pés podiam sugerir. Guerreiro de brincar, ele parece fantasiar talvez em repetir os feitos heroicos de um David, derrubando filisteus, desta vez os mouros de Marrocos. Não podia ser mais ilustrativa da postura mental de D. Sebastião.
– Então, quer dizer que tudo o que realmente interessa lembrar de D. Moniz e o carateriza está representado nesta sua escultura, mesmo sem olhos nem nariz?
– Exatamente! Estes são os carateres com que se enuncia el-rei D. Moniz.
Não sei se o repórter ficou convencido, mas isso também não se lhe exige. Fiquei, todavia, com curiosidade de ler o que iria escrever e se o que mestre Bretão tinha tentado explicar conseguiria chegar ao grosso da população que não tinha estado presente.
Na verdade, não encontrei o jornal local no café que frequento, mas surpreendi uma conversa do Sr. Albano, dono do café, com um vizinho que, por ter estado também na inauguração, tinha formado uma opinião sobre o assunto.
– Mas você diz que aquilo está bem feito? – protestava agastado o Sr. Albano.
– Um espetáculo! Veja bem, Sr. Albano, o rei D. Moniz está como está porque viveu na Idade Média, e nessa altura faziam-nos assim, sem nariz. Se vir bem, já os Romanos não punham nariz aos imperadores. Basta ver os de Conímbriga! E na mesma está o S. Sebastião de Lagos que foi retratado sem nariz antes de ir combater os Filisteus, os das flechas. Foram derrotados, mesmo tendo do lado deles a Félix, que acho que era uma águia terrível, mas que ficou conhecida por “pollo ao natural”, depois da batalha. Parece que o que valeu foi a manápula do Miguel Ângelo para esganar o Golias, que era um grande narigudo. Mas nem o nariz lhe valeu! Está a perceber, Sr. Albano?

Joaquim Bispo

Retirado de Samizdat

publicado às 18:20

Porque é que estamos presos à Troika?

por Jorge Soares, em 24.10.13

Troika

Imagem de Aqui

 

Tenho estado a semana toda a ouvir falar de programas cautelares e de novos resgates, sinceramente acho que andam todos a gozar connosco, ouço governo e oposição falar e até parece que eles estão mesmo a discutir as coisas, como se alguém tivesse alguma dúvida do que se segue.

 

Vejamos, o acordo assinado com a Troika acaba em Setembro do ano que vem. acordo que se iniciou em 2011, que já levou um quarto dos salários e do poder de compra de todos nós, são muitos milhares de milhões de Euros que saíram de circulação e que com isso nos levaram mais ou menos ao mesmo sitio onde estávamos antes.

 

Todos nos recordamos que na altura em que isto começou umas empresas americanas disseram que nós éramos lixo, bom, depois deste tempo todo, de tanta austeridade e bom comportamento, alguém ouviu falar de nos terem subido o rating? Não, pois não?

 

Pois é, para essas empresas continuamos a ser lixo, isso a nós comuns mortais que somos esmifrados pelo governo e pela Troika, pouco ou nada nos diz, mas diz muito aos mercados.

 

A maioria dos países a sério está impedida por lei de comprar divida com rating de risco, países como o Brasil, a França ou a Alemanha, nunca vão comprar a nossa dívida, logo, estamos à mercê dos especuladores, que evidentemente só compram se os juros forem algo de jeito... é também por isto que os juros não descem.

 

Não há forma de evitarmos ter que pedir dinheiro, quer dizer, haver há, se deixarmos de pagar divida e juros se calhar não precisamos de pedir tanto dinheiro, mas aí  passamos a ser párias e além de ninguém nos dar mais crédito, ninguém nos dá ou vende nada... e alguém imagina este país a funcionar dois dias sem matérias primas?

 

Podem apostar o que quiserem, daqui a um ano estamos num programa cautelar. A ameaça com o segundo resgate não é mais que chantagem emocional do governo sobre o tribunal constitucional, a austeridade está a levar-nos a todos à miséria mas está a fazer algum efeito, o problema é que também está a levar o investimento e sem investimento não há crescimento e sem crescimento não há como criar emprego e deixar de ter défice.. e enquanto tivermos défice, temos que continuar a pedir emprestado.

 

É claro que há uma terceira alternativa, renegociar e re-estructurar a divida, baixar os juros e alargar os prazos... mas dessa ninguém quer ouvir falar, nem por cá nem na Europa, nem no clube dos credores... isso seria mexer no queijo de muita gente, incluindo os bancos nacionais, e ninguém gosta que lhe mexam no seu queijo (leia-se nos seus lucros)

 

É por isto e só por isto, que estamos e vamos continuar a estar presos à Troika, mesmo que daqui a um ano Troika passe a ser de uma só entidade.

 

Jorge Soares

publicado às 23:11

A realidade de muitos países

por Jorge Soares, em 24.10.13


Neste vídeo as crianças fazem uma representação do dia a dia no México... mas é uma realidade parecida à de muitos outros países.




Jorge

publicado às 22:40

O Jorge Jesus é que sabe

por Jorge Soares, em 23.10.13

Roberto

 

Imagem do Henricartoon

 

"O Roberto esteve menos tempo no Benfica do que o Saviola. O Roberto veio de um campeonato forte e era mais desconhecido, chegou ao Benfica com 24 anos. Mas tem muita qualidade, e com o tempo vai demonstrando que é um excelente guarda-redes."


Jorge Jesus na antevisão do Jogo com o Olympiacos para a  Liga dos campeões 

 

Roberto salva o Benfica


Um erro do guarda-redes espanhol garantiu um ponto aos “encarnados” frente ao Olympiacos.


Títulos da noticia no Público sobre empate do Benfica no jogo com Olympiacos para a  Liga dos campeões.


Agora digam lá se o Jorge Jesus é ou não um catedrático do futebol?, o homem é que sabe.


Jorge Soares

publicado às 22:22

Co-adopção - O superior interesse de quem?

por Jorge Soares, em 22.10.13

Co-adopção, em nome do interesse de quem?

 

Imagem do Dezanove 

 

É curioso como numa altura em que está a ser discutido um dos mais penalizadores orçamentos de estado de que há memória em Portugal, a JSD se lembra da ideia peregrina de referendar algo que já foi aprovado por maioria no parlamento... desviar as atenções do país para um tema que afecta no máximo uma dezena de crianças por ano e fazer com que estas não estejam centradas num tema que afecta profundamente os quase 10 milhões de habitantes do país,  será no interesse de quem? Das crianças ou dos políticos?

 

Há muita gente que enche a boca com a frase "O superior interesse das crianças", tendo em conta que estamos a falar de crianças que já vivem com dois pais ou duas mães, qual é o interesse de manter as coisas num limbo legal em vez de tornar legais vínculos afectivos que já existem há anos?

 

Há muita gente que se esforça por esquecer os detalhes, mas a realidade é que não estamos a falar de crianças que estão numa instituição e sem família, estamos a falar de crianças que já vivem numa família, crianças que em muitos casos não conhecem outra família que aquela, faz algum sentido que numa situação destas não se legalizem os laços?

 

Qual é o interesse de manter uma situação legal dúbia nestes casos? Toda esta discussão nesta altura é no superior interesse de quem?

 

Diz a JSD que ... não há que ter medo da democracia e este tema merece uma ampla discussão na sociedade portuguesa... já que estamos numa de referendar coisas que são do interesse de todos e merecem ampla discussão na sociedade portuguesa, porque não se referenda o orçamento de estado?, porque não um referendo aos cortes nas pensões?, aos cortes na saúde? não querem ir tão longe?... que tal um referendo ao envio do orçamento para o tribunal constitucional?

 

Jorge Soares

 

publicado às 22:52

Cuidado com as chamadas de valor acrescentado.

por Jorge Soares, em 21.10.13

Chamadas de valor acrescentado

Imagem de aqui

 

Há uns tempos aderimos ao serviço da MEO com  tudo incluído, da internet aos telemóveis... Como já  estava avisado para as chamadas de valor acrescentado (podem ler este post) , tive o cuidado de na adesão dizer que queria os telemóveis barrados. Na altura as meninas que me atenderam numa das lojas da marca, disseram-me que agora os cartões vinham todos com as chamadas de valor acrescentado barradas, pelo que não me tinha de preocupar. 

 

Hoje a meio do dia dei por mim a olhar para a factura das comunicações cá de casa, chamou-me a atenção um valor de 5 Euros em comunicações moveis... aquilo fez-me confusão, já todos sabemos que nas telecomunicações  o tudo incluído tem sempre uma letras pequeninas por baixo em que explicam que afinal não é bem tudo... Decidi ligar para lá e perguntar o que era aquilo.

 

Depois de ter carregado numas dez opções, lá consegui chegar à fala com uma menina simpática e prestável. Demorou uns 5 minutos a conseguir descobrir o que era aquilo... mas finalmente fez-se luz... Os 5 Euros eram de um daqueles clubes em que se envia uma mensagem para se receber  toques de telemóvel....

 

Para além do mistério dos 5 Euros, ficou também explicado um aviso do director do colégio sobre um acontecimento a meio de uma aula que envolveu um toque pouco recomendável para se utilizar na escola... mas isso é outro assunto.

 

Tentei perceber como é que era possível tal coisa se os telemóveis estavam barrados e até havia uma lei que dizia que só se desbloqueavam com pedido por escrito... Com muita simpatia a menina explicou-me que não, que os telemóveis não estavam barrados e que para estarem eu tinha que pedir.

 

Depois de muita conversa, muita espera com uma musiquinha irritante pelo meio, consegui que me deduzissem os 5 Euros da factura e só desliguei o telefone depois da menina simpática me ter garantido que agora sim, os telemóveis estavam mesmo barrados para serviços daqueles.

 

Fica o aviso a quem tem filhos adolescentes, certifiquem-se que pediram para barrar os valores acrescentados, no meu caso eram só 5 Euros, mas podiam ser 50 ou 500, há imensos casos destes... e não acreditem na historia de que os cartões vem barrados, não é verdade.

 

Por certo, desde que mudei para esta empresa não tenho grandes razões de queixa com o atendimento telefónico, mas há muito que não era atendido com tanta simpatia num call center.. vivam as empresas portuguesas. 

 

Jorge Soares

publicado às 21:50

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