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É mais um daqueles músicos de que nunca tinha ouvido falar, alguém me fez chegar um mail sobre a apresentação de um novo álbum, no mail vinha um link para o youtube e outro para o bandcamp, fui ouvir e não dei o meu tempo por perdido, já tentei encontrar mais informação na internet mas encontrei muito pouco, pelos comentário aos vídeos fiquei a saber que se chama Gonçalo e que é natural do entroncamento, e sim, acho que pode ser um fenómeno da nossa música, assim quem tem o poder para fazer  as coisas acontecer gaste uns minutos a ouvir o seu trabalho.

 

A apresentação de The last girl standing foi no dia 28,  um trabalho de características folk-pop, com grande atenção e detalhe nas letras que são da sua autoria.

 

Deixo-vos com um o vídeo de The last girl standing, a música que dá nome ao disco e há mais para ouvir no A Música Portuguesa

 

 

Jorge Soares

 

publicado às 22:44

Conto - Quando Madalena Chama

por Jorge Soares, em 29.11.14

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Respiro. De olhos fechados, respiro. Com o fim da tarde, batem-me à porta as obrigações da noite. Antes de acender os castiçais de porcelana, sento-me diante do espelho e procuro enxergar minha face refletida na superfície enegrecida pela rotação do tempo. Porém, nada vejo. Apenas uma lembrança indelével, um paladar experimentado, uma faca ameaçadora no meio de minhas pernas, mas nunca meu rosto. 
 
Tendo já o quarto iluminado, surge-me o semblante do rapaz que há tempos eu fora: olhos inexpressivos, lábios cerrados, alma arisca e pensamentos ligeiros. O reflexo atira-me em um túnel de cores neutras e conduz-me à teimosa viagem em busca do que não pode ser revivido. 
 
Crianças correm no terreiro, um cheiro de café-com-pão flutua no hálito da casa-grande, o irritante som de uma rede que balança no alpendre. Será meu avô? Procuro retornar à frente da penteadeira, mas já me encontro mergulhada no inevitável espetáculo de reminiscências traídas. Repentinamente, outros sons. As melodias chegam como um grito da natureza em meus tímpanos, parecem pardais que gorjeiam, gorjeiam. “Jesus, Jesus”, alguém grita meu antigo nome do outro lado da cerca e eu me escondo no mato. Um aroma de eucalipto inunda meu peito e uma caranguejeira se retorce dentro do fogo. Se eu ficar, papai me capa. Atiram meus pertences dentro de uma carroça. Estou partido. Estou partindo. Adeus.
 
De volta ao quarto. Já são quase vinte horas e preciso aprontar-me com monumental esmero. Passo levemente os dedos sobre a maquiagem e me pergunto: Por que eu não esconderia o rosto deste timorato? Os batons organizados em nuanças, as fivelas e broches postos na caixinha-de-música que, ao abri-la... No Belo Danúbio Azul. Essa peça musical já não me parece tão doce, soa como o prelúdio para que Madalena chegue e destrua o que já fora tantas vezes destruído. Fecha-te, caixa. Escuta. 
 
Estou mais uma vez na fazenda de meus pais. Sou proibido de ter contato com os peões; todos riem de mim, menos um deles. Não o mais bonito, o menos covarde. O trote de um cavalo aproxima-se e excita meu vernal coração. Descubro, quase sem querer, que os homens são uma possibilidade muito mais atraente. Não corro. Não correrei até a janela para que ninguém perceba que eu, desde minha infância, já o aguardava. 
 
Haverá mesmo uma festa de aniversário para mim? O que me dará de presente? Quero-o dentro de mim. Já falei que estou cansado de esfregação e beijos de língua atrás do engenho. Não há honra a ser preservada entre homens e não estou me guardando para a Igreja, como minha irmã beata. Mamãe percebe tudo, é uma ave de rapina que regurgita ave-marias; reprova-me com um gesto na boca. O cavalo se afasta antes que os tiros o alcancem, ele escapa com vida. Após uma reunião de família, sou mandado embora para o esquecimento. Fragmentado.
 
O vestido dourado e as sandálias de prata, roubados da casa de uma puta que morreu aqui perto, descansam sobre minha cama. Aguardam que eu os preencha com meus seios de estopa e meus pés grandes demais para calçados femininos. Por que a noite insiste em batizar-me com a máscara? A fantasia, após tantos anos, já não me incomodo em vesti-la; mas o disfarce em meu rosto, como esse me dói. Enterrar o menino que fui é um funeral cuja rotina me apodrece. 
 
Passo a espuma sobre minha face, a fim de prepará-la para a arte da pintura que não quero. Sinto-me velho e ridículo, não tenho mais o viço jovial de meus dezoito anos de idade. A lâmina de barbear apara-me os pelos que brotam em meu rosto como indesejáveis lembranças daquele que um dia eu fora. Cortar o próprio pescoço e sangrar até a morte seria apenas um acidente. Ninguém é condenado ao inferno por ferir-se sem querer. Não é por querer que, dia após dia, mutilo-me. 
 
Pressiono levemente a toalha contra minha cara de palhaço afeminado, livro-me do restante de espuma e das pequenas poças de sangue em meus poros, penso em morrer sufocada. Deus, por que temo a morte se há tempos caminho sem vida por estas ruelas que hospedam solidões e sodomias? 
 
Vermelho. Vermelho nas unhas e nos lábios. Hoje usarei batom vermelho sobre esta boca pálida e entristecida pela constante falta de doçura em suas palavras. Pronto. Meus lábios já foram traídos e as unhas transformadas em garras. Mas, e quanto aos olhos? O que fazer para disfarçar esse olhar que só enxerga fotografias e visões de sonho? Isso mesmo. Uma sombra violeta em minhas pálpebras jamais permitirá que meus olhos revelem o homem derrotado que, aos poucos, deixa de existir no espelho. Ruge nas maçãs do rosto, um lápis escuro a delinear-me a raiz dos cílios, um arquear pedante de sobrancelhas, um sorriso forçado. Odeio escolher perucas. Loira ou morena? Loira ou morena? Que moldura destacaria melhor a pintura feita sobre minha tela de armação carcomida e tecido envelhecido? Hoje, serei loira. Quando loira, suporto mais as surras dos policiais, desses fregueses inadimplentes que me obrigam a sodomizá-los sempre que estão de folga.
 
A outra chegou. Atrás da superfície de vidro, não há mais lembrança movediça capaz de engolir-me. Os homens de bem me aguardam, é melhor que eu vá de vez ao encontro das esquinas que me garantem o sustento e mantêm contidas minhas aflitivas saudades. A pressa não se deve à noite, que já se faz alta, mas porque temo que o rapaz preso em meu reflexo retorne sem que eu esteja protegida pela fronteira vítrea que há tempos nos dividiu. Minha cotidiana sina permanecerá até que eu acabe como a finada quenga que me garantiu sapatos novos. Ao inferno que roubar dos mortos traga azar! Amanhã, o rito se dará da mesma forma. Jesus dormirá até que a claridade dê lugar à escuridão e o flagelo se repita. Eu, diante da face perdida, que me tortura, que me castra. É quando Madalena chama. 

 

Emerson Braga

 

Retirado de Samizdat

publicado às 20:43

Cante Alentejano - É tão grande o Alentejo

por Jorge Soares, em 27.11.14

cante Alentejano.jpg

 

Imagem do Público 

 

Cinco minutos foi o tempo necessário para a UNESCO aprovar, esta manhã em Paris, a inscrição do cante alentejano na lista representativa do património cultural imaterial da humanidade.

 

 

Letra

 

No alentejo eu trabalho
cultivando a dura terra,
vou fumando o meu cigarro,
vou cumprindo o meu horário
lançando a semente á terra.

É tão grande o Alentejo,
tanta terra abandonada!...
A terra é que dá o pão,
para bem desta nação
devia ser cultivada.

Tem sido sempre esquecido,
á margem, ao sul do Tejo,
há gente desempregada.
TAnta terra abandonada,
é tão grande o Alentejo!

 

publicado às 21:26

Rabos - Não há nada de mau em olhar

por Jorge Soares, em 26.11.14

 

Não há nada de mau em olhar?, aliás, o mau pode ser não olhar.

 

Uma mulher bonita, roupa para fazer desporto e uma câmara oculta.... quase ninguém resiste em olhar. A ideia é chamar a atenção, não para as belas curvas da modelo mas para a saúde dos homens, a mensagem é:

Não te esqueças de olhar para o teu próprio rabo, sabias que um em cada sete homens poderá ter cancro da prostata no futuro? É curável em quase 100 % dos casos se for detectado a tempo.

 

Há curvas e curvas e gente com uma imaginação excepcional, já agora, eu só descobri hoje, mas há uma campanha internacional chamada Movember Novembro Azul, é uma campanha de conscientização realizada por diversas entidades no mês de novembro dirigida à sociedade e aos homens sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata e outras doenças masculinas.

 

Jorge Soares

publicado às 22:22

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A Sónia é uma das primeiras pessoas da blogosfera que conheci, é uma mulher do norte, uma pessoa cheia de vida e energia. É  a autora do livro Ser diferente é bom, um livro infantil onde através da leitura a Sónia ensina às crianças que o mundo pode ser cheio de cores e diversidade e não a preto e branco como tanta gente insiste em que este tem que ser. Foi preciamente na apresentação desse livro em Lisboa, que nos conhecemos pessoalmente já lá vão seis anos.

 

Pois a Sónia quer continuar a ensinar as nossas crianças que Ser diferente é bom, o novo projecto chama-se "Um dia na praia" e para que passe do sonho à realidade, a Sónia precisa da ajuda de todos nós.

 

Para que o livro possa acontecer a Sónia criou um projecto de crowdfunding, ela precisa de 3600 Euros para poder editar e distribuir o seu livro, cada euro conta e todos somos poucos para ajudar.

 

 

publicado às 21:37

socrates2.png

 

Imagem do Sapo

 

Confesso que achava que isto iria ter um desfecho diferente, principalmente porque durante os dois últimos dias tenho estado a ouvir muita gente e a maioria dos juristas que ouvi achavam que os crimes de que se falavam e as circunstâncias em que José Sócrates fora detido, não justificariam a medida mais dura.

 

Certo é que a medida foi mesmo prisão preventiva, não sou jurista, não percebo nada de leis, acredito que se o juiz ditou esta medida foi porque há indícios suficientes para tal e não porque o arguido se chama Sócrates, ou porque foi primeiro ministro, ou porque é socialista. Espero sim que se se provarem os factos, caia sobre ele o peso da lei.

 

Há quem diga que tudo isto é um desprestigio para o país, não concordo, bem pelo contrário, é a prova que há independência entre as instituições e que estas funcionam apesar do nome ou do prestigio dos acusados. Se é verdade que há muita gente por esse mundo fora que está de olhos em nós devido a este caso, estarão neste momento a pensar que afinal, somos capazes de investigar e de levar a tribunal quem prevarica, sem importar nomes ou tendências políticas, se isso não é um sinal de desenvolvimento, não sei o que será.

 

Quanto à frase muitas vezes repetida nos últimos dias "A partir de agora nada será igual na política e/ou na justiça", não tenho tanta certeza, é verdade que é a primeira vez que se leva um ex primeiro ministro à prisão, mas uma andorinha não faz a primavera e apesar dos ventos de mudança dos últimos dias, continua a haver muita gente a viver na impunidade... ver para crer.

 

Sobre o futuro do partido socialista.. se o CDS sobreviveu aos submarinos, se o PSD sobreviveu sem grandes sobressaltos ao BPN, porque não irá o PS sobreviver sem grandes mossas a isto?

 

Jorge Soares

publicado às 22:40

Sócrates e a justiça em vivo e em directo

por Jorge Soares, em 23.11.14

josesocrates.JPG

 

Imagem de aqui

 

Confesso que não era dos que acreditava que fosse possível estar a acontecer o que está a acontecer com Sócrates, não porque ache que o homem seja um santo, mas porque vendo o que aconteceu em casos como o do BPN, o da compra dos submarinos (na Alemanha há pessoas condenadas por corrupção)  e mais recentemente no BES, tinha sérias dúvidas na eficácia da nossa justiça quando se trata de pessoas importantes e poderosas.

 

A julgar pelo que aconteceu nas duas últimas semanas, parece que a maré está a virar, primeiro foi o caso dos vistos Gold em que caíram vários altos funcionários do estado e agora foi este caso do Sócrates. Esperemos que muitos outros casos se sigam, que não haja impunidade e que sejam julgados e condenados todos os que de uma ou outra forma estiveram no estado n para servir o país mas para se servir a si próprios.

 

Com o que não consigo concordar é com o autentico circo mediático que se montou à volta de tudo isto. Não se sabe bem como mas havia uma cadeia de televisão presente no momento da detenção,  na manhã seguinte, já havia jornais que sabe-se lá como, tinham tido acesso a elementos do processo que deviam estar em segredo de justiça. Chegou-se ao cúmulo de entre os nomes dos detidos haver o de uma pessoa que nada tinha a ver com o assunto, o suposto administrador de uma empresa farmacêutica, era afinal o motorista de José Sócrates.

 

É evidente que com todo este barulho e com tantas certezas, há muita gente feliz e a festejar como se o processo já tivesse decorrido e o homem tivesse sido condenado, quando afinal a procissão ainda nem saiu do adro e isto nem começou... é incrível como há muitíssima gente, a começar por muitos jornalistas que desde a porta da garagem do tribunal ou das cadeiras das redacções, parece que já julgou e condenou.

 

Sou dos que acham que não pode haver impunidade, a justiça deve ser igual para todos, mas para além de fazer feliz a todos os que odeiam Sócrates, de que serve tudo isto? Ninguém é culpado antes do julgamento e por muitas certezas que tenham alguns e algumas jornalistas, das duas uma, ou tudo isto não passa de boatos para enganar o pagode, ou há muita gente que faz tábua rasa da lei e que acha que o segredo de justiça é só para inglês ver.

 

A justiça tem que funcionar, tem que ser justa e igual para todos, mas não pode ser um circo mediático nem se pode fazer em directo no horário nobre da televisão... e há jornalistas que deviam ter vergonha.

 

Por certo, alguém sabe o estado do caso dos vistos gold?

 

Jorge Soares

publicado às 21:47

Conto - Empatia

por Jorge Soares, em 22.11.14

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Jesuína não para de me olhar. Ela vigia os meus passos, marca território. O quintal é dela. Cada palmo de terra aplainada, cada minhoca que ela enxerga e come; é tudo dela. É um olhar ruim, sempre ruim. Não demora ela arrepia as penas e bate as asas vigorosamente, tentando me enxotar daqui. Uma criatura irritadiça e antipática. Dessas que são assim e pronto, não mudam.
 
Agora, ela está de perfil. Para quem não a conhece, parece apenas um desprezo ensaiado, uma sondagem de esguelha. Não é. O que ela está fazendo é se exibir, me mostrando o bico adunco. Para que eu saiba quanta dor ela é capaz de me causar. Para me dizer que não prossiga.
 
Preciso vencer o medo e cruzar o quintal até o galinheiro. Ignorar o movimento agressivo. A bípede levanta cada perna no ar com lentidão e depois a mantém suspensa no ar por alguns segundos, antes de tocar o solo. Como um soldado marchando num desfile. É o que ela é: um soldado do mal. Desses que cometem atrocidades por prazer, e não por obediência ou disciplina. 
 
E Jesuína tem adeptos. Se eu não me apressar, ela logo convocará Geralda, Cícera, Teresa, e outras tantas recrutadas no caminho. Prontas a segui-la e a brigar por ela com a estupidez das turbas que se enfurecem por qualquer motivo que lhes determine o líder. Atrás delas, excitado pelas bundas de plumas empinadas, Julião, o galo velho que já faz tempo não acorda o dia. Bobo como qualquer macho na presença de um traseiro.
 
Faltam alguns passos. Poucos. E a porta do galinheiro me protegerá da tropa bicuda, das garras cheias de micróbios. Não tenho coragem de enxotá-las. Tenho dó. Um dó que se mistura ao medo, é verdade, mas que não deixa de ser dó. Viver ao ar livre, sob sol e chuva, ou empoleirada num pau; comer milho cru e minhocas; ter asas que não voam para longe. Pior que isso: ser morte certa em panelas fumegantes. 
 
Quem não seria como Jesuína? Mas ter motivo não é ter 
 
razão. E não vai ser em mim que ela e suas seguidoras vão descontar a raiva e a frustração e a impotência de serem galinhas. 
 
Eu tenho que me controlar. Até por quê, o meu pavor tem nome. Remorso. Porque eu sei o que vou fazer no galinheiro. Elas sabem o que eu vou fazer no galinheiro. Não é mesmo possível nenhuma simpatia entre nós. A cesta no meu braço condena as minhas intenções. Elas sabem que vou sequestrar seus filhos, que vou encher a cesta com muitos ovos. Sabem que foram expulsas do galinheiro para que eu possa ladroar à vontade. E que voltarão para um ninho vazio. 
 
Eu sou o inimigo. Contra mim, toda a artilharia. A fúria com que bicam meus pés e minhas pernas até me causar dor intensa. Dor que, em seguida, sou eu quem lhes causa mais intensamente.
 
Não é uma troca justa. Nenhuma troca é. Mas, apesar da raiva, e da razão que eu sempre penso ter, acabo deixando que machuquem as minhas carnes. Eu também preciso sofrer. Sentir remorso. Essa coisa que aceita castigo, mas não recua da intenção. Jesuína é meu castigo. Ela me sangra além da pele.

 

Cinthia Kriemler

Retirado de Samizdat

publicado às 21:14

Eles comem tudo, eles comem tudo ....

por Jorge Soares, em 20.11.14

Subvenções vitalicias

 

Imagem de aqui

 

Afinal Cavaco Silva tinha razão, PS e PSD podem chegar a consensos, não sei se para resolver os problemas do país e dos portugueses isso será possível, mas está visto que no que toca à melhoria de vida dos políticos, eles conseguem.

 

Hoje foi votada e aprovada com os votos de PS e PSD e com abstenção do CDS, uma norma do Orçamento do Estado que repõe as subvenções vitalícias a ex-políticos.

 

Esta norma não estava contemplada na versão do orçamento apresentada pelo governo, mas o pedido de alteração  foi apresentado na passada sexta-feira pelos deputados Couto dos Santos (PSD) e José Lello (PS), ambos membros do Conselho de Administração da Assembleia da República.

 

Para quem não se recorda, a subvenção mensal vitalícia é atribuída  a membros do Governo, deputados, autarcas e juízes do Tribunal Constitucional sem carreira de magistrados  e foi revogada em 2005, com José Sócrates no Governo. No entanto, os titulares de cargos políticos que tivessem completado 12 anos à data da entrada em vigor da lei de Sócrates mantiveram o direito à subvenção.

 

 

Desde Janeiro de 2014, o valor destas subvenções passou a estar dependente dos rendimentos do beneficiário e do seu agregado familiar, mediante a apresentação da declaração de IRS. Se o rendimento for superior a 2000 euros (excluindo a subvenção), essa prestação é suspensa. Nas restantes situações fica limitada à diferença entre os 2000 euros e o rendimento (excluindo a subvenção).

 

A proposta que foi agora apresentada devolve o valor total das subvenções a todos os políticos que estão em condições de a receber.

 

Gostava de perceber a lógica de pensamento dos senhores que apresentaram a proposta de alteração, o governo nega-se a devolver os salários que foram retirados aos funcionários públicos porque o país não está me condições, o PSD , o CDS e o governo foram unânimes ao criticar o tribunal constitucional quando este proibiu os cortes nos salários que eram inconstitucionais, quer dizer, não há condições para devolver os salários e pensões a quem precisa e a quem trabalhou a vida inteira, mas há dinheiro para devolver pensões vitalícias a quem governou 12 anos? Mas afinal os portugueses não são todos iguais?

 

Com que lata é que estes senhores pedem sacrificou aos portugueses quando depois eles são os primeiros a não os fazer?

 

Já dizia o Zeca:

 

São os mordomos
Do universo todo
Senhores à força
Mandadores sem lei
Enchem as tulhas
Bebem vinho novo
Dançam a ronda
No pinhal do rei

Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada

 

Jorge Soares

publicado às 22:55

“Um casebre podre e fedorento”, foi assim que Tony e Jan Jenkinson descreveram o Broadway Hotel

 

Imagem do Sol

 

Um casebre podre e fedorento”, foi assim que Tony e Jan Jenkinson descreveram o Broadway Hotel em em Blackpool, no noroeste de Inglaterra. Estiveram lá, não gostaram e vai de aí decidiram partilhar a (má) experiência no Trip Advisor, um dos mais conhecidos portais da internet para escolha e marcação de hotéis.

 

Passado um tempo chegou-lhes a conta, para além do custo da estadia, havia um extra de 100 libras de multa pela critica negativa.

 

Há muito que a marcação de hotéis pela internet cá em casa se tornou um hábito, já seja a nível nacional ou internacional, usamos quase sempre o Trip Advisor para escolher os hotéis e claro, um dos principais factores a ter em conta são as criticas e comentários de quem já por lá passou e gostou... ou não.

 

Para nós, e imagino que para muita gente as criticas são muito importantes, quando os preços são parecidos estas servem muitas vezes como fiel da balança e  são factor de decisão. Percebe-se que os hotéis tenham muita atenção ao que por lá se escreve, mas esta de taxar os comentários negativos como um extra do consumo não lembra ao diabo. 

 

Se calhar alguém devia explicar aos senhores que a maneira correcta de ter clientes satisfeitos é melhorando a qualidade do hotel e do serviço, não extorquindo o clientes desta forma... que nem me parece que seja muito legal...

 

Se a moda pega, como o meu mau feitio e a minha mania de reclamar, estou feito ao bife .

 

Jorge Soares

publicado às 22:28

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