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Então e bom senso senhor Passos Coelho?

por Jorge Soares, em 19.12.11

Imagem recebida via  Facebook 

 

Não é nada de novo, já tinha sido sugerido por um dos seus ministros, de resto nem o ministro nem Passos Coelho disseram nada de estranho, somos um povo que na hora dos apertos não hesita em pegar na trouxa, já seja a mala de  feita de cartão ou de marca conhecida, e ir procurar a vida onde ela esteja. 

 

Há sempre um motivo, os meus tios há quarenta ou cinquenta anos tiveram que fugir à pobreza digna de uma sardinha para três, os meus pais há 30 concluíram que a única forma de dar uma educação aos filhos que não passasse pelo abandono da escola após a obrigatória quarta classe, seria procurar a vida onde ela estivesse.

 

Nos dias de hoje são os recém licenciados que se querem um emprego decente em que se pague mais que a miséria do salário minimo, tem que o procurar noutras latitudes, já seja a no Norte Rico ou no Sul pobre mas emergente.

 

Na verdade o primeiro ministro não disse nada que não saibamos todos, o problema é a mensagem que os membros do governo estão a passar ao debitar frases como as agora proferidas, uma mensagem de falta de confiança no futuro e em última análise, na sua capacidade para mudar o rumo das coisas.

 

Ao dizer que o melhor que alguém pode fazer é ir porcurar o futuro noutro país, o primeiro ministro está-nos a dizer a todos que não há futuro por cá e que nem ele acredita nas medidas que está a tomar. 

 

A falta de bom senso do primeiro ministro não é nada de novo, todos recordamos que a 1 de Abril de este ano ele garantiu que nunca mexeria nos subsídios de natal e ano novo, mas ele já teve tempo de aprender que há coisas que mesmo que se pensem, um primeiro ministro não pode dizer... a menos que a estratégia para o futuro do país seja .... ter para governar um país sem povo.

 

Jorge Soares

 

 

publicado às 20:42


4 comentários

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De Iris Restolho a 20.12.2011 às 14:24

Eu peço desculpa em discordar contigo.

“Estamos com uma demografia decrescente, como todos sabem, e portanto nos próximos anos haverá muita gente em Portugal que, das duas uma: ou consegue nessa área fazer formação e estar disponível para outras áreas ou, querendo manter-se sobretudo como professores, podem olhar para todo o mercado da língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa”, explicou.

Não há nada nesta afirmação que não seja a mais pura verdade. Todos em Portugal que tiram um curso vão para professores e havendo cada vez menos crianças, lugares para professores não vão multiplicar.

Neste caso específico, o homem falou bem! Muito bem mesmo!
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De Jorge Soares a 20.12.2011 às 14:59

Não tens que pedir desculpa... a tua opinião é tão válida como a minha, de resto eu estou de acordo contigo e com a Suspeita em quanto aos professores, o que não é acho é que seja de bom senso um Primeiro ministro mandar as pessoas emigrarem....

Porque não toma ele nenhuma medida para impedir que os cursos de educação continuem a crescer como cogumelos?

Jorge
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De Iris Restolho a 20.12.2011 às 15:52

Eles não têm crescido, as pessoas é que acham que é a única solução.

Mas agora vais dizer que a culpa é da oferta?! Quem procura não sabe o que vem a seguir? Que futuros professores são estes que não percebem que o pais tem cada vez menos crianças?

Se calhar ele podia dar um incentivo à Natalidade. É que essa é a única solução para o problema, quem sabe com um patrocínio de uma farmacêutica, ele não oferece um comprimido azul a todos os homens neste Natal!

E repara que ele apenas sugere a saída de Portugal a todos aqueles que acham que são professores e nada mais, porque o que ele sugere primeiro é que se especializem nas suas áreas noutras vertentes que não o ensino.

Está tudo lá naquele pequeno parágrafo que eu transcrevi, palavra por palavra... apenas para os teimosos, andem, procurem aonde podem encontrar.

O que me faz espécie é a generalização. Falou-se de um caso concreto, específico e problemático há vários anos. Ele não pede a todos para emigrar, se o fizesse iria estar a contribuir para o aumento do buraco de produtividade português.

A generalização faz com que a opinião das pessoas se altere por completo, quando na realidade o que foi dito, foi quase uma verdade de La Palisse.

Não existe solução quando quem teima em não encontrar a solução são os que escolhem os cursos.

A culpa não é da oferta, a culpa é da procura.
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De energia-a-mais a 20.12.2011 às 21:37

Não sou professora. Sou licenciada, num curso que era suposto dar emprego a muita gente mas que por ter sido talvez mal gerido, acaba por estar sujeito á tal lei da oferta e da procura - não trabalho na minha área de formação, não me queixo por isso, a minha formação deu-me muitas bases e tenho a sorte de saber agarrar as oportunidades. Não me pode por isso acusar de não saber do que falo. Sou mãe de um menino com necessidades educativas especiais, sou coordenadora de uma associação que luta pelos apoios escolares a essas crianças - conheço muito bem a realidade das escolas e dos professores. Garanto-lhe que se o Sr Primeiro Ministro se der ao trabalho de puxar pela cabeça, vai encontrar muitas alternativas sem ser «emigrem que aqui não podem ser professores». E a procura cria-se (e para isso o governo deve tomar medidas porque é para isso que é eleito) as necessidades criam-se, um país como o nosso só cresce se souber criar oportunidades. Não há nenhuma Lei Universal absoluta - nem mesmo a da oferta/procura.

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