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O que é preciso para que uma criança seja feliz?

 

Imagem de aqui 

 

A adopção é antes que mais um acto de egoísmo, as pessoas adoptam porque tem o desejo de ser pais, é em segundo lugar um acto de amor. É necessário muito amor para se conseguir receber uma criança, um perfeito estranho em nossa casa, passar por cima dos problemas, dos preconceitos, e fazer  dessa criança que tantas vezes tem problemas de saúde, psicológicos ou ambos, um ser humanos feliz e normal. É claro que para mim, esta capacidade de amar uma criança não tem nada a ver com raças, com credos, com gostos ou com preferências sexuais. Ou se tem ou não se tem a capacidade de amar as crianças e isso é válido para filhos biológicos ou adoptados.

 

A capacidade de amar é algo que nasce com cada um de nós, todos somos capazes de amar, talvez haja quem tenha mais facilidade de expressar esse amor e quem feche o que sente na sua concha, mas não há quem não saiba amar. Hoje no parlamento debateu-se a capacidade de amar... e por incrível que pareça, o amor saiu derrotado... hoje, os nossos deputados decidiram que só pode amar quem cumpre as normas e os standards, quem teima em ser diferente,  não pode amar.

 

Não é nada de que não estivesse à espera, afinal já todos sabemos que para os senhores deputados o que conta não é o amor ou o bem estar das crianças, o que conta são os interesses políticos e partidários... podemos acreditar que a maioria dos deputados do CDS tenham votado em consciência, mas alguém acredita que os deputados do PCP, que votaram todos contra, o tenham feito?

 

Segundo o DN, há em Portugal perto de 23000 crianças que estão a ser criadas e educadas por homossexuais, para os nossos deputados estas crianças não tem os mesmos direitos que o resto das crianças, gostava de perceber porquê. Afinal, o que é preciso para que uma criança seja feliz?, um pai e uma mãe?, então e os milhares, muitos milhares de crianças que só tem um pai, ou uma mãe, ou dois pais, ou duas mães, não tem direito a ser felizes?

 

Jorge Soares

publicado às 19:52

 Somos o país das cunhas

Imagem retirada da internet

 

A questão do casamento entre  homossexuais está para durar, descansem, não vou falar disso, hoje no Blog Corta Fitas, falava-se da extensão do tema a adopção por esses mesmos casais, não, também não vou falar disso.

 

Chamou-me a atenção esta parte do Post do Luís Naves :


"A realidade é diferente: as crianças ficam nas instituições porque o processo de adopção leva anos e tem regras abstrusas, sendo muito contaminado pela cunha."


O que me chamou a atenção foi a parte da contaminação pela cunha, que não é nada de novo, todos conhecemos muitos casos que são difíceis de explicar, e como o Luís voltava a bater na tecla nos comentários, decidi puxar por ele, assim:


Estive a ler os comentários anteriores, e como pai e candidato à adopção, gostaria que explicasse melhor a questão das cunhas na adopção, tem conhecimento de casos específicos ou está só a generalizar e a falar do diz que disse? é que me parece muito convicto, que tal especificar e denunciar os casos que conhece?

 

É claro que o Luís se escapou pela tangente, que não, que não conhecia casos, mas que de todos modos, isso não era crime, opinião em que foi depois apoiado por outro participante.

 

É claro que é crime, quem é capaz de entregar uma criança a alguém através de uma cunha, também é capaz de saltar o processo de avaliação, por exemplo.

 

Nunca tive jeito para as cunhas, não sou capaz, mas sei olhar à volta, e sei sentir quando fui ultrapassado por alguém que meteu uma cunha, e quanto a mim, isso acontece vezes de mais. A cunha é uma instituição neste país, tudo se faz com cunhas, desde arranjar emprego para o filho, passando por arranjar lugar na escola à que não se tem direito, até vagas para cirurgias nos hospitais.

 

Onde nos leva tudo isto?, numa sociedade normal as pessoas surgem por mérito, os lugares mais importantes são ocupados pelos mais capazes, numa sociedade por cunhas, os lugares mais importantes são ocupados por quem tem mais cunhas, ou seja, a maior parte das vezes leva a incompetência até ao topo.  ....se calhar isto explica muitas coisas. 

 

Quem entrega uma criança a quem não o merece deixando para trás pessoas capazes e correctamente avaliadas, está a cometer um crime. Há todos os anos dezenas de rejeições de crianças, crianças que passam por um segundo abandono, será que já alguém investigou o porquê isto acontece?, quantos destes "pais" obtiveram essa criança através de uma cunha?

 

Hoje lia-se no Público que o ministro  das obras públicas quer criar um grupo de trabalho contra a corrupção, ora, deveria criar um contra as cunhas, porque é por aí que começa toda a corrupção

 

Eu não estou louco, isto é crime!...certo?

 

Jorge Soares

 

publicado às 21:57

Adopção por homossexuais

por Jorge Soares, em 22.03.09

Adopção por homossexuais

 Imagem retirada da internet

 

Em Janeiro passado quando estive na reunião na Segurança Social em  Setúbal, falaram-me de 3 crianças que estão num dos centros de acolhimento do distrito e para os quais não há candidatos a nível nacional, 3 irmãos, o mais velho tem 6 anos, 3 crianças que já foram entregues a um casal e que foram devolvidas ao centro de acolhimento, 3 crianças para as que não há pais e que possivelmente irão crescer sem conhecer o carinho e o amor de uma família. Quando vi por primeira vez o vídeo que coloquei no post Adopção:O que é necessário para que 4 crianças sejam felizes?, não pude deixar de me lembrar dessas crianças. Reparem, estas 3 crianças foram entregues a um casal que as devolveu. Quem já adoptou uma criança sabe que não é fácil, é preciso muita força de vontade e muito amor para adoptar uma criança, imagino que adoptar 3 seja muito mais complicado.... adoptar 4... nem imagino como seja. Aqueles dois seres humanos retratados no vídeo são dignos da minha mais profunda admiração.

 

A adopção é antes que mais um acto de egoísmo, as pessoas adoptam porque tem o desejo de ser pais, é em segundo lugar um acto de amor. É necessário muito amor para se conseguir receber uma criança, um perfeito estranho em nossa casa, passar por cima dos problemas, dos preconceitos, e fazer  dessa criança que tantas vezes tem problemas de saúde, psicológicos ou ambos, um ser humanos feliz e normal. É claro que para mim, esta capacidade de amar uma criança não tem nada a ver com raças, com credos, com gostos ou com preferências sexuais. Ou se tem ou não se tem a capacidade de amar as crianças e isso é válido para filhos biológicos ou adoptados.

 

Quando fiz o post na semana passada, preparei-me psicologicamente para esgrimir argumentos, tenho lido sobre o assunto em vários blogs e há sempre polémica, a maioria das pessoas é contra a adopção por homossexuais...bom, os meus leitores devem ser especiais.....  ou isso, ou a Dona Flor tem razão e as pessoas tem medo de mim!

 

Quanto às questões colocadas pelo amigo Rolando do Entremares, (um blog que vale a pena visitar)... vamos ver se me consigo explicar:

 

1-Um casal heterossexual tem um filho. Um dos progenitores decide mudar de sexo. Após a operação, o casal decide adoptar uma criança. Pergunta: A educação da segunda criança ( supondo a adopção concretizada ) será idêntica e comparável à primeira ?

 

Não, é claro que não, eu tenho 4 anos de diferença do meu irmão, ele trata os meus pais por tu, eu trato por você, a educação que me foi dada a mim é diferente da que lhe foi dada a ele, porque o ser humano adapta-se, e nós não tratamos duas pessoas da mesma maneira, mesmo que sejam dois filhos. É claro que uma mudança de sexo tem influência na maneira de ser de alguém, e de uma forma ou outra tem influência em quem está à sua volta. Mas será que algum de nós é capaz de dizer que a educação dada antes é melhor que a dada depois da mudança de sexo?.. claro que não.

 

2. Um casal homossexual ( dois homens ) adopta uma criança ( suponhamos que do sexo masculino ) . A criança ao crescer poderá experimentar todas as sensações características do relacionamento tradicional entre filho-pai e filho-mãe que existiria numa adopção por parte de um casal heterossexual ?

 

Na sociedade em que vivemos, a probabilidade de uma criança passar pelo divorcio dos pais ou simplesmente já nem conhecer um dos progenitores é bastante elevada, a percentagem de famílias monoparentais é cada vez maior, ou seja, existe neste momento uma grande percentagem de crianças para quem o "tradicional" é ver só a mãe, ou só o pai. Imagino que todos conheceremos casos destes, serão essas crianças menos felizes, ou menos normais? Se vamos falar de família tradicional, teríamos que colocar em causa muitas coisas, teríamos que perguntar se uma mãe solteira é capaz de educar o seu filho de forma tradicional, ou se os pais divorciados o são...

 

Para adoptar só deveria ser necessário um requisito, capacidade de amar... de vez em quando dou por mim a lembrar-me daquelas 3 crianças que estão algures no Distrito de Setúbal, crianças que estão à espera de alguém que as ame, alguém que as queira, crianças que foram institucionalizadas, entregues e devolvidas...será que no dia em que alguém esteja disposto a dar-lhes uma família, elas vão perguntar qual a orientação sexual dos seus futuros pais?

 

Jorge

publicado às 21:53

Ontem andava por aí  vaguear pela internet e encontrei este vídeo, contrariamente ao que é costume, não vou comentar, quero só recordar que sou pai biológico e adoptivo e que estou neste momento num segundo processo de adopção.... como dizia alguém no Sábado, estou oficialmente grávido.

 

Vejam o vídeo e se quiserem, comentem, digam da vossa justiça.... hoje, quero ouvir opiniões, as vossas opiniões sinceras, digam-me o que pensam.

 

 



Jorge

 

publicado às 21:50


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