Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Ainda a natalidade e a sobrepopulação

por Jorge Soares, em 12.08.09

Sobrepopulação e pobreza

 

Eu sei que disse que ia de férias, mas também disse que ainda faltavam 3 dias..e que poderia acontecer algo que me fizesse voltar... bom, aconteceu este comentário do Antonio Dias,  o comentário dele é pertinente e o assunto não deixa de ser interessante... comecei a responder na caixa de comentários e terminei aqui... na caixa de posts... até porque quem sabe e não há por aí algum ou alguma antropóloga que queira ajudar a fazer luz.

 

Diz o António o seguinte:

 

"Acho que já disse isto dezenas de vezes, mas aqui vai mais uma. Tomando como facto que há mesmo pessoas a mais no mundo (ver http://en.wikipedia.org/wiki/Ecological_footprint ou http://www.footprintnetwork.org/newsletters/gfn_blast_0610.html ) temos três hipóteses de sair daqui:

1. Tomar medidas para voluntariamente reduzir a população mundial. Isto iria requerer uma coordenação de todas (ou quase) nações do mundo, iria levar alguns anos, dependendo das medidas adoptadas, e teria sempre como resultado que a população iria envelhecer. Porque é que uma população voluntária e controladamente envelhecida é um problema é uma coisa que ainda não consegui compreender.

2. Reduzir a população à força. Isto tem resultados muito mais rápidos... mas menos controlados. Ou seja, os efeitos laterais deste método podem atingir os seus executores.

3. Dizer que esta visão é pessimista, que ainda há lugar para muito mais gente ou que o excesso de população é apenas no terceiro mundo (esquecendo que a Europa é o continente mais sobre-povoado). Ou seja, enfim, deixar tudo correr como está e continuar com o velho esquema de pirâmide (http://pt.wikipedia.org/wiki/Esquema_em
_pir%C3%A2mide ) em que é baseada a economia capitalista global. O resultado será deixar os processos naturais de controlo de populações actuarem o que, trocado por miúdos, quer dizer que não haverá recursos para todos e uns morrerão por falta deles e outros lutando por eles até que a população chegue a um equilíbrio sustentável.

O que eu acho lamentável é que a espécie humana escolherá esta última opção, apesar de ser provavelmente a primeira neste planeta que tem o discernimento para perceber isto e os recursos para o evitar."

 

António, Porque é que uma população voluntária e controladamente envelhecida é um problema?

 

Eu acho que é, por vários motivos, vejamos:

-Infelizmente o mundo não vive numa sociedade global, os recursos não estão distribuídos uniformemente e para conseguir sobreviver e alimentar os seus habitantes, cada país tem que conseguir produzir já seja os bens alimentares ou a riqueza para os poder adquirir. Quanto mais envelhecida for a população, menos produtiva se torna, até que chega a um ponto de rotura em que a parte da população que consegue produzir não o consegue fazer de forma a conseguir alimentar quem já não produz... e não, não estou a falar de reformas e coisas dessas, só estou a falar de capacidade de produzir.

 

Reduzir a população à força não é um conceito novo, há décadas que a China com a sua politica de um só filho o tenta fazer, não conheço o suficiente como para poder expressar uma opinião sobre os resultados desta politica, pelo que li, os objectivos foram conseguidos em alguns meios urbanos mas ninguém sabe o que se passa na China Rural..e de resto, eles já são mil e trezentos milhões e continuam a crescer... na China e em todos lados.

 

É claro que há soluções mais drásticas... mas acho que ainda não estamos o suficientemente desesperados para isso. 

 

Quanto ao ponto 3, partilho da tua opinião, de facto, no estado de evolução tecnológico e de capacidade de produção em que estamos, dificilmente haverá capacidade para alimentar de uma forma equilibrada toda a população actual, o que não quer dizer que no futuro não aconteça uma de duas coisas: a evolução nos leve a um estágio em que exista uma maior capacidade de produção, ou, como muito bem dizes, a própria natureza na sua constante tendência para o equilíbrio se encarregue de colocar tudo no seu devido sitio, já seja através da mão humana ( e aqui podemos voltar à redução à força ou não) ou através de uma qualquer gripe (uma a sério, não esta) 

 

Até agora a evolução humana e a distribuição da população ao longo do planeta, foi feita numa procura incessante de melhores condições, há algum tempo que atingimos um estágio em que já ocupamos o planeta inteiro e foi a comida que se passou a deslocar....se calhar está na altura de recomeçar... e ou muito me engano, ou não haverá quem pare este movimento.

 

E agora... volto para a preparação das férias.

 

Jorge Soares

publicado às 23:56

Incentivos à natalidade ou à imigração?

por Jorge Soares, em 10.08.09

Incentivos à natalidade?

Imagem de aqui

 

Um destes dias, e a propósito dos meus posts sobre o incentivo à natalidade (este e este), uma amiga perguntava-se se a ideia do incentivo seria boa ou má?, e se não seria só mais um motivo para muita gente se deitar à sombra do estado.  É claro que 200 Euros não convencem ninguém a ter filhos, talvez os 25 mil da Alemanha....

 

A propósito do meu primeiro Post, o António Dias, dizia o seguinte:

 

"200 euros para daqui a 18 anos é mesmo estúpido como incentivo à natalidade, o que só mostra o desespero de quem escreve e oferece coisas destas num programa eleitoral.

Mas eu penso que ainda menos inteligente é o próprio conceito de incentivo à natalidade numa altura em que a população portuguesa continua a aumentar e em que a população mundial, que é o que verdadeiramente importa, está cada vez mais perto dos sete mil milhões de pessoas(http://www.census.gov/ipc/www/popclockworld.html). Será que alguém pensa que há tão pouca gente que é necessário incentivar o nascimento de mais? Será que a espécie humana está em perigo de extinção e é necessário uma protecção especial?"

 

Sim e não, é verdade que a população do mundo não para de aumentar, e uma grande parte vive abaixo do limiar da pobreza, por outro lado, a população na Europa está cada vez  mais envelhecida, a população Portuguesa praticamente estagnou e só não começou a diminuir porque nos últimos 10 anos existiram duas grandes vagas de imigração, do Brasil e dos países de leste, como podemos ler nesta noticia  do iol Diário.

 

Fará ou não sentido o incentivo à natalidade?, olhando para o comentário do António, eu diria que não, mas se calhar, e atendendo à sobrepopulação do mundo e ao envelhecimento da população na Europa Ocidental, fariam sentido incentivos à imigração. O Envelhecimento da populaçao fará com que mais tarde ou mais cedo haja falta de mão de obra em Portugal e na Europa, primeiro a menos qualificada e com o tempo a restante, mão de obra que por outro lado será cada vez mais abundante nos países mais pobres e menos desenvolvidos.

 

Ou seja, alguém deveria dizer ao Sócrates, que em lugar de prometer uns trocos que serão utilizáveis algures no futuro longínquo, deveria pensar em dar condições à vinda de pessoas com vontade de trabalhar e de dar novas cores e novas ideias ao nosso já velho país.

 

É claro que eu sei que nem o PS nem ninguém se atreveria a uma "alarvidade" destas.... pelo menos agora, mas daqui a uns 30 ou 40 anos..... já veremos!!!!

 

Jorge Soares ( Quase de férias)

 

publicado às 22:02


Ó pra mim!

foto do autor


Queres falar comigo?

Mail: jfreitas.soares@gmail.com






Arquivo

  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2019
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2018
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2017
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2016
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2015
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2014
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2013
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2012
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2011
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2010
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2009
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2008
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2007
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D