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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
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Esta semana foi meio complicada por estes lados, aconteceu um pouco de tudo, desde uma miuda que espetou um alfinete num pé até ao osso, até um carro que decidiu não pegar mesmo....
A meio da tarde reparei que a Mieepe me deixou um prémio lá no Mieepe Koud, recebi o recado aqui e fui lá espreitar, fiquei meio sem jeito e completamente sem palavras..... com isto:
Jorge - um homem que luta por direitos que tanto me tocam: a Adopção
Obrigado Mieepe, eu costumo dizer que as pessoas que adoptam são especiais..... pessoas como tu e a Susana, fazem-me pensar que as adoptadas também.
Ao fim da tarde, enquanto esperava o reboque, a P. contava-me que ligou para a Segurança Social de Setúbal, passou mais uma semana e o nosso relatório para a adopção internacional que está pronto há um mês e já deveria estar a caminho de Cabo Verde, continua em cima da secretária da responsável para assinatura.... um mês para assinar um relatório? Agora percebo porque recebemos no fim de Janeiro, um documento que tinha data de Novembro. A responsável da segurança social de Setúbal demora meses a assinar um simples documento...e entretanto as pessoas esperam....e o que é pior...as crianças esperam.
No Sábado passado estive em Sesimbra numa conversa sobre adopção promovida pelo Bloco de esquerda, a dada altura uma das pessoas perguntou o que mudariamos nos processos de adopção para que as coisas funcionassem.....a minha resposta foi imediata.... AS PESSOAS. O problema da adopção me Portugal está em primeiro lugar nas pessoas, nas assistentes sociais, nos responsáveis da Segurança Social, nos responsáveis dos centros de acolhimento, nos juizes de familia.....
O problema não está na lei, nem na burocracia, ao contrario do que as pessoas pensam, o processo de adopção é uma coisa simples e lógica, ... mas é evidente que não há lei ou processo simples que resista a assistentes sociais que continuam a falar dos seus candidatos e das suas crianças, ignorando completamente as listas nacionais. Não há lei que resista a responsáveis que demoram meses a colocar uma simples assinatura num documento. E sobretudo, as crianças continuarão institucionalizadas a vida toda enquanto toda esta gente dê primazia às familias biológicas, mesmo que estas se estejam a marimbar para os filhos e não apareçam nunca.
Talvez a minha seja uma luta inglória e um pouco egoista, afinal eu estou a lutar pelos meus filhos,.... mas faço o que posso, pelo menos enquanto me restarem blogs e letras...e a vocês que me leem, vos restar paciência para me aturar.
Jorge