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Medicamentos genéricos ou de marca?

por Jorge Soares, em 02.04.09

Genéricos vs marca

 

Eu nunca percebi porque é que na receita vem a famosa cruzinha para os médicos indicarem se o medicamento pode ser ou não substituído, vejamos a definição de medicamento genérico segundo a Wikipédia:

 

Um medicamento genérico  é um medicamento com a mesma substância activa, forma farmacêutica e dosagem e com a mesma indicação que o medicamento original, de marca. E principalmente, são intercambiáveis em relação ao medicamento de referência, ou seja, a troca por pelo genérico é possível.

É mais barato porque os fabricantes de genéricos, ao produzirem medicamentos após ter terminado o período de protecção de patente dos originais, não têm os custos inerentes à investigação e descoberta de novos medicamentos. Assim, podem vender medicamentos genéricos com a mesma qualidade mas a um preço mais baixo do que o medicamento original.

 

Ante isto, o que é que faz a bendita cruzinha na receita, porque é que não pode ser o consumidor a decidir se quer o mais caro ou o mais barato? Porque é que o médico pode decidir se eu quero gastar mais ou menos dinheiro.... Aliás, porque é que a receita tem essa hipótese?

 

A associação nacional de farmácias decidiu que dada a crise actual, vai passar a ignorar as indicações do médico e vai ser o comprador, que é quem paga, que vai decidir se quer o genérico ou o medicamento de marca. Tendo em conta que a maioria dos genéricos custa entre 30 e 60% menos é fácil de ver que para muita gente isto vai representar bastante dinheiro poupado no fim do mês.

 

O mercado dos medicamentos vale muitos milhões de Euros, estes dias ouvimos falar de muitas empresas em crise, bancos, seguradoras, electrónica, automóveis... mas que eu me lembre, não ouvi falar de despedimentos em empresas farmacêuticas, ou de farmacêuticas a fechar. As grandes multinacionais dominam o mercado e uma boa parte deste domínio passa por convencer os médicos a receitarem os seus produtos, é claro que estas receitas tem contrapartidas para os médicos... talvez isto explique o porque estes se ergueram em bloco contra esta medida que só vem beneficiar  os consumidores...

 

Do meu ponto de vista, os médicos nem deveriam estar autorizados a receitar marcas, deveriam receitar o princípio activo e a dosagem... o consumidor ia à farmácia e escolhia se queria uma marca ou um genérico... e pagava o que escolhia.

 

Jorge

PS:imagem retirada da internet

publicado às 22:05


37 comentários

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De Jorge Soares a 07.04.2009 às 00:24

OLá

Não é isso que me parece, a industria farmacêutica está a ter alguma dificuldade em enfrentar a industria barata da China e Da Índia... mas como a maior parte dos países tem controlos muito apertados... Os genéricos já existem há muito tempo,a empresa onde trabalho desde há mais de 30 anos que produz genéricos de API's, só que exporta 100% da produção e por norma trabalha para as grandes multinacionais... na verdade os genéricos não são novidade nenhuma... menos em Portugal, claro.

Abraço
Jorge

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