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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Na sexta, este post do Cocó na fralda chamou a minha atenção, a minha e a de muita gente, é um tema complicado. A fronteira que separa o problema de saúde da falta de educação é muitas vezes muito ténue e há coisas que estão na moda, uma delas é ao menor desvio levar a criancinha ao especialista.
Eu tenho dois filhos em idade escolar, já conheci várias professoras, e muitas crianças e tenho uma opinião formada sobre este assunto.. é claro que ela vale o que vale, não sou médico nem especialista em nada disto... sou só pai e uma pessoa bastante observadora.
O que tenho observado é que há uma enorme desresponsabilização por partes de pais e professores, as crianças são medidas por parâmetros, e tanto pais como professores gostam de criancinhas perfeitas, tudo o que sai do normal é rapidamente enviado para especialistas, que claro, detectam de imediato um problema qualquer que deve ser tratado.
A R. sempre foi uma criança feliz e de trato fácil, quando chegou à escola não teve problemas nenhuns de aprendizagem e nunca tivemos queixas sobre o seu comportamento, ela absorve tudo o que lhe passa à volta e segundo algumas professoras, só não é uma aluna excepcional porque é completamente distraída... até quando escreve. Para azar dela, no primeiro e segundo ano apanhou uma professora picuinhas, ela tem a letra horrível, não consegue manter um caderno limpo e organizado e a professora decidiu que aquilo não era normal, vai de aí decidiu marcar uma reunião connosco e sugeriu que a levássemos a um especialista. É claro que disse que não, ela é boa aluna, aprende bem e rapidamente. No ano a seguir trocamos a miúda de escola e assunto resolvido.
Com o N. as coisas não são tão fáceis, quando começaram os problemas na escola, achamos que ele precisava de mão dura e controlo... quando as coisas continuaram, aqui o céptico teve que se render à evidência, e quando o segundo especialista diagnosticou o as mesmas coisas, tivemos que nos conformar. Défice de atenção e dislexia,... mas acreditem que não foi fácil convencer uma professora rigorosa e à antiga, ela durante muito tempo achava que era fita do miúdo.
Mas é claro que no meio de tudo isto há muitas falhas de educação, por muito hiperactiva que seja uma criança, quando eu leio isto:
Ou o seguinte que li neste blog
O que vejo aqui é falta de educação, as crianças até podem ser hiperactivas, mas desculpem lá, mesmo as crianças hiperactivas necessitam de controlo por parte dos pais. As crianças hiperactivas, para além de tratamento, necessitam de mão firme, deixar que uma criança chegue a um restaurante e desate a partir pratos ou admitir que elas viajem como lhes apetece no carro é irresponsabilidade por parte dos pais. Lá por as criancinhas serem doentes não se pode permitir tudo, até porque elas vão sempre explorar os limites e vão querer sempre ir mais longe, e ou colocamos rédea curta... ou acontece o que vimos escrito ali em cima.
Peço desculpa se estou a ser injusto com alguém, mas fala a minha experiencia de pai e muitas vezes uma palmada dada na hora certa evita muitos problemas no futuro.
Hiperactividade ou falta de educação?... ambos!!!!
Jorge Soares