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Hiperactividade ou falta de educação?

por Jorge Soares, em 07.06.09

 

Hiperactividade ou falta de educação?

 

Na sexta, este post do Cocó na fralda chamou a minha atenção, a minha e a de muita gente, é um tema complicado. A fronteira que separa o problema de saúde da falta de educação é muitas vezes muito ténue  e há coisas que estão na moda, uma delas é ao menor desvio levar a criancinha ao especialista.

 

Eu tenho dois filhos em idade escolar, já conheci várias professoras, e muitas crianças e tenho uma opinião formada sobre este assunto.. é claro que ela vale o que vale, não sou médico nem especialista em nada disto... sou só pai e uma pessoa bastante observadora.

 

O que tenho observado é que há uma enorme desresponsabilização por partes de pais e professores, as crianças são medidas por parâmetros, e tanto pais como professores gostam de criancinhas perfeitas, tudo o que sai do normal é rapidamente enviado para especialistas, que claro, detectam de imediato um problema qualquer que deve ser tratado.

 

A R. sempre foi uma criança feliz e de trato fácil, quando chegou à escola não teve problemas nenhuns de aprendizagem e nunca tivemos queixas sobre o seu comportamento, ela absorve tudo o que lhe passa à volta e segundo algumas professoras, só não é uma aluna excepcional porque é completamente distraída... até quando escreve. Para azar dela, no primeiro e segundo ano apanhou uma professora picuinhas, ela tem a letra horrível, não consegue manter um caderno limpo e organizado e a professora decidiu que aquilo não era normal, vai de aí decidiu marcar uma reunião connosco e sugeriu que a levássemos a um especialista. É claro que disse que não, ela é boa aluna, aprende bem e rapidamente. No ano a seguir trocamos a miúda de escola e assunto resolvido.

 

Com o N. as coisas não são tão fáceis, quando começaram os problemas na escola, achamos que ele precisava de mão dura e controlo... quando as coisas continuaram, aqui o céptico teve que se render à evidência, e quando o segundo especialista diagnosticou o as mesmas coisas, tivemos que nos conformar. Défice de atenção e dislexia,... mas acreditem que não foi fácil convencer uma professora rigorosa e à antiga, ela durante muito tempo achava que era fita do miúdo.

 

Mas é claro que no meio de tudo isto há muitas falhas de educação, por muito hiperactiva que seja uma criança, quando eu leio isto:

 

- Acho que chega a um restaurante e pega nos pratos, de uma ponta da mesa à outra, e atira-os para o chão, estilhaçando tudo.

 

Ou o seguinte que li neste blog

 

A festa começou no carro, eles lembraram-se de disputar o lugar do condutor e o avô não achou piada nenhuma...acabamos por perder mais de trinta minutos, com o carro na torreira do sol, tentando sentar os diabinhos nas respectivas cadeirinhas....o melhor que conseguimos foi um Rafa sentado no banco mas sem cinto e um Quico sentado no chão do carro, entalado entre os bancos....pronto, sei que não iam em segurança mas pelo menos estavam no carro!!

 

O que vejo aqui é falta de educação, as crianças até podem ser hiperactivas, mas desculpem lá, mesmo as crianças hiperactivas necessitam de controlo por parte dos pais. As crianças hiperactivas, para além de tratamento, necessitam de mão  firme, deixar que uma criança chegue a um restaurante e desate a partir pratos ou admitir que elas viajem como lhes apetece no carro é irresponsabilidade por parte dos pais.  Lá por as criancinhas serem doentes não se pode permitir tudo, até porque elas vão sempre explorar os limites e vão querer sempre ir mais longe, e ou colocamos rédea curta... ou acontece o que vimos escrito ali em cima. 

 

Peço desculpa se estou a ser injusto com alguém, mas fala a minha experiencia de pai e muitas vezes uma palmada dada na hora certa evita muitos problemas no futuro.

 

Hiperactividade ou falta de educação?... ambos!!!!

 

Jorge Soares

 

 

publicado às 21:43


1 comentário

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De sonia a 08.06.2009 às 19:32

Concordo que muitas vezes se exagera no querer "catalogar" as crianças/ jovens com problemas modernos...que não existiam no meu tempo...mas atenção! hoje em dia os professores são presos por ter cão e presos por não ter. Se não detecta é porque gosta de deixar andar, não conhece o aluno. Se detecta é porque já está a imaginar...se calhar mais vale arriscar e passar a "bola" para os pais. Não sei o que pensar, na minha opinião é tudo uma questão de bom senso.

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