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Saramago e a biblia, não havia necessidade

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“Deus só existe na nossa cabeça, é o único lugar em que nós podemos confrontar-nos com a ideia de Deus. É isso que tenho feito, na parte que me toca”.

 

José Saramago

 

Não sou grande fã do Saramago, curiosamente ou não, o único livro dele que me encheu as medidas foi o "O evangelho segundo Jesus Cristo", desde então li mais dois e não apreciei especialmente. 

 

Hoje foi lançado o seu novo livro Caim  e desde já está garantida a polémica, o escritor aproveitou a apresentação do livro para proferir uma serie de expressões que no minimo se podem considerar polémicas.

 

Quem me lê sabe que sou ateu, Deus não existe, ponto final! é o segundo post mais comentado aqui no blog, mas o facto de ser ateu, não me faz olhar para o lado e ver que mal ou bem, toda a nossa cultura e educação é baseada na moral cristã que em ultimo termo está baseada nos ensinamentos da Bíblia.

 

Dizer que "a Bíblia é um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana”  é levar longe demais a vontade de promover o livro, um escritor que já ganhou um prémio nóbel de certeza que  não precisa deste tipo de coisas para vender livros.

 

Vou de certeza ler este livro, por aí, ele conseguiu os seus intentos, mas quantas pessoas o deixarão de ler depois de lerem estas palavras? Para quê comprar uma guerra com a igreja e até com as outras religiões?

 

Não havia necessidade.

 

Jorge Soares

publicado às 21:40


24 comentários

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De António Manuel Dias a 19.10.2009 às 19:19

Jorge, não é preciso ler muito da Bíblia, especialmente do Antigo Testamento, para saber que a afirmação que transcreveste de Saramago é verdadeira. Só se choca com esta afirmação quem nunca lhe pôs a vista em cima (ou nunca desligou o 'modo religioso' quando a estava a ler.

Podemos ler a Bíblia como historiadores, percebendo que, tendo sido escrita por seres humanos, reflecte a visão do mundo que estes tinham quando a escreveram e que era, logicamente, bastante diferente e de diferentes valores que a que se tem hoje. Ou podemos lê-la como religiosos, acreditando que é a palavra de Deus, universal e intemporal. E é quando se usa este segundo modo que começam os problemas...
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De Jorge Soares a 19.10.2009 às 22:37

António, acho que não me consegui explicar, eu não digo que ele não tenha razão no que diz, o que eu critico é a forma e o momento em que ele o faz.

Não é o que ele disse, que acho que é a realidade, é a forma como o diz.

Jorge
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De António Manuel Dias a 19.10.2009 às 22:53

Nós fartamo-nos de dizer mal de tudo. Do País, dos portugueses, dos estrangeiros, dos jogadores da bola, dos cantores, dos autores, do governo e dos governados mas, se alguém diz mal da religião, está o caldo entornado. Ora, porquê? Porque raio é que se tem que tratar a religião com paninhos quentes? Porque raio é que não se pode sequer questionar a coisa? Porque é que não se pode dizer A VERDADE e tem de se alinhar com a mentira, mesmo sabendo isso perfeitamente? Desculpa, mas não percebo.

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