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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagino que já não seja lá, até porque acho que aquela passagem foi fechada, a ultima vez que subi o elevador de Santa Justa foi para ver as vistas e não para ir da baixa para o Carmo e segundo me lembro, tive que descer por onde subi.
Há uns 15 anos atrás, os perdidos e achados da Carris eram na passagem que havia do topo do elevador para o largo do Carmo. Sei isso porque fui lá várias vezes, não que eu perdesse coisas nos autocarros e eléctricos, até porque eu preferia andar a pé. Nunca fui de perder muitas coisas e quando perco algo, é certo e sabido que não vale a pena procurar, não vai aparecer.
Ao contrario de mim, a P. sempre perdeu imensas coisas e também ao contrario de mim, por norma estas aparecem sempre. Deixar a mala com documentos e dinheiro nos autocarros ou eléctricos era uma coisa meio banal, o que implicava muitos passeios ao largo do Carmo onde invariavelmente estavam as coisas dela, inteiras e intocadas.
A R., entre muitas outras coisas (quase tudo), herdou da mãe a estranha capacidade de perder as coisas, e para enorme azar dela, herdou do pai o facto que ao contrario das coisas da mãe, as dela quase nunca aparecem.
Até agora, as coisas estavam mais ou menos limitadas ao material escolar mais simples, lápis, borrachas, afiadeiras, coisas simples e relativamente baratas. Agora adivinhem quem fica solenemente irritado com esta falta de sorte da miúda?, a mãe, já percebi que não há nada pior que vermos os nossos defeitos no espelho dos nossos filhos.
Este ano a coisa está muito complicada, felizmente para a R. o verão prolongou-se pelo Outono dentro, caso contrário não sei o que já teria acontecido, é que desde que o tempo começou a arrefecer, ela já perdeu uma camisola e um casaco.. o que (por agora) já fez com que a lista de prendas de anos levasse um daqueles rombos. Temo que com a desgraça de genes que herdou destes pais, e com o clima que temos, ela até ao natal consuma as prendas de este e dos anos seguintes.
Digam lá, se sair aos seus, não é uma grande chatice?
Jorge Soares