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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem minha do Momentos e olhares
Depois daquela queda nos nos Açores, e daquele dia a ver passar a vida e até a morte nos corredores do hospital de Setúbal de que falei neste post, fiquei com uns parafusos a mais e uma placa metálica no tornozelo. Hoje foi dia de ir "retirar o material", que é o termo engraçado que os médicos utilizam quando explicam o que nos vão fazer.
A coisa estava marcada para as 15:30, em ambulatório, o que significa que não tive que estar dois dias a passar fome no hospital. Cheguei a horas e munido de um bom livro, mandaram-me esperar na sala e passados uns 15 minutos fui chamado...
Lá me mandaram despir e vestir a bata do hospital, passados uns minutos estava deitado e com o soro no braço, e passado muito pouco tempo já estava a ser anestesiado. Comecei a ficar preocupado quando me perguntaram de que lado estavam os parafusos... eu tenho uma cicatriz de cada lado do pé e ninguém me pareceu lá muito seguro sobre onde deveria ser o corte. Aquilo já me estava a irritar, mas finalmente lá apareceu o médico que me tinha colocado os parafusos e esclareceu o enigma.
Ser operado com anestesia local é sempre garantia de que vamos ter coisas para contar, e hoje não foi diferente. Lá me abriram o tornozelo e começaram a tentar tirar os parafusos. Como qualquer outro parafuso, para estes também se utiliza uma chave de parafusos, passado um bocado começo a ouvir o médico reclamar que a chave é uma porcaria, não desaperta nada e que dá cabo dos parafusos.... É claro que eu não estava a achar piada nenhuma, e menos quando começo a sentir que o homem está a fazer uma força enorme, e continua a reclamar com a chave... até que alguém manda ir buscar outra chave ao outro bloco.
Entretanto eles continuam com o trabalho que a certa altura me parece mais de escopro e martelo que de desaperto de parafusos.... e deixei mesmo de achar piada foi quando começo a sentir que o bater deles começa a ter consequências e começo a sentir dores.
Finalmente lá chegou a nova chave e lá conseguiram retirar o ultimo parafuso. Depois disso ainda assisti à conversa sobre a diferença entre as duas chaves, e o porquê é que a outra não servia... afinal não era para aquele tipo de parafusos....
Por volta das 18, e ao contrario do que eu esperava, pois ia preparado para horas de espera, já estava a voltar para casa, mais leve..e com ainda menos parafusos.
Jorge Soares
PS:Vão votar nos Xutos para melhor grupo do ano nos prémios da MTV, é aqui