O termo justiça (do latim iustitia, por via semi-erudita), de maneira simples, diz respeito à igualdade de todos os cidadãos. É o principio básico de um acordo que objectiva manter a ordem social através da preservação dos direitos em sua forma legal ( constitucionalidade das leis) ou na sua aplicação a casos específicos (litígio).
Ainda não respondi aos comentários do post de quinta feira, sobre a
justiça à americana, ando preguiçoso, mas li um a um, e fiquei a pensar. O conceito de justiça não pode ser algo pessoal, não pode haver justiça a la carte. É evidente que quem pratica um acto terrorista deve ser castigado, mas quando alguém aplica justiça, não pode olhar para a definição e aplicar só a parte que lhe convém e neste caso, os americanos claramente esqueceram a parte em que fala da forma legal. Haverá quem diga que para salvar mais vidas, os fins justificam os meios, mas não terá sido essa ideia que norteou quem efectuou os actos terroristas?
Desde o meu ponto de vista, não pode haver justiça quando descemos ao nivel de quem cometeu os crimes e nunca há justiça no olho por olho dente por dente, não, não sou partidário de dar a outra face, mas não devemos esquecer aquela parte que diz através da preservação dos direitos em sua forma legal, sob pena de sermos tão terroristas como os que queremos combater.
Isto para não falar nos milhares de inocentes que foram torturados em Guantanamo e que agora se tornaram em homens sem vida e sem pátria, ninguém conseguiu encontrar a culpa dos seus actos, mas também ninguém os quer receber.
Onde nos leva tudo isto?, hoje fez-se um referendo na Suiça para decidir se Mesquitas muçulmanas podem ou não ter minaretes, e segundo esta
noticia do Público, o não venceu com 57% dos votos. Ainda segundo a mesma noticia existem 4 mesquitas com minaretes na suiça, quantas igrejas com cruzes e campanários existirão? E sendo um país de emigrantes, 20% da população não tem a nacionalidade, que será o que vão referendar a seguir?, o bacalhau na noite de natal dos portugueses?
Por cá também se querem fazer referendos, se calhar era bom que olhássemos para o resultado deste e tirássemos algumas conclusões.
Imagem do Público, cartaz do Não