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A adopção e os estigmas

Imagem da internet

 

Há dias assim, a meio da manhã no grupo de mail da Missão Criança o Antonio colocou o link para a noticia do Jornal de noticias que diz:

 

Tribunal confia crianças a casal homossexual, uma noticia que me deixou bem disposto, duas crianças que foram retiradas aos pais, que estavam a viver numa instituição e que uma juiza de Oliveira de Azemeis decidiu que em lugar de estarem a viver na instituição estariam melhor a viver com o tio que as queria acolher. Até aqui tudo normal, não fosse o caso de esse tio ser homossexual e viver com o companheiro.

 

Nesta altura em que se discute a alteração da lei que permitirá o casamento entre pessoas do mesmo sexo e em que a adopção é utilizada como arma de arremesso por quem é contra, esta noticia é uma pedrada no charco, e mais quando no ionline podemos ler outra noticia que diz:

 

Crianças queriam ir viver com tio homossexual

 

Juro que hoje me senti orgulhoso de ter nascido em Oliveira de Azemeis. Infelizmente ainda há muita gente que não consegue entender que estas coisas possam acontecer, por volta da hora do almoço encontrei um post no Delito de opinião em que a Teresa Ribeiro utiliza como argumento para ser contra a adopção por homossexuais, o facto de estas poderem ser vitimas de discriminação por parte da sociedade. 

 

Eu tenho um filho adoptado, que para além do estigma de ser adoptado, tem o estigma de ser mulato, ter pais brancos e uma irmã branca, pela linha de pensamento da Teresa, eu não deveria ter adoptado o meu filho, acho que uma criança de cor numa familia branca tem muito mais probabilidades de ser estigmatizado que qualquer criança com pais homossexuais.

 

Todos sabemos que a discriminação existe e existe pelos mais variados motivos, o simples facto de se ser adoptado já é motivo de estigmas e discriminação, se vamos impedir a adopção com base nisto.... então ninguém deveria ser adoptado.

 

No meu ultimo comentário ao post, que por algum motivo não foi ainda publicado apesar de vários outros feitos depois já o terem sido, eu perguntava à Teresa se ela conhece alguma criança institucionalizada, e se já foi perguntar a alguma das crianças que espera anos por uma família, se ela prefere ficar o resto da vida na instituição a ser adoptada por um homossexual... aquele blog chama-se Delito de opinião, .... gostaria de saber qual o delito da minha pergunta para não ser publicada.

 

É muito triste quando as pessoas utilizam argumentos como estes para justificar coisas que não tem justificação.... porque não há nada que justifique qualquer tipo de discriminação.

 

Jorge Soares

 

PS:Deixo um convite a todas as Teresas deste mundo para irem ler o conto de natal escrito pelo meu filho, aqui

 

publicado às 21:48


1 comentário

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De Leamar a 18.12.2009 às 10:01

Jorge...concordo contigo!!
A sexualidade de uma pessoa não devia sequer ser questionada aquando de uma adopção! Isso para mim é discriminação...e não superior interesse da criança. Senão vejamos: todos aqueles que já são pais e só depois de o serem se revelam homosexuais, não serão tão bons pais como os outros??? Então e aqueles que são casados e nas "horas extras" saltam de "equipa"...para depois retornarem a casa como pais ou mães de família tradicional??? Serão melhores??
Atenção: falo de homosexuais regrados com conceito de família e não de paneleiros promíscuos que são umas "marias vão com todas" e adoram o "olhem para mim que sou tão diferente".

PS: Falando baixinho assim sem ninguém ouvir: Para mim o filho do Castelo Branco sofre mais estigmas precisamente pela exposição amaricada, efeminada e apaneleirada que ele dá quando aparece! E este homem é casado e pai de um filho... Então aí o superior interesse da criança? Passará por onde?
Devia passar pela abolição do preconceito: um pai assim não faz propriamente um filho igual, senão isto seria lindo, seria!...Eramos clones uns dos outros!
Bom Natal para todos...

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