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Diário de um pai de licença parental

 

Não, este não é mais um dos meus posts de receitas.. ainda que o frango com cerveja de hoje até merecia o destaque.

 

Cá em casa já tivemos as duas versões, primeiro uma comilona que ainda não tinha um ano e já tinha sido colocada a dieta pelo pediatra e depois um que nos levava ao desespero porque utilizava todos os estratagemas para não comer, a comilona continua comilona mas está uma esquisita irritante, o irritante continua a irritar-nos e a comer que nem um pisco.

 

Quando conhecemos a D. ela era uma criança que comia tudo o que aparecia, enquanto havia comida na mesa ela comia, fosse o que fosse. Quando cá chegou descobrimos que: "Mamã, nã qué sopa".

 

Primeiro foi a sopa, depois foi o bacalhau, ela gosta de peixe, mas bacalhau... não é peixe... de resto, continua a comer praticamente tudo e cheira-me que o pediatra não vai gostar da relação peso altura... e vai recomendar cházinho em vez do sumo que ela adora e pede o tempo todo. Hoje estava a fazer fita com a sopa, mas mal viu chegar o frango à mesa... limpou a sopa num instantinho. Ela aprende rápido e já percebeu que quem não tem fome para a sopa... também não pode ter para o resto, que é a regra que impera cá em casa.

 

A semana passada descobri uma coisa engraçada, ao almoço estamos os dois sozinhos, normalmente vejo o que há no frigorífico que tenha sobrado dos dias anteriores, e tento acompanhar com vegetais cozidos ou gratinados; jardineira, macedónia e outras misturas que vou encontrando no supermercado. Ela costuma comer sempre tudo, sem esquisitices e pela mão dela... vegetais incluídos!

 

Um dos dias da semana passada a mãe veio almoçar connosco, já não me lembro o que comemos, mas o acompanhamento era uma mistura de vegetais que incluía entre outras coisas: feijão encarnado, cebola e pimentos vermelhos. Já tínhamos comido antes e ela tinha comido tudo.

 

Naquele dia decidiu que estava preguiçosa e queria ajuda da mãe, qual não foi o meu espanto quando no fim da refeição tinham ficado no prato, os feijões, a cebola e os pimentos.... Quando questionei a minha meia da laranja sobre o assunto a resposta foi:

 

-Ela não gosta!

 

-Mentira, quem não gosta és tu e por isso não lhos deste, ela comigo come sempre Tudo!

 

Quem  cria os maus hábitos nas criancinhas, quem é?... as mães é claro.

 

Jorge Soares

publicado às 21:37


26 comentários

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De xana a 25.05.2010 às 00:04

Uiii, acho que vais ser linchado a seguir... não sei se as leitoras do blog não te movem perseguição por causa da tua afirmação final...
Cá em casa, a esquisitice só começou quando a D. foi para esta ama que tem. Antes comia tudo, depois começou a não gostar disto, daquilo e de mais o outro. Nos infantários e amas os miúdos agem por imitação e basta que um não goste de algo, para que logo comecem as esquisitices, o mesmo se aplica para o que gostam. O problema é que há mais esquisitos que crianças que comem tudo. E nesse caso os pais tem culpa, pois se as crianças dizem que não gostam na maioria dos casos o alimento é retirado da alimentação da criança, para se evitarem birras. A D. adorava ervilhas, comia tudo o que fosse cozinhado com tomate, e comia bacalhau. De repente, começou por por as ervilhas de lado, não quer comida com tomate e bacalhau diz que não gosta. Depois come salada com tomate como se não houvesse amanhã, come pasteis de bacalhau, e come bacalhau quando eu digo que é peixe... As ervilhas já vão marchando de vez em quando. Portanto as esquisitices, só se mantêm se deixarmos. Claro que podem mesmo haver intolerâncias a alguns alimentos, mas nesse caso há mecanismos para percebermos até que ponto vai a intolerância ou a esquisitice dissimulada. Agora sopa, canja e salada? Podiam não existir mais alimentos para além destes que a D. não morria de fome. Aqui tem de haver sopa/canja todos os dias, porque caso seja um prato cozinhado com tomate, tipo ensopado de enguias, a sopa salva o jantar. Legumes, marcham na boa, feijões, ou arroz de feijão é um desafio ingrato para qualquer adulto ao lado da D. porque ninguém a vence (o sangue brasileiro e o feijão...). Salada? Até sem mais nada a acompanhar, desaparece como por magia.
Os miúdos testam a resistência dos adultos quando estão com preguiça para comer. Aqui não resulta, porque quando é preguiça, alguém pega no prato e resolve que ela é pequenina e vai comer pela mão de alguém, e lá o jantar desaparece na mesma.
Mas os garotos são assim mesmo, só é preciso que uma vez por outra façamos o jogo deles, e depois eles fazem o nosso, e assim umas vezes ganham eles, outras ganhamos nós...
Trio tão giro
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De Jorge Soares a 26.05.2010 às 15:09

Pelos vistos estavas enganada.. parece que as mães que me visitam sabem que digo a verdade e reconhecem que são culpadas.

Beijinho Xana

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