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As melhores mensagens de ano novo para SMS

por Jorge Soares, em 30.12.08

Feliz 2009 

Imagem retirada da internet

 

Ando sem pachorra para escrever, há dois ou três assuntos que tenho pendurados no baú das ideias, mas as coisas sérias ficam para depois do ano novo...e o post da bola de Berlim também. Hoje vou entrar na onda, eu também quero bater recordes de visitas, logo vou escrever sobre SMS e mensagens de ano novo..... se está sem pachorra para leituras parvas.... está na hora de fechar o browser.

Então vamos lá, vamos ver se eu encontro um SMS com uma mensagem de ano novo para cada tipo de pessoa...escolha o que mais se adeque!

Para os tradicionais:

"Saúde paz e amor, é tudo o que desejo neste fim de ano e para o ano de 2009... Feliz e prospero ano novo..."

Para os que pretendem ser originais:

Muda-se de ano... Muda-se de sonhos... Muda-se de objectivos... Muda-se de aparência... Mas jamais se mudam os feliz ano novo!

Para os sempre disponíveis:

Se fores... vai mais longe! Se fizeres... faz diferente! Se rires... ri até chorar! Se sonhares... sonha mais alto! Se arriscares... arrisca tudo! Se pensares... pensa por ti! Se saíres... sai da rotina! Se mudares... muda tudo! Se contares... CONTA COMIGO!!!  Bom Ano Novo!!


Para os lamechas:

Brindo à nossa amizade e quero que saibas que estou muito feliz de te ter entre os meus amigos. Feliz Ano Novo!

Para os ternurentos:

Quando receberes este sms, fecha os olhos e imagina os momentos mais felizes da tua vida; isso é o que desejo para ti, um ANO NOVO cheio de felicidade!!

Para os doces:

Que a magia do novo ano transforme ... cada desejo numa flor, cada dor numa estrela, cada lágrima em sorrisos, cada coração num doce amor

Para os optimistas:

-Quando receberes esta mensagem, fecha os olhos e imagina os momentos mais felizes da tua vida, isso é o que sei que vai acontecer no teu novo ano

Para os ambientalistas:

Se queres um ano de prosperidade, semeia trigo. Se queres dez anos de prosperidade, planta arvores. Se queres uma vida de prosperidade, semeia a tua amizade. Feliz ano

Para os perguiçosos:

Acabo de te conceder 365 novas ilusões :Feliz Ano


Para os pirosos:

Abre a mão, fecha-a, coloca-a na tua face e abre-a de novo, sentiste? é um beijo que te enviei. Feliz ano e muitos beijos!


Para os brincalhões:

Sei que ainda é cedo para te desejar bom ano, mas conheço tanta gente boa, honesta, decente e trabalhadora, que decidi começar pelos que não servem para nada!

¡¡¡¡FELICIDADES!!!!


Para os sonhadores:

Se a vida te dá mil razões para chorar, mostra que tens mil e uma para sonhar. Faz da tua vida um sonho e do teu sonho uma realidade. Feliz Ano Novo


Para os apaixonados:

Todos os anos peço mil desejos, para o novo ano só peço um... a ti! podes conceder-mo?
Feliz Ano

E já está bom por hoje..de minha parte, Feliz ano para todos!

Jorge

 

PS:qualquer parecido com este post da Cigana, não é pura coincidência, mas eu passei o ano a inspirar-me nos posts dela,.... não era agora que ia desistir! . ... é claro que os sms dela são muito mais engraçados.Bom ano amiga...e muitos posts para eu me inspira, ok?

PS2:É claro que copiei isto tudo algures da net!

publicado às 16:56

O cerco.... ou o ridículo?

por Jorge Soares, em 28.12.08

Escola do cerco e as armas

 

Há coisas que não consigo perceber, a noticia com mais tempo de antena durante este natal foi sem duvida a "brincadeira" de uns alunos da escola secundária do Cerco, no Porto. Mas o que mais me chamou a atenção não foi o facto em si, o que realmente me chamou a atenção foi a maneira como a professora, a directora do conselho directivo e a associação de pais tentaram branquear o assunto.

 

É verdade que já lá vão uns longos anos desde que  eu passei pelo ensino secundário, e nem fiz o secundário em Portugal, mas daquilo que eu me lembro, os professores eram umas pessoas que estavam nas salas para nos transmitirem conhecimentos, e eram merecedores de todo o respeito por parte dos alunos.  É claro que há professores e professores e há alunos e alunos, mas há alturas para tudo e de certeza que há alturas para as brincadeiras...fora da sala de aula.

 

Eu sei que é altura de natal, mas há coisas que não se podem deixar passar em branco, achei completamente ridícula a tentativa de branquear o caso feita pela directora da escola, pela associação de pais e por muito mais gente. Curiosamente não ouvi a  opinião da professora brincalhona, e também não percebi porque é que ela estava chateada ao ponto de ameaçar marcar falta a todos.... se afinal, era só uma brincadeira.

 

Já agora, e se amanhã em vez de uma arma de brincar, alguém decidir fazer a brincadeira com uma arma a sério e esta se disparar por acidente?.... vai ser uma brincadeira triste não é?

 

Já agora, será que esta professora brincalhona quer ser avaliada? e a presidenta do conselho directivo que acha isto uma brincadeira, quer ser avaliada?

 

Ridículo!

 

Jorge

PS:Imagem retirada de aqui:RTP

publicado às 22:02

Rosa

 

Continuação do conto O Rastro do teu Sangue na neve, de Gabriel Garcia Marquez, parte anterior aqui

 

- Vi maiores e mais firmes - disse, dominando o terror. - Portanto, pense bem no que você vai fazer, porque comigo vai ter de se comportar melhor que um negro.


Na verdade, Nena Daconte não apenas era virgem, como nunca até aquele momento havia visto um homem nu, mas o desafio acabou sendo eficaz. A única coisa que ocorreu a Billy Sánchez foi disparar um murro de raiva contra a parede com a corrente enrolada na mão, e despedaçou os ossos. Ela levou-o em seu automóvel para o hospital, ajudou-o a superar a convalescença, e no final aprenderam juntos a fazer o amor de boas maneiras. Passaram as tardes difíceis de junho na varanda interior da casa onde tinham morrido seis gerações de próceres da família de Nena Daconte, ela tocando canções da moda no sax, e ele com a mão engessada contemplando-a no mormaço com um estupor sem alívio. A casa tinha numerosas janelas de corpo inteiro que davam para o tanque de podridão da baía, e era uma das maiores e mais antigas do bairro da Manga, e sem dúvida a mais feia. Mas a varanda de lajotas axadrezadas onde Nena Daconte tocava sax era um remanso no calor das quatro, e dava para um pátio de sombras grandes com pés de manga e de banana-ouro, debaixo dos quais havia uma tumba com uma lousa sem nome, anterior à casa e à memória da família. Mesmo os menos entendidos em música pensavam que o som do saxofone era anacrônico numa casa de tanta estirpe. “Parece um navio”, dissera a avó de Nena Daconte quando ouviu pela primeira vez. Sua mãe havia tentado em vão de que o tocasse de outro modo, e não como ela fazia por comodidade, com a saia puxada até as coxas e os joelhos separados, e com uma sensualidade que não lhe parecia essencial para a música. “Não me importa que instrumento você toca”, dizia, “desde que toque com as pernas fechadas.”


Mas foram esses ares de adeuses de barcos e essa obstinação de amor que permitiram a Nena Daconte romper a casca amarga de Billy Sánchez. Debaixo da triste reputação de bruto que ele tinha, muito bem sustentada pela confluência de dois sobrenomes ilustres, ela descobriu um órfão assustado e manso. Chegaram a se conhecer tanto enquanto soldavam-se os ossos de sua mão que ele mesmo se assombrou da fluidez com que ocorreu o amor quando ela levou-o à sua cama de donzela numa tarde de chuvas em que ficaram sozinhos na casa. Todos os dias naquela hora, durante quase duas semanas, rolaram nus debaixo do olhar atônito dos retratos de guerreiros civis e avós insaciáveis que os haviam precedido no paraíso daquela cama histórica. Mesmo nas pausas do amor permaneciam nus com as janelas abertas respirando a brisa de escombros de barcos da baía, seu cheiro de merda, e ouvindo no silêncio do saxofone os ruídos cotidianos do pátio, a nota única do sapo debaixo das matas de bananeiras, a gota d’água na tumba de ninguém, os passos naturais da vida que antes não tinham tido tempo de conhecer. Quando os pais de Nena Daconte regressaram à casa, eles haviam progredido tanto no amor que o mundo já não era suficiente para outra coisa, e faziam a qualquer hora e em qualquer lugar, tratando de inventá-lo outra vez cada vez que faziam.

.... 


Continua
 
Jorge
PS:Imagem minha, retirada do Momentos e Olhares

publicado às 23:02

O natal da sininho :-)

por Jorge Soares, em 23.12.08

Natal

 

Eu sei que isto é feio,... mas não resisti, hoje vou plagiar um post, os desejos de natal da Sininho

 

Se eu fosse a Sininho a sério, bordava todos os vossos desejos no muro da realidade. Mas como eu sou, a Sininho a brincar…só posso deixar na vossa árvore...um pequeno embrulho...cuidado ao abrir… contém algo muito precioso…um enorme sorriso e o profundo desejo de um Feliz e Santo Natal…

 

Lindooooooooooooooooooooooooooooooooooo, uma das melhores e mais lindas mensagens de boas festas que li este ano.

 

Jorge

PS:Imagem retirada da Internet

publicado às 22:18

Vá lá, o que se come no seu natal?

por Jorge Soares, em 21.12.08

Natal em Portugal

 

Ando há uns dias a tentar escrever um post sobre o que se come no natal em Portugal, já andei pelo google mais que uma vez, mas ou sou eu que estou com pouca paciência, ou a informação não está mesmo disponível.

A maioria das pessoas associa o bacalhau e as couves ao natal, mas a verdade é que existem muitas tradições diferentes, e há muita gente que não come bacalhau, há o polvo, o peixe seco dos pescadores, favas nos Açores, e de certeza que haverá mais que nem sabemos, vamos lá ver, e vocês, qual é a vossa tradição? Vamos lá ver se a seguir ao natal eu consigo escrever um post com as tradições do Minho ao Algarve.

O que se come no seu natal?

Jorge
 

publicado às 21:25

Vi maiores e mais firmes ....

por Jorge Soares, em 20.12.08

 

Uma rosa

 

Continuação do conto O Rastro do teu Sangue na neve, de Gabriel Garcia Marquez, primeira parte aqui

.....

-É só um espinho


Antes de Bayonne voltou a nevar. Não eram mais que sete da noite, mas encontraram as ruas desertas e as casas fechadas pela fúria da borrasca, e após muitas voltas sem encontrar uma farmácia decidiram continuar em frente. Billy Sánchez alegrou-se com a decisão. Tinha uma paixão insaciável pelos automóveis raros e um papai com demasiados sentimentos de culpa e recursos de sobra para agradá-lo, e nunca havia dirigido nada igual àquele Bentley conversível de presente de casamento. Era tanta a sua embriaguez ao volante que quanto mais andava menos cansado se sentia. Estava disposto a chegar naquela noite a Bordeaux, onde tinham reservado a suíte nupcial do hotel Splendid, e não haveria ventos contrários nem neve suficiente no céu para impedi-lo. Nena Daconte, por sua vez, estava esgotada, sobretudo por causa do último trecho da estrada de Madri, que era uma pirambeira de cabras açoitada pelo granizo. Assim, depois de Bayonne enrolou um lenço no dedo, apertando bem para deter o sangue que continuava fluindo, e dormiu.

Billy Sánchez não notou a não ser por volta da meia-noite, depois que acabou de nevar e o vento parou de repente entre os pinheiros e o céu das charnecas encheu-se de estrelas glaciais. Havia passado diante das luzes adormecidas de Bordeaux, mas só parou para encher o tanque num posto da estrada, pois ainda lhe restava ânimo para chegar até Paris sem parar e retomar fôlego. Estava tão feliz com seu brinquedo grande de 25.000 libras esterlinas que nem mesmo se perguntou se também estaria a criatura radiosa que dormia ao seu lado, com a atadura do dedo empapada de sangue, e cujo sonho de adolescente, pela primeira vez, estava atravessado por rajadas de incerteza.

Haviam se casado três dias antes, a dez mil quilômetros dali, em Cartagena de Indias, com o assombro dos pais dele e a desilusão dos dela, e a bênção pessoal do arcebispo primaz. Ninguém, a não ser eles mesmos, entendia o fundamento real nem conheceu a origem daquele amor imprevisível. Havia começado três meses antes do casamento, num domingo de mar em que a quadrilha de Billy Sánchez tomou de assalto os vestiários de mulheres no balneário de Marbella. Nena Daconte havia acabado de fazer dezoito anos, acabava de regressar do internato de la Châtellenie, em Saint-Blaise, Suíça, falando quatro idiomas sem sotaque e com um domínio magistral do sax-tenor, e aquele era seu primeiro domingo de mar desde o regresso. Havia se despido por completo para vestir o maiô quando começou a debandada de pânico e os gritos de abordagem nas cabines vizinhas, mas não entendeu o que estava acontecendo até que a tranca de sua porta saltou aos pedaços e viu parado na sua frente o bandoleiro mais belo que alguém podia imaginar. A única coisa que vestia era uma cueca exígua de falsa pele de leopardo, e tinha o corpo agradável e elástico e a cor dourada das pessoas do mar. No pulso direito, onde tinha uma pulseira metálica de gladiador romano, trazia enrolada uma corrente de ferro que lhe servia de arma mortal, e tinha pendurada no pescoço uma medalha sem santo que palpitava em silêncio com o susto do coração. Haviam estado juntos na escola primária e quebrado muitas jarras no jogo de cabra-cega das festas de aniversário, pois ambos pertenciam à estirpe provinciana que manejava ao seu arbítrio o destino da cidade desde os tempos da colônia, mas haviam deixado de se ver tantos anos que não se reconheceram à primeira vista. Nena Daconte permaneceu de pé, imóvel, sem fazer nada para ocultar sua nudez intensa. Billy Sánchez cumpriu então seu ritual pueril: baixou a cueca de leopardo e mostrou-lhe seu respeitável animal erguido. Ela olhou-o de frente e sem assombro.

- Vi maiores e mais firmes - disse, dominando o terror. - Portanto, pense bem no que você vai fazer, porque comigo vai ter de se comportar melhor que um negro.
..... 

Continua
 
Jorge
PS:Imagem minha, retirada do Momentos e Olhares

publicado às 21:46

Adoção

Imagem retirada da internet

 

Há alturas na vida em que o silêncio é um peso que paira sobre nós, não, não estou a falar do silêncio do mundo, estou a falar do meu silêncio, um silêncio cúmplice e que pesa sobre mim como uma enorme nuvem de tempestade..... a solução... tentar esquecer.

 

Há umas 3 semanas atrás, após uma conversa cá em casa em que olhamos para o panorama da adopção em Portugal e concluímos que a mana que os meus filhos querem, vai chegar quando eles já não se lembrarem de que estão à espera dela, decidimos ligar para a Segurança Social, em primeiro lugar para questionar o facto de que já deveríamos ter recebido o certificado, e em segundo lugar para tentar marcar uma reunião para avançarmos com o processo da adopção internacional.

 

Fiz o telefonema, questionei uma série de coisas e reclamei com algumas das respostas, no fim, pedi para ser marcada uma reunião, já que queríamos esclarecer as coisas e avançar com o processo de adopção internacional. Que sim, que marcavam a reunião....  mas que tinha que ser com a responsável do departamento de adopções. Isto foi uma quarta, ficaram de me ligar até sexta.... ainda estou à espera, e já passaram mais de 3 semanas.

 

Ligaram sim para a P., a questionar o que se passava comigo que estava a alterado. Eu sei que tenho mau feitio, mas juro que não fui indelicado com a senhora, limitei-me a perguntar e a reclamar, com modos, quando as respostas não faziam sentido. Mas a senhora achou que eu estava alterado...... sim, estava, e estou, mas acho que perguntar não ofende, e está nos meus direitos ter direito à informação sobre o meu processo... ou não?

 

O certo é que desde então andam a engonhar, arranjam sempre uma desculpa e não marcam a reunião, ou é porque alguém está de férias, ou porque a chefe está ocupada, ou....

 

Já percebi, fiquei marcado, e se elas nem querem marcar a reunião, vão-me atribuir uma criança é nunca. Infelizmente, elas tem a faca e o queijo na mão, só elas tem o poder de atribuir ou não as crianças, e não há lista que valha, porque elas podem simplesmente alegar que não encontraram uma criança com as características que indicamos, ou que outra pessoa qualquer é mais adequada que nós.... e como ninguém controla, ninguém verifica porque há pessoas que recebem crianças em meses e outras que não recebem em anos....  elas são deus...e nós estamos condenados ao purgatório...da espera eterna.

 

É evidente que o que me apetece é reclamar, exigir, gritar ao mundo a minha indignação, falar, por mim e por todas as outras pessoas que estão na minha situação.... mas sei que isso vai ter um preço, porque mesmo para a adopção internacional, são elas quem trata do processo...e se decidem demorar quase um mês para marcar uma reunião,......

 

Sinto-me estranho, porque por um lado penso que não deveria ter feito aquele telefonema, que não devia ter questionado, porque isso colocou em causa os meus sonhos e os da minha família, por outro lado penso que o silêncio é cúmplice, é pactuar, é aceitar que elas brinquem aos deuses com a vida das pessoas... e apetece-me gritar, reclamar, exigir!... há alturas na vida em que é muito difícil decidir entre viver ou limitar-me a existir!

 

Jorge

publicado às 21:34

Flor

 

No outro dia a propósito de um meu comentário a este post  da Cigana, fartei-me de levar nas orelhas por ter feito um simples comentário que dizia mais coisa menos coisa:


"Para a próxima tenta lembrar-te que já não tens 20 anos"


Hoje ao fim do dia, em conversa com uma amiga...das que lá comentou, ela saiu-se com esta:


 

amiga says:

 

 

estou toda partida e logo tenho noite de  trabalho.....

Jorge Soares says:

andaste a fazer o quê?

amiga says:

sei lá, é do caruncho...

fico muitas vezes com dores de costas.

amiga says:

pois.. já não tens 20 anos


A seguir a isto apareceu um daqueles bonecos do messenger com um ar furioso..e eu desatei às gargalhadas. 


Eu também já não tenho 20 anos, já fiz 40 e desde que parti o pé, a P. passa a vida a recordar-mo, o que fazer?, é verdade! Sejamos realistas, como dizia a minha amiga, com a idade vem o caruncho, quando tinha 20 eu tinha a mania de fazer grandes caminhadas e subir montanhas, coisa que os meus joelhos não gostaram muito, já há uns anos que eu sou melhor meteorologista que aquele senhor da RTP, ter 20 anos deixa marcas... principalmente se na altura nos comportamos como quem tem 20 anos.


O tempo passa e vai deixando marcas, e o que importa é que passemos com ele, o único que já ninguém nos tira é o que já vivemos. Eu tenho muito orgulho da minha idade e sei que há uma altura certa para tudo, principalmente para se ter 40.


Gostava de perceber porquê o meu simples comentário, irritou tanto aquelas senhoras todas, o que há de mal em já não se ter 20 anos? o que há de mal em já se ter 40? Aos 40 já não conseguimos fazer as coisas como quando tínhamos 20, em contrapartida a experiência e a sabedoria devem fazer com que o que fazemos seja bem feito... e há sempre a ternura dos 40...... e descansem mulheres, a maioria dos homens, não trocava a sua de quase 40, por duas de 20.... acho eu!


Porque é que algumas senhoras aceitam tão mal a sua idade?

 

Já dizia o Roberto Carlos

 

 

Sorriso bonito

Olhar de quem sabe

Um pouco da vida

Conhece o amor

E quem sabe uma dor

Guardada, escondida...


Por experiência

Sabe a diferença

De amor e paixão

O que é verdadeiro

Caso passageiro

Ou pura ilusão...


É jovem bastante

Mas não como antes

Mas é tão bonita

Ela é uma mulher

Que sabe o que quer

E no amor acredita...

 

 

Jorge

PS:Imagem minha, é uma flor do Outono, bela, como as mulheres de 40

Há mais das minhas Fotografias aqui:http://momentoseolhares.blogs.sapo.pt/

 

publicado às 21:12

Pai natal ou menino Jesus?

por Jorge Soares, em 15.12.08

Guarda chuva  de Chocolate

 

Eu não tenho grandes memórias do natal, até aos meus 10 anos, lembro-me deste dia e pouco mais, mas consigo recordar que nos deitávamos cedo e que deixávamos os sapatos em ordenada parada frente à lareira. Não me consigo lembrar de nenhuma prenda em especial, não sei se elas caberiam ou não dentro do meu pequeno sapato, mas imagino que sim.. que a época não era de grandes prendas.. Consigo recordar que havia algo que nunca falhava, era a prenda certa, um chapéu de chuva de chocolate. Outra coisa que recordo claramente, é que quem trazia as prendas era o menino Jesus. Na minha terra não havia pai natal.

 
Fui para a Venezuela com 11 anos em 1979, e consigo recordar perfeitamente a primeira vez que vi aquela figura vermelha e com barbas, lembro-me de perguntar à minha mãe o que era aquilo, e de ela me ter dito que era  San Nicolás, é claro que fiquei na mesma, mas ela lá me explicou que era aquele senhor que levava as prendas no natal. Na altura fiquei a pensar como é que eles achavam que o velhote descia pela chaminé,..depois lembrei-me que lá não havia chaminés... logo o problema não se colocava.
 
O pai natal foi desenhado pela primeira vez com as vestes vermelhas e as barbas brancas em 1860 num jornal americano, mas tenho a certeza absoluta que até 1979 não tinha chegado à minha aldeia, lá quem deixava os presentes dentro do sapatinho era o menino Jesus. Isto não deixa de ter a sua lógica, se o que se celebra é o nascimento do menino,  porque é que tem de ser um velhote que vem da Lapónia e ainda por cima num trenó preparado para a neve, quem distribui os presentes?
 
Por certo, o pai natal foi desenhado a primeira vez com aquela roupa num jornal americano em 1860 e evidentemente não tem nada a ver com a lapónia nem com trenós, e muito menos com a Coca Cola, como se pretende fazer crer em alguns sítios.
 
Jorge
PS:Imagem retirada da internet

publicado às 22:04

Para que serve um deus?

por Jorge Soares, em 14.12.08

Solidão

 

Quando escrevi o post de sexta feira, não tentava convencer ninguém, estava só a responder, de forma um pouco provocatória é verdade, à minha amiga Linda, algo do estilo: já que tenho a fama, agora fico com o proveito. É evidente que sei que o tema é polémico, e que teria sempre comentários,... mas confesso que não estava à espera de mais de 30 comentários.

 

Sei que não sou dono da verdade, tenho a humildade suficiente para saber que cada dia aprendo algo novo, e já não seria a primeira vez que uma verdade absoluta, vista desde outro ponto de vista, deixa de ser absoluta e até de ser verdade.

 

Li com atenção todos os comentários, e para ser sincero, não li nada que me faça pensar que estou errado, continuo a achar que as pessoas precisam de deus porque realmente falhamos como seres humanos. Mas toda esta troca de palavras e ideias, deixou-me a pensar, tirando o comentário da Rosa sobre o que lhe aconteceu, e do que falarei outro dia noutro post, a conclusão que consigo tirar é que as pessoas precisam da existência de algo. Há quem lhe chame deus, há quem lhe chame simplesmente algo, há quem lhe chame uma força. Parece que as pessoas sentem que algo não bate certo se isso não existir. E desculpem lá, mas depois disto tudo, estou ainda mais convencido que agora chamamos deus à nossa solidão.

 

Diz o Antonio que isto é resultado de as pessoas terem sido educadas na religião, até certo ponto estou e acordo com ele. A educação no seio da religião criou laços que as pessoas não desfazem, já porque não conseguem, ou porque tem medo que isso algures, antes ou depois da morte, tenha consequências. No entanto, confesso que me faz alguma confusão que isso seja assim, faz-me confusão que pessoas adultas, cultas, educadas e inteligentes, precisem de algo que as acompanhe na vida, principalmente, porque por mais que penso, não consigo perceber, para que serve esse algo.... a não ser para nos aferrarmos quando achamos que já não vamos dar a volta.

 

O Antonio, no sitio dele, aqui, lançou o desafio, "O que faz deus?", pergunta ele, estive lá há bocado, e até agora ninguém respondeu, deixo aqui a mesma pergunta feita de forma um pouco diferente:

 

Para que serve um deus?

 

Quanto a mim, deus não existe, ponto final!

 

Jorge

PS:Imagem retirada da internet

publicado às 21:39

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