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A verdadeira origem do Halloween

por Jorge Soares, em 31.10.09

A verdadeira origem do Halloween

Imagem da internet

 

 

Durante a maior parte da minha vida o Halloween era uma espécie de carnaval que aparecia nos filmes americanos e não passava disso, nem em Portugal nem na Venezuela se festejava o dia. Nas culturas latinas o dia 1 de Novembro é o dia de todos os santos e durante muito tempo era uma enorme chatice, porque se há lugar que eu detesto mesmo, esse lugar é um cemitério.

 

Fiz um pouco de investigação e algures na internet encontrei o seguinte:

 
"A origem do Halloween, na Irlanda e nas Ilhas Britânicas, remonta há mais de 2 mil anos. Na noite de 31 de Outubro, os celtas comemoravam uma de suas maiores festas, o Samhain. Ao mesmo tempo, o dia 31 de Outubro era o último dia do ano velho. Os celtas acreditavam que, nesse dia, o mundo dos vivos se encontrava com o mundo dos mortos.


Sacerdotes celtas tentavam expulsar os demónios com uma grande fogueira. Para se proteger contra poderes malignos, os celtas usavam máscaras amedrontadoras.


No século 8°, o papa Gregório 4° transferiu para o 1° de Novembro o Dia de Todos os Santos, destinado a homenagear os mortos, a fim de cristianizar a festa celta de Samhain. Apesar disso, o "All-Hallows-Eve" – ou "véspera do Dia de Todos os Santos" – continuou sendo celebrado durante séculos na Irlanda católica."

 

Ou seja, como a maioria das festas católicas, também esta tem uma origem pagã, as grandes  vagas de emigrantes irlandeses levaram a festa para a América e algures no tempo os americanos encarregaram-se de tornar o dia num enorme negócio que a partir de meados dos 90 começou a invadir a Europa, primeiro através da venda de brinquedos e como tudo o que vem da América, tornou-se um hábito até ao ponto que já não é estranho ver crianças a bater às portas e a pedir doces.

 

Já agora, a utilização de abóboras com velas iluminadas teve origem noutra lenda irlandesa que fala de um bêbado, do diabo e de um nabo iluminado, as grandes vagas de novo os emigrantes irlandeses levaram a tradição para a América e algures decidiram substituir o nabo por uma abóbora.

 

E pronto, agora os nabos somos nós que importamos as festas americanas e todo o comércio associado...mas antes festejar a noite de bruxas que  ir passear para o cemitério.

 

Jorge Soares

 

publicado às 21:39

Como fazer uma mulher feliz

por Jorge Soares, em 30.10.09

Como fazer uma mulher feliz

Imagem retirada da internet

 

 

Esta semana anda fraca em motivação para a escrita, não sei se foi da perca dos parafusos na terça ou da desilusão do encontro nacional de adopção na segunda (porque é que chama encontro de adopção a uma coisa onde praticamente só estão funcionários da Seg. Social? ) . A verdade é que não tenho inspiração para a escrita. 

 

Hoje é sexta, aqui no blog as sextas já foram dia de vídeo, hoje, vai ser dia de humor. Já tinha recebido por mail, hoje encontrei no blog da Iris, e deixo para vossa apreciação:

 

Como fazer uma mulher feliz


 

Técnica nº 1:   Mãos Molhadas


Faça a sua parceira sentar-se numa cadeira confortável na cozinha. Certifique-se de que ela consiga ver muito bem tudo o que faz. Encha o lava-louça com água e adicione algumas gotas de detergente aromatizado para louça.. Segurando uma esponja macia, submerja as mãos na água e sinta a sua pele ser envolvida pelo líquido até que a esponja esteja bem molhada...


Agora, movendo-se devagar e gentilmente, agarre num prato sujo do jantar, coloque-o dentro do lava-louça e esfregue a esponja em toda a superfície. Vá esfregando com movimentos circulares até que o prato esteja limpo.


Passe por água limpa e coloque-o a secar. Repita com toda a louça do jantar, até a sua parceira ficar a gemer de prazer.


Técnica nº 2:  Vibrar pela Sala


É um pouco mais difícil do que a primeira, mas, com algum treino, fará a sua parceira gritar de prazer.


Cuidadosamente, vá buscar o aspirador no sítio onde fica guardado. Seja gentil, demonstre-lhe que sabe o que está a fazer. Ligue-o na tomada, aperte os botões certos na ordem correcta. Vagarosamente, vá movendo para frente e para trás, para frente e para trás... por toda a carpete da sala. Saberá quando deve passar para uma nova área. Vá mudando gradualmente de lugar. Repita quantas vezes forem necessárias, até atingir os resultados pretendidos.


Técnica n° 3: Camisa Molhada


Este joguinho é bem fácil, embora precise de mente rápida e reflexos certeiros. Se for capaz de administrar correctamente a agitação e a vibração do processo, a sua parceira falará da sua performance a todas as amigas.


Precisará apenas de duas pilhas de roupa: uma com as roupas brancas, outra com as coloridas. Encha a máquina de lavar com água e vá derramando gentilmente o detergente dentro do compartimento para o efeito (para deixar a mulher ofegante, use exactamente a quantidade que o fabricante recomenda).


Agora, sensualmente, coloque as roupas brancas na máquina... uma de cada vez.... devagar. Feche a tampa e ligue o "Programa completo". A sua companheira ficará extasiada. No fim da lavagem, retire as roupas da máquina e estenda-as a secar. Repita a operação com as roupas coloridas....


Técnica nº 4: O que sobe, desce


Esta é uma técnica muito rapidinha, para aqueles momentos em que quer surpreendê-la com um toque de satisfação e felicidade. Pode ter certeza, ela não vai resistir. Ao ir à casa de banho, levante a tampa da sanita. Ao terminar, abaixe-a novamente. Faça isto todas as vezes. Ela vai precisar de atendimento médico de tanto prazer.


Técnica nº 5: Gratificação Total


Cuidado: colocar em prática esta técnica pode levar a sua companheira a um tal estado de sublimação, que depois será difícil acalmá-la, e pode haver riscos irreversíveis para a saúde da mulher. Esta técnica leva algum tempo para ser aperfeiçoada. Empenhe-se com afinco. Experimente sozinho algumas vezes durante a semana e tente surpreendê-la numa sexta-feira à noite. Funciona melhor quando ela trabalha fora e chega cansada a casa.


Aprenda a fazer uma refeição completa. Seja bom nisso. Quando ela chegar, convença-a a tomar um banho relaxante (de preferência aromático, numa banheira de água morna já previamente preparada por si).


Enquanto ela estiver lá, termine o jantar que já terá adiantado antes dela ter chegado a casa.


Depois que ela ficar relaxada com o banho e saciada com o jantar, execute a Técnica nº 1.


Preste atenção à sua parceira, pois o estado de satisfação será extremamente alto!!!

 

Jorge Soares

 

publicado às 21:27

Adopção em portugal

Imagem retirada da internet

 

"Porque é que alguém que mora em Oeiras, se mora do lado da rua que pertence ao conselho de  Oeiras tem que esperar em média 7 anos para que lhe seja atribuída uma criança, mas se viver do lado da rua que está no concelho de Lisboa tem que esperar só um ou dois anos para uma criança com as mesmas características?"

 

Esta pergunta foi feita já ao final do dia por um dos assistentes sociais que faz parte das equipas de adopção de Lisboa e que na passada Segunda feira estava, tal como eu, a participar no Encontro nacional de Adopção que aconteceu em Lisboa.

 

É uma pergunta pertinente, estou inscrito como candidato à adopção vai fazer um ano e meio, desde então já soube de pelo menos dois casais que se inscreveram depois de mim e que receberam uma criança com as características que nós colocamos, ambos os casos em Lisboa. Como se explica isto?

 

Quem assistiu ao encontro na segunda feira consegue perceber, a verdade é que cada serviço de adopção trabalha para si e nas costas dos restantes. Existe um manual de procedimentos que supostamente é seguido, mas que depois cada um adapta à sua maneira e da forma que entende. E isto é válido para todo o processo, desde a forma como se avalia até à forma como se atribuem as crianças. 

 

É claro que isto cria enormes assimetrias, se em Lisboa há muitas crianças, há distritos onde há muito poucas, e os candidatos desses distritos tem que esperar muitos anos, mesmo quando no distrito ao lado há crianças para as que supostamente não há pais.

 

Evidentemente a pergunta com que inicio o post ficou sem resposta, a verdade é que cada serviço de adopção olha para o seu quintal, as suas crianças,  os seus candidatos e é incapaz de fazer um esforço por olhar para o lado, para ver se no quintal do lado há uns pais para aquela criança que está à espera há anos, ou uma criança para aqueles pais que desesperam há anos.

 

A sensação com que fiquei ao fim do dia na passada segunda feira, é que por muita vontade que se tenha, por muitas ideias, por muitos sonhos, a segurança social é uma montanha enorme, há muita gente, muitos quintais, e por muito que se olhe para os problemas, não há na montanha quem tenha vontade de a mover.

 

Dizem que a fé move montanhas, infelizmente neste caso não me parece que exista fé que faça mudar o que quer que seja.. a segurança social, as muitas equipas de adopção são uma montanha grande demais e nem toda a fé do mundo irá mudar esta montanha.

 

 

Jorge Soares

 

publicado às 21:42

Há quem tenha um parafuso a menos...eu tenho 5!

por Jorge Soares, em 27.10.09

Hospital do Outão

Imagem minha do Momentos e olhares

 

Depois daquela queda nos nos Açores, e daquele dia a ver passar a vida e até a morte nos corredores do hospital de Setúbal  de que falei neste post, fiquei com uns parafusos a mais e uma placa metálica no tornozelo. Hoje foi dia de ir "retirar o material", que é o termo engraçado que os médicos utilizam quando explicam o que nos vão fazer.

 

A coisa estava marcada para as 15:30, em ambulatório, o que significa que não tive que estar dois dias a passar fome no hospital. Cheguei a horas e munido de um bom livro, mandaram-me esperar na sala e passados uns 15 minutos fui chamado... 

 

Lá me mandaram despir e vestir a bata do hospital, passados uns minutos estava deitado e com o soro no braço, e passado muito pouco tempo já estava a ser anestesiado. Comecei a ficar preocupado quando me perguntaram de que lado estavam os parafusos... eu tenho uma cicatriz de cada lado do pé e ninguém me pareceu lá muito seguro sobre onde deveria ser o corte. Aquilo já me estava a irritar, mas finalmente lá apareceu o médico que me tinha colocado os parafusos e esclareceu o enigma.

 

Ser operado com anestesia local é sempre garantia de que vamos ter coisas para contar, e hoje não foi diferente. Lá me abriram o tornozelo e começaram a tentar tirar os parafusos. Como qualquer outro parafuso, para estes também se utiliza uma chave de parafusos, passado um bocado começo a ouvir o médico reclamar que a chave é uma porcaria, não desaperta nada e que dá cabo dos parafusos.... É claro que eu não estava a achar piada nenhuma, e menos quando começo a sentir que o homem está a fazer uma força enorme, e continua a reclamar com a chave... até que alguém manda ir buscar outra chave ao outro bloco.

 

Entretanto eles continuam com o trabalho que a certa altura me parece mais de escopro e martelo que de desaperto de parafusos.... e deixei mesmo de achar piada foi quando começo a sentir que o bater deles começa a ter consequências e começo a sentir dores.

 

Finalmente lá chegou a nova chave e lá conseguiram retirar o ultimo parafuso. Depois disso ainda assisti à conversa sobre a diferença entre as duas chaves, e o porquê é que a outra não servia... afinal não era para aquele tipo de parafusos....

 

Por volta das 18, e ao contrario do que eu esperava, pois ia preparado para horas de espera, já estava a voltar para casa, mais leve..e com ainda menos parafusos.

 

Jorge Soares

PS:Vão votar nos Xutos para melhor grupo do ano nos prémios da MTV, é aqui

 

publicado às 21:45

Andar de transportes públicos

por Jorge Soares, em 26.10.09

De Setúbal para Lisboa não é de comboio

 

 

Hoje estive em Lisboa, tinha que estar às 9 na Rua do Ouro, ontem ponderamos qual seria a melhor maneira de ir de Setúbal para a baixa de Lisboa, sendo que ir de carro até lá estava fora de questão, estacionar um dia inteiro em Lisboa fica um bocado caro.

 

Terminei por optar por ir de carro até ao Parque das nações, estacionei num lugar gratuito perto da Torre Vasco da Gama, caminhei até à estação do Oriente e depois fui de metro. É claro que havia alternativas mais ecológicas, que não mais baratas. Vejamos: O Comboio - Moro longe da estação, teria que ir de carro até à estação encontrar onde estacionar, e apanhar o comboio das 7:20 da manhã até Sete Rios e depois apanhar o metro. O Autocarro pela ponte 25 de Abril está fora de questão, teria que ser pela Vasco da Gama, sair na Estação do Oriente e apanhar o Metro.

 

Sem duvida que o meio de transporte de eleição entre Setúbal e Lisboa deveria ser o comboio,  e é o meio de transporte que melhor funciona na maioria das grandes cidades Europeias, por algum motivo que não consigo perceber, de Setúbal para Lisboa é quase impossível que tenha utilidade, há uma ligação por hora para cada lado e ainda por cima em horários que não lembram a ninguém. Para além de que mesmo pagando portagens, fica mais barato ir de carro...

 

Sempre achei que se arranjasse um emprego em Lisboa passaria a andar de transportes públicos, hoje descobri que para estar em na baixa às 9 tenho que sair de casa mais ou menos à mesma hora que para estar em Loures às 8.

 

Sobre o que fui fazer a Lisboa, já falarei noutro dia, mas uma coisa é certa... não quero trabalhar na baixa de Lisboa.

 

Jorge Soares

 

 

 

publicado às 21:37

A vacina da gripe A, é uma questão de consciência

 

A empresa onde trabalho todos os anos fornece a vacina da gripe comum a todos os empregados que a desejem tomar, basta ir ao posto médico num dos dias em que a enfermeira por lá passa e em 5 minutos estamos imunes a uma serie de virus.  De todos os meus colegas do departamento, sou o unico que lá vou, todos os demais inventam uma desculpa qualquer e não põe lá os pés. Isto sempre me fez confusão, sempre achei que não iam lá por medo a agulhas, hoje, não tenho tanta certeza.

 

Ontem  escutei nas noticias que metade dos médicos e enfermeiros do serviço nacional de saúde se nega a tomar a vacina da Gripe A, fiquei admirado, mas não muito, a maioria das pessoas com quem tinha falado não me pareceu nada motivada para apanhar a vacina, mas faz-me confusão que pessoas com formação na área da saúde tenha este comportamento.

 

Eu consigo perceber que o comum mortal não queira tomar a vacina, mas custa-me acreditar que um profissional de saúde que lida diariamente com centenas de pessoas, muitas delas com sistemas imunulógicos debilitados, não tenha a consciência para o problema que pode representar se apanhar o vírus e passar dois ou três dias contagiar todos os pacientes com quem lida.

 

Já aqui falei do assunto, também eu acredito que esta gripe não é mais perigosa que uma gripe normal, que todo o problema foi empolado quem sabe em nome de que interesses, mas não deixa de ser uma doença, e para pessoas doentes qualquer gripe pode ser mortal. Os profissionais de saúde, médicos, enfermeiros, não deveriam ter consciência disto? Um médico doente num hospital com centenas de pessoas debilitadas pode ser uma ameaça mortal para muitos deles, será que os médicos não tem consciência?

 

No inicio da pandemia havia quem se revoltasse porque ao contrário de outros países, Portugal não ia comprar vacinas para todos os habitantes, aposto que vão sobrar muitas vacinas, é que depois deste exemplo dado por médicos e enfermeiros, qual vai ser a reposta da população em geral?

 

Consciência meus senhores, tenham consciência.

 

Jorge Soares

 

 

publicado às 21:58

Livro:Tudo o que ele sempre quis - Anita shreve

por Jorge Soares, em 21.10.09

Tudo o que ele sempre quis - Anita Shreve

 

Desde que li Luz na Neve, fiquei mais ou menos viciado nos livros da Anita Shreve, livros bem escritos, com historias envolventes e enredos atraentes. Normalmente historias de amor, historias de mulheres apaixonadas que tem que enfrentar a vida e o mundo para poderem ser felizes.

 

Este Tudo o que sempre quis  é um livro diferente, não deixa de ter uma historia de amor, mas neste caso a historia não se centra directamente numa mulher. Este livro foi escrito à volta de decisões, um homem conhece uma mulher que o arrebata mas que não se deixa arrebatar, ele acredita no seu amor, na sua capacidade de amar, e decide que é a ela que quer amar. Ela, já não acredita no amor e decide viver a vida fechada no seu mundo, sem dar e sem receber.

 

Mais que uma historia de amor, é a historia de uma vida,  uma historia contada na primeira pessoa por alguém que decidiu amar e nunca foi amado. 

 

Sipnose

 

Sinopse: Um casamento junta sempre duas histórias, dois passados. Esta constatação é talvez tardia para o marido de Etna: um homem cuja obsessão com a sua jovem mulher tem início no momento em que se conhecem – e em que ele a ajuda a escapar a um incêndio - e culmina numa união ensombrada por segredos, traição e pelo fogo avassalador de uma paixão não correspondida.Ao académico Nicholas Van Tassel bastou ver Etna Bliss uma única vez para saber que chegara o momento de abandonar a sua condição de solteirão inveterado. Mas a frieza física e emocional com que é brindado é um prenúncio de tragédia: Etna deseja liberdade e independência, Nicholas quer a jovem exclusivamente para si… E quando descobre que, ainda que tivesse conseguido casar com ela, não teria chegado sequer a conquistá-la, vai ser o lado mais sombrio da sua personalidade a decidir o que fazer a seguir.Escrito com a inteligência e a graça que são já habituais na autora, Tudo o que Ele Sempre Quis é uma arrepiante história sobre desejo, ciúme, perda e os perigos que o fogo – o figurativo e o literal – sempre arrasta consigo.

  

 

 Jorge Soares

publicado às 21:40

Quem sai aos seus.... tem muitas chatices!

por Jorge Soares, em 20.10.09

Quem sai aos seus.. a R. armada em fotógrafa e informática

 

Imagino que já não seja lá, até porque acho que aquela passagem foi fechada, a ultima vez que subi o elevador de Santa Justa foi para ver as vistas e não para ir da baixa para o Carmo e segundo me lembro, tive que descer por onde subi.

 

Há uns 15 anos atrás, os perdidos e achados da Carris eram na passagem que havia do topo do elevador para o largo do Carmo. Sei isso porque fui lá várias vezes, não que eu perdesse coisas nos autocarros e eléctricos, até porque eu preferia andar a pé. Nunca fui de perder muitas coisas e quando perco algo, é certo e sabido que não vale a pena procurar, não vai aparecer.

 

Ao contrario de mim, a P. sempre perdeu imensas coisas e também ao contrario de mim, por norma estas aparecem sempre. Deixar a mala com documentos e dinheiro nos autocarros ou eléctricos era uma coisa meio banal, o que implicava muitos passeios ao largo do Carmo onde invariavelmente estavam as coisas dela, inteiras e intocadas.

 

A R., entre muitas outras coisas (quase tudo), herdou da mãe a estranha capacidade de perder as coisas, e para enorme azar dela, herdou do pai o facto que ao contrario das coisas da mãe, as dela quase nunca aparecem.

 

Até agora, as coisas estavam mais ou menos limitadas ao material escolar mais simples, lápis, borrachas, afiadeiras, coisas simples e relativamente baratas. Agora adivinhem quem fica solenemente irritado com esta falta de sorte da miúda?, a mãe, já percebi que não há nada pior que vermos os nossos defeitos no espelho dos nossos filhos.

 

Este ano a coisa está muito complicada, felizmente para a R.  o verão prolongou-se pelo Outono dentro, caso contrário não sei o que já teria acontecido, é que desde que o tempo começou a arrefecer, ela já perdeu uma camisola e um casaco.. o  que (por agora) já fez com que a lista de prendas de anos levasse um daqueles rombos. Temo que com a desgraça de genes que herdou destes pais, e com o clima que temos, ela até ao natal consuma as prendas de este e dos anos seguintes.

 

Digam lá, se sair aos seus, não é uma grande chatice?

 

 Jorge Soares

 

publicado às 22:01

Teatro:Fatias de cá na Quinta da Regaleira

por Jorge Soares, em 19.10.09

O poço da Quinta da Regaleira

Imagem minha de Momentos e olhares

 

 

Já aqui falei do grupo Fatias de cá a propósito do Nome da Rosa no convento de Cristo em Tomar, e de a Voz dos Deuses  no Castelo de Almourol, duas peças fantásticas que aconselho a todos. É uma maneira diferente de ver teatro e de conhecer lugares e monumentos fantásticos, nunca esquecerei os Kms que andei no Convento de Cristo, nem aquele fim de tarde junto ao Tejo no castelo de Almourol.

 

O Anel Quebrado, Fatías de cá

Na passada Sexta feira fui com a P. ver a peça O Anel Quebrado  na quinta da Regaleira em Sintra. Tínhamos passado uma tarde  na Quinta da Regaleira  há 15 dias, como expliquei neste post, na sexta estivemos lá durante a noite e não há duvida que é um lugar mágico e  propicio a representações como esta.

 

Como todas as peças deste grupo, o preço do bilhete inclui jantar, um arroz de frango que estava delicioso servido por pessoas simpáticas e bem dispostas,  representação e kms a andar atrás dos actores.

 

Não conhecia o livro em que foi baseado esta peça, e ao contrario das outras vezes, achei simples demais, nada que ver  com a representação grandiosa de O Nome da Rosa ou a atmosfera magnifica junto ao Tejo de A voz dos Deuses, mas não deixa de ser uma peça interessante que nos leva por túneis e passagens através de toda a quinta.

 

A noite vale pela simpatia das pessoas, pelo ambiente sempre fantástico de Sintra e da quinta e claro, pelas indispensáveis e deliciosas fatias Fatias de Tomar.

 

Se puderem não deixem de  ir, a esta ou à O Nome da Rosa, que está em cena em Tomar.

 

Jorge Soares

publicado às 21:30

 

Saramago e a biblia, não havia necessidade

Imagem do Público

 

“Deus só existe na nossa cabeça, é o único lugar em que nós podemos confrontar-nos com a ideia de Deus. É isso que tenho feito, na parte que me toca”.

 

José Saramago

 

Não sou grande fã do Saramago, curiosamente ou não, o único livro dele que me encheu as medidas foi o "O evangelho segundo Jesus Cristo", desde então li mais dois e não apreciei especialmente. 

 

Hoje foi lançado o seu novo livro Caim  e desde já está garantida a polémica, o escritor aproveitou a apresentação do livro para proferir uma serie de expressões que no minimo se podem considerar polémicas.

 

Quem me lê sabe que sou ateu, Deus não existe, ponto final! é o segundo post mais comentado aqui no blog, mas o facto de ser ateu, não me faz olhar para o lado e ver que mal ou bem, toda a nossa cultura e educação é baseada na moral cristã que em ultimo termo está baseada nos ensinamentos da Bíblia.

 

Dizer que "a Bíblia é um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana”  é levar longe demais a vontade de promover o livro, um escritor que já ganhou um prémio nóbel de certeza que  não precisa deste tipo de coisas para vender livros.

 

Vou de certeza ler este livro, por aí, ele conseguiu os seus intentos, mas quantas pessoas o deixarão de ler depois de lerem estas palavras? Para quê comprar uma guerra com a igreja e até com as outras religiões?

 

Não havia necessidade.

 

Jorge Soares

publicado às 21:40

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