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Bendito preservativo que tiras a SIDA ao mundo

por Jorge Soares, em 06.12.10

Bendito preservativo que tiras a SIDA do mundo

 

Encontrei a noticia no Público, o Cartaz acima faz parte de uma campanha  da Juventude Socialista da Andaluzia que foi preparada para o Dia Mundial contra a Sida.  É uma imagem forte e como seria de esperar, parece que está a causar um enorme burburinho em Espanha. Eu sou leitor habitual tanto do El Pais como do El Mundo, dois jornais de referência no país vizinho, curiosamente não tinha visto nada sobre este assunto... o tema do momento para nuestros hermanos é mesmo a paralisação "selvagem" dos controladores aéreos.

 

Quando fui ao El Pais à procura desta noticia, encontrei uma outra que diz o seguinte: A média de positivos com HIV nas análises feitas a jovens, multiplicou por 5 desde  2004.

 

A mesma noticia diz que a média de positivos em Madrid em jovens entre os 13 e os 20 anos passou de 1,8 em 2004 para 9,7 % em 2009. A noticia termina com uma chamada de atenção para a deficiente educação sexual entre os jovens que os está a levar a seguir comportamentos de risco... lá como cá!

 

Quando pensamos em 10% de jovens infectados entre os que fazem as análises, se calhar olhamos para o cartaz e já não o achamos assim tão violento, não acham?

 

Esta é a realidade Espanhola, alguém acredita que em Portugal é diferente?

 

 

Toma medidas, Utiliza-o

 

 

 

Prevenção é preciso, educação é preciso.. campanhas como esta, fortes, directas, são definitivamente precisas.

 

Jorge Soares

publicado às 21:56

Nissan leaf é carro do Ano

 

Acabo de ler no DN que o Nissan Leaf, o primeiro totalmente eléctrico à venda em Portugal, foi eleito carro do ano 2011, normalmente os artigos sobre carros terminam com o preço, eu vou começar por aí, o carro vai custar em Portugal 35000 Euros, sendo que os primeiros 5000 tem um desconto de 5000 Euros, especial graça do governo para incentivar a venda dos carros eléctricos.

 

Eu faço 110 Kms por dia, seria um candidato lógico a ter um carro eléctrico, mas com uma autonomia de 150 Kms, este teria sempre que ser um segundo carro, e convenhamos que dar 35000 Euros por um segundo carro não está definitivamente dentro das minhas possibilidades, nem o primeiro custou isso, eu diria que não estará dentro das possibilidade da maioria das famílias.

 

Acredito que o futuro do automóvel  será eléctrico, mas a evolução tecnológica actual não permite o fabrico de carros com autonomias superiores a 150 Kms, mesmo assim baterias e motores são muito caros o que faz com que os preços dos carros sejam altos demais, se a isso acrescentarmos a nossa fiscalidade, temos um carro eléctrico que ou muito me engano, ou demorará bastante tempo até atingir vendas significativas no nosso mercado.

 

A unir a isto, há muito trabalho por fazer, eu vivo num prédio novo e tenho garagem, mesmo assim teria que fazer adaptações para poder carregar o carro durante a noite. O parque de estacionamento da empresa onde trabalho não tem tomadas eléctricas, muito menos as pedidas para carregar um carro. Há muitíssima gente que não tem garagem, cujos carros ficam sempre na rua e não me lembro de ter passado alguma vez por um lugar onde se poderiam deixar os carros a carregar... em modo normal o carro demora 8 horas a carregar.

 

Tendo em conta tudo isto, na minha opinião, carros eléctricos sim, dadas as condições actuais do país e da tecnologia, por 35000 Euros não e convinha que o governo fizesse um esforço maior para que a sociedade se preparasse para a revolução que, espera-se, ai vem.

 

Jorge Soares

publicado às 22:02

Conto: O passado passa

por Jorge Soares, em 04.12.10

O passado passa

 

Não foi apenas por comodidade que sua historia com H durou tanto tempo. Depois de dez anos casado, e acometido pela doença diagnosticada “síndrome de tristeza pós-separação”, foi H quem apareceu e mereceu toda a atenção. E dedicação. Tão previsível, diriam os adivinhos das relações.

Faca as contas. Ele, com 38 anos. Ela, com 17. Se conheceram num restaurante. Ele era amigo do pai dela, com quem foi jantar. H apareceu na sobremesa, com os olhos mais brilhantes do que as velas das mesas, e a saia mais curta do que o expresso do local.

Ele era mais do que amigo do pai. Trabalharam juntos. Mais que trabalharam. Ele foi o seu primeiro patrão. Não apenas um. Definição: foi o seu mentor. Quem disse, no primeiro dia de trabalho, a frase com a qual ele passou amoldar a sua vida: “Você vai errar, mas, contanto que seja ousado, erre mais.”

Ouse, a regra que tomou para si em todos os trabalhos que realizou. Ouse, o verbo que dita as suas decisões ate hoje.

A pequena H teve apenas um homem-garoto antes dele. Vivia a histeria impregnada numa Lolita: num minuto, o mundo parece perfeito, no outro, uma desgraça; num instante, pensa em se jogar pela janela, no outro, ama tudo e todos a sua volta.

Uma inconstância hormonal que transforma as ninfetas em surpresas fascinantes, intrigantes, excitantes; pequenos furacões que se dissipam e largam para trás o céu claro.

Foi a primeira com quem ele foi para a cama depois de uma década casado e fiel.O cheiro mais doce de todas as mulheres. A inexperiência compensada pelo fogo.Um corpo atrás de aprendizado e consumo. Já escrevi uma vez: “Transar com uma ninfeta e como nadar numa piscina em dia de chuva.”

Ela não sabia nada, mas queria tudo.

Os pais apoiaram a relação incomum, já que ele era uma ancora de confiança para a garota a deriva. A família e amigos dele o condenaram: é uma criança; idade da sua sobrinha; vai fazê-la sofrer; o que você ganha em troca?

Só sexo? Claro que não. H lhe fazia bem.H curava as suas queimaduras.H dormia abraçada. H mostrava novas bandas, baladas, bares.H tinha uma ética e bondade,talvez fruto de uma pureza contaminada pela inocência, que contrastava com o mundo em volta.

Ele a ensinou a dirigir. Ia buscar na faculdade de Belas Artes. Levou aos melhores filmes. Tirou seu passaporte.Foram juntos para Nova York. Comeram nos melhores restaurantes. E ensinou a gozar.

O tempo passou. Um mês. Um semestre. Um ano.

Por vezes, H o envergonhava, especialmente numa roda com os amigos dele, em que ela falava uma bobagem digna da idade, diante de casais que, nos bastidores, desdenhavam a situação.

Suas expressões divertiam todos: “que fofinho”;“que uó”; “tipo assim...”; “sussa”. Suas opiniões eram radicais: ou tudo era lindo ou nojento.

Como uma pequena Maiakovski (“vosso trigésimo século ultrapassara o exame de mil nadas, para que o pai seja pelo menos o Universo, e a mãe pelo menos a Terra”), queria revolucionar o mundo, mas não sabia exatamente como furar o bloqueio da opressão.

Claro que um dia a verdade apareceu. Ele sentiu falta de alguém mais maduro, com as mesmas experiências. Apaixonou-se por uma advogada. E teve de cortar as asas de H. Afirmou, com convicção, que ela era linda e incrível, mas que não daria certo.

“É a diferença de idade?”, ela perguntou. Ele nem precisou responder. “Quem sabe quando você tiver 30 anos, a gente recomeça.”

Ela foi profética: “Você nunca vai encontrar uma mulher que o amou tanto quanto eu.”

Ele se casou coma advogada. Durou quatro anos. Se casou com uma jornalista. Durou dois. Se casou com uma atriz. Durou um. H deu para todos os amigos e os dele, se casou com uma guitarrista de uma banda punk,namorou uma cantora da MPB, se casou com um cocainômano, caiu de bêbada em todos os bares, abriu negócios que faliram, engordou, emagreceu, perdeu o pai, a mãe se mudou para Brasília, viveu com amigas e amigos.

Nunca perderam o contato. Nunca deixou de visitá-la nos aniversários dela. Nunca deixou de dar conselhos e carinho. E sempre se lembravam do pacto rindo. Que se cumpriu 13 anos depois.

Ambos estavam em sintonia; na mesma ressaca de recentes separações. Foi por acaso que ele ligou, e ela propôs: “To com fome de você. Vamos dormir juntos?”

Chegou à casa em que ainda havia objetos de decoração que ela dera no passado. Dormiram na mesma cama em que tantas vezes transaram.

A intimidade daqueles corpos mais gastos era a mesma. E se ela antes tinha dificuldades para gozar, agora dominava o descontrole e controlava seu prazer. Ainda uma ninfeta num corpo moldado pela idade.

Dormiram três noites seguidas. Ela sugeriu receitas para a nova empregada dele na terceira manhã. Perguntou se poderia levar alguns travesseiros, pois aqueles eram “uó”.

Mas nada de final feliz. Ela viajou para Brasília no Dia das Mães. Não ligou quando voltou. Ele esperou uns dias e perguntou, por torpedo, se ela não voltaria nunca. Ela não respondeu. Por que?

Ela não saberia a resposta. Descobriu que o passado passa. E ele aprendeu que é importante que passe, pois também nunca mais a procurou.

 

Marcelo Rubens Paiva

 

Retirado de Trapiche dos outros

publicado às 21:04

Os cubanos inventam qualquer coisa para sobreviver

 

Imagem do Público

 

Esta semana ficamos a saber que afinal em Portugal há portugueses de Primeira, os accionistas das grandes empresas que com a cumplicidade dos mesmos do costume PS, PSD e CDS,  vão antecipar o pagamento de dividendos de modo não pagar os novos impostos por mais valias. Estes são os mesmos empresários que depois vem para a televisão a falar de peito feito e a reivindicar que se possa despedir a torto e a direito sem tantos problemas.

 

Depois há os de segunda, alguns funcionários públicos nos Açores para quem o Governo regional, que é do PS, decidiu criar um subsidio especial de modo a contrariar a descida de salários decretada pelo governo.

 

E há os outros, que vão pagar mais IVA, mais IRS e ter menos salários...ou seja todos nós.

 

Há uns dias li uma reportagem do Público que se chamava:Trinta dias como um cubano, a história de alguém que decide ir um mês para cuba e viver com o salário de um empregado médio cubano, aconselho vivamente que todos leiam, é só seguir o link.  Na reportagem explica-se que com o salário normal ninguém vive mais que 12 dias, para viver o resto do mês todo o mundo se torna um chico esperto e tira ao estado tudo o que pode.

 

A julgar pelo que aconteceu esta semana, parece que o caminho que seguimos é o mesmo de Cuba, o estado tira por um lado e os chico espertos vão buscar pelo outro... a diferença é que em Cuba a coisa é igual para (quase) todos, por cá, ainda é só para alguns.... mas a julgar pelo que vamos lendo ... em breve será para todos... a miséria, que as benesses acabam mais tarde ou mais cedo.

 

Isto irrita... mesmo, será que eles não tem vergonha na cara?

 

Jorge Soares

publicado às 22:22

Mundial de 2018.. é na Russia

 

Há coisa que eu não consigo entender, e não consigo mesmo, hoje a FIFA decidiu que o Mundial de 2018 a que nos candidatávamos em conjunto com a Espanha, será organizado pela Rússia. A Julgar pelo muito que li antes e por algumas coisas que li depois desta decisão, haverá por aí muita gente a festejar... eu confesso que fiquei assim  meio para o tristonho.

 

Mas eu juro que gostava de perceber algumas coisas, uma delas é porque é que a organização de um Mundial de futebol, assim de repente o maior evento desportivo do mundo, o que é visto por mais pessoas do mundo inteiro, teria de tão negativo para Portugal.

 

Nós não somos cada vez mais um país turístico? e os países turísticos não precisam de promoção?, de serem vistos lá fora?, de mostrarem capacidade de organização? Ora, que há de melhor para a promoção de um país que um evento que é visto em todo o mundo?

 

Desde 2004 que anda tudo a queixar-se que gastamos dinheiro em estádios que não servem para nada... ora, agora que íamos dar alguma utilização a esses estádios que já construímos e resulta que é tudo contra?.. alguém me explique por favor.

 

E não me falem da crise, nós estamos em 2010, se em 2018 ainda não tivermos saído dela.. é porque não vamos sair nunca. O problema era mesmo a coisa ser junto com a Espanha?.. mas alguém acha que alguma vez vamos ter dinheiro e capacidade para organizar a coisa a solo?.. são necessários entre 15 e 18 estádios com mais de 50000 lugares... nós temos 3... novos e prontos a utilizar.. então e de onde vão sair os restantes? Tendo os estados e a maioria das infraestruturas construídas, o retorno financeiro ia ser umas 10 vezes superior aos custos.... o que é que isso tem de errado?

 

A mim espantam-me algumas coisas que li e ouvi por aí... mas é daquelas coisas, o mundo não pode estar errado e eu certo..,. vamos, expliquem-me lá... façam um desenho.. como se eu fosse .....

 

Jorge Soares

publicado às 21:59

WikiLeaks e Portugal, o país das mentiras

por Jorge Soares, em 01.12.10

WikiLeaks

Imagem de aqui

 

Eu nunca gostei muito da Ana Gomes, sempre achei que era alguém que vivia fora de tempo,  ouvir a senhora falar era como voltar aos discursos do Prec, mas se há algo em que lhe bato palmas é na forma como contra tudo e contra todos, insistiu até à exaustão na investigação da passagem por cá dos famosos voos secretos da CIA,  que levavam prisioneiros para e de Guantânamo. Eu não sei o resto do mundo, mas para mim era mais que claro que os voos tinham passado por cá, as provas eram mais que evidentes, apesar de toda a areia que nos andaram a atirar para os olhos.

 

Hoje foram tornados públicos no site WikiLeaks 722 documentos com origem na embaixada dos Estados Unidos em Portugal, um desses documentos esclarece que os Estados Unidos fizeram um pedido ao nosso governo para a passagem dos voos e que o assunto terá sido discutido entre Luís Amado e Condoleezza Rice em Washington.

 

Tudo isto se passou exactamente na altura em que o governo apresentava ao parlamento e ao país o resultado de uma investigação que concluiu pela não existência de provas da passagem por cá desses voos.

 

Ora, não sei o que irão revelar os restantes documentos, mas para já, temos a prova de que há um monte de gente que andou a mentir ao parlamento e ao país... na altura Luís Amado prometeu demitir-se se alguém conseguisse provar a cumplicidade do governo... ainda vai a tempo, ele e quem andou a prestar declarações incompletas ou falsas às comissões que investigaram o assunto.

 

Eu não tenho uma opinião sobre este fenómeno da WikiLeaks, acho que é para todos evidente que há coisas que são e devem ser secretas, nem tudo na vida, na nossa privada ou na dos Estados,  pode ser público, o mundo é muito complexo como para ser completamente transparente... e imagino que haverá muitos segredos que se descobertos causarão muito mais dano que o que lhes deu origem...  por outro lado, o equilíbrio e a paz mundial não podem ser mantidos com base em mentiras e no encobrimento.

 

Acho que nesta altura está mais que claro que quem mais lucra com tudo isto são os meios de comunicação, sem eles não existiria o site nem ninguém teria ouvido falar de Julian Assange o seu fundador... vamos esperar para ver até onde vai chegar.

 

Para já, e como muito bem diz a Ana Gomes aqui, "Mais depressa se apanha um acariciado que um coxo".

 

Jorge Soares

publicado às 21:44

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