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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imgem do Henricartoon
Um quinto dos eleitores não se fez ouvir. Bloco de Esquerda e PCP decidiram não comparecer. Porque não se encontram com o inimigo?
Retirei estas frases do Arrastão de um post do Daniel Oliveira, a mim faz-me alguma confusão, o inimigo?, inimigo de quem?
Nas últimas eleições a soma dos votos do Bloco mais os do Partido comunista andou muito perto dos 20%, como diz o Daniel, para bem ou para mal, eles representam um quinto da população, entendo que não queiram fazer parte de uma solução com a que não estão de acordo, mas por aquilo que entendi, estas reuniões eram para troca de ideias, para ouvir e ser ouvido. Se eles acham que têm soluções válidas e melhores que as que previsivelmente irão ser tomadas, porque não irem apresentar essas soluções, quem sabe e alguém os ouvia?
A mim não me parece que quem votou nestes partidos, se queira sentir à margem do que vai acontecer, aliás, não estou a ver como poderá alguém ficar à margem de um pacote de medidas que de uma forma ou outra nos irá afectar a todos.
Pessoalmente o que me parece é que ambos os partidos decidiram que será mais lucrativo a nível eleitoral manter-se à margem, já todos percebemos que da direita à esquerda neste momento ninguém faz nada que não seja com um objectivo claro, o maior número de votos possíveis no dia 5 de Junho.
Quanto a mim a imagem que deixaram com isto é muito triste, é a de que os votos e o número de eleitos estão antes das ideias do diálogo e das soluções, num momento em que todos deveríamos pensar no melhor para o país, em que todos deveríamos trocar e partilhar ideias para o bem de todos, eles decidem esconder-se atrás de palavras... é triste.
Entretanto aqui o blog vai entrar em reflexão... vou ali até ao Alentejo ver se chove... volto no Domingo, boa Páscoa a todos, não comam muitas amêndoas que não há dinheiro para dentistas
Jorge Soares
É uma deficiência enorme da minha personalidade eu sei, devo ser das poucas pessoas da minha geração que passou ao lado do TinTin e do Asterix, eu gosto da Mafalda, serve? Hergé morreu em 1983, a sua obra perdurará por muito tempo, sobreviveu a muitas gerações e espera-se que sobreviva a algumas mais ... ou não.
Hoje uma notícia do Público chamou a minha atenção: "Tribunal de Bruxelas começa a julgar “Tintin no Congo” por racismo" A minha primeira ideia foi: Estes Belgas são muito à frente, vão levar um boneco de banda desenhada a tribunal... por cá nem os criminosos a sério conseguem condenar. É claro que não é isso, alguém se sentiu ofendido com a forma mais ou menos racista em que são apresentados os nativos do Congo no livro impresso por primeira vez em 1931 e decidiu apresentar queixa, não contra o Hergé que a esta altura não se consegue levantar para ir falar com o juiz, e sim contra a editora para que o livro seja retirado de circulação.
Não é nada de novo, algures li que nos Estados Unidos vão mudar as falas do Tom Sawyer no clásico Huckleberry Finn do Mark Twain, segundo os americanos a palavra Niger é muito forte e deverá ser substituída por slave. São os mesmos americanos que há uns anos substituíram as armas nas mãos dos polícias que perseguem o ET por telemóveis.. que quando o filme foi realizado ainda nem existiam.
É claro que entramos no mundo do politicamente correcto, a televisão americana passa em horário nobre filmes e séries em que o crime é uma presença nua e crua, mas eles ficam indignados porque o Tom Sawyer chamava negro aos seus amigos... e alguém me explica em que é que negro é menos ofensivo para a dignidade das pessoas que escravo?
Não há nada pior para a humanidade que tentarmos mudar a história, só conseguimos lutar contra aquilo que conhecemos, se decidirmos ignorar que o racismo, o esclavagismo e muitos outros ismos existiram, o mais certo é que quando eles voltem a aflorar não os consigamos enfrentar. Há coisas que fazem parte do nosso passado como sociedade, elas aconteceram e devemos ter noção disso. Se vamos começar a cortar nos clássicos que até há pouco tempo víamos como inocentes, o que vai restar da arte e literatura depois de passarem pelo crivo desta censura disfarçada de bons costumes?
Jorge Soares
Imagem minha do Momentos e Olhares
Já passou um ano, a D. é a cada dia que passa uma miúda mais alegre e bem disposta, esteja em casa ou na rua, ela canta e dança o tempo todo. Para além disso, durante um ano não teve uma única constipação e com três anos é de longe a mais arrumada, obediente e educada dos três.. mesmo tendo os outros 10 anos.... para uma criança que mudou de mundo de um dia para o outro, não podia haver melhor adaptação.
Durante este último ano foram muitos os mails que recebi de pessoas interessadas em adoptar em Cabo Verde, já aqui falei sobre os processos de adopção neste país, foi neste post cuja leitura recomendo, mesmo a quem não está interessado na adopção.
Cabo Verde adoptou a convenção de Haia a 1 de Janeiro de 2010, o nosso processo entrou em tribunal a 29 de Dezembro e por aquilo que vou sabendo, terá sido a D. a última criança a vir para Portugal. Com a adopção da convenção de Haia as regras de adopção irão necessariamente mudar, sendo que em principio iriam ficar muito parecidas com as que estão em vigor por cá.
Evidentemente tudo isto implica uma enorme reorganização a nível burocrática e de estruturas, basta recordar que no país não existe uma rede de acolhimento de crianças. Neste momento ninguém sabe muito bem como irão ficar as coisas, sei que durante o último ano foram vários os processos de casais portugueses que foram enviados pela autoridade central da adopção para as autoridades de Cabo Verde, processos que estarão em espera.
Por conversas que tive com pessoas de equipas de adopção nacionais, sei que a segurança social não está consciente desta nova realidade, aliás, na sua maioria pouco sabem sobre a forma como se processa a adopção internacional em qualquer dos países.
De tudo isto, o meu conselho a quem pretende ir para a adopção internacional é, para além de contactarem a associação Meninos do Mundo, que pensem noutras alternativas, quando uma porta se fecha outras se abrem, esta semana podíamos ler no Sorriso sem cor um post sobre mais uma adopção na Guiné, e eu sei de pelo menos duas adopções muito recentes em São Tomé. Este país tem a vantagem de que é de imediato decretada a adopção plena. Há ainda a hipótese de através da Bem Me Queres se adoptar na Bulgária, ainda que neste caso não seja um processo nada barato.
Jorge Soares
Sábado. Há já alguns dias que deixo entreaberta a porta do meu quarto, enquanto escrevo, mas só hoje a armadilha funcionou. Com muito mais nervosismo, evasivas e rapapés do que é habitual - para disfarçar o embaraço que lhe causava visitar-me sem ser convidada -, Lo entrou e, depois de meter o nariz aqui e ali, interessou-se pelos rabiscos de pesadelo que eu acabara de traçar numa folha de papel. Oh, não, não eram obra de um inspirado beleletrista, numa pausa entre dois parágrafos! Eram os horrendos hieróglifos (que ela não podia decifrar) da minha fatal concupiscência. Quando a Lo inclinou os caracóis castanhos para a secretária à qual estava sentado, Humbert, o Rouco, enlaçou-a, numa triste imitação de parentesco consanguíneo. Ainda a observar, com olhos um pouco míopes, a folha de papel que segurava, a minha inocente visitinha deixou-se escorregar para uma posição de meio sentada, no meu joelho.
O seu adorável perfil, os seus lábios entreabertos e o seu cálido cabelo estavam a uns oito centímetros dos meus arreganhados caninos, e eu sentia o calor das suas pernas, através do tecido áspero das roupas de maria-rapaz.
Compreendi, de repente, que lhe podia beijar, com absoluta impunidade, o pescoço ou o canto dos lábios. Sabia que ela consentiria e até fecharia os olhos, como Hollywood ensina. Um sorvete duplo de baunilha com creme quente de chocolate - seria algo pouco mais invulgar do que isso. Não sei dizer ao meu erudito leitor (cujas sobrancelhas desconfio que, nesta altura, já se devem ter arqueado até à nuca da sua cabeça calva), não lhe sei dizer como adquiri tal conhecimento; talvez o meu ouvido de macaco tivesse captado inconscientemente qualquer ligeira modificação no seu ritmo respiratório - pois, entretanto, ela deixara de examinar os meus gatafunhos e aguardava, com curiosidade e compostura - oh, minha transparente ninfita! -, que o seu fascinante hóspede fizesse o que estava mortinho por fazer. Calculei que uma garota moderna, ávida leitora de revistas cinematográficas e perita em close-ups lentos como um sonho, talvez não achasse muito estranho que um amigo adulto, interessante e intensamente viril... Tarde de mais. A casa vibrou subitamente com a voz da gárrula Louise, a comunicar a Mrs. Haze que ela e Leslie Tomson tinham encontrado não sei o quê de morto na cave, e a pequenina Lolita não era pessoa para perder semelhante história.
Domingo. Mutável, mal-humorada, alegre, desajeitada, graciosa com a graciosidade picante da sua subadolescência inexperiente -, dolorosamente apetecível da cabeça aos pés (toda a Nova Inglaterra pela pena de uma escritora!), do laço preto, já feito, e dos ganchos que lhe prendiam os cabelos à pequena cicatriz da parte inferior da barriga da perna perfeita (onde um patinador a atingira em Pisky), uns cinco centímetros acima do grosso soquete branco. Foi com a mãe a casa dos Hamiltons - uma festa de anos ou coisa parecida.
Vestido de saia rodada, de tecido de algodão às riscas. As pombinhas dos seus seios parecem já bem formadas. Precoce armadilha!
Segunda feira. Manhã chuvosa. «Ces matins gris si doux...» O meu pijama branco tem um desenho lilás nas costas. Sou como uma dessas pálidas e inchadas aranhas que se costumam ver nos velhos jardins. Instalada no meio de uma teia luminosa e dando puxõezinhos a este ou àquele fio. A minha teia está estendida por toda a casa, enquanto eu escuto na minha cadeira, na qual estou sentado como um manhoso feiticeiro. A Lo estará no seu quarto? Suavemente, puxo a seda da teia. Não está. Ouvi há pouco o porta-papel higiênico emitir o staccato habitual, ao girar; e o meu filamento esticado não captou passos alguns, da casa de banho para o seu quarto.
Ainda estará a lavar os dentes (o único ato de higiene que Lo pratica com verdadeiro interesse)? Não. A porta da casa de banho acaba de bater; portanto, há que auscultar em qualquer outro ponto da casa a presença da bonita presa de cores cálidas. Deixemos um fio de seda descer a escada...
Certifico-me assim de que não está na cozinha - nem a bater com a porta do frigorífico, nem a gritar à sua detestada mamã (que, suponho, saboreia a sua terceira, arrulhadora e reprimidamente jovial conversa telefônica da manhã). Bem, tateemos e esperemos. Como uma aranha, deslizo em pensamento até à sala e encontro o rádio silencioso (e a mamã ainda a conversar com Mrs. Chatfield ou Mrs. Hamilton, em voz muito suave, toda ela corada e sorridente, protegendo o bocal do telefone com a mão livre, negando implicitamente que nega esses boatos divertidos acerca do hóspede, sussurrando em tom muito íntimo, coisa que a bem delineada dama nunca faz numa conversa cara a cara): consequentemente, a minha ninfita não está em casa! Saiu! O que eu supusera uma urdidura prismática mais não é, afinal, do que uma velha teia de aranha cinzenta, a casa está vazia, morta. E, de súbito, ouço o riso suave e doce de Lolita através da minha porta meio aberta: "Não diga nada à minha mãe, mas comi o seu bacon todo!" Já desapareceu de novo, porém, quando saio apressado do meu quarto. Onde estás, Lolita? O tabuleiro do meu pequeno-almoço, preparado com carinho pela minha senhoria, ri-se desdentado e sardonicamente, à espera de ser levado para dentro. Lola, Lolita!
Vladimir Nabokov
Retirado de Trapiche dos outros
Tudo na vida é uma questão de perspectiva... por vezes a forma como olhamos para o mundo faz a diferença para alguém.. somos tantas vezes indiferentes ao que nos rodeia e tantas vezes basta um pequeno gesto para fazer uma enorme diferença.
Bom fim de semana
Jorge Soares
Já passaram por fases da vida em que parece que já viram o filme em que estão metidos?.. a mim acontece-me algumas vezes, não fosse eu um céptico que não acredita no destino ou em premonições e se calhar era capaz de fazer dinheiro com isto.
Numa destas noites a conversa no messenger com a revisora oficial dos textos aqui do blog versava sobre o Fernando Nobre e as suas verdadeira intenções. Não é segredo para ninguém que eu, apesar de admirar a obra da AMI, não sou precisamente um admirador do senhor e das suas ideias (????) no que toca a política, eu não gosto de demagogos e a forma como ele utiliza o seu currículum social com proveitos políticos a mim parece-me vergonhoso.
A meio da conversa eu dizia à minha amiga que apostava em como no caso de não ser eleito presidente da assembleia ele renunciava ao cargo de deputado, os deputados trabalham e na maioria dos casos não têm o protagonismo que o senhor ambiciona.... o presidente da assembleia da república é a segunda figura do estado, dá prestígio.. ora, não tardaram 24 horas para que aparecesse a seguinte noticia:
Fernando Nobre ameaça renunciar ao mandato de deputado e ao lugar na bancada do PSD, se não tiver a maioria absoluta dos votos dos deputados para ser eleito presidente da Assembleia da República
No outro dia num dos comentários a este post, alguém questionava o que faz correr o Nobre, acho que não restam dúvidas...
Jorge Soares
Todos sabemos que vivemos numa época que não prima pelos argumentos políticos, pela competência e nem pela honestidade, é muito difícil escolher em quem votar, quantas vezes, como nas ultimas eleições presidenciais, terminamos por votar no menos mau dos candidatos?
Soledad Sánchez Mohamed, candidata do Partido Democrático a presidente da Câmara da cidade de Ciudadela, em Menorca, decidiu que à falta de argumentos políticos, teria outros tão ou mais merecedores.
O lema da campanha é: Dois Grandes argumentos, os cartazes mostram a candidata numa pose no mínimo original para uma campanha politica.
Os restantes candidatos acusaram a Soledade de fazer uma campanha sexista e obrigaram à retirada do cartaz da sede do partido, mas ela não se fica, para além de acusar os outros candidatos de retrógrados, contraargumenta: "Ninguém é mais feminista que eu, cada pessoa é livre de se expressar como entende, os peitos são meus e utilizo-os como me apetecer" .... e quem fala assim não é gago.
Senhoras dos partidos políticos portugueses, estão à espera de quê para seguir o exemplo, afinal o nivel desta pré-campanha é tão baixo que pior não ia ficar..e pelo menos haveria para onde olhar.
Jorge Soares
Imagem de aqui
Vou começar pelo disparate, "Se soubesse como o país ia ficar, não fazia a Revolução" (Otelo Saraiva de Carvalho), com todo o respeito que me merecem ele e as pessoas que tornaram possível o 25 de Abril, isto só pode ser visto como um disparate dito por alguém que está a perder a noção da realidade, é verdade que a situação é complicada, mas mesmo no meio de toda esta crise, não há comparação possível... é muito diferente um país com alguma miséria que um país que é uma miséria.
Quanto às mentiras, bom, o difícil é escolher, os líderes dos dois maiores partidos têm-nos brindado cada dia com um novo capítulo de uma telenovela mexicana que à medida que o tempo passa vai descendo de nível. Toda esta história do PEC IV e da sua discussão ou não antes da sua apresentação pelo governo, é de bradar aos céus. E o mais incrível é que já é difícil perceber se o mais mentiroso é o Sócrates, que nos dizia que estava a correr tudo bem e que não eram necessárias mais medidas ao mesmo tempo que discutia e preparava mais um PEC, ou o Passos Coelho, que primeiro não sabia de nada, depois tinha sabido por telefone, e afinal tinha estado a discutir a coisa com o ainda Primeiro ministro... isto para já não falar do "deitamos o governo abaixo porque as medidas são más demais", que agora se transformou num, "As medidas apresentadas pelo governo no PEC eram insuficientes"
Segundo as últimas sondagens, o PS e PSD no seu conjunto tem mais coisa menos coisa, 70% das intenções de voto dos portugueses... alguém me explica o que se está aqui a passar? como é que as pessoas conseguem pensar em eleger algum destes senhores?, como é que alguém pode pensar em votar em quem diz e desdiz como se nada fosse?, como podem querer a governar pessoas que brincam assim com o futuro do país e de todos nós?
Não sou dos que acham que os políticos são um bando de corruptos e mentirosos, mas o que é demais é moléstia, e o triste espectáculo que estes dois senhores tem dado ao país é tão evidente que nem tem nome... será que as pessoas não vêem?
Jorge Soares
Eu nem vou muito à bola com eles, mas há que reconhecer que isto está genial e na mouche... podem ouvir o resto no site da RTP, aqui
Jorge Soares
Imagem do Público
O título do post de hoje era este, mas não era disto que eu ia falar, o conceito de geração à Rasca anda na moda, como vamos ver pode ser utilizado de muitas formas, nenhuma delas será positiva, mas de certo modo, todas fazem parte.. e sobretudo, todas explicam o porquê chegámos a este ponto.
A noticia não terá nada de novo, mais coisa menos coisa todos os anos se repete, nesta altura multiplicam-se as viagens de finalistas, já se converteu num negócio de milhões, e numa forma de turismo de massas.. infelizmente, também se converteu numa fonte de problemas e dores de cabeça para muita gente.
Há escolas que simplesmente as proibiram, o ano passado houve pais que tiveram de ir de Setúbal a Barcelona buscar os filhos que estavam detidos pela policia depois das queixas do Hotel, este ano não há viagem para ninguém. Mesmo assim tiveram mais sorte que aqueles pais do Porto que tiveram que ir à morgue reconhecer o filho que caiu da varanda do hotel.
Este ano a GNR decidiu tentar prevenir, revistas minuciosas aos autocarros à saída do país abreviaram a viagem a pelo menos 16 jovens por posse de drogas, mais uma forma de negócio.
Não faço ideia como terá nascido esta ideia das viagem de finalistas do Liceu, no meu tempo andávamos o ano inteiro a poupar e a arranjar formas de fazer dinheiro para no fim do ano fazermos uma festa... agora, já ouvi falar em crianças do 6º ano que fazem viagens ao estrangeiro. Depois, todos os anos a história se repete, exageros, distúrbios nos hotéis, queixas à policia.. pais que tem que ir buscar as criancinhas e pagar os estragos.. que sentido faz tudo isto?
Sou pai, considero-me capaz de educar os meus filhos e de lhes transmitir valores positivos... mas sinceramente não sei se como estão as coisas autorizava a ida dos meus filhos numa viagem deste tipo... e faz-me confusão como apesar de tudo o que vai acontecendo todos os anos, os pais continuam a olhar para o lado e a alimentar este negócio.
Jorge Soares