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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem da internet, recreio da Escola das Laranjeiras
Uma das consequências de ter mudado de casa, foi que com o cartão do cidadão veio um novo local de votação, antes era na Escola das Amoreiras, agora é na Escola das Laranjeiras... faz sentido, a escola das laranjeiras fica bem mais perto da nova morada... é verdade que também ficava mais perto da antiga.. mas já lá vamos.
As Amoreiras pertencem à freguesia de São Julião, as Laranjeiras à da Anunciada, a nova casa fica na fronteira... e a 100 metros da anterior.
Curiosamente se eu devo ir votar ás Laranjeiras, os meus filhos não podem frequentar essa escola, segundo as regras quem mora em São Julião frequenta as escolas do agrupamento do Bocage, quem mora na Anunciada frequenta as do agrupamento Lima de Freitas. Ora, a escola das Laranjeiras pertence ao Agrupamento Cetóbriga, que além desta escola, tem a escola do Jumbo, numa ponta cidade e a das praias do Sado, que não só é no lado completamente oposto de Setúbal, como é numa aldeia que fica a Kms da cidade. É claro que pelo meio há uns 3 ou 4 agrupamentos e muitas escolas.
Em que resulta tudo isto?, resulta que eu tenho 3 escolas num raio de uns 500 metros de casa, ao lado das laranjeiras está a de Montalvão, e os meus filhos têm que ir para outra que pode ficar a Kms, porque nenhuma das 3 pertence ao agrupamento da zona de residência, e há crianças que vêm da outra ponta da cidade para virem para as Laranjeiras, que está colocada na fronteira de duas freguesias que pelas moradas não pertencem ao seu agrupamento.
Confuso?.. pois, muito confuso.
E o mesmo se aplica aos liceus, tenho 3 (três), sim três, que ficam num raio de 2 Kms, e a do agrupamento fica a quase 7, de novo na outra ponta... mas isto faz algum sentido?
Quem será o idiota do ministério da educação ou da DREL, que faz estas divisões de agrupamentos?.. porque é que as regras que são aplicadas para o local de votação, não são as que se utilizam para a definição das escolas?, porque é que fazem os pais andarem Kms para chegar à escola quando há escolas a meia dúzia de passos de suas casas?
É claro que depois a malta arranja esquemas com as moradas, tudo isto é um convite ao esquema!
Jorge Soares
A noticia é do El Mundo e chocou-me profundamente, temos tendência a esquecer que há mais mundos para além do que conhecemos, depois chegam-nos estas noticias que nos lembram que sim, que o nosso é só um pequeno e excelente mundo, lá fora há outros.... diferentes, muito diferentes.
Amina Abdallah Araf é mulher Árabe, é Síria, é lésbica e desde Fevereiro é blogger, o seu blog Chama-se Uma Lésbica em Damasco. No blog ela começou por falar dos direitos da comunidade LGBT na Síria, para depois abordar directamente as manifestações que no país exigiam, tal como em muitos países árabes, a abertura à democracia.
É necessário muito valor para num país onde a homossexualidade é proibida por lei, não só reconhecer a sua condição de lésbica, como falar abertamente do assunto num blog, mas não é necessário menos valor para num país com uma ditadura militar que controla tudo com mão de ferro há 40 anos, se declarar dissidente politica. "É duro ser lésbica na Síria, mas mesmo assim é mais fácil ser um dissidente sexual que um dissidente político", são palavras de Amina ao the Guardian.
Um destes dias, Amina ia pela rua com uma amiga quando 3 homens a arrastaram para um carro e desde então está desaparecida, o seu delito?, ser mulher, ser lésbica, ser blogguer, ter opinião... Num país onde a religião, os homens, os politicos, todos relegam as mulheres para um canto insignificante da sociedade, ser mulher e ter opinião é um enorme delito.
Os desejos de democracia do povo Sírio e a repressão que se instalou após as manifestações já levaram à prisão mais de 10000 pessoas, Amina negou-se a sair do país quando a foram buscar a primeira vez, agora o seu nome é mais um na lista.
Podem ver no Facebook o Grupo de apoio a Amina desde onde se grita pela sua liberdade, Free Amina Abdalla
Jorge Soares
Update: Pelos vistos a rapariga lésbica era na realidade um idiota qualquer e toda a história um invento ... enfim
Alguém me deixou um comentário no post de ontem que diz o seguinte: "O PSD Ganhou com o apoio de apenas 22.75% dos Portugueses", não é verdade, goste-se ou não, e eu não gosto, O PSD ganhou porque teve a maioria dos votos, teve mais seiscentos mil votos que o partido que ficou em segundo lugar, teve mais 1 milhão de votos que o partido que ficou em terceiro lugar.
Quando a 12 de Março se deu o fenómeno da geração à Rasca, toda aquela gente nas manifestações, o sucesso da música dos Deolinda, tudo aquilo, eu fiquei com alguma esperança que algo pudesse mudar. Engano meu, hoje, visto à distância e ante 42% de abstenção nas eleições que talvez sejam as mais importantes desde o fim do PREC, pergunto-me qual o verdadeiro significado daquela manifestação? Para que serviu?
Em Democracia somos nós que escolhemos, escolhemos muitas coisas, entre elas se queremos ou não participar, infelizmente em Portugal é cada vez maior a franja dos que não querem participar, nestas eleições 42% decidiram que não queriam participar, decidiram que seriam outros a escolher por eles, estão no seu direito democrático. Veremos quanto tempo demoram a começar a reclamar com o governo e as medidas que aí vem....
Haverá muita gente que acha que não votar os desculpabiliza, nada mais longe da verdade, não votar é aceitar sempre a escolha dos outros, é aceitar sempre o resultado, seja ele qual for, não votar é sempre fazer parte da maioria que venceu... para o bem, ou para o mal.
Cada vez mais somos um país sem consciência cívica e politica, as pessoas não vão votar porque dizem que os políticos que temos são todos iguais e acham que a melhor maneira de os castigar é não votando.... Curioso, porque eu diria que o efeito é mesmo o contrário, os políticos estão-se a marimbar para quem não vai lá e só lhes interessa mesmo quem vota... neles de preferência.
Jorge Soares
Imagem Minha do Momentos e Olhares
Ao contrário da maioria das eleições anteriores, esta vez é fácil dizer quem ganhou e quem perdeu, em primeiro lugar eu acho que perdeu o país, 42% de abstenção é uma clara derrota para o país. Estas eram umas eleições muito importantes, talvez as mais importantes desde o 25 de Abril, metade das pessoas não quis saber, metade das pessoas não quer saber quem os governa. É bom que alguém reflicta muito seriamente sobre o que isto significa realmente. Estamos a criar uma sociedade sem consciência civica e politica e isso é muito perigoso.
Dos resultados dos votos expressos, acho que está muito claro quem ganhou e quem perdeu, ganharam claramente o PSD e o CDS. Tenho para mim que há nesta vitória do PSD muito mais demérito do Sócrates, que mérito do Passos Coelho, este soube estar no lugar certo no momento certo, a mim ficam-me sérias dúvidas sobre a sua capacidade politica, espero sinceramente estar enganado, a situação do país já é suficientemente grave como para termos à frente alguém sem pulso.
O outro grande vencedor da noite é sem dúvida alguma Paulo Portas, o Partido do táxi já quase chega a partido do autocarro e está às portas do poder. Quer-me parecer que não vai ser fácil o entendimento, Portas vai vender muito caro o seu apoio ao governo, Passos Coelho falou de um governo com 10 ministros, bom, a mim quer-me parecer que depois da noite de hoje, Portas vai querer 5 só para ele ...
Todos os restantes partidos perderam, e esta vez não há meias derrotas, só derrotas a sério a começar pelo Bloco de esquerda, que de quarto partido passa para quinto. Quanto a mim o bloco deslumbrou-se com o resultado de 2009 e esqueceu o seu norte. O Bloco passou de ser a esquerda moderna para uma cópia, muitas vezes pobre, do partido comunista.
Eu sou votante do bloco desde que este apareceu, esta vez tive uma enorme dificuldade em decidir-me em quem votar, porque senti que o partido deixou de me representar. Eu não me senti representado naquela moção de censura fora de tempo e de lógica, e sobretudo não me senti representado na decisão de não ir falar com a Troika. Não era necessário assinar o memorando ou estar de acordo com as medidas propostas, mas era muito importante lá ir, dizer porque não se está de acordo e quais as medidas alternativas. Eu e muita gente sentimos que ficamos sem voz.
Não ouvi o que disse Jerónimo de Sousa, mas esta vez não há vitórias morais, num momento em que o PS caiu para baixo dos 30%, a CDU tinha que crescer muito, tinha que saber mobilizar os votantes da esquerda, tinha que crescer à custa do PS, não cresceu..de resto, foi igual a si mesmo...
Por ultimo, o PS perdeu, deixou de ser governo e face ao resultado do CDS, mesmo com a renuncia do Sócrates, não tem a menor hipótesse de vir a fazer parte alguma coligação. Pior, a saída do Sócrates vai deixar um vazio, não se vê neste momento quem possa ter o carisma politico para voltar a fazer do PS um partido com aspirações de poder.
Esperam-nos tempos conturbados, veremos se PSD e CDS conseguem criar uma aliança forte que consiga manter-se no governo pelo menos até ao fim do periodo de intervenção do FMI... veremos quando são as próximas eleições.
Jorge Soares
Está recenseado e perdeu o cartão de eleitor?, saiba que este não é necessário para poder votar, basta o bilhete de identidade ou a carta de condução e saber o número de eleitor. Não sabe o número de eleitor ou onde votar?... o site do MAI diz-lhe o seu número de eleitor e onde votar, com o número do bilhete de identidade ou o nome completo e a data de nascimento, é aqui, não deixe de ir votar.
De registar que nas últimas eleições presidenciais este site dava a informação do local onde se iria para votar, informação que pelos vistos de Janeiro para cá se perdeu, agora só dá o número de eleitor e a freguesia.
Para saber o local exacto onde votar, depois de ter o número de eleitor podem ir ao Site do CNE, onde sabendo o Concelho e a Freguesia podem consultar a mesa de voto.
Será que era assim tão complicado juntar as duas funcionalidades?
Jorge Soares
Ela é a primeira a visitar-me. Seu corpo não é apenas a primeira memória. Ele é a porta que abre todas as restantes lembranças.
E foi abençoado por essa saudade que cheguei ao lugar do Vasco. Bati à porta, ele nem atendeu. Não fugiu, nem rugiu. Mandou um miúdo com mensagem da sua ausência: não estava e, além disso, estava ausente. E mais: Vasco Além-Disso Vasco mandara dizer que, agora, residia em incerteza de parte. Ainda insisti:
- E Florinha também deu ausência?
- Florinha? Não sabe que aconteceu com ela?
- Não.
O miúdo falou que Florinha fugira de casa, numa noite dessas. Diz-se que ela se entranhara na floresta, deambulando sem destino. Ainda lhe seguiram o rasto até à curva do rio. Depois, subitamente, nenhuma pegada, nenhum vestígio, nenhuma gota. Mal soube da fuga, Vasco ordenou que todos espalhassem vigília e desgrenhassem capins e arvoredos. Enlouquecido passou o mato a pente fino. Pobre homem: abanava a árvore para cair fruto, mas quem tombou foi serpente. A solidão se enroscou, definitiva, no seu viver. E o homem se azedou a pontos de se raivar contra tudo e todos. Quem sabe tinha sido boa fortuna eu ter falhado encontrar-me com esse Vasco? Com certeza, ele me receberia a tiro de espingarda...
Assim, com saco vazio e alma magra eu me fiz ao mato, ensaiando um arrastoso regresso. Trazia comigo o meu nenhum dinheiro, bolso enchido de sopro. Um céu triste me enevoava. Pela primeira vez, chamava lembranças e a Florinha não comparecia. Estranhei, com suspeição. Porque ela se tinha retirado da sua ausência?
Meu sobressalto tinha razão. Porque, sem saber, um contrabandoleiro me tinha seguido desde a cidade. O malandro sabia, por certo, que eu ia colectar um montante. Tomando-me por um zé-alguém, o bandido me emboscou. Saltou de um penhasco, sombra encostando-se-me no corpo. Foi espetando nariz no meu hálito enquanto encostava o cano da espingarda no meu pé. Olhei para baixo, em respeito do medo.
De repente, o valor das minhas partes inferiores se desenhou, superior, ante o meu juízo. Cada pé sustenta mais que uma perna, meio corpo, meia vida. Um pé suporta o passado, outro dá apoio ao futuro. Aquele pé que o matulão me ameaçava, eu sabia, aquele pé dava sustento ao meu futuro.
- Esse, não. Lhe peço, dispare no outro pé.
A mão do mautrapilho procurou encosto no meu ombro. Era gozo de tocar-me? Ou seria o gosto de me ver liquedesfazer em tremuras? Eu já fazia descontos na minha vivência, mais vazado que o saco que tremia em meu regaço. Corajoso é o que esquece de fugir? Pois, imóvel fiquei até que se escutou o formidável rugido, clamor de cavernosos dentes. Cruz em peito, credo na boca! O que seria um tal escarcéu? E eis que um leopardo se subitou entre os ramos das árvores. E soou o disparo, tangenciando o instante. Tombei no meio de gritaria. Que se passara? O bandido, tomado de susto, disparou em seu próprio corpo. Tudo se passou em fracção de um “oh” e, no rebuliço, ainda acreditei ver um dedo maiúsculo voando, avulsamente pelo ar. Mas eu já me desencadeara dali, correndo tanto que os quilómetros se juntaram às léguas. Em pulos e tropeços, a distância me foi escudando.
Mas, contudo e porém. Mordido por ter cão, mordendo por não o ter. E eu me salvava de balázio para me perder na escura selva. Salvei-me da boca, metia-me no dente? Olhei em volta e o verde me enleava, pegajoso. Dormi com o relento, lençolei-me com o infinito da estrela. Pensava que era noite de passagem. Mas rodopiei mais noites às voltas, zarantolo. Assisti às quatro estações da lua. Comi raiz, masquei folha, trinquei casca, cuspi-me a mim. Beberiquei orvalhos, na cafeteira da madrugada.
Já eu tinha perdido contas às manhãs quando ao despertar me rasgou um susto. Focinhando em meu rosto estava o leopardo. Minha alma caiu de joelhos, me entreguei a meu próprio fim. O felino achegou--se e estacou a rasar-me o corpo. Olhei seus olhos e estremeci até às lágrimas: ali estavam, serenos e espantosos, os olhos de quem eu nunca me curara de ter amado.
- Florinha!
E mesmo debaixo de tontura entreguei meu rosto, meu pescoço ao afago. Tanto que não senti nem dente, nem sangue. Os outros dizem que foi milagre o bicho não consumar em mim sua matadora vocação. Só eu guardo meus secretos motivos.
Imagem retirada do Facebook (clique para ampliar)
Esta foi a campanha do vazio, a Troika e o memorando ataram os chamados partidos do arco do poder de pés e mãos e nenhum dos três quis ir muito longe, todos terão lido as letras pequeninas (esperemos) e sabem muito bem o que aí vem, fazer promessas numa altura destas era arranjar lenha para (mais cedo que tarde) se queimar. Ficaram-se todos mais ou menos pelos mesmos lugares comuns, e não fosse o diz desdiz do Passos Coelho, a coisa teria sido uma pasmaceira de bradar aos céus. Comparada com a campanha de 2009, esta foi de alto nível, completamente vazía de conteúdo, mas pelo menos não se caiu no insulto fácil....
O Bloco de esquerda e a CDU fizeram a campanha do contra, sendo que neste caso era fácil ser do Contra, contra a Troika, contra o Memorando, contra o amém dos outros três, contra o estado em que Sócrates deixou o país, contra as trocas e baldrocas do Passos Coelho. A favor da renegociação da dívida, a favor de um estado mais social e solidário.
Tentei ouvir as ideias dos restantes 12 partidos, a verdade é que tirando a coerência do PCTP/MRPP, o resto é patético e confrangedor... a democracia também tem destas coisas e há espaço para todos....
Tentei seguir a campanha através dos meios de comunicação e da blogosfera, vi um ou dois debates, ouvi diariamente os diários de Campanha da Antena 1, tentei ler o mais possível sobre as propostas de cada partido..e fartei-me de levar nas orelhas da Sandra, porque ando sempre desinformado.... Amiga, louvo-te a paciência, e agradeço-te os muitos esclarecimentos.
Não pretendo dizer a ninguém em quem deve votar, se eu ainda não tenho a certeza... o que digo é que, vão votar, é muito importante que o façam, não importa se vão votar à esquerda, à direita ou ao centro, mas, vão votar, não deixem de lá ir.
Nunca consegui perceber as pessoas que não votam, sempre achei que quem cala consente, depois descobrimos que quem mais fala, por norma quem fala mais mal, é quem não vota, precisamente os que deveriam estar calados,.... não fiquem calados, vão votar, o país precisa, nós precisamos.
Sobre votos brancos e abstenção, recomendo este post, vejam o vídeo é muito esclarecedor...e decidam em consciência, vão e votem, na esquerda, na direita, ao centro, não importa, vão e votem, joga-se muito do nosso futuro nestas eleições, não queiram deixar a decisão para os outros, sejam donos do vosso futuro, VOTEM.
Jorge Soares
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Em Setúbal há um agrupamento de escolas que tem uma única sala de pré-escolar com 23 alunos para uma freguesia que tem mais de 16000 habitantes.
O estado em lugar de investir em escolas públicas gasta milhões a financiar escolas privadas onde se eu tentar inscrever a minha filha para além de ter que recorrer às cunhas para arranjar uma vaga, fico sempre a pagar a mensalidade máxima. Entretanto quem não paga os seus impostos e tem evidentes sinais de riqueza, paga uma quantia simbólica ou não paga nada.
Alguém ouviu falar de medidas para a educação durante esta campanha eleitoral?, eu não ouvi. O PS não teve valor para impor as suas ideias e fazer mudar estas coisas, o PSD diz que vai deixar tudo como está... vamos votar em quem?.. em nenhum deles de certeza absoluta.
Jorge Soares
Imagem Minha, criança de Cabo Verde
Sabem os que me costumam ler que sou contra os dias, especialmente contra aqueles dias que são completamente desvirtuados e se convertem no dia de São Comercio. Para a maioria das nossas crianças hoje foi o dia de mais um brinquedo, de mais um passeio, de mais uma festa na escola. Para a maioria o brinquedo será só mais um que estará lá por casa, algures esquecido num canto. As crianças hoje em dia têm tudo e mais alguma coisa, dezenas de brinquedos que na maior parte dos casos são abertos e esquecidos a seguir.... mas há sempre um pretexto para receberem mais um.
O dia internacional da criança foi uma iniciativa da Federação Democrática Internacional das Mulheres, que em 1950 e dadas as condições precárias que existiam em muitos países do mundo após o fim da segunda guerra mundial, propôs às Nações Unidas que se criasse um dia dedicado às crianças e donde se tentasse melhorar as suas condições de vida. E o dia foi comemorado logo no dia 1 de Junho desse ano...
Se eu pudesse propunha que no próximo dia da criança não se comprasse um único brinquedo, que em lugar disso utilizássemos todo esse dinheiro para tentarmos seguir o principio que deu origem a este dia e melhorar a vida dos milhões de crianças que pelo mundo fora, além de não terem brinquedos no dia da criança, também não têm que comer, nem neste nem na maior parte dos dias..... se conseguíssemos isso, eu voltaria a acreditar que o dia da criança faz sentido.
Por favor, não deixem de ver o vídeo seguinte e de reflectir.
Jorge Soares