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bebé sete mil milhões

Imagem do Público

 

Terá sido hoje, ou há uns meses, ou daqui a uns meses, a realidade é que é impossível saber quando ou onde foi que nasceu o habitante sete mil milhões do nosso planeta, alguém das nações Unidas decidiu que seria nas Filipinas e assim de repente saiu uma especie de sorte grande a uma menina chamada Danica e à sua família.

 

A população da terra cresce de modo exponencial, há dois mil anos pouco passávamos de 300 milhões, no inicio do século passado não tínhamos chegado sequer aos dois mil milhões... os últimos mil milhões demoraram só 12 anos em ser ultrapassados.

 

Num mundo em que 48% da população vive com menos de um Euro por dia e em que a distribuição da riqueza está mais desnivelada que nunca, talvez mais que perguntar onde nasceu, haveria que perguntar como poderá ser o futuro desta ou de qualquer outra criança que nasça no  mundo actual.

 

Se tivermos em conta que a pressão demográfica é mais intensa precisamente nos paises mais pobres, o mais certo é que a criança sete mil milhões  tenha nascido com a garantia de uma vida cheia de dificuldades. 

 

Eu diria que muito mais importante que saber onde e quando nasceu ou nascerá o próximo bebé, o mundo deveria preocupar-se em encontrar uma forma de poder garantir alguma esperança de uma vida decente para ele e para todos os outros bebés que nascem hoje e que nascerão no futuro. Pensar numa forma de controlar de forma eficaz o crescimento da população e encontrar uma forma de garantir educação, saúde e alimentação para cada um dos habitantes do planeta.. isso é que era importante.

 

Jorge Soares

publicado às 20:49

 

Encontrei  este vídeo no Minha Essência, todo ele é mais ou menos surreal, que alguém chegue ao 8º ano de escolaridade sem saber ler uma frase é surreal, que alguém com 15 anos não saiba sequer dizer o dia em que nasceu é surreal, ouvir as tentativas de explicação por parte da directora do agrupamento, para além de triste é surreal.

 

Ouvir alguém que quando questionado sobre se sabe ler e escrever responde que sabe assinar o nome, é algo que achava eu fazia parte do passado deste país, era algo que eu quando era criança ouvia às pessoas idosas lá na aldeia

 

A realidade é que o vídeo é de Março deste ano, não é de há 30 ou 40 anos atrás e o Marco não é uma velhinha de xaile e lenço na cabeça que nunca teve oportunidade de ir à escola. Quero acreditar que esta seja uma excepção, mas a verdade é que ela existe. Há alguém que andou na escola dos 6 aos 15 anos e chegou até ao 8º ano sem nunca ter aprendido sequer a ler uma frase. Como é que uma criança passa todo o primeiro ciclo, transita para o segundo e faz 4 anos deste sem saber ler?

 

A mim o que mais me chocou no meio de tudo isto é a atitude da directora do agrupamento a tentar explicar o inexplicável, pelos vistos para esta professora é suficiente com aparecer de vez em quando na escola, o que importa não é se o aluno sabe ler e escrever, é a sua satisfação e integração.... o que quer que isso signifique.

 

A mim apetece-me perguntar qual é neste momento o papel da escola na nossa sociedade?, é suposto mandarmos os nossos filhos para lá  para que esta os ensine, para que saiam de lá minimamente preparados para enfrentar o mundo. Ora, no caso do Marco o sistema falhou completamente, a escola não soube ou não foi capaz de ensinar ao Marco o que quer que fosse. A julgar pelas palavras daquela professora, o papel da escola passou a ser o de um depósito de crianças, um lugar para onde elas vão não para serem formadas mas sim para passar o tempo.

 

Acho que como sociedade nós não podemos aceitar que este tipo de coisas aconteça, o papel da escola deve ser claro, nós queremos uma escola que forme, não um depósito de crianças.

 

Jorge Soares

publicado às 21:48

Conto: Miudádivas, pensatempos

por Jorge Soares, em 29.10.11

Miudádivas, pensatempos

Imagem de aqui

(“Para Manoel de Barros, meu ensinador de ignorâncias”)


Estou sem texto, enriquecido de nada. Aqui, na margem de uma floresta em Niassa, me desbicho sem vontades para humanidades. Entendo só de raízes, vésperas de flor. Me comungo de térmites, socorrido pela construção do chão. No último suspiro do poente é que podem existir todos sóis. Essa é minha hora: me ilimito a morcego. Já não me pesam cidades, o telhado deixa de estar suspenso ao inverso em minhas asas. Me lanço nessa enseada de luz, vermelhos desocupados pelo dia.

Nesse entardecer de tudo vou empobrecendo de palavras. Não tenho afilhamento com o papel, estou pronto para ascender a humidade, simples desenho de ausência. Na tenda onde me resguardo me chegam, soltas e díspares, de visões, pensatempos, proesias. Assim, em miudádivas ao poeta:

A primavera cabe dentro do grilo.
Cigarras se alfabetizam de silêncios.
No liso da parede,
a osga se prepara para transparências,
adquire a forma do nada.
Enquanto o ramo vai transitando para camaleão.

Na mafurreira,
sobem ninhos de arribação, ovos do arco-íris.
A aranha confunde madrugada com sótão,
artefactando materiais de orvalho.
Ela se mantimenta de esperas.
Minha tenda se engrandece a teia.

Uma mosca se inadverte na armadilha.
Igual o amor
que me rouba mecanismos de viver.

Formigas transportam infinitamente a terra.
Estarão mudando eternamente de planeta?
Estarão engolindo o mundo?

Insectos sonham ser olhados pelo sol.
Mas só a chama da vela os vela.
Já o ovo é iluminado por dentro,
tocado pela luz do infinito.
O ovo repete o total início,
redundante gravidez do mundo.

Por isso, este surpreendido ovo
não tem competência para meu jantar.
Pena o estômago não entender poesias.

Nada se parece tanto: poente e amanhecer.
Defeitos na tela do firmamento?
Instantâneas aves,
pedras que se despoentam.
A noite acende o escuro.
Tudo semelha tudo.
Só a coruja atrapalha a eternidade.

Está chovendo horas,
a água está a ganhar-me semelhanças.
Escuto ventos,
derrames de céu.

Parecem-me luas e são lábios.
Lembranças de minha amada.
A tua boca me ilude, sou culpado de teu corpo.
Saudade: sou mais tu que tu.

Escuto, depois, a enchente.
Longe, a água desobedece a paisagens.
O rio toma banho de troncos,
raízes da água se soltam.
Sigo de catarata, luz encharcada.
E peço desculpa à margem:
desconhecia as unhas de minha transbordância.
Meu sonho está cego para razões.
Sei só escrever palavras que não há.

Depois, o sono me encaracola:
estou a ser pensado por pedras,
me habilito a chão, o desfuturo.


Mia Couto,
Contos do nascer da Terra
Retirado de Contos de Aula

publicado às 21:38

Os franceses tem a pila pequena!

por Jorge Soares, em 28.10.11

Os franceses tem a pila pequena

Imagem do Sol 

 

O que tem a ver as courgettes com o tamanho das pilas dos franceses?... pois, eu também gostava de saber, a imagem é do SOL e foi utilizada para ilustrar uma notícia que titulava o seguinte: 'França indica 'tamanho normal do pénis'

 

 

Eu já tinha lido coisas estranhas, mas isto de indicar por decreto o tamanho normal do dito cujo, só podia mesmo lembrar aos franceses. O que querem eles dizer com "Tamanho normal do Pénis"?... querem dizer o seguinte:

 

A Academia Francesa de Cirurgia divulgou um documento a indicar aquilo que entende ser o tamanho normal do pénis humano. O objectivo é dissuadir homens que desejam submeter-se a cirurgias correctivas desnecessárias.

Para o organismo fundado em 1731 por Luís XV, um pénis normal mede entre 9 e 9.5 centímetros quando flácido e 12.8 a 14.5 centímetros erecto.

 

hummmm.. 12.8 a 14.5 centímetros?... e eu que achava que eram os orientais que o tinham pequenino {#emotions_dlg.lol}. Está visto que pelo menos a julgar pela amostra padrão, os franceses tem a pila pequena. 

 

Para quem estiver interessado, ou quem sabe marcar o próximo destino de férias, pode ir espreitar o  The Penis Size Worldwide (country).. que diz que no Congo a média é de 17.7 cm...  e que na Coreia do Sul é de 9,6 cm ....  está visto que aquilo de que o tamanho não interessa é mesmo uma invenção oriental {#emotions_dlg.happy}

 

Agora que já nos estávamos a habituar aos estudos parvos, chegou a hora das noticias parvas... e sempre gostava de saber quem foi o caramelo que escolheu as courgettes para ilustrar a noticia... , sim, porque uma senhora de certeza que tinha escolhido outra imagem qualquer.

 

Jorge Soares 

publicado às 21:42

Hoje vou roubar as palavras e o título do post no Quinta da Ribeira

 

Fabian, o protagonista deste vídeo, vestiu uma roupa de urso carinhoso e foi para a rua tentar conseguir alguns abraços. O facto é que o Fabian, muitas das vezes que viaja de autocarro, tem o assento ao seu lado vazio. O vídeo foi feito pela ‘Pro Infirmis’ e tenta mostrar a verdadeira atitude das pessoas, perante as aparências.

 

Qual é o problema das pessoas? É preciso disfarce para aproximar as pessoas?

 

Veja o vídeo até ao fim... só assim entenderá!

 

 

 

O Vídeo fez-me recordar o Rafael, de que falei no post de segunda feira,  e os motivos que o fizeram terminar com a sua vida quando ela práticamente ainda nem tinha começado.

 

O Rafael morreu porque era diferente e porque o mundo à sua volta não soube aceitar e entender a sua diferença, quando me deparo com coisas destas fico sempre com um nó na garganta. Talvez porque também eu já senti o que é de um certo modo ser diferente, talvez porque tenho 3 filhos todos diferentes entre si e muito diferentes do mundo que os rodeia, talvez porque tenho consciência de que somos uma sociedade que não sabe respeitar as diferenças.

 

Olhamos para vídeo e no fim ficamos sempre com a dúvida, quantas daquelas pessoas seriam capazes de abraçar o Fabian se ele não tivesse o disfarce vestido? Quantos de nós o faríamos? Somos capazes de educar os nossos filhos para que o futuro da sociedade seja melhor e não sejam necessários disfarces?... atendendo à forma como o Rafael morreu, acho que não.

 

Qual é o problema das pessoas? É preciso  um disfarce para as aproximar?

 

Jorge Soares

publicado às 21:18

Não desistas, por Portugal

por Jorge Soares, em 26.10.11

 

Eu ia falar de mais coisas tristes, estas por exemplo, mas acho que hoje preciso de algo positivo... vamos pensar positivo.... vamos acreditar que podemos construir um país positivo... sim?

 

E sim, eu sei que para quem não está na posição daquelas pessoas, para quem não tem emprego e/ou salário, não é fácil pensar positivo... mas só hoje, vamos pensar positivo....  porque mesmo esses, se não acreditarem, não vão conseguir lutar para conseguirem ter um futuro... vamos pensar positivo.. ok????

 

Jorge Soares

publicado às 22:30

Entretanto na Madeira a vida segue .....

por Jorge Soares, em 26.10.11

Jardim continua a acumular salário com pensão

Imagem do Público

 

... como se nada se estivesse a passar.

 

Ainda há quatro políticos no activo que acumulam pensões de reforma com o vencimento dos cargos que ocupam, e todos na Madeira: os presidentes do Governo e da Assembleia Regionais, Alberto João Jardim e Miguel Mendonça, e os secretários regionais Brasão de Castro e Santos Costa. Mas os ex-políticos madeirenses vão deixar de poder acumular as subvenções vitalícias com rendimentos do sector privado, caso o Governo da República decida avançar com tal proibição. 

 

Sabem uma coisa, eu até estou admirado, primeiro porque não voltei a ouvir o homem depois do dia das eleições, estará algures de lua de mel a festejar a nova maioria absoluta?

 

Segundo, porque depois das medidas anunciadas pelo governo, eu estava à espera de o ouvir a chamar caloteiros aos gajos de Lisboa  e a dizer que na Madeira não havia cortes de subsídios de férias e de natal para ninguém.... deve estar para breve.

 

Cerro certo é que o homem continua a acumular o salário com os 4400 Euros de reforma, o resto é conversa....por certo, já alguém ouviu falar das famosas medidas a que a Madeira ia ser sujeita para pagar os mais de 8 mil milhões do buraco?.... não, pois, como sempre quem vai pagar são os nossos impostos... parvos somos nós que os elegemos e admitimos que estas coisas continuem a acontecer.

 

Jorge Soares

publicado às 21:07

A igreja Católica não escarmenta

por Jorge Soares, em 25.10.11

José Rodrigues dos Santos causa a ira da igreja católica

Imagem do Público

 

Já aqui falei muito mal de um livro do José Rodrigues dos Santos, foi sobre o Sétimo Selo, um livro que me desiludiu completamente e que fez com que não voltasse a ler nada deste escritor.

 

Não fazia a mínima ideia de que havia um novo livro do senhor no mercado até que ao fim do dia me deparei com o seguinte no Público online: 

 

Igreja Católica arrasa o último romance de José Rodrigues dos Santos 

 

O livro chama-se o Último Segredo e só pela ira que pelos vistos causou na cúpula da igreja católica Portuguesa, deve ser digno de se ler. Em circunstâncias normais seria mais um livro que me passaria ao lado, depois deste barulho todo, fiquei curioso... quem sabe e até gosto do livro e recupero a vontade de ler este escritor.

 

A igreja católica não escarmenta, com tanto barulho, não só mostraram ao mundo que o José Rodrigues dos Santos tem um novo livro, como deixaram meio mundo com vontade de o ler. A última vez que tinha havido um tal burburinho foi com  o Caim de José saramago (ver aqui), é claro que JRS não é Saramago, mas aposto que neste momento deve andar com um sorriso de orelha a orelha, é que publicidade deste tipo não é para qualquer um... aposto que este livro bate por longa distância a tiragem de todos os anteriores.

 

Update: A resposta de José Rodrigues dos Santos aqui

 

Jorge Soares

publicado às 21:39

E o bullying volta a atacar, morreu o Rafael

por Jorge Soares, em 24.10.11

Bullying infantil

Imagem de aqui

 

A noticia é do Correio da manhã, na versão online não merece mais que umas poucas palavras, as mesmas que são repetidas por um outro jornal online e diz o seguinte:

 

"Um menino de 10 anos era gozado na escola por causa das orelhas grandes e pôs termo à vida." 

 

Ontem a Teresa no Energia a mais esclarecia um pouco mais:

 

"...tinha dez anos, andava no quinto ano

 e para além de todas estas coincidências com o meu filhote, partilhava ainda a patologia - sofria também de PHDA....e dos «inevitáveis» problemas na escola....

 que ninguém soube resolver, que ninguém conseguiu contornar!"

 

Foi há pouco mais de um ano que todos ouvimos falar do Leandro, o menino de Mirandela que farto de ser gozado e agredido pelos colegas, um dia saiu da escola e deitou-se ao rio.

 

Ontem foi o Leandro, hoje foi o Rafael, amanhã pode ser um dos meus filhos, ou os filhos de outra pessoa qualquer e a sensação com que fico é que nada muda, não há responsabilidades, não há culpa, não há culpados.

 

A semana passada o meu filho que anda no quinto ano na Secundária do Bocage, o ciclo de Setúbal, contava que a meio do dia um grupo de adolescentes entrou na escola munido de paus e correntes com o intuito de agredir um dos alunos, passeou-se alegremente até que o encontrou e espancou de tal forma que teve que ser levado para o hospital.

 

Como é que um grupo de estranhos consegue entrar numa escola pública e agredir um aluno?, fácil, pela porta principal, a mesma por onde depois saíram.

 

Nós entregámos os nossos filhos na escola todos os dias, eles passam lá a maior parte do dia, mas na realidade estão entregues a quem? está a escola obrigada a cuidar da sua segurança e bem estar enquanto eles lá estão?, há alguém que seja responsável e a quem pedir contas pelas coisas que lá se passam? É a escola responsável por garantir a segurança dos nossos filhos? Alguém me sabe responder? Quantas crianças tem de morrer para que alguém encontre respostas para todas estas perguntas?

 

Este é o estado actual do nosso sistema educativo, em tempos havia algo chamado escola segura, não sei se efectivamente servia para algo, mas a verdade é que pelo menos víamos os carros parados na porta da escola. Há dois anos que vou buscar os meus filhos à porta da Bocage, não me lembro de por lá ter visto um policia.

 

Toda esta situação é deveras preocupante, porque a ideia que fica é que existe uma total impunidade por parte dos agressores e uma total desresponsabilização  por parte dos conselhos directivos das escolas e associações de pais..... desculpem lá, mas isto é assustador.

 

Update: Depois do comentário da DH investiguei melhor, o espancamento com paus e correias em Setúbal não foi dentro da escola, foi na porta da escola... não é muito diferente, porque se existisse vigilância nessa porta isto não acontecia...

 

Jorge Soares

publicado às 22:40

Foi notícia na sexta feira passada, uma loja de roupa em São Paulo vende bermudas que nos bolsos ostentam o logotipo do Hospital Garcia da Horta em Almada. Feita a investigação, a policia brasileira apreendeu toneladas de tecido proveniente do lixo hospitalar do Garcia da Horta, sendo que em algum desse tecido era possível ver marcas de sangue.

 

Entretanto, mão amiga fez-me chegar uma serie de  fotografias de umas calças de ganga de uma reputada marca internacional, calças essas fabricadas em Portugal e que nos bolsos ostentam o símbolo do Hospital de Santa Maria.

 

Calças com bolsos do Hospital de Santa Maria

 

Calças com bolsos do Hospital de Santa Maria

 

Calças made in Portugal com logótipo do Hospital Santa Maria

 

 

Está à vista que anda alguém a fazer dinheiro com o lixo hospitalar português e a levar longe demais o conceito de reciclagem, o tecido que apareceu no Brasil foi importado dos Estados Unidos, mas não há dúvida que a sua origem são os nossos hospitais, não deve ser muito dificil descobrir como tudo isto pode acontecer, não sei se por cá alguém terá a preocupação de investigar o que quer que seja.

 

Não é preciso dizer que isto pode até ser um problema de saúde pública, porque não estou a ver que quem faz coisas destas se preocupe em esterilizar os tecidos antes de os revender e aquela imagem da televisão brasileira de tecidos com sangue não me sai da cabeça.... eu não sei vocês, mas eu vou ali ver os bolsos das minhas calças.

 

Update: Entretanto descobri que não é caso único, uma reportagem da TVI mostra outras calças com bolsos do mesmo tecido adquiridas por alguém de São Pedro do Sul.

 

Jorge Soares

publicado às 21:58

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