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Venha um abraço - Um bom ano para todos

por Jorge Soares, em 30.12.11
Fogo de artificio
Imagem minha do Momentos e Olhares

 

Desejo a todos o que por aqui passam um 2012 cheio de alegria e dentro do possivel de felicidade, portem-se bem, não bebam mais que o necessário e por favor, sejam todos muito felizes.

 

E Agora, Venha um abraço, a bailar com as gaitas de Maracaibo 15:

 

 

Jorge Soares

publicado às 22:44

Padres agridem-se à vassourada

Imagem de A Bola

 

 

Cerca de uma centena de padres ortodoxos gregos e arménios envolveram-se, esta quarta-feira, em confrontos durante a limpeza da Igreja da Natividade, em Belém, na Cisjordânia, usando as vassouras como armas e obrigando à intervenção da polícia. 

 

Numa época em que tanto se fala da perda de valores e tradições, da perda do espirito do natal, onde ficou o espirito natalicio destes senhores?, pelos vistos este anda arredado até dos locais onde supostamente terá nascido Jesus, .... paz, amor, fraternidade?... nada disso, socos, pontapés e vassourada é o que impera por estes dias entre facções diferentes do catolicismo. É caso para perguntar, que tipo de religião pregam estes senhores?, terão eles lido aquela parte da biblia que fala em dar a outra face? vejam o vídeo:

 

Rídiculo, completa e vergonhosamente ridículo... tanto ódio e rancor por um mito, uma lenda?... por nada?

 

Jorge Soares

publicado às 22:28

Sinal de alarmeImagem do Sinal de Alarme 

 

Talvez fosse no José que João Gil estava a pensar quando escreveu "São os loucos de Lisboa que nos fazem duvidar",  é uma daquelas noticias que parece que foram inventadas para a época do natal, e no entanto a história é real, damos uma volta pela página do facebook e vemos como há tanta gente que até já tinha reparado na rosa atada a um papel e pendurada no sinal de alarme de uma carruagem do metro de Lisboa, a grande maioria reparou e seguiu em frente, porque reparar não é olhar... e convenhamos que não é muito usual ver o amor assim, pendurado num sinal de alarme.

 

Mas o José decidiu acreditar e de um jantar de encalhados em dia dos namorados nasceu uma ideia que teima em manter-se viva, dia após dia José rouba uma flor, ata-lhe um papel com uma frase sobre o amor e pendura-a no sinal de alarme da carruagem do Metro que o leva para o trabalho ou para casa.

 

Que sentido faz faz tudo isto?... nenhum, e no entanto a página do Facebook tem até agora 2869 seguidores e centenas de comentários de incentivo, há até quem peça autorização para copiar o gesto no Metro de outras cidades, sucursais do amor por quem acredita que ainda há amor em pequenos gestos anónimos.

 

Não consta da história que entretanto o José tenha deixado de estar encalhado, talvez não esteja escrito que esta seja a forma certa de procurar o amor, mas de certeza que haverá muita gente que vê neste pequeno grande gesto do José, sinais de que o amor ainda existe por aí... e está vivo... eu confesso que não vejo grande romantismo na frase “A paixão é tremoço, o amor é azeitona”, uma das que foi deixada pelo José... mas confesso que o romântico que já morou dentro de mim acha o gesto diário do José um sinal delicioso de que o amor e o romantismo, mesmo quando parecem gestos bizarros e inuteis, continuam vivos por aí.... um enorme bem haja para o José, para o amor e para todos o que ainda temos capacidade de amar e de acreditar nos pequenos gestos..

 

Jorge Soares

 

publicado às 21:30

Um dia na vida das crianças de rua

por Jorge Soares, em 27.12.11

 

Encontrei no Sorrisos sem Cor, acho que sobram as palavras

 

Os meus desejos de  continuação de boas festas a todos os que por aqui passam e não hesitam em dar 5 minutos das suas vidas a ver o vídeo...

 

Jorge Soares

publicado às 18:37

Natal... Na província neva

por Jorge Soares, em 26.12.11

Natal... Na província neva,.. serra da Estrela

 

Imagem minha do Momentos e Olhares

 

Natal... Na província neva.
Nos lares aconchegados,
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.

  

Coração oposto ao mundo,
Como a família é verdade!
Meu pensamento é profundo,
Stou só e sonho saudade.

 

E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Vista de trás da vidraça
Do lar que nunca terei!

(Notícias Ilustrado, n.º 29, 30 de Dezembro de 1928) 

 

Serra da Estrela, Dezembro de 2010

Jorge Soares

publicado às 17:25

Chove. É dia de Natal

por Jorge Soares, em 25.12.11

Chove, é dia de natal - Azevinho

 

Imagem minha do Momentos e Olhares

 

 

Chove. É dia de Natal

 

Chove. É dia de Natal. 
Lá para o Norte é melhor: 
Há a neve que faz mal, 
E o frio que ainda é pior. 

E toda a gente é contente 
Porque é dia de o ficar. 
Chove no Natal presente. 
Antes isso que nevar. 

Pois apesar de ser esse 
O Natal da convenção, 
Quando o corpo me arrefece 
Tenho o frio e Natal não. 

Deixo sentir a quem quadra 
E o Natal a quem o fez, 
Pois se escrevo ainda outra quadra 
Fico gelado dos pés.

Fernando Pessoa

publicado às 17:19

O presépio de lata

por Jorge Soares, em 24.12.11

Presépio de lata

Imagem minha do Momentos e Olhares

 

Três estrelas de alumínio
A luzir num céu de querosene
Um bêbedo julgando-se césar
Faz um discurso solene

Sombras chinesas nas ruas
Esmeram-se aranhas nas teias
Impacientam-se gazuas
Corre o cavalo nas veias

Há uma luz branca na barraca
Lá dentro uma sagrada família
À porta um velho pneu com terra
Onde cresce uma buganvília

É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells,

Oiçam um choro de criança
Será branca negra ou mulata
Toquem as trompas da esperança
E assentem bem qual a data

A lua leva a boa nova
Aos arrabaldes mais distantes
Avisa os pastores sem tecto
Tristes reis magos errantes
E vem um sol de chapa fina
Subindo a anunciar o dia
Dois anjinhos de cartolina
Vão cantando aleluia

É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells,

Nasceu enfim o menino
Foi posto aqui à falsa fé
A mãe deixou-o sozinho
E o pai não se sabe quem é

É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells

 

Rui Veloso

 

 

 
Os meus melhores desejos de um Feliz natal a todos
Dezembro de 2011
Jorge Soares

publicado às 12:52

 

 

Letra

 

Nossa senhora do sis
fique à vontade para meter o nariz"
olha o vizinho do lado
não dá conta do recado e já não sabe o que diz
"e é de qualquer maneira
faz-se tudo o que se queira"
fique sabendo o senhor que nem sequer é doutor
nem tudo o que é parece
"cala-me a divagação, 
filosofias que sufocam a razão"
se quer dizer consciência
terá que ter muito mais do que paciência ai

o homem de ontem era ainda mais parvo do que tu
queria-me como quem quer um cão
se eu encontrasse o homem de ontem numa rua escura
fazia-lhe uma breve confissão
estes olhos não são património
estas pernas não são património
os ciúmes idiotas, as conquistas, as derrotas
medo, é medo, muito medo de falhar

"ai minha nossa senhora do sis
o que está a acontecer neste país?
ai que saudades de quando mandava eu
para onde foi esse teu de apogeu"
eu detesto a mesquinhez
de quem não admite nunca o mal que fez
mas pode ter a certeza
não vou estar à espera da delicadeza ai

o homem de ontem era ainda mais parvo do que tu
queria-me como quem quer um cão
se eu encontrasse o homem de ontem numa rua escura
fazia-lhe uma breve confissão
estes olhos não são património
estas pernas não são património
os ciúmes idiotas, as conquistas, as derrotas
medo, é medo, muito medo de falhar
estes olhos não são património
estas pernas são de mais para ti
esta mente de que tens medo
nunca foi nenhum brinquedo
queres-me toda ou só assim assim
estes olhos não são património
estas pernas não são património
os ciúmes idiotas, as conquistas, as derrotas
medo, é medo, muito medo de falhar

 

 

Jorge Soares

publicado às 21:41

Histórias de Adopção, crianças fora da idade

por Jorge Soares, em 21.12.11
Pelo direito a uma família

 

Eu ia colocar mais um vídeo de música portuguesa e quando estava mesmo a começar o post este vídeo chegou-me via email, com a seguinte mensagem:

 

"É só para partilhar um vídeo que me levou às lágrimas e que pode sensibilizar quem quer adoptar apenas bebés e não crianças mais velhas."

 



Obrigado Sofia, obrigado pela partilha.
Jorge Soares

publicado às 22:18

CARTA ABERTA AO SENHOR PRIMEIRO MINISTRO

por Myriam Zaluar a Segunda-feira, 19 de Dezembro de 2011 às 12:35"


"Exmo Senhor Primeiro Ministro

 

Começo por me apresentar, uma vez que estou certa que nunca ouviu falar de mim. Chamo-me Myriam. Myriam Zaluar é o meu nome "de guerra". Basilio é o apelido pelo qual me conhecem os meus amigos mais antigos e também os que, não sendo amigos, se lembram de mim em anos mais recuados.

 

Nasci em França, porque o meu pai teve de deixar o seu país aos 20 e poucos anos. Fê-lo porque se recusou a combater numa guerra contra a qual se erguia. Fê-lo porque se recusou a continuar num país onde não havia liberdade de dizer, de fazer, de pensar, de crescer. Estou feliz por o meu pai ter emigrado, porque se não o tivesse feito, eu não estaria aqui. Nasci em França, porque a minha mãe teve de deixar o seu país aos 19 anos. Fê-lo porque não tinha hipóteses de estudar e desenvolver o seu potencial no país onde nasceu. Foi para França estudar e trabalhar e estou feliz por tê-lo feito, pois se assim não fosse eu não estaria aqui. Estou feliz por os meus pais terem emigrado, caso contrário nunca se teriam conhecido e eu não estaria aqui. Não tenho porém a ingenuidade de pensar que foi fácil para eles sair do país onde nasceram. Durante anos o meu pai não pôde entrar no seu país, pois se o fizesse seria preso. A minha mãe não pôde despedir-se de pessoas que amava porque viveu sempre longe delas. Mais tarde, o 25 de Abril abriu as portas ao regresso do meu pai e viemos todos para o país que era o dele e que passou a ser o nosso. Viemos para viver, sonhar e crescer.

 

Cresci. Na escola, distingui-me dos demais. Fui rebelde e nem sempre uma menina exemplar mas entrei na faculdade com 17 anos e com a melhor média daquele ano: 17,6. Naquela altura, só havia três cursos em Portugal onde era mais dificil entrar do que no meu. Não quero com isto dizer que era uma super-estudante, longe disso. Baldei-me a algumas aulas, deixei cadeiras para trás, saí, curti, namorei, vivi intensamente, mas mesmo assim licenciei-me com 23 anos. Durante a licenciatura dei explicações, fiz traduções, escrevi textos para rádio, coleccionei estágios, desperdicei algumas oportunidades, aproveitei outras, aprendi muito, esqueci-me de muito do que tinha aprendido.

 

Cresci. Conquistei o meu primeiro emprego sozinha. Trabalhei. Ganhei a vida. Despedi-me. Conquistei outro emprego, mais uma vez sem ajudas. Trabalhei mais. Saí de casa dos meus pais. Paguei o meu primeiro carro, a minha primeira viagem, a minha primeira renda. Fiquei efectiva. Tornei-me personna non grata no meu local de trabalho. "És provavelmente aquela que melhor escreve e que mais produz aqui dentro." - disseram-me - "Mas tenho de te mandar embora porque te ris demasiado alto na redacção". Fiquei.

 

Aos 27 anos conheci a prateleira. Tive o meu primeiro filho. Aos 28 anos conheci o desemprego. "Não há-de ser nada, pensei. Sou jovem, tenho um bom curriculo, arranjarei trabalho num instante". Não arranjei. Aos 29 anos conheci a precariedade. Desde então nunca deixei de trabalhar mas nunca mais conheci outra coisa que não fosse a precariedade. Aos 37 anos, idade com que o senhor se licenciou, tinha eu dois filhos, 15 anos de licenciatura, 15 de carteira profissional de jornalista e carreira 'congelada'. Tinha também 18 anos de experiência profissional como jornalista, tradutora e professora, vários cursos, um CAP caducado, domínio total de três línguas, duas das quais como "nativa". Tinha como ordenado 'fixo' 485 euros x 7 meses por ano. Tinha iniciado um mestrado que tive depois de suspender pois foi preciso escolher entre trabalhar para pagar as contas ou para completar o curso. O meu dia, senhor primeiro ministro, só tinha 24 horas...

 

Cresci mais. Aos 38 anos conheci o mobbying. Conheci as insónias noites a fio. Conheci o medo do amanhã. Conheci, pela vigésima vez, a passagem de bestial a besta. Conheci o desespero. Conheci - felizmente! - também outras pessoas que partilhavam comigo a revolta. Percebi que não estava só. Percebi que a culpa não era minha. Cresci. Conheci-me melhor. Percebi que tinha valor.

 

Senhor primeiro-ministro, vou poupá-lo a mais pormenores sobre a minha vida. Tenho a dizer-lhe o seguinte: faço hoje 42 anos. Sou doutoranda e investigadora da Universidade do Minho. Os meus pais, que deviam estar a reformar-se, depois de uma vida dedicada à investigação, ao ensino, ao crescimento deste país e das suas filhas e netos, os meus pais, que deviam estar a comprar uma casinha na praia para conhecerem algum descanso e descontracção, continuam a trabalhar e estão a assegurar aos meus filhos aquilo que eu não posso. Material escolar. Roupa. Sapatos. Dinheiro de bolso. Lazeres. Actividades extra-escolares. Quanto a mim, tenho actualmente como ordenado fixo 405 euros X 7 meses por ano. Sim, leu bem, senhor primeiro-ministro. A universidade na qual lecciono há 16 anos conseguiu mais uma vez reduzir-me o ordenado. Todo o trabalho que arranjo é extra e a recibos verdes. Não sou independente, senhor primeiro ministro. Sempre que tenho extras tenho de contar com apoios familiares para que os meus filhos não fiquem sozinhos em casa. Tenho uma dívida de mais de cinco anos à Segurança Social que, por sua vez, deveria ter fornecido um dossier ao Tribunal de Família e Menores há mais de três a fim que os meus filhos possam receber a pensão de alimentos a que têm direito pois sou mãe solteira. Até hoje, não o fez.

 

Tenho a dizer-lhe o seguinte, senhor primeiro-ministro: nunca fui administradora de coisa nenhuma e o salário mais elevado que auferi até hoje não chegava aos mil euros. Isto foi ainda no tempo dos escudos, na altura em que eu enchia o depósito do meu renault clio com cinco contos e ia jantar fora e acampar todos os fins-de-semana. Talvez isso fosse viver acima das minhas possibilidades. Talvez as duas viagens que fiz a Cabo-Verde e ao Brasil e que paguei com o dinheiro que ganhei com o meu trabalho tivessem sido luxos. Talvez o carro de 12 anos que conduzo e que me custou 2 mil euros a pronto pagamento seja um excesso, mas sabe, senhor primeiro-ministro, por mais que faça e refaça as contas, e por mais que a gasolina teime em aumentar, continua a sair-me mais em conta andar neste carro do que de transportes públicos. Talvez a casa que comprei e que devo ao banco tenha sido uma inconsciência mas na altura saía mais barato do que arrendar uma, sabe, senhor primeiro-ministro. Mesmo assim nunca me passou pela cabeça emigrar...

 

Mas hoje, senhor primeiro-ministro, hoje passa. Hoje faço 42 anos e tenho a dizer-lhe o seguinte, senhor primeiro-ministro: Tenho mais habilitações literárias que o senhor. Tenho mais experiência profissional que o senhor. Escrevo e falo português melhor do que o senhor. Falo inglês melhor que o senhor. Francês então nem se fale. Não falo alemão mas duvido que o senhor fale e também não vejo, sinceramente, a utilidade de saber tal língua. Em compensação falo castelhano melhor do que o senhor. Mas como o senhor é o primeiro-ministro e dá tão bons conselhos aos seus governados, quero pedir-lhe um conselho, apesar de não ter votado em si. Agora que penso emigrar, que me aconselha a fazer em relação aos meus dois filhos, que nasceram em Portugal e têm cá todas as suas referências? Devo arrancá-los do seu país, separá-los da família, dos amigos, de tudo aquilo que conhecem e amam? E, já agora, que lhes devo dizer? Que devo responder ao meu filho de 14 anos quando me pergunta que caminho seguir nos estudos? Que vale a pena seguir os seus interesses e aptidões, como os meus pais me disseram a mim? Ou que mais vale enveredar já por outra via (já agora diga-me qual, senhor primeiro-ministro) para que não se torne também ele um excedentário no seu próprio país? Ou, ainda, que venha comigo para Angola ou para o Brasil por que ali será com certeza muito mais valorizado e feliz do que no seu país, um país que deveria dar-lhe as melhores condições para crescer pois ele é um dos seus melhores - e cada vez mais raros - valores: um ser humano em formação.

 

Bom, esta carta que, estou praticamente certa, o senhor não irá ler já vai longa. Quero apenas dizer-lhe o seguinte, senhor primeiro-ministro: aos 42 anos já dei muito mais a este país do que o senhor. Já trabalhei mais, esforcei-me mais, lutei mais e não tenho qualquer dúvida de que sofri muito mais. Ganhei, claro, infinitamente menos. Para ser mais exacta o meu IRS do ano passado foi de 4 mil euros. Sim, leu bem, senhor primeiro-ministro. No ano passado ganhei 4 mil euros. Deve ser das minhas baixas qualificações. Da minha preguiça. Da minha incapacidade. Do meu excedentarismo. Portanto, é o seguinte, senhor primeiro-ministro: emigre você, senhor primeiro-ministro. E leve consigo os seus ministros. O da mota. O da fala lenta. O que veio do estrangeiro. E o resto da maralha. Leve-os, senhor primeiro-ministro, para longe. Olhe, leve-os para o Deserto do Sahara. Pode ser que os outros dois aprendam alguma coisa sobre acordos de pesca.

 

Com o mais elevado desprezo e desconsideração, desejo-lhe, ainda assim, feliz natal OU feliz ano novo à sua escolha, senhor primeiro-ministro

 

e como eu sou aqui sem dúvida o elo mais fraco, adeus

 

Myriam Zaluar, 19/12/2011"

 

Recebido por email

publicado às 19:50

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