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Mais subsidios só para quem podeA semana passada era na educação, num despacho de 11 de Janeiro que entretanto foi corrigido a 19, curiosamente o mesmo dia em que a senhora ministra de justiça Teixeira da Cruz assina este outro despacho onde de novo se pode ler: "acrescida de subsídios de férias e natal".

 

Acredito que depois do barulho que isto está a gerar no Facebook e agora até nos jornais,  mais tarde ou mais cedo apareça um novo despacho a explicar que não há lugar aos ditos subsídios  enquanto se mantiverem as regras de excepção, mas fica-nos sempre a dúvida, será que sem o barulho nas redes sociais e as noticias de jornais haveria lugar a revogação?

 

Mais grave, os membros do governo não falam entre si?, como é que se assina um despacho destes depois da bronca que tinham dado os despachos dos secretários de estado da área da educação? 

 

Acho tudo isto vergonhoso, o estado, os ministros, os secretários de estado, os membros dos gabinetes deveriam ser os primeiros a dar o exemplo, a imagem que passa de todas estas trapalhadas é que a austeridade é mesmo só para os outros, porque eles tentam de todas as formas possíveis manter privilégios e regalias... é verdade que tudo isto não passa de migalhas, mas só mostra que afinal o único que mudou com a mudança de governo, foi a cor, de resto, o cheiro é o mesmo... e não cheira  nada bem.

 

Jorge Soares

 

 

publicado às 20:13

 

O fim dos jornais como os conhecemos

 

 

 

Imagem de aqui

 

Há quem não acredite, mas a verdade é que o papel escrito tal como o conhecemos tem mesmo os dias contados. Há muito que as vendas de livros em edições electrónicas superam as vendas das edições em papel, as versões online dos jornais são cada vez mais a nossa primeira opção para nos mantermos informados, os portais electrónicos de noticias vão-se impondo como a forma mais rápida e eficaz de fazer chegar a informação ao público.

 

Os jornais impressos tal como os conhecemos foram desaparecendo ou perdendo fulgor, quem se não se lembra do expresso no seu formato enorme, com 4 cadernos e duas revistas, quilos de papel que mal cabiam no saco plástico, o que resta daquele jornal enorme? não me lembro quando foi a última vez que o comprei, em contrapartida é raro o dia em que não passo pelo site online, ou pelo do Público.

 

Outra das vantagens dos formatos electrónicos é a proximidade, a maioria dos jornais do mundo estão ali ao alcance de um click, terei comprado o espanhol El País uma dúzia de vezes quando nas férias nas Astúrias longe de computadores e gadgets me quero manter informado, mas a visita diária ao seu site na internet e à sua secção de blogs é quase obrigatória.

 

Tudo isto vem a propósito da noticia que diz que o Jornal Francês La Tribune decidiu abandonar a sua edição em papel, é um sinal dos tempos, não sei se será o primeiro não será de certeza o último, e não me parece que tarde muito em acontecer por cá...  e nem será muito difícil prever por onde irá começar.. basta olhar para a forma como o número de páginas impressas de alguns jornais vai diminuindo à medida que o tempo passa e as versões online vão crescendo.

 

Posso estar enganado, mas prevejo que daqui a no máximo 10 anos restará um ou dois jornais em papel e dos livros restarão as edições de luxo.. o resto será electrónico.... por muito que muita gente, e eu sou um desses, ache que só consegue ler livros se eles estiverem em papel.

 

Jorge Soares

publicado às 22:40

Morrer de solidão

por Jorge Soares, em 29.01.12

Em Portugal morre-se de solidão

Imagem minha do Momentos e Olhares

 

É uma notícia que é recorrente, foi  em Fevereiro de 2010 que escrevi o Post, Em Portugal há quem morra de solidão, na altura tinham sido encontradas mortas 9 pessoas que viviam sós, passaram dois anos e o que constatamos é que nada mudou, hoje a noticia fala de 10 idosos encontrados mortos em apenas seis dias..

 

Vivemos tempos estranhos, nunca como agora as pessoas estiveram tão próximas umas das outras, por muito grande que seja a distancia física, nunca foi tão fácil comunicarmo-nos com quem está longe, as redes sociais acercaram-nos das pessoas e do mundo. A grande maioria de nós comunica todos os dias com dezenas, centenas e até milhares de estranhos... o messenger, o Facebook, os blogs.... colocam-nos à distância de um clik de milhares de pessoas... e, também falo por mim, quantas vezes falamos com as pessoas mais próximas de nós?

 

Acredito que muitas vezes as pessoas estejam sós porque foi isso que escolheram para as suas vidas, mas o facto de escolherem estar sós não deveria significar que tenham que estar esquecidas...  e o que vemos é que há muita gente esquecida... esquecida pelos seus, esquecida por quem está à volta..esquecida pelo mundo. Parece que quando alguém deixa de ser produtivo, passa a ser dispensável, peso morto para o mundo.

 

Quando ouço noticias destas o primeiro que penso é "onde anda a família destas pessoas?", acredito que um ou outro não a tenha, mas são centenas, milhares de pessoas sós, a maioria terá filhos, netos, irmãos... alguma vez teve amigos, ninguém vive uma vida inteira na solidão, de uma ou outra forma terá deixado a sua marca no mundo, porquê terminam assim?, abandonados por todos?

 

Acredito sinceramente que o estado podia fazer algo mais para evitar que estas coisas aconteçam... mas este é um daqueles casos em que não acho que seja o estado a falhar... quem falha somos todos nós, falhamos como seres humanos e como sociedade.

 

Pense lá, quando foi a última vez que falou com os seus?.. não haverá alguém que até sabemos que está só e a quem poderíamos dar uma palavra de conforto?

 

«Morrer é só não ser visto.»

 

A morte é a curva da estrada,

Morrer é só não ser visto.

Se escuto, eu te oiço a passada

Existir como eu existo.

 

A terra é feita de céu.

A mentira não tem ninho.

Nunca ninguém se perdeu.

Tudo é verdade e caminho.

 

Fernando Pessoa

 

Jorge Soares

 

publicado às 20:08

Conto, Amor dos homens

por Jorge Soares, em 28.01.12

Elisa Lucinda

Imagem de aqui

 

Semana passada, ia eu andando pela Avenida Paulista e, como era bom admirar tantos casais imprevisíveis, inter-raciais. Muito japa com preto, coisa rara de se ver no Rio de Janeiro. Entre tanta gente, meu olhar mais se fixava nos gays. Vi uma menina beijando outra, tão meigas, tão doces; sincera a cena me pareceu. É bonito e democrático sentir e compartilhar a presença do amor entre homens e entre mulheres, mãos dadas na urbanidade. Reparo e curto, pois não estou acostumada a ver o homo- amor assim pelas ruas; (será que vão pensar que é um tipo de sabão em pó só para amantes?). Acho que falta esse tipo de amor como romance. Não se vê nas telenovelas uma história normal, um idílio entre iguais em gênero. O amor, para que saibam, não é um privilegio de héteros. Assim fosse, seria proibido com eficiência que se apaixonassem e se queressem. Mas não, o que o famoso senso comum, a moral dominante e as leis conseguiram era impedir a oficialização das uniões, mas não às uniões. Faltam mais filmes no circuito popular, mais circulação de livros sobre o amor entre os do mesmo sexo. Não precisa ser só vídeo de sacanagem e na hora da sacanagem. São histórias de amar como qualquer outra. E o amor é lindo onde estiver. Prefiro milhões de vezes assistir ao lindo segredo de Brokeback Mountain do que ao amor entre uma mocinha boba e um vampiro e suas sangrias. Todo mundo sabe que vampiro não é bom partido para ninguém. Portanto se apaixonar e ter como príncipe aquele que nos chupa o sangue, pode não ser educativo para uma mulher cuja sociedade ainda não admite que o homem não seja seu dono absoluto.

Tenho tantos amigos gays e isso não me incomoda nada. Qual o problema de existir quem se queira e seja do mesmo sexo? Por que isso ameaça tanto? O que realmenta ameaça? Já é hora da civilização, que se acha tão moderninha, se perguntar essas coisas de gente grande. Ter uma conversinha consigo mesmo e parar de dar bandeira, de se tornar tão vulnerável, de se sentir tão ultrajada pelo amor entre iguais. Se eu namorasse alguém assim, homofóbico, obsecado pelo tema, eu ia avaliar com mais profundeza a masculinidade dele. Ninguém faz vestibular para escolher seu objeto de amor. Quando se sabe que se é, já se é há muito tempo.

Conheço mil relatos de meninos que, aos onze ou até antes, se surpreenderam quando perceberam o desejo pelo coleguinha. Criados para casarem com a namoradinha, no horror desta descoberta de ser portador de tão horroroso pecado, os pequenos gays vivem com muito medo desta verdade da qual por não saberem que não é um erro, também não sabem que não são culpados! Na minha infância quando a fofoca do bairro comentava: menina o Zé Maria, virou, né? Minha avó, mesmo sendo católica e apostólica, dizia logo sem surpresa: “ah, isso é mais antigo que Roma!” Pura verdade. Não houve um ano, que eu saiba em que se disse do ADVENTO da homossexualidade. Sempre houve e é dos humanos e alguns outros animais. Sempre houve, só que mais escondido que hoje. Tinham, quando homens, que se casar com uma mulher, desejando o irmão dela. Ou, se mulheres, sonhando com a cunhada. Quando finalmente é permitida aos gays a união oficial e oferecido às escolas um conteúdo de educação de gêneros que não exclua nem discrimine as relações homo-afetivas, estamos falando de Direitos humanos! Se eu preferisse mulheres eu ia andar, mesmo que fosse na Paulista com medo de ser agredida por que estou apaixonada pela minha namorada e o demonstro na rua como fazem os casais onde o amor está vivo e permitido. Por isso é inadmissivel que o Bolsonaro, ocupando um cargo federal, recebendo salário pago pelo povo, traia este povo com tantos absurdos. Bizarras atitudes e palavras o tem exposto aos que ele representa, da pior maneira. Cabe ao parlamentar, é de sua competência, representar o povo, pelo povo e para o povo que o colocou ali através do voto. E se um viado desavisado votou nele? (desculpem, não podia perder a rima e a graça). E ainda que não tenha votado, o que acho difícil, isto não importa. Governa-se para todos. Pra mim é grave o que estamos assistindo. Creiam-me, os que respeitam a liberdade pela qual tantos morreram para conquistar: Quanto mais brancos se posicionarem e não facilitarem a disseminação do racismo, melhor para todos; quanto mais homens contra a violência doméstica, quanto mais héteros se declarando pelos direitos dos gays, mais reforço e credibilidade ganham os temas . Senão, pode parecer papo de gueto. Tanta violência na TV, nos computadores, incitando e ensinando a violência seguida de morte e isso não incomoda tanto quanto o romance entre os homossexuais. Arma de fogo é que não é normal. Há uma flor que se chama Amor dos Homens. Meu coração não suporta guerras. Prefiro a flor e o amor dos homens.

 

Elisa Lucinda 

 

Retirado de GÊNERO, SEXUALIDADE, EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE

publicado às 23:59

Julio Machado Vaz e a saúde dos homens

 

Estava escrito nas estrelas que o protagonista do post de hoje ia ser o Doutor Júlio Machado Vaz, logo pela manhã a conversa com a Inês Meneses no  O Amor é na Antena 1, versou sobre  a história de um senhor espanhol que encomendou via internet um estensor para o pénis, passados uns 15 dias recebeu pelo correio um embrulho... com uma lupa. Não se pode dizer que tenha sido enganado.... tudo depende da perspectiva e na mão de quem esteja a lupa {#emotions_dlg.lol}

 

Da parte tarde, via facebook chegou-me a imagem que podemos ver ali em cima.... acho que sobram as palavras... o Murcon, para além de um excelente comunicador, é uma referência na sua área, de certeza que ele sabe do que fala. 

 

Dito isto, eu proponho que a bem da boa saúde de uma parte da população mundial, se decrete que  a partir de já, o topless seja obrigatório,... SEMPRE.

 

E não, não vale argumentar com o frio, que os homens tanto sofremos de doenças cardiacas no verão como no inverno.

 

Tenho dito

 

Jorge Soares

 

publicado às 20:59

Olhar para o futuro com alguma esperança II

por Jorge Soares, em 26.01.12

Portugueses distinguidos nos estados Unidos

Imagem do Público 

 

Este era o post que ia escrever ontem,  como a maioria, estou cansado de más noticias, de crise, de políticos, de medidas de austeridade, não é fácil hoje em dia encontrar coisas positivas das que falar ...se já éramos vistos como um povo triste e melancólico, não sei como nos verão agora....

 

Ontem decidi que não quero fazer parte de  tudo isto, não será fácil, mas quero propor-me ainda que seja uma vez por semana falar de algo positivo, de algo bom, de algo que nos distinga como seres humanos, como cidadãos, como país.....

 

A noticia de hoje diz o seguinte:

 

Cinco cientistas portugueses e uma investigadora norte-americana que trabalha em Portugal foram premiados pelo Instituto Médico Howard Hughes, dos Estados Unidos, com montantes no valor de 518.000 euros para a sua investigação, numa lista internacional de 28 premiados reconhecidos por serem “futuros líderes científicos nos seus países”. Os prémios vão ser utilizados na investigação em parasitologia, neurociências, comunicação entre bactérias, metabolismo celular e envelhecimento.

 

 

E assim de repente ficamos a pensar que apesar de tudo, há esperança...mesmo que pareça que a luz ao fundo do túnel está cada vez mais distante, sabemos que há entre nós gente capaz de fazer as coisas andarem, gente capaz de construir um futuro melhor para este país.... e quero acreditar que haverá muitos mais como estes, quero acreditar que apesar de tudo, algo de bom saiu de tanto que se investiu em educação e formação nos últimos anos... e que um dia, esta gente será capaz de pegar neste país e fazer dele algo muito melhor para nós e os nossos filhos.

 

Jorge Soares

publicado às 22:45

Anda comigo ver os aviões levantar voo
A rasgar as nuvens
Rasgar o céu

Anda comigo ao porto de leixões ver os navios
a levantar ferro
a rasgar o mar

Um dia eu ganho a lotaria
Ou faço uma magia
(mas que eu morra aqui)
Mulher tu sabes o quanto eu te amo,
O quanto eu gosto de ti
E que eu morra aqui
Se um dia eu não te levo à América
Nem que eu leve a América até ti

Anda comigo ver os automóveis à avenida
A rasgar nas curvas
A queimar pneus

Um dia vamos ver os foguetões levantar voo
A rasgar as núvens
A rasgar o céu...

Um dia eu ganho o totobola
Ou pego na pistola
Mas que eu morra que aqui
Mulher tu sabes o quanto eu te amo
O quanto eu gosto de ti
E que eu morra aqui
Se um dia eu não te levo à lua
Nem que eu roube a lua,
Só para ti
Um dia eu ganho o totobola
Ou pego na pistola
Mas que eu morra que aqui
Mulher tu sabes o quanto eu te amo
O quanto eu gosto de ti
E que eu morra aqui
Se um dia eu não te levo à América
Nem que eu leve a América até ti

publicado às 22:32

Olhar para o futuro com alguma esperança

por Jorge Soares, em 25.01.12

O N. armado em fotógrafo

Imagem minha do Momentos e olhares

 

De: professora

Para: Encarregado de educação

 

Caro encarregado de educação

 

Informo que o N. teve um comportamento incorrecto hoje na aula de inglês. O aluno esteve a "comer" um chupa às escondidas.

 

Devo dizer-lhe que fiquei bastante triste com ele, uma vez que ultimamente este estava a passar todos os exercicios para o caderno e a esforçar-se para estar mais concentrado. Porém de vez em quando, tinha que o chamar à atenção. E, numa dessas vezes apercebi-me que o N. tinha um chupa chupa na mão.

 

Quando lhe perguntei o que estava a fazer ele não negou e respondeu:

- estou a comer um chupa!

 

Agradeço que converse com o seu educando para que tal não volte a acontecer.

 

 

Atentamente, a Professora

 

Isto foi hoje, é o primeiro escrito na caderneta em muito tempo...e neste momento estou na dúvida, devo falar com o N. e dar-lhe os parabéns porque se está a esforçar verdadeiramente para se portar bem e copiar direitinho os trabalhos para o caderno, coisa que até há pouco tempo era um verdadeiro problema, ou chatear-me e dar-lhe uma reprimenda porque ele vai comer chupas ás escondidas para a sala de aula?

 

É oficial, o meu filho está a crescer e as coisas vão-se compondo... bom, quase!

(a minha meia laranja já fingiu que lhe dava uma reprimenda)

 

Jorge Soares

 

publicado às 22:01

RDP, serviço público ou a voz do dono?

por Jorge Soares, em 24.01.12

RDP termina programa A voz do Tempo

 

Imagem do Público 

 

Uma crónica crítica em relação a Angola, do jornalista Pedro Rosa Mendes, terá levado a RDP a acabar com o espaço de opinião "Este Tempo", da Antena 1. 

 

Um destes dias alguém colocou no Facebook um vídeo que começava com uma imagem de Pedro Passos Coelho, se não me engano em fundo iam-se escutando frases deste sobre a situação do país e as medidas de austeridade, à medida que se ouviam as frases a imagem ia-se transfigurando até que no fim já se tinha convertido numa fotografia do Salazar. Na altura achei aquilo ridículo, não me parece que exista alguma hipótese de o tempo andar assim tão para trás.... mas ao ler notícias como esta começam a surgir algumas dúvidas sobre onde nos levará o caminho que a politica e este governo nos fazem seguir.

 

Como ouvinte da Antena 1 sinto-me triste e  preocupado, é preocupante sentir que a censura se vai instalando e as vozes criticas vão desaparecendo, gostava sinceramente de saber de onde veio a ordem de acabar com o programa, terá sido do ministério de Miguel Relvas ou da embaixada de Angola?... em qualquer dos casos é preocupante.

 

“para que serve uma rádio pública e um serviço público?” ... “Para dar voz às pessoas ou para ser a voz do dono?”.»

 

Raquel Freire na sua última crónica do programa Este tempo da RDP

 

Ouvir a crónica de Pedro Rosa Mendes 

 

Jorge Soares

 

publicado às 22:00

O governo tira com uma mão ao povo e dá com a outra aos amigos

 

Não há subsídios de férias e natal?... não faz mal, a malta  inventa um abono suplementar igual ao valor do salário, pago em duas prestações, uma em Junho e outra em Novembro.

 

O despacho que saiu publicado em Diário da República é assinado não por um mas por dois secretários de estado da área da educação,.... ou seja, o mesmo governo que com uma mão tira ao povo, com a outra dá alegremente aos boys.... é justo.

 

Entretanto, na última reunião de pais a que fui no ciclo de Setúbal, a directora de turma do meu filho dizia que já não há dinheiro na escola para mandar reparar vidros partidos, os projectores que haviam sido instalados nas salas de aula foram retirados pela empresa que os montou por falta de pagamento, há instruções da direcção da escola para utilizar o mínimo de papel, ali ainda não faltou o papel higiénico, mas já há escolas onde se pede aos alunos que levem rolos de papel de casa....

 

Quanto papel higiénico se compraria com o valor destes dois subsídios encapotados?..e quantos casos mais como este haverá nos diversos ministérios e secretarias de estado?e quantos vidros se reparariam?

 

Podemos discutir da justiça e legalidade de se retirar os subsídios aos funcionários públicos, mas não pode o mesmo governo que por decreto rouba dois salários a milhares de pessoas, ser o primeiro a inventar esquemas para contornar as suas próprias medidas... qual é a credibilidade desta gente depois de algo como isto? E porque nos deixamos nós roubar e enganar assim?

 

Update: Entretanto a consciência de alguém deve ter acordado e o assunto foi corrigido, ver aqui.

 

 

Jorge Soares

publicado às 22:14

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