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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Segundo o Sol, Governo decidiu dar 'bónus' aos portugueses depois de ano difícil ao dar mais uma tolerância de ponto nos dias de natal e ano novo.. não percebi.
Entre feriados e férias, este mesmo governo que agora virou mãos largas e até dá bónus, tirou-me a mim e ao resto dos portugueses 7 dias, dizem eles que foi a mando da Troika e em nome de algo que ninguém sabe muito bem o que é mas que eles chamam de produtividade... e agora vem dar assim de mão beijada dois dias de férias extra ao estado? Então e a produtividade? Então e a Troika?, quando é que negociaram este bónus que não nos contaram nada?
Esta semana foi aprovado o pior orçamento de estado dos últimos 40 anos. Hoje as noticias falavam de um corte extra de quatro mil milhões que tem de ser decidido até Fevereiro para dar de prenda de natal atrasada aos senhores da Troika quando eles cá voltarem, consta que os cortes vão ser na saúde e na educação, há quem diga que vão aparecer propinas no ensino secundário.. e depois disto tudo estes senhores vem com mais dois dias de férias?
Todos sabemos que o ano que vem vai ser de eleições autárquicas e há que começar a adoçar a boca aos funcionários públicos, mas convenhamos que é preciso falta de vergonha para se vir com uma coisa destas depois de tanta conversa sobre a produtividade dos portugueses e a competitividade do país.
Quando alguém voltar com a conversa de que vivemos acima das nossas necessidades, já sabem do que se trata... é das tolerâncias de ponto, de dois dias com o estado parado em quanto o resto do país está a trabalhar ou para poder passar o dia com a família, teve que abdicar dos dias de férias no verão.
É a isto que eu chamo, governar pelo mau exemplo.
Jorge Soares
Imagem de aqui
No outro dia na montra daquela que deve ser de certeza a última loja que vende discos em Setúbal e uma das últimas do país, estava o LP do Thriller do Michael Jackson. Não pude deixar de parar, uma pequena etiqueta branca dizia o preço, 13 Euros.
Fiquei a pensar se a minha mãe já terá deitado para o lixo as duas ou três dezenas de albuns que entre eu e o meu irmão acumulamos antes do aparecimento do CD.... mesmo que fosse a 10 Euros cada um...
Há coisas que não consigo entender, uma delas é esta moda dos discos de vinil, a passagem para o CD e posteriormente para o digital serviu para corrigir uma enorme quantidade de defeitos associados ao Vinil. Com um CD conseguimos ouvir uma música limpa, sem o ruído do pó acumulado no disco ou na agulha..sem ressaltos, sem altos e baixos.
Quem não se recorda do pesadelo que eram os discos riscados ou deformados pelo calor, as agulhas partidas ou os gira-discos a rodar numa velocidade errada?
Por muito boa qualidade que tenham os reprodutores actuais, não deixa de ser uma tecnologio antiga em que a maioria dos discos esteve duas ou três décadas encaixotado algures, sujeitos ao ambiente e á passagem do tempo.
Porque é que alguém há de preferir ouvir musica suja se basta um pequeno IPOD para levar no bolso centenas de músicas limpas e perfeitas? Porque pagar 13 Euros por um disco de vinil que quem sabe em que condições estará, se por menos de metade podemos comprar o CD novo ou por uns cêntimos comprar na internet só as melhores músicas do disco?
No outro dia ouvi uma conversa engraçada, uma jovem de 14 ou 15 anos, fã do vinil, perguntava ao pai como é que fazia para ligar o gira-discos ao computador, é que ela queria digitalizar as músicas..
Jorge Soares
Imagem do Público
Desculpem lá a insistência, mas ler coisas destas no dia em que os senhores deputados da maioria aprovaram o orçamento de estado com o maior aumento de impostos da história, deixa-me mais ou menos fora de mim.
Se acharam mal os duzentos e cinquenta mil Euros das luzinhas em Lisboa, o que dizer de um gasto de dois milhões de Euros entre luzes de natal e fogo de artíficio para a passagem de ano novo?
Sabem aquela história de que há quem viva acima das suas possibilidades?... pois, é isto, há quem não tenha dinheiro para mandar cantar um cego... mas continue a torrar o dinheiro dos outros em luzinhas e bombinhas...
Crise?.. qual crise? ... isso é lá para o contenente!
Jorge Soares
Imagem minha do Momentos e Olhares
A notícia é do Sol, Lisboa prepara-se para gastar 250000 (duzentos e cinquenta mil) Euros em iluminação de natal, mais cem mil que o que foi gasto o ano passado.
Eu entendo que o ambiente de natal é importante para dinamizar o comércio, mas numa altura em que pelo país fora muitas localidades reduzem a iluminação pública ao mínimo possível para poupar umas dezenas de milhares de Euros, num natal em que uma boa parte da população não tem emprego e quem tem vê diariamente os seus ingressos serem reduzidos pelas políticas de austeridade e aumento de impostos... será que o aumento de cem mil Euros com respeito ao ano passado é mesmo necessário?
São exemplos como este que nos mostram que o pedido de sacrifícios é sempre para os mesmos, de que vão servir as ruas iluminadas se o povo não tem dinheiro para comprar o que quer que seja?
No dia de natal vai haver muita gente que pouco terá para enfeitar a mesa... é claro que em lugar do jantar tradicional, pode sempre ir dar uma voltinha pela baixa a ver as luzinhas a piscar....
E que tal pegarem nos duzentos e cinquenta mil Euros e garantirem mais um dias de estômago aconchegado a uns milhares de pessoas?. isso é que era ter espírito de natal.. não? afinal, sem as luzinhas passamos bem, sem comer é um pouco mais difícil.
Jorge Soares
Imagem do Público
Confesso, não consigo ter uma opinião formada sobre o caso das imagens em bruto que terão, ou não, sido visionadas pela polícia.
Imaginemos por um momento que em resultado das pedradas lançadas pelos idiotas mascarados, tinha morrido um polícia ou um jornalista... ou que no resultado da carga policial tinha morrido um dos manifestantes. Será que nesse caso todas as pessoas que se mostram contra o visionamento das imagens teriam a mesma opinião?
Que diferença há entre as imagens que em muitos casos passaram em directo nas diferentes televisões e as que foram captadas pelos operadores de camara e que por algum motivo não foram para o ar?
No dia em que Nuno Santos foi demitido, uma das explicações que ouvi na Antena 1 para a existência dos dois DVDs com as imagens em bruto, foi que estas foram compiladas porque um dos carros da RTP foi danificado e as imagens poderiam ser utilizadas como prova para se encontrar os culpados.... então as imagens podem servir como prova para a acusação da RTP e não para utilização da PSP em sua defesa e/ou do estado?
Já agora, porque é que o pedido às televisões foi feito directamente pela PSP e não através de um pedido judicial?
Entendo perfeitamente a posição dos jornalistas em defesa do seu código deontológico e da protecção das fontes... mas comparar as imagens captadas em frente ao parlamento com um caderno de notas ou a protecção das fontes não será em manifesto exagero?
Como disse, não consigo ter uma opinião formada.. mas há algo que me parece claro, a tutela, leia-se Miguel Relvas e o seu ministério, aproveitaram para na sequência do que já vinham fazendo na televisão e rádios Públicas, movimentar mais um peão e darem a direcção de informação do canal público a alguém mais da sua confiança.
Jorge Soares
Imagem de aqui
Nos tempos de Homero, era público que os deuses interferiam na vida dos homens, às vezes por motivos mesquinhos e de maneira impertinente. Nos tempos que correm, não pensamos em deuses traquinas quando as nossas vidas tomam rumos inesperados, mas ficamos desconfiados da qualidade do argumentista da nossa realidade.
Há tempos, na Alemanha, um casal, desesperando de não conseguir ter filhos, como tantos outros, obteve dos testes de fertilidade a mais cruel das respostas: o marido era infértil.
Para qualquer ser humano, esta é uma notícia perturbadora. O seu eu físico, genético, fica por ali, não se prolonga para lá dele, a eternidade fica condenada. Resta a possibilidade de prolongar o seu eu cultural, memético, que, para muitos, é até mais identitário. Para isso, há que arranjar uma criança, dê por onde der: adopção, barriga de aluguer, inseminação artificial. Nesta última, ao menos, a parte genética da esposa está presente.
Foi isso que os membros do casal alemão – ele de ascendência grega, 29 anos, e ela por aí – decidiram, mas, em vez de recorrerem a um banco de esperma, contrataram um vizinho para cumprir a parte do fornecimento seminal, devido ao facto de ter extraordinárias parecenças físicas com o marido infértil. Além disso, o vizinho dava garantias de sucesso: era casado e pai de dois filhos, bem bonitos, por sinal.
Será que, a partir daí, entregaram o processo a um laboratório que se encarregasse de recolher o esperma do vizinho e o colocasse no útero da mulher? Não. Fosse porque desconfiam da tecnologia, ou por outra razão não revelada, o combinado foi que o vizinho copulasse com a senhora, de modo natural, três vezes por semana, até que ela engravidasse.
Não sabemos o que sentiu o vizinho quando foi convidado, mas adivinhamos. Deve ter agradecido a todos os deuses do panteão germânico a graça que lhe tombou na cama. Copular de forma descomprometida, sem ameaças de responsabilidades futuras, é a ambição de quase todos os homens. Todas as fantasias masculinas tilintam de alegria ante tão excitante perspectiva. Além disso, consta que a senhora é uma estampa de mulher, pelo que não se percebe por que foi preciso pagar 2000 euros ao vizinho que, com 34 anos, não devia precisar de tal incentivo. Estamos, certamente, perante um excelente negociador que obteve um pagamento pelo que teria feito de graça, alegremente. Na verdade, foi só com o dinheiro que estava a ganhar que ele argumentou à própria esposa, quando ela tomou conhecimento do propósito das inúmeras saídas nocturnas do marido.
Neste ponto, tudo parecia correr bem e a contento de todos: o vizinho tinha o melhor trabalho do mundo; a sua mulher confortava-se com a entrada da receita extra; o homem esperava ter em casa, brevemente, uma criança parecida consigo, para educar; a mulher iria, finalmente, ser mãe, de maneira totalmente humanizada, sem ter de recorrer a impessoais burocracias e frios procedimentos laboratoriais. Mas, pode-se especular que o facto de saber quem era o pai poderia vir a ser de enorme utilidade, se fosse necessário apontar a paternidade biológica, em caso de futuras carências económicas da criança – que estas contas não se pensam, mas estão sempre presentes na contabilidade genética inconsciente de cada um – que os genes não brincam na hora de garantir a preservação.
Foi neste ínterim que Zeus – quem mais? – interveio, para gorar os planos deste grupo tão bem conluiado. Talvez se tenha apiedado da posição humilhada do seu infértil compatriota, talvez tenha querido mostrar a Odin qual o panteão mais poderoso, ou talvez tenha ficado invejoso da sorte olímpica do vizinho – que ele, apesar de Zeus, tem de tomar formas de cisne, de touro, ou outras, para conseguir unir-se à mulher ou até à deusa que deseja.
Bem que o vizinho alemão se esforçava, pontual e assiduamente, mas a senhora não engravidava. A eficiência do copulador contratado não merecia reparos, mas, ao fim de seis meses e setenta e duas jornadas de trabalho, o casal começou a duvidar da sua eficácia para terminar a obra dentro do prazo previsto e intimaram-no a provar as habilitações. Mais uma vez, a resposta laboratorial foi desoladora – também o vizinho era infértil – só que, desta vez, com consequências mais devastadoras.
O alegre copulador passou, repentinamente, de o mais feliz dos homens para um dos mais castigados pela sorte: não só a mulher o tinha traído, como os filhos não eram seus e – supremo golpe – não poderia vir a tê-los.
Ela, quando confrontada sobre a origem da prole, ainda tentou desculpar-se com Odin, disfarçado de padeiro, uma vez, e de técnico de televisão por cabo, da outra, mas o marido já não vai em mitologias e exigiu o divórcio.
Do casal de soluções criativas, a mulher voltou à estaca zero, ou antes, à estaca um, e, provavelmente, tenta lembrar-se onde é que viu um outro homem parecido com o marido; este, dada a ausência de resultados do contrato em que tanto investiu, sente-se o mais manso dos herbívoros e, para readquirir alguma dignidade, lançou um processo judicial contra o vizinho, para tentar recuperar, ao menos, os 2000 euros. Além disso, deve precisar deles para o próximo contrato.
O vizinho, que também pode vir a precisar, foi quem mais perdeu, apesar das benesses. Não quer devolvê-los, argumentando que forneceu a mão-de-obra – salvo seja – conforme combinado, mas nunca garantiu a consecução do projecto.
O caso está para ser decidido pelo tribunal de Estugarda, e é por isso que dele tomámos conhecimento, através do jornal Bild – que pela boca de Zeus jamais o saberíamos.
Joaquim Bispo
Retirado de Samizdat
A violência doméstica não tem que ser para sempre, fale agora
707200077
Segundo a UMAR, Observatório de mulheres assassinadas, só no que vai de 2012 morreram em Portugal 35 mulheres vitimas de violência doméstica, 35 mortes que se somam às 44 de 2011, e às 43 de 2010, e às 29 de 2009 e....
Contas feitas concluímos que a violência doméstica mata em Portugal quase uma mulher por semana, de quantas delas ouvimos falar? Basta que alguém morra vitima de um assaltante para que o assunto seja tema de jornais e noticiários de televisão durante dias e dias, mas morrem dezenas de mulheres vitimas de aqueles que as deviam proteger e a sociedade, todos nós, olha para o lado e finge que não se passa nada. Porquê?
O Vale e Azevedo é extraditado para Portugal para ser julgado por mais um dos seus negócios e sabemos ao pormenor até a cor das paredes da cela em que ele foi encerrado, de quantos dos julgamentos aos assassinos destas mulheres ouvimos falar?
Há de certeza algo errado com a nossa sociedade e com as nossas prioridades, porque vale a vida destas mulheres menos que a vida de qualquer outra pessoa?
O Crime de violência doméstica é considerado um crime público, qualquer pessoa pode fazer a denuncia quando suspeita da existência de violência familiar, não olhe para o lado, não espere que seja tarde, denuncie!!!!!!!
Gritos mudos
Neons vazios num excesso de consumo
Derramam cores pelas pedras do passeio
A cidade passa por nós adormecida
Esgotam-se as drogas p'ra sarar a grande ferida
Gritos mudos chamando a atenção
P'ra vida que se joga sem nenhuma razão
E o coração aperta-se e o estômago sobe à boca
Aquecem-nos os ouvidos com uma canção rouca
E o perigo é grande e a tensão enorme
Afinam-se os nervos até que tudo acorde
Gritos mudos chamando a atenção
P'ra vida que se joga sem nenhuma razão
E a noite avança, e esgotam-se as forças
Secam como o vinho que enchia as taças
E pára-se o carro num baldio qualquer
E juntam-se as bocas até morrer
Gritos mudos chamando a atenção
P'ra vida que se joga com toda a razão
Xutos e pontapés
Imagem do Momentos e Olhares
Aos 5 anos a D. é a mais pequena da sala dela da escolinha, a sua melhor amiga é a X. a matulona da sala, também tem 5 anos mas passa facilmente por ter 8 ou 9... dizem as más línguas que é também a mais mimada ... talvez porque quase todos os dias chega de chucha ao colégio.
O ano passado não tivemos queixas, se acontecia alguma coisa nós não sabíamos, a educadora experiente sabia controlar as criança e resolver as situações.
Este ano com a nova e pouco experiente educadora as coisas mudaram, mal começaram as aulas começaram as queixas, a D. bate nos outros meninos...
Um dia a mãe da X queixou-se à P.:
- A sua filha D. bate na minha filha, o pai já a proibiu de brincar com ela.
É claro que falamos com a D. explicamos-lhe que não pode bater nos outros meninos, chegou a ficar sem ver televisão um ou dois dias por castigo... mas convém recordar que estamos a falar de uma criança de cinco anos... e assim como a X. não deixou de brincar com a D., apesar da proibição do pai, esta não deixou de marcar posição quando acha que é necessário.
Como as queixas da senhora não paravam, segundo a escola a senhora dizia que a filha dela andava toda pisada e que aquilo era bullying, pedimos que não as deixassem brincar juntas... a resposta da escola é que elas são unha e carne e se não estão a brincar juntas ficam tristes...
Para mim este é um assunto que cabe à escola resolver, estamos a falar de uma criança de 5 anos, eu posso falar com ela... mas é evidente que não posso estar lá para a vigiar... eles é que estão com ela todo o dia.
Entretanto em Outubro a X fez anos e a D. foi convidada para a festinha, foi e correu tudo bem.
Hoje de manhã a mãe da X informou a escola que esta não ia mais... à tarde chegou à escola uma carta da advogada dos senhores, vão processar a escola porque a filha deles desde Dezembro de 2011 que é diariamente agredida violentamente física e psicologicamente pela D. e a escola não faz nada.
Reparem, segundo eles isto vem desde há um ano, mas há um mês atrás, convidaram a D., a suposta agressora, para a festa de aniversário da criancinha... mas quem é que convida os agressores para a festa de aniversário dos filhos?
Quando a P. me contou eu fiquei sem saber se havia de rir ou chorar, mas que classe de idiotas processam a escola por causa de uma coisa destas?, e se é verdade que a filha anda toda pisada, porque nunca ninguém da escola reparou? e porque convidam a agressora para o aniversário da miúda se ela há meses que a aterroriza diariamente?
É oficial:
- Tenho cá em casa uma terrorista demoníaca de 5 anos.. que todo o mundo adora
- O mundo enlouqueceu de vez!
Jorge Soares
PS: Parece que últimamente não há nada que não aconteça por estas bandas... alguém conhece uma bruxa de jeito?
Imagem minha do Momentos e Olhares
Reza a lenda que o primeiro presépio do mundo terá sido montado em 1223 por São Francisco de Assis, que na ânsia por fazer entender o significado do nascimento de Jesus e do natal às pessoas comuns, decidiu que nesse ano a data em lugar de festejada na igreja, seria na floresta, para onde mandou transportar uma manjedoura, um burro e um boi. Desde então para cá e durante os últimos 900 anos, a tradição instalou-se e o natal tem-se festejado assim, com manjedoura, menino, José e Maria, Reis magos e camelos e claro, o burro e a vaca.
É claro que tudo isto é uma questão de fé, na realidade ninguém sabe bem nem o lugar, nem a data, nem as circunstâncias do nascimento de Jesus, quem tem fé acredita que Maria era virgem e portanto terá concebido por obra e graça do Espírito Santo, que o menino nasceu numa manjedoura e que uma estrela guiou os três reis magos até ao lugar onde tudo isto terá acontecido...
Hoje ficamos a saber que afinal não devemos ter tanta fé. Segundo um livro escrito pelo papa Bento XVI, afinal no lugar onde nasceu Jesus não havia animais e que portanto no presépio não deveria haver nem burros nem vacas.
Segundo o papa, a fé deve servir para acreditarmos que Maria era virgem e que Jesus ressuscitou, já os reis magos podem ou não ter existido, ele não acredita lá muito nisso, mas pode ser.
Para mim que não sou uma pessoa de fé, se Jesus realmente nasceu numa manjedoura é muito mais natural que lá estivessem os animais que o contrário, afinal as manjedouras estão nos estábulos que é precisamente onde costumam estar os animais.
Já aqui falei sobre a forma como olho o natal, foi neste post, é uma festa familiar e tradicional, que serve para juntar a família à volta da mesa. O meu natal só faz sentido com uma árvore enfeitada e um presépio... e menino em palhas deitado sem burro e sem vaca não faz sentido nenhum.... De resto acredito mais rapidamente que estivessem lá os bichinhos a ver o nascimento do menino, que na ideia de Maria ser virgem ou Jesus ter ressuscitado... mas isso sou eu.
Com tantas coisas sobre as que botar faladura, com tantas desgraças a acontecer no mundo e sobre as que ele nunca fala, para que raio havia agora de vir o papa estragar a tradição a meio mundo?
Jorge