Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]




O fascínio de As 50 sombras de Grey

por Jorge Soares, em 12.02.15

50sombras-grey.jpg

 

Por estes dias é difícil fugir ao tema, na rádio, na televisão, no facebook, nos jornais.... não me lembro de algum filme ter levantado tanta poeira mesmo antes de estrear.... 

 

Curiosamente entre todas as pessoas que ouvi falar do assunto, na sua maioria mulheres, não ouvi uma única que reconheça ter lido o livro, esta manhã na Antena 3  o máximo que se admitiu foi ter-se lido uns parágrafos, mas nunca o livro..... como é que tanta gente que não viu o filme ou leu o livro pode ter uma opinião formada? Já agora, e para não destoar, eu também (ainda) não li livro.

 

O filme estreia este fim de semana, em Portugal há muito que a maioria das sessões estão esgotadas, coisa nunca vista por cá, quem ainda não comprou bilhete vai ter que esperar algum tempo até que a coisa acalme.

 

Curioso mesmo são as noticias que vão surgindo, vejamos alguns exemplos:

No Sapo Cinema  - "As principais cadeias de salas de cinema nos EUA pedem aos seus clientes para não levarem artigos que possam fazer os outros espectadores sentirem-se «desconfortáveis»".

 

No Sol - Londres: Bombeiros prevêem aumento de ocorrências após estreia de ‘As Cinquenta Sombras de Grey’ ... "desde Abril registaram quase 400 pedidos de ajuda por causa de actividades sexuais inspiradas nos livros"

 

No Observador - “As Cinquenta Sombras de Grey”: nem chega a ser sexy, só chacha"

 

No El Pais - "'50 sombras de Grey': 14 palmadas no rabo em duas horas"

 

É incrível como apesar da passagem do tempo, da televisão por cabo, da internet, o sexo e o tabu continuam a exercer este tipo de fascínio sobre as pessoas até ao ponto de tornar um sucesso estrondoso, não só um livro mediano como um filme que  a julgar pelos primeiro comentários, vai deixar muita gente desiludida e a pensar "mas é só isto?"

 

Confesso, eu vi três vezes o "Nove semanas e meio", mas eu tenho desculpa, para além de que tinha 17 ou 18 anos na altura, a protagonista era a Kim Bassinger ....  para além de que o filme era um excelente tema de conversa com as miúdas.

 

É suposto aos trinta e muitos ou quarenta já termos passado essa fase, pelos vistos não, foi precisamente nessas faixas etárias que o livro teve mais sucesso e presumo eu que terão sido as mesmas pessoas que esgotaram os cinemas... os miúdos que  querem ver o filme não vão ao cinema, sacam da net.

 

Há muita gente por ai com falta de imaginação e as sex shops devem estar a fazer o seu Agosto, mas levar os brinquedos para o cinema?.. os bombeiros prevêem um aumento dos acidentes domésticos?....WTF?

 

Jorge Soares

publicado às 23:01

Jovens para sempre custe o que custar?

por Jorge Soares, em 10.02.15

umaThurman.jpg

 

 

Imagem do El País

 

Duvido que exista muita gente que não olhe para a fotografia acima e não ache que a senhora da direita é mais bonita e até mais jovem que a da esquerda. É difícil de acreditar mas ambas as fotografias são da actriz Uma Thurman, não consegui perceber quanto tempo terá passado entre ambas as imagens, mas a senhora é noticia precisamente porque as mudanças, mais que evidentes, aconteceram em muito pouco tempo e presume-se que terão sido o resultado de cirurgias estéticas.

 

Curiosamente a actriz tinha declarado mais que uma vez ser contra este tipo de retoques estéticos, pelos vistos não foi capaz de resistir às marcas da passagem do tempo.

 

Vivemos numa época em que para a maioria só as aparências contam, principalmente para quem (também) faz do seu palminho de cara o seu modo de vida, mas não deixa de ser difícil de entender como é que alguém se sujeita a uma alteração de tal modo significativa que em lugar de parecer mais jovem aconteça precisamente o contrário, como na minha opinião aconteceu neste caso. 

 

Será que a senhora tem espelhos em casa? E será capaz de olhar para eles e reconhecer-se naqueles estranhos olhos rasgados que não tem nada a ver com a essência da mulher lindíssima que todos nos habituamos a ver nos ecrãs do cinema e da televisão?

 

De resto Uma Thurman não é caso único, há muito mais gente a querer fintar a passagem do tempo recorrendo ao bisturi, infelizmente também cada vez são mais os casos em que o resultado está longe de ser abonador e são cada vez mais os casos em que deixamos de reconhecer as formas familiares para passar a ver rostos que estão algures entre um balão cheio demais e um extraterrestre.

 

Eu percebo que seja difícil aceitar que já não somos jovens, mas valerá mesmo a pena tentar ir contra a natureza custe o que custar?

 

A juventude devia ser algo que levamos por dentro, não algo que se vê ao espelho.

 

Jorge Soares

publicado às 22:56

adopção3.jpg

 

Imagem de aqui 

 

Manuel Clemente, diz ter dificuldade em acreditar que o filho de um casal homossexual apreenda o valor da complementaridade entre sexos. Entrevistado pela SIC a poucos dias de ser feito cardeal.

 

Alguém me explica o que tem a ver  complementaridade entre sexos com o assunto? Para dirigente de uma instituição que  insiste em relegar as mulheres a um papel inferior não só dentro da própria instituição igreja como em toda a sociedade, está-me a parecer que Manuel Clemente está longe de poder dar lições sobre a complementaridade entre sexos a alguém.

 

A complementaridade entre sexos ensina-se em casa, como na escola e na vida, não será de certeza por não se viver numa casa onde há um homem e uma mulher que se deixará de aprender, há milhares de exemplos de adultos que se criaram com duas mulheres, dois homens, só uma mulher ou um homem, que são bem criados e bem formados e que o podem atestar.

 

Por outro lado há por aí muita gente que foi criada no âmbito do que a igreja chama uma família normal que não faz  a menor ideia do que isso é... caso contrário a igreja católica já teria percebido que o papel da mulher e do homem na sociedade não é o da menoridade face ao homem e já teria desistido de relegar as mulheres para um lugar secundário... e basta ouvir o que diz Manuel Clemente aqui

 

Jorge soares

publicado às 21:57

A ministra da Justiça e as drogas leves

por Jorge Soares, em 08.02.15

paulateixeiradacruz.jpg

 

Imagem de aqui 

 

“Os negócios da droga são profundamente rentáveis” e “se estiver disponível nas farmácias, se a puder comprar”, há “ganhos para os cidadãos”

"Está demonstrado — e para mim isso ficou muito claro com a lei seca nos EUA — que a proibição leva a que se pratiquem não só aqueles crimes, mas também outros, associados”

 

Paula Teixeira da Cruz à TSF

 

A julgar pela reacção do primeiro ministro, a esta hora a senhora ministra deve ter as orelhas a arder, não sei se haveria no PSD e mesmo em Portugal, muita gente à  espera de ouvir estas palavras, foi claro o incomodo de Passos  Coelho e a pressa em demarcar-se da opinião da Paula Teixeira da Cruz.

 

Entende-se a pressa de Passos Coelho, a despenalização das drogas leves tem sido uma bandeira do bloco de esquerda, está longe de ser uma questão pacífica, dificilmente será do agrado dos eleitores mais à direita e em ano de eleições não se pode facilitar.

 

Eu sou dos que concordo a cem por cento com esta opinião da ministra, em Portugal uma enorme percentagem dos pequenos crimes, principalmente os pequenos furtos e assaltos a casas ou automóveis, estão ligados ao consumo e tráfico de drogas, a despenalização da venda das drogas leves iria fazer descer os preços da droga e iria de certeza fazer diminuir este tipo de crimes. 

 

Como é mais que evidente, a proibição e criminalização do tráfico para pouco serve, não é o facto de as drogas serem proibidas  que impede que alguém consuma, todo o mundo sabe onde elas estão e para uma enorme percentagem da população, o consumo é aceite e quase algo normal, logo, os únicos que na realidade lucram com a proibição são os traficantes.

 

Como disse a ministra na entrevista, todos teríamos a ganhar com a venda livre, também concordo que deveria ser nas farmácias, das drogas leves. Haveria um controlo real sobre quem consome, os preços seriam mais baixos, os traficantes deixariam de ter o poder que tem, baixaria o crime associado ao consumo e tráfico.

 

Evidentemente, em paralelo o estado deveria garantir que o tema do consumo de drogas fosse tratado com um enfoque preventivo e educativo (sobre a droga) nas escolas e na sociedade.

 

Louve-se o valor da ministra para expressar assim em público e em directo de uma opinião que estará longe de ser consensual entre os portugueses.

 

Vídeo com as declarações da ministra:

 

 

 

Jorge Soares

publicado às 21:44

Católicos mas pouco tolerantes

por Jorge Soares, em 08.02.15

papaFrancisco.png

Imagem do Sol

 

"Santidade, na sequência das informações veiculadas por ocasião do último Sínodo, constatamos com dor que para milhões de fiéis a luz dessa tocha pareceu vacilar sob os ventos malsãos de estilos de vida propagados por lobbies anticristãos. Com efeito, observamos uma desorientação generalizada, causada pela possibilidade de que se tenha aberto no seio da Igreja uma brecha que permite a aceitação do adultério – mediante a admissão à Eucaristia de casais divorciados recasados civilmente –, e até mesmo uma virtual aceitação das próprias uniões homossexuais, práticas essas condenadas categoricamente como contrárias à lei divina e natural."

 

O texto acima foi retirado de um site brasileiro, faz parte de uma petição que pretende recolher assinaturas para convencer o papa Francisco a que volte atrás na sua abertura para com os divorciados e os homossexuais  dentro do seio da igreja católica.

 

Segundo o site em questão, já terão sido recolhidas mais de 73000 assinaturas, entre as quais estará a de Duarte Pio, duque de Bragança...

 

Há por aí muita gente que pelos vistos enche o peito quando proclama a sua religião, mas que depois se mostra muito pouco tolerante com os seus semelhantes...e já nem o Papa escapa à sua foirma de ver o mundo.

 

Curiosamente uma outra petição onde se pede ao papa a abolição do inferno só conseguiu reunir 15 (quinze) assinaturas...  é natural, de abolicem o infernopara onde mandavam os divorciados e os homosexuais?

 

Jorge Soares

publicado às 21:02

Conto - A menina que ainda não escrevia versos

por Jorge Soares, em 07.02.15

MENINA.jpg

 

Quando o médico a examinou, ficou perplexo. Nunca vira, assim, um caso tão grave.

 

Os sintomas eram tantos! A menina não tinha mais sede de alegria, fome de contentamento. Padecia de inapetência da vida. Seguia no automático, como se viver fosse uma obrigação burocrática e o vivente um funcionário que aguarda soar o alarme da saída para bater o ponto final.

 

Era meio desligada, desapercebida do mundo. Algumas coisas, contudo, a incomodavam bastante. Uma delas era a lentidão das horas. Era imperioso que dia terminasse logo. Um dia a menos: missão cumprida.

 

Outro incômodo era a pressa de todo mundo por alcançar uma porção de coisas sentido. E depois que as pessoas alcançavam “o-seu-sem-sentido-da-vez”, corriam a forjar outras metas ainda mais estranhas e descabidas, como a fama pela própria fama, o ter o desnecessário, o possuir em esbanjamento o que ao outro falta, o dominar o outro, o apropriar-se do trabalho alheio sem a justa contrapartida.

 

Esse incômodo tinha um agravante máximo que, penso eu, foi o que de fato a adoeceu. É que essas pessoas se arvoram na autoridade de ditadores das regras do mundo e exigiam que a menina também agisse assim. Mundo insano que a alma golpeia e de ninguém compadece!

 

Os parentes se preocuparam imensamente pela desimportância que a menina dava às coisas sérias do mundo. Imagina, ela era capaz de perder tempo olhando as formigas no quintal enquanto o jornal da noite dava notícias de severas ocorrências políticas. Gostava de ficar horas em silêncio, sozinha, como se quisesse ouvir alguma vez que vem de dentro. Não tinha ambições maiores, falava com pouca gente (por falta de afinidade, mesmo)… E a solidão a assumiu por completo. Mesmo quando cercada de pessoas, ela estava sozinha. Isso era certo.

 

A tristeza foi se acumulando na alma. Se ninguém a aceitava do jeito que ela era, ela se deu ao luxo de também se rejeitar. Até que a situação chegou a um ponto insustentável. Ela estava fraca e abatida. Há dias não ia ao trabalho ou à escola, não comia, não saía do quarto. Seus pais decidiram levá-la ao médico, temerosos de um mal maior.

 

- É um caso gravíssimo, asseverou o médico.

 

- A menina padece de excesso de abstrato no peito, palavras petrificadas na alma, utopias invencíveis, encantamentos intocados. Tem nas entrâncias, devidamente resguardas, as dores do mundo e nutre tendência às desimportâncias. É alérgica a vacuidades pomposas e a vaidades diversas. Ela corre risco de morte.

 

Os pais não entenderam absolutamente nada, mas ficaram atônitos quando ouviram a palavra “morte”.

 

- O que podemos fazer, doutor? Ela tem cura? Diga, pelo amor de Deus, diga!

 

- Incurável.

 

A mãe chorava copiosamente.

 

- Podemos ajudar de que modo, Doutor?

 

- Caneta e papel em dosagens desmedidas. Em casos de poesia crônica, escrever é sempre a única receita, a única alternativa.

 

Nara Rúbia Ribeiro

 

Retirado de Conti Outra

publicado às 21:11

 

Imagem do HenriCartoon

 

Comissão Parlamentar de Saúde


Um silêncio de morte
Interrompido por um grito d e quem perdeu a mãe
Por gritos de quem está no corredor da morte
Porque não há medicamentos para lhes mudar a sorte.
Os senhores deputados não podem ser incomodados
Os doentes têm de estar calados
Os deputados não podem ser perturbados
Os doentes podem morrer sem ser tratados
Os deputados não podem ser questionados
O ministro não pode ser ameaçado
O doente tem de estar acamado
O ministro comprou o medicamento reclamado
O doente continua prostrado
Quem é que acredita no Estado?
Quem é que não está indignado?
O dinheiro foi o pecado
O governo é que o não quer, na saúde, esbanjado
Nas mordomias e nos popós é que o tem empregado
O Povo nunca esteve tão mal representado
O governo está gripado, e o País adoentado.


José Silva Costa

 

 

Retirado de um comentário a este post

 

publicado às 21:45

Hepatite C, quanto custa uma vida?

por Jorge Soares, em 04.02.15

hepatiteC.jpg

 Imagem de aqui

 

Um destes dias alguém dizia numa reportagem da Antena 1, que com o novo tratamento para a Hepatite C se poderiam salvar perto de 3000 pessoas, será esse porventura o número de afectados com a doença em Portugal.

 

Maria Manuela Ferreira era uma dessas pessoas, morreu a semana passada vitima da doença, estava há muito na lista de espera para o tratamento que nunca chegou. O governo arrasta há meses e meses o braço de ferro com a empresa farmacêutica, as negociações arrastam-se, o medicamento não está disponível e os doentes vão morrendo.

 

Entretanto ficou-se a saber que a empresa disponibilizou gratuitamente 100 tratamentos, um desses tratamentos seria para Maria Manuela e essa indicação teria sido dada ao hospital, só que pelos vistos alguém se esqueceu de fazer as diligências necessárias e os medicamentos nunca saíram da empresa, agora Maria Manuela está morta, de quem é a responsabilidade?

 

O medicamento custa 42000 Euros por doente, mas ao contrário dos outros já existentes no mercado, tem a vantagem de que na grande maioria dos casos cura a doença.

 

É claro que 42000 euros é muito dinheiro, mas estamos a falar de vidas humanas, será que alguém já fez as contas sobre quanto custa por ano ao estado cada um destes doentes? Em lugar de estar a tratar doentes durante anos e anos com medicamentos que só aliviam os sintomas mas não curam a doença, não será mais económico pagar os 42000 Euros e devolver a saúde a um ser humano? Quanto custa uma vida?

 

Hoje o ministro da saúde Paulo Macedo foi confrontado no parlamento por um dos doentes que se queixa de que nem oferecendo-se para pagar metade do medicamento, obtém respostas nem dos médicos nem do próprio ministro a quem teria escrito uma carta.

 

"A mãe do David morreu, não me deixe morrer” foram as palavras de José Carlos Saldanha, doente com hepatite C há 18 anos e que aguarda há um ano pelo polémico medicamento.

 

Eu entendo que o estado tente negociar com a empresa farmacêutica para que esta desça o preço do medicamento, aliás, há mesmo uma iniciativa da união europeia para que as negociações se façam em conjunto por todos os estados e assim haver mais poder negocial, o que não entendo é que entretanto se deixem morrer pessoas, o estado pode negociar os preços do futuro, mas não pode de forma alguma negar o direito à vida a quem espera há anos por uma cura.

 

Quanto ao deputado do PSD Miguel Santos que acusou os doentes de estarem a montar um circo para chamar a atenção...bom, que na assembleia há um circo já todos sabíamos, agora ficamos a saber onde costumam estar os palhaços....

 

As afirmações de Miguel Santos são de uma enorme falta de respeito por quem tem todo o direito a expressar a sua indignação, parece que o senhor se esqueceu que foi eleito para defender os portugueses, não os ministros e os governos que deixam as pessoas morrer... .demita-se senhor deputado, está a mais na assembleia da república.

 

Vídeo com a reportagem da RTP  sobre a interpelação ao ministro por José Carlos Saldanha:

 

 

Jorge Soares

 

publicado às 22:26

Há quem chame a isto guerra santa???!!!!

por Jorge Soares, em 03.02.15

isis-burnt.jpg

 

Imagem do ABC

 

Hoje foi notica a morte do piloto Jordano capturado pelo estado islâmico na Siria, Moath al-Ksasbah em Dezembro passado pilotava um F16 quando foi abatido sobre território sirio, segundo as imagens hoje divulgadas nas redes sociais, foi  colocado dentro de uma jaula de ferro, regado com um liquido inflamável e incendiado.

 

Não consigo conceber como é que alguém consiga fazer algo assim a um ser humano e depois diga que combate uma guerra santa... haverá algum deus que entenda que se mate desta forma em seu nome?  Haverá alguma religião que desculpe actos como estes ao seus fieis? Em nome de quê?

 

Guerra Santa, a sério?

 

Jorge Soares

publicado às 23:11

Combater as doenças antes da fecundação

por Jorge Soares, em 03.02.15

feto-bebe.jpg

 

Imagem do ABC

 

Era uma lei que estava em discussão no parlamento inglês desde 2008, foi aprovada hoje por larga maioria, e que vai permitir que a partir de agora possa ser aplicado um novo método de fertilização in vitro que ajudará a combater as doenças genéticas associadas às mitocôndrias. Doenças estas que são transmitidas pela via materna e que afectam uma em cada seis mil e quinhentas crianças.

 

O novo método de fertilização que foi desenvolvido por cientistas da Universidade de Newcastle, permite conceber bebés utilizando material genético de três pessoas diferentes, passa pela doação de ovócitos de uma mulher com mitocôndrias saudáveis. Primeiro, retira-se do ovócito doado o seu núcleo, onde estão os cromossomas humanos, usando a técnica de microinjecção intracitoplasmática. Neste ovócito (sem o núcleo original mas com as mitocôndrias saudáveis) podem ser introduzidos o núcleo do ovócito da mãe – evitando assim transmitir as suas doenças das mitocôndrias – e o núcleo vindo do espermatozóide do pai.

 

A criança partilhará na sua maioria o material genético da mãe e do pai, mas terá também uma pequena parte da doadora e será esta parte a que irá garantir que seja saudável e não herde a doença da sua mãe.

 

Este método  irá permitir que muitos casais que evitavam ter filhos devido à presença destes genes na mulher, possam ser pais e ter filhos saudáveis.

 

Esta decisão do parlamento Inglês é histórica pois o Reino Unido torna-se no primeiro país em que este método é permitido, mas não deixou de estar envolta numa enorme polémica já que as igrejas católicas e anglicanas mostraram-se contra o que eles chamam um método que permite ter "bebés a la carte"

 

Para mim, controvérsias à parte, qualquer método que ajude a que nasçam mais crianças saudáveis e que permita a mais pessoas cumprir o seu sonho de ser pais será sempre algo muito positivo e bem vindo.

 

Jorge Soares

publicado às 22:19



Ó pra mim!

foto do autor


Queres falar comigo?

Mail: jfreitas.soares@gmail.com






Arquivo

  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2019
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2018
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2017
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2016
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2015
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2014
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2013
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2012
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2011
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2010
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2009
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2008
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2007
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D