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Dia Internacional das Vítimas do Terrorismo

por Jorge Soares, em 11.03.15

atocha.jpg

 

Imagem de aqui

 

A imagem acima foi tirada a 11 de Março de 2004 na estação de Atocha em Madrid, nesse dia um brutal ataque da AlQaeda a 4 comboios deixou um saldo de 191 Mortos e mais de 1800 feridos.

 

Alguns anos depois numa ida a Madrid  com a família, chegamos de comboio a essa mesma estação, apesar de  nada na estação recordar esse dia fatídico, não pude deixar de recordar as imagens daquele dia e lá no fundo do meu ser sentir um ligeiro calafrio... quem podia garantir que não volte a acontecer?

 

O 11 de Setembro nos Estados Unidos, o 11 de Março em Espanha, os ataques aos transportes públicos em Londres, fizeram-nos recordar que a qualquer momento a guerra pode ser transportada para a nossa porta e pode-nos atingir a todos.

 

11 de Março é o dia internacional das vitimas do terrorismo, foi instituído pelo Conselho Europeu em honra de todas as vitimas dos atentados, dos de Madrid, de Nova Iorque, de Londres, de tantos outros lugares pelo mundo inteiro, o dia de todas as vitimas de todos os atentados.

 

Este dia deve servir para nos recordar não só as pessoas, na sua grande maioria inocentes e alheias aos conflitos dos que foram vitimas, mas também que devemos lutar contra todo o tipo de radicalismos que vão surgindo nos mais variados cantos do mundo.

 

A responsabilidade de todas estas mortes é de quem planeou e executou os atentados, mas também é de todos os governos, de todos os países e no fim, de todos nós, que permitimos que fenómenos como o da AlQaeda e o do Estado Islâmico, nasçam, cresçam e actuem desta forma.

 

Jorge Soares

publicado às 22:54

Afinal não são só os nórdicos....

por Jorge Soares, em 10.03.15

ministrodajustiçaholandês.jpg

 

Imagem do Público 

 

"O ministro da Justiça da Holanda, Ivo Opstelten, demitiu-se do Governo depois de se descobrir que forneceu informações erradas e mentiu no Parlamento"

 

Afinal não são só os nórdicos, há outros países com moral e decência..

 

Jorge Soares

 

PS:Sim, eu sei, eu não percebo nada de política e só vejo as coisas pelo lado da moral, não sei o que isso terá de mal.... mas ninguém é perfeito!

publicado às 22:09

papafrancisco.jpg

 

Imagem de aqui

 

“Um mundo onde as mulheres são marginalizadas é um mundo estéril, porque as mulheres não somente trazem a vida, mas transmitem a capacidade de ver mais além, elas veem mais além."

 

Papa Francisco após o Angelus no dia 8 de Março de 2015, dia internacional da mulher.

 

Acho que não há grandes dúvidas para ninguém que ao longo da sua história a  igreja sempre marginalizou o papel da mulher, relegando-a para um papel secundário, longe da hierarquia e longe do poder.

 

Será que o Papa Francisco com toda a humildade e proximidade que o caracteriza tem a noção do alcance das suas palavras? Terá ele a noção que apesar de faltar ainda uma boa parte do caminho, o resto do mundo está muito mais próximo de reconhecer a importância do papel da mulher na sociedade e que a igreja é uma das últimas instituições que tarda em reconhecer esse papel?

 

Estará Francisco consciente de que a igreja é cada vez mais uma instituição estéril?

 

Jorge Soares

publicado às 23:01

Queremos mesmo políticos sérios?

por Jorge Soares, em 08.03.15

mafalda.jpg

 

Imagem de aqui

 

Os dois posts da semana passada sobre Passos Coelho (este e este),  os seus esquecimentos  e atrasos no cumprimento das suas obrigações com a segurança social e o fisco, tiveram honra de destaque no Sapo (obrigado pessoal do SAPO) e como tal para além das milhares de visitas, tiveram bastantes comentários.

 

Entre estes muitos comentários há evidentemente alguns que tentam defender Passos Coelho, talvez porque a posição do primeiro ministro é quase indefensável, ninguém o faz dizendo que o senhor é sério e que cumpre as suas obrigações. A forma que encontram para o defender é atacando António Costa, tentando usar  a questão do pagamento da Siza que alguém se apressou a desenterrar e dizendo que eu devia falar disso também.

 

Pelos vistos há muita gente para quem facto de haver mais como ele desculpa Passos Coelho do não cumprimento das suas obrigações de cidadão responsável, deixo uma pergunta para essas pessoas, o facto de haver um Isaltino e um Valentim Loureiro no PSD desculpam Sócrates?

 

Eu não sei o que quer o resto do país, mas o que eu quero é viver num país sério, um país de pessoas e políticos sérios.

 

Só políticos sérios conseguem fazer governos sérios... ora, tudo o que temos vindo a descobrir nos últimos dias o que mostram é que temos um primeiro ministro que não cumpre com as suas obrigações ou o faz tarde e a más horas.


Há quem coloque Sócrates, Isaltino e Valentim Loureiro noutro patamar, para mim as pessoas ou são ou não são sérias e quem não cumpre com as suas obrigações com o país não é sério.... por muito primeiro ministro que seja.


Nó último post eu dizia que nunca seremos nórdicos, a nossa matriz legal e cultural não é a mesma dos nórdicos porque nós não exigimos que seja. Em Portugal as pessoas acham um um primeiro ministro que não paga os seus impostos é digno de confiança e até o defendem.

 

As minhas exigências são diferentes, para mim os políticos tem que ser sérios e os que não o são não são dignos de me governar... mas eu sou alto e loiro, pelos vistos nasci com expectativas erradas e no país errado, eu quero mais e melhor, quero ser governado por pessoas sérias e com consciência.

 

Ser sério ou não não tem nada a ver com a cor política, apesar do caso Sócrates, do BPN, dos submarinos, do Freeport, da Tecnoforma,  do BES e agora deste caso da Segurança Social, nós olhámos para as sondagens e o que vemos é que as intenções de voto continuam a ir maioritariamente para a maioria que governa  e para o PS, o que me leva a questionar se as pessoas votam mesmo em consciência ou naquela altura fazem como a Mafalda na imagem acima? 

 

- Queremos mesmo políticos sérios?

 

Jorge Soares

publicado às 22:21

Conto - Sem cabimento

por Jorge Soares, em 07.03.15

Imagem minha do Momentos e olhares

Era um amor que ofendia.

Incomum, genuíno, esdrúxulo, amoroso demais. Insultava porque ninguém, até então, pudera vivenciá-lo. Nem houvera quem sonhasse experimentar algo assim.

Quem acreditaria num amor daquele jeito, que aceitava carinho amizade conversa carícia atenção cumplicidade respeito amor bem-querer harmonia alegria esperança, sem traição, ruptura, nem desejo de fim? Quem creria naquele absurdo de amor?

Só podia ser farsa! Tal espécie de sentimento — se existisse mesmo — não moraria naquelas redondezas. Não ali, bairro de desamados, órfãos, viúvos, analfabetos desmatriculados na escola do gostar. Não ali, onde os pares não combinavam. Não ali, onde namoro, noivado, casamento e divórcio eram desencanto e só tendiam a ofensa, miséria, negligência, fracasso, desgraça. Não ali, onde as famílias se desmanchavam num estalo, sem nunca haverem de fato se constituído. Não ali, onde as mulheres apanhavam dia a dia, às claras, e sempre serviam aos homens; e esses machos, também mal-amados, alimentavam-se de seu próprio prazer egoísta que nunca saciava. Não ali, onde as crianças nasciam da violação e, sobreviventes, iam se nutrindo da falta de zelo, dos maus-tratos humanos e da misericórdia divina.

Mas era um amor que teimava.

João, 32, e Aline, 34, simplesmente decidiram apostar na loucura. Um homem e uma mulher que resolveram se despojar da realidade que conheciam para fundar um amor destemido, sem cobrança de resultados. Caminheiros de mãos embaraçadas, comparsas nas tarefas domésticas, beijavam-se nas despedidas e reencontros diários, olhavam-se, reparavam um no outro, abraçavam-se em público, namoravam com profundidade.

João aceitou o enteado como filho e lhe dedicou caridade. Perdoou Aline pelo passado infeliz do qual ela fora vítima. Afastou-se das mulheres todas com quem se deitara, até mesmo das ex-esposas. Aline acolheu sogra e marido da sogra, ajudou no tratamento da esclerose e do Alzheimer senis, suportou a falta de dinheiro, o lazer quase nulo, o transporte coletivo de cada dia, confiou na palavra de João.


Foram solidários nos desempregos e abortos espontâneos, nos despejos residenciais, nas derrotas esportivas, enchentes, incêndios, batidas policiais, falta d’água, apagões e silêncios. Juntos, livraram-se da cana e da coca. Esforçaram-se pelo interesse mútuo, pelo diálogo e harmonia familiar. Ajoelharam várias vezes, em oração contrita. Adotaram três crianças e se empenharam em educá-las com atenção e amor. Formaram um lar em que eram felizes, em que a individualidade era estimada, assim como o bem comum. E não deixaram vizinhança nem familiares interferirem na engrenagem de seu amor. Usaram até mesmo o tempo em seu benefício. Envelheceram juntos e — mais que fiéis — leais à história que construíram. Inauguraram uma nova era, vencendo o desamor que imperava. Sem humilhações nem lisonjas.

Tendo assombrado no começo, aquele amor — estranho, de tão verdadeiro — passou a contagiar. Ano a ano, década a década, foi inspirando vários relacionamentos. Pretendentes a namorados se propunham, esperançosos: “Vamos amar como João e Aline?”. Muitos ousaram acreditar e fazer bonito em suas relações sentimentais.

Era um amor que arrastava.

Quando João se foi, de infarto, neste fevereiro, aos 73 anos, a comunidade se uniu para chorar com Aline. Ninguém acreditava que um amor assim, tão poderosamente revolucionário e transformador, pudesse chegar ao fim.

Mas é um amor que não morre.

No velório, Aline acarinhou o rosto do companheiro como sempre fizera e segurou as mãos dele com a mesma certeza de que se reencontrariam em breve. Guardou seu próximo beijo para a eternidade.

Maria Amélia Elói 

Retirado de Samizdat

publicado às 21:24

 

 

Vozes: Aldina Duarte, Ana Bacalhau, Cuca Roseta, Gisela João, Manuela Azevedo, Marta Hugon, Rita Redshoes e Selma Uamusse.

Canção de sensibilização sobre violência doméstica, assinalando o 25º aniversário da APAV - Associação Portuguesa de Apoio à Vítima.

 

publicado às 22:16

Porque é que nunca seremos nórdicos?

por Jorge Soares, em 04.03.15

Stego.jpg

 

Imagem de aqui

 

A senhora simpática e sorridente ali na fotografia chama-se  Cecilia Stego Chilo, em 2006 era ministra da cultura do governo Sueco e alguém descobriu que  durante uns anos se tinha esquivado da sua obrigação de pagar a taxa de licença de televisão, qualquer coisa como 2.861 Euros.

 

Admitindo o erro, ela demitiu-se de imediato do governo e invocou como motivo  que a falha em cumprir estas obrigações "não era aceitável"

 

Eu já por cá falei do do facto de nós europeus do sul por mais que admiremos e invejemos a cultura nórdica, nunca lá chegaremos, foi a propósito da primeiro ministro lésbica da Finlândia, de condições de trabalho.. ou da falta delas, e até do pagamento ou não dos devidos impostos, normalmente demoro-me a tentar explicar que não dá, porque nós não somos nórdicos, até podíamos ser altos e louros (eu sou), mas nunca teremos nem a cultura nem a consciência de estado e do dever que tem os nórdicos.

 

Depois da pobre explicação da falta de conhecimento, o primeiro ministro entrou na fase da vitimização, a culpa não é dele, é dos jornalistas curiosos e dos funcionários sem escrúpulos que insistem em descobrir estas coisas. Certo é que pouco a pouco vamos sabendo novos detalhes sobre o passado de desconhecimentos e esquecimentos em série que pautam as obrigações fiscais do  agora primeiro ministro.

 

É claro que se fossemos nórdicos nada disto aconteceria, primeiro porque é muito mais difícil encontrar quem não cumpra os seus deveres, segundo porque não haveria funcionários sem escrúpulos que filtrassem dados fiscais de políticos... e é claro que quando não há coisas para filtrar dificilmente haverá jornalistas à procura... e terceiro, porque quando há uma excepção como a da senhora Cecilia Stego Chilo, a decência obriga a que as pessoas se demitam.

 

Como não somos nórdicos, não há decência que nos valha, cada um faz o que lhe apetece e pelos vistos nem para se ser primeiro ministro é necessário cumprir com as obrigações fiscais.

 

Jorge Soares

 

PS: Curiosamente na mesma noticia em que se fala da ministra sueca, aqui, também se fala de um ministro português que se demitiu após alguém ter levantado suspeitas sobre a sua situação fiscal.... não, não é do PSD

 

PS2: Não falo sobre o caso da sisa de António Costa (esta noticia) porque no mesmo jornal já foi publicado (aqui) o desmentido de Costa... e acredito nele como disse no outro dia que acreditava no desconhecimento de Passos Coelho.

 

PS3 - Curiosamente, consigo lembrar-me de um ministro do PSD que se demitiu por ter contado uma anedota... parece que não ter piada é pior que não cumprir obrigações fiscais.

publicado às 23:13

Imagem do Henricartoon

 

Artigo 6.º (do código civil)

(Ignorância ou má interpretação da lei)

 

A ignorância ou má interpretação da lei não justifica a falta do seu cumprimento nem isenta as pessoas das sanções nela estabelecidas.

 

Custa-me entender como é que alguém não sabe que as contribuições para a segurança social são obrigatórias, para mim isso nunca foi uma opção, desde que comecei a trabalhar que os onze por cento sempre foram descontados mesmo antes de chegarem às minhas mãos ...

 

É claro que ao contrário de Passos Coelho, eu nunca fui político e nunca fui trabalhador independente.... talvez venha de aí a minha ignorância.... mas admito que seja mesmo verdade que o senhor não sabia, que achava que era opcional e como não pensava nunca vir a viver da reforma, achou que não precisava de descontar. É claro que há o pequeno detalhe de a lei que ele incumpriu ter sido aprovada na assembleia da república numa altura em que ele era deputado, se calhar até contribuiu com o seu voto para a sua aprovação, mas é claro que lá por ser deputado e votar as leis, ele não tem porque as ler..... ou será que tem?

 

A mim o que realmente me choca no meio de tudo isto é que uma simples dívida da falta de pagamento ao fisco de poucas dezenas de Euros respeitantes por exemplo ao imposto de circulação de um carro que já nem é nosso há anos, além de não prescrever, terminar muitas vezes no pagamento de multas de milhares de Euros e até em casos extremos em penhoras de habitação, (ver este post), e que por outro lado, uma dívida de 5016,88 à segurança social, não só prescreva passados meia dúzia de anos, como prescreve sem que sequer o devedor tenha sido alguma vez notificado da sua existência.

 

Evidentemente Passos Coelho não é um contribuinte qualquer, é primeiro ministro e foi deputado, até pode alegar que na altura não sabia da obrigatoriedade de pagar a contribuição, mas acontece que ele tomou conhecimento dessa dívida em 2012, e prescrita ou não, só a pagou em 2015. Evidentemente os 5000 Euros não fazem diferença nenhuma nas contas da segurança social, mas o exemplo faz, e o exemplo que Passos Coelho deu ao país é o de que podemos deixar de pagar, porque afinal, a menos que algum jornalista descubra, o crime compensa. Já seja porque a dívida prescreve, já seja porque o estado de uma forma ou outra não tem a competência suficiente para fazer os contribuintes (pelo menos alguns) cumprirem as suas obrigações, a imagem que fica é que o crime compensa.

 

Sem esquecer é claro que na mesma altura em que o estado deixou prescrever as dívidas de um dos seus políticos, havia uma enorme pressão sobre os restantes trabalhadores a recibos verdes para que pagassem as mesmas contribuições, ou seja, este estado tem dois pesos e duas medidas, um para quem mais precisa e outro para quem é político.

 

Jorge Soares

publicado às 22:55

 

 

Disclaimer - Para quem aqui vem à espera de encontrar um daqueles artigos que dizem que a hiperactividade é uma invenção dos médicos e da industria farmacêutica, pode voltar por onde veio, a hiperactividade é uma doença real e infelizmente afecta mesmo muitas crianças.

 

Quem me costuma ler sabe que cá em casa temos um hiperactivo, que apesar de ser seguido e tratado desde os três anos de idade, sofre todos os dias o facto de ter uma doença que influência o seu comportamento, as suas capacidades de aprendizagem e a forma como se relaciona com a família, a escola e o mundo em geral.

 

Num mundo que cada vez mais vive de normas e padrões, um criança que por um ou outro motivo foge ao que se considera "normal" não tem um caminho fácil, ora o N. sofre de Hiperactividade, défice de atenção e dislexia.

 

O facto de ter sido diagnosticado ainda antes de entrar para a escola não ajudou grande coisa, infelizmente há, principalmente nas escolas, muita gente no mundo que acredita que sabe mais que médicos e especialistas e acha que tudo isto não passa de falta de educação e que tudo se resolve com palmadas, castigos, recados nas cadernetas ...  enfim. É triste mas a quantidade de professores que pensa assim é assustadora e muitas vezes para além de tornarem um inferno a estada das crianças na escola, tornam muito complicada a relação entre a escola e os pais.

 

Felizmente esta é uma doença para a que há medicação, mas convém lembrar que estas doenças não tem cura, a medicação normalmente ajuda a atenuar os sintomas, mas não cura. Uma criança  com hiperactividade vai ser um adulto com hiperactividade, e esta é uma realidade que temos que aprender a aceitar e com a que temos que aprender a viver.... cada dia é um novo desafio e cada dia aprendemos um pouco mais.

 

Mas se uma criança hiperactiva é um problema, um adolescente hiperactivo é como uma bomba relógio sempre prestes a explodir... 

 

A adolescência do N. não tem sido nada fácil, e também não tem sido nada fácil acertar com as doses certas da medicação. Por um lado os comprimidos fazem com que seja mais fácil a concentração e a atenção nas aulas, por outro lado há os efeitos secundários, que variam de organismo para organismo mas que no caso do N influenciam o apetite, o sono e especialmente o humor.

 

Nós verificamos que quando toma a medicação, e ao contrário do que acontece nas férias em que não toma, fica muito mais irritadiço e volátil, reagindo de forma abrupta e com forte oposição quando questionado ou contrariado.

 

Depois de vários episódios cá em casa e na escola, em conjunto com o especialista que o segue, decidimos que íamos retirar uma parte da medicação e optar por um tratamento alternativo sugerido pelo médico.

 

A mudança foi da noite para o dia, em lugar de um adolescente irascível e resmungão passamos a ter um jovem que não classificaríamos de normal, mas que pelo menos anda muito mais bem disposto e sem estar em constante oposição.

 

Curiosamente os primeiros a queixar-se do novo N. foram os professores, antes tinham um miúdo que reagia mal à autoridade mas que pelo menos aparentava estar atento nas aulas, agora tem um jovem menos irascível, mais bem disposto, mas que tem muitas mais dificuldades em estar atento e seguir a aula.... curiosamente e apesar das queixas anteriores, os professores parece que preferem a versão com medicação.

 

Eu confesso que tive muitas duvidas sobre qual seria a melhor estratégia, mas a minha meia laranja usou lógica simples para me convencer: Ninguém vai preso por estar desatento e bem disposto nas aulas, mas pode ir se num dos momentos de impulsividade agredir alguém à sua volta.

 

É claro que a falta de atenção nas aulas pode ter consequências ao nível do aproveitamento escolar, mas não é nada que não se supere com trabalho, dele, da escola e nosso, assim haja vontade... 

 

Como disse acima, a hiperactividade é uma doença com a que ele e nós temos que aprender a viver, há dois ou três anos atrás seria impensável retirarmos a medicação, nós não dávamos a medicação nas férias e sinceramente havia anos em que a meio das férias dávamos por nós a desejar que os tempo passasse rápido para voltarmos aos comprimidos e à "paz" que estes traziam... mas isso era válido na altura com uma criança daquela idade, agora com um adolescente a realidade é outra e a forma de a encarar também será outra.

 

Jorge Soares

publicado às 23:21

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