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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Retirado do Facebook
Miguel,
Eu sei que tu e a tua mulher tiveram muitas dificuldades nos últimos meses desde que perderam os empregos.
Agradeço-vos terem pago sempre a renda a tempo. Eu quero oferecer-vos um presente. Não me paguem a renda do mês de Dezembro. Utilizem esse dinheiro para passarem um feliz e maravilhoso natal em família com os vossos filhos.
Bom dia e feliz natal
António Silva
É nestas alturas que percebemos o que realmente significa o espírito do Natal.
Jorge Soares
PS: Há uma enorme probabilidade de isto ser uma campanha publicitária qualquer... mas eu prefiro acreditar no espírito do natal.
Imagem do Expresso
Passo na A12 todos os dias desde 1998 quando esta foi inaugurada, normalmente até à entrada da Ponte Vasco da Gama não há grande trânsito, hoje não foi a excepção. Passei lá por volta das oito da manhã, como em muitos outros dias entre o pinhal novo e o Montijo havia nevoeiro, na zona do Pinhal Novo, onde uma hora mais tarde se daria o choque em cadeia em que morreu uma pessoa e outras 14 ficaram feridas, a visibilidade seria talvez de 20 ou 30 metros.
Por norma sou uma pessoa que cumpro os limites, muito mais quando as condições não ajudam, esta manhã dei por mim a olhar para o velocímetro, ver que ia entre os 110 e os 120 e achar que ia com velocidade a mais, para o nevoeiro que estava... mas a julgar pela quantidade de carros que me ultrapassava, devia ser o único que pensava assim.
Não concordo quando se diz que os portugueses somos maus condutores, acho sim que há muita gente que principalmente nas auto-estradas abusa muito na velocidade e, talvez porque temos um clima amigo, temos uma enorme dificuldade em adaptar a nossa condução ao estado da estrada e às condições atmosféricas.
Hoje estava nevoeiro, quando chove não é muito diferente, eu ia perto dos 120 e a julgar pela forma como passavam por mim, a maior parte dos outros carros ia de certeza muito acima dessa velocidade. Isto já para não falar dos muitos carros e até camiões que iam sem as luzes de nevoeiro ligadas.
O que aconteceu hoje na A12, para além de ser resultado do nevoeiro e da falta de visibilidade é também resultado da falta de bom senso e responsabilidade da maioria dos condutores, com 30 metros de visibilidade e velocidades altas, qualquer imprevisto ou até um carro ou camião numa velocidade mais lenta, termina quase de certeza em desastre e na A12, só não acontece mais vezes porque não está assim tantas vezes nevoeiro e o transito normalmente não é muito.
Mais que saber-se conduzir falta civismo e educação nas estradas portuguesas, todos nos achamos excelentes condutores e que mal entramos no carro ficamos acima da lei leis de trânsito e limites de velocidade parece que é algo que raramente nos diz respeito, infelizmente muitas vezes estas atitudes terminam de forma abrupta e grave como aconteceu hoje
Jorge Soares
Imagem de aqui
Eu sou do tempo em que havia exame final na (então) 4ª classe, lembro-me perfeitamente do dia do exame, na mesma escola mas noutra sala e com outro professor, lembro-me de o ter achado muito fácil e da boa nota.
Curiosamente não me lembro de o facto de haver um exame final, para muitos dos meus colegas de escola era mesmo o final dos seus estudos, ter mudado o que quer que fosse nos meus hábitos de estudo, na altura não havia aulas de apoio, ATL ou explicações.
Não sou contra avaliações, sou profundamente contra o exame final do primeiro ciclo e contra tudo o que dele se fez nos últimos anos.
A escola é efectivamente para aprender e os alunos devem habituar-se a serem avaliados, pela vida fora, mesmo depois do percurso escolar, somos avaliados muitas vezes, o que não me parece é que porque há um exame final em lugar de ensinar se treine as crianças para que consigam passar num exame.
Não me parece que tenha alguma lógica que crianças de 9 e 10 anos, mesmo tendo aproveitamento no dia a dia cheguem ao 4º ano e passem a ter horas e horas de explicações de matemática e português só porque no fim do ano vai haver um exame.
O exame nacional tornou-se num excelente negocio para as editoras, alguns colégios, os ATL's , centros de explicações e milhares de explicadores.
As editoras publicam livros e manuais específicos para ensinar a resolver exames. Na Páscoa e durante os fins de semana, as crianças passaram a ficar encerradas em colégios e centros de estudo especificamente a aprender a resolver exames, que sentido é que isto faz?
O que é que se ganha ao tratar assim crianças de 9 e 10 anos que deveriam aproveitar os tempos livres para, em primeiro lugar, serem crianças?
Como disse no inicio sou a favor das avaliações, mas não me parece que no fim do primeiro ciclo faça algum sentido um exame nacional, a avaliação deve ser feita no dia a dia e com testes periódicos, mas testes que se adaptem à realidade de cada criança e ao ambiente escolar em que ela está inserida.
Que sentido faz avaliar da mesma forma os alunos de um colégio de Lisboa em que as crianças são levadas à escola pelo chofer, com os de uma aldeia qualquer do interior do país?
Como é que se pode ter no mesmo ranking e avaliar da mesma forma, os alunos dos melhores e mais caros colégios do país com escolas inseridas em bairros sociais?
Durante anos e anos não houve exames no fim do primeiro ciclo, curiosamente todo o mundo fala da geração mais preparada de sempre em Portugal, o exame fez-lhe falta para quê?
Além de mais, como diz ali no muro da fotografia, aprovar não é aprender!
Jorge Soares