Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]




Aquelas coisas que nos fazem acreditar no natal

por Jorge Soares, em 03.12.15

carta.jpg

 

Retirado do Facebook

 

Miguel,

 

Eu sei que tu e a tua mulher tiveram muitas dificuldades nos últimos meses desde que perderam os empregos.

Agradeço-vos terem pago sempre a renda a tempo. Eu quero oferecer-vos um presente. Não me paguem a renda do mês de Dezembro. Utilizem esse dinheiro para passarem um feliz e maravilhoso natal em família com os vossos filhos.

 

Bom dia e feliz  natal

António Silva

 

É nestas alturas que percebemos o que realmente significa o espírito do Natal.

 

Jorge Soares

 

PS: Há uma enorme probabilidade de isto ser uma campanha publicitária qualquer... mas eu prefiro acreditar no espírito do natal.

 

publicado às 21:33

a12.jpg

 

Imagem do Expresso

 

Passo na A12 todos os dias desde 1998 quando esta foi inaugurada, normalmente até à entrada da Ponte Vasco da Gama não há grande trânsito, hoje não foi a excepção. Passei lá por volta das oito da manhã, como em muitos outros dias entre o pinhal novo e o Montijo havia nevoeiro, na zona do Pinhal Novo, onde uma hora mais tarde se daria o choque em cadeia em que morreu uma pessoa e outras 14 ficaram feridas, a visibilidade seria talvez de 20 ou 30 metros.

 

Por norma sou uma pessoa que cumpro os limites, muito mais quando as condições não ajudam, esta manhã dei por mim a olhar para o velocímetro, ver que ia entre os 110 e os 120 e achar que ia com velocidade a mais, para o nevoeiro que estava... mas a julgar pela quantidade de carros que me ultrapassava, devia ser o único que pensava assim.

 

Não concordo quando se diz que os portugueses somos maus condutores, acho sim que há muita gente que principalmente nas auto-estradas abusa muito na velocidade e, talvez porque temos um clima amigo,  temos uma enorme dificuldade em adaptar a nossa condução ao estado da estrada e às condições atmosféricas.

 

Hoje estava nevoeiro, quando chove não é muito diferente, eu ia perto dos 120 e a julgar pela forma como passavam por mim, a maior parte dos outros carros ia de certeza muito acima dessa velocidade. Isto já para não falar dos muitos carros e até camiões que iam sem as luzes de nevoeiro ligadas.

 

O que aconteceu hoje na A12, para além de ser resultado do nevoeiro e da falta de visibilidade é também resultado da falta de bom senso e responsabilidade da maioria dos condutores, com 30 metros de visibilidade e velocidades altas, qualquer imprevisto ou até um carro ou camião numa velocidade mais lenta, termina quase de certeza em desastre e na A12, só não acontece mais vezes porque não está assim tantas vezes nevoeiro e o transito normalmente não é muito.

 

Mais que saber-se conduzir falta civismo e educação nas estradas portuguesas, todos nos achamos excelentes condutores e que mal entramos no carro ficamos acima da lei leis de trânsito e limites de velocidade parece que é algo que raramente nos diz respeito, infelizmente muitas vezes estas atitudes terminam de forma abrupta e grave como aconteceu hoje

 

Jorge Soares

publicado às 23:03

Exames nacionais sim ou não? Não!!!

por Jorge Soares, em 01.12.15

aprovar.jpg

 

Imagem de aqui

 

Eu sou do tempo em que havia exame final na (então) 4ª classe, lembro-me perfeitamente do dia do exame, na mesma escola mas noutra sala e com outro professor, lembro-me de o ter achado muito fácil e da boa nota.

 

Curiosamente não me lembro de o facto de haver um exame final, para muitos dos meus colegas de escola era mesmo o final dos seus estudos, ter mudado o que quer que fosse nos meus hábitos de estudo, na altura não havia aulas de apoio, ATL ou explicações.

 

Não sou contra avaliações, sou profundamente contra o exame final do primeiro ciclo e contra tudo o que dele se fez nos últimos anos.

 

A escola é efectivamente para aprender e os alunos devem habituar-se  a serem avaliados, pela vida fora, mesmo depois do percurso escolar, somos avaliados muitas vezes, o que não me parece é que porque há um exame final em lugar de ensinar se  treine as crianças para que consigam passar num exame.

 

Não me parece que tenha alguma lógica que crianças de 9 e 10 anos, mesmo tendo aproveitamento no dia a dia cheguem ao 4º ano e passem a ter horas e horas  de explicações de matemática e português só porque no fim do ano vai haver um exame.

 

O exame nacional tornou-se num excelente negocio para as editoras, alguns colégios, os ATL's , centros de explicações e  milhares de explicadores.

 

As editoras publicam livros e manuais específicos para ensinar a resolver exames. Na Páscoa e durante os fins de semana, as crianças passaram a ficar  encerradas em colégios e centros de estudo especificamente a aprender a resolver exames, que sentido é que isto faz?

 

O que é que se ganha ao tratar assim crianças de 9 e 10 anos que deveriam aproveitar os tempos livres para, em primeiro lugar, serem crianças?

 

Como disse no inicio sou a favor das avaliações, mas não me parece que no fim do primeiro ciclo faça algum sentido um exame nacional, a avaliação deve ser feita no dia a dia e com testes periódicos, mas testes que se adaptem à realidade de cada criança e ao ambiente escolar em que ela está inserida.

 

Que sentido faz avaliar da mesma forma os alunos de um colégio de Lisboa em que as crianças são levadas à  escola pelo chofer, com os de uma aldeia qualquer do interior do país?

 

Como é que se pode ter no mesmo ranking e avaliar da mesma forma, os alunos dos melhores e mais caros colégios do país com escolas inseridas em bairros sociais?

 

Durante anos e anos não houve exames no fim do primeiro ciclo, curiosamente todo o mundo fala da geração mais preparada de sempre em Portugal, o exame fez-lhe falta para quê?

 

Além de mais, como diz ali no muro da fotografia, aprovar não é aprender!

 

Jorge Soares

publicado às 22:41

Pág. 2/2



Ó pra mim!

foto do autor



Queres falar comigo?

Mail: jfreitas.soares@gmail.com






Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2016
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2015
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2014
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2013
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2012
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2011
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2010
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2009
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2008
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D
  235. 2007
  236. J
  237. F
  238. M
  239. A
  240. M
  241. J
  242. J
  243. A
  244. S
  245. O
  246. N
  247. D