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Alguém se lembra do Lusitânia Expresso?

por Jorge Soares, em 04.10.25
Pode ser uma imagem a preto e branco de 4 pessoas, barba e a texto
 
"Se há 10 anos me dissessem que neste país, um país com um povo que se orgulha de ser patriota e, no qual, outrora, viveu um espírito de solidariedade quase inigualável no Mundo, a maioria da população rejubilaria pela detenção de 4 portugueses numa viagem de barco que transportava bens essenciais para entregar num conflito onde, em menos de dois anos, morreram mais de 20 mil crianças, acusando-os de estarem do lado de terroristas, como se crianças fossem algo mais do que simplesmente crianças, eu diria que nem o Herman José teria tal imaginação ao escrever um dos seus melhores sketches.
 
Mas sim, está a acontecer e com participação ativa de um ministro, de políticos, de diplomatas e da sociedade civil nacional.
 
É possível não ter simpatia pela deputada, pela atriz, pelo ativista ou pelo estudante detidos de forma ilegal em águas internacionais por Israel.
 
Mas, num país minimamente civilizado e tão profundamente católico, uma religião cuja mensagem principal é a do amor ao próximo, era suposto haver pelo menos respeito e união no desejo para que todos regressassem sãos e salvos, independentemente de todas as diferenças ideológicas, digo eu.
 
O que te aconteceu, Portugal?"
 
Retirado do Facebook de Anarquia das palavras 
 

Alguém se lembra do Lusitânia Expresso?

Se calhar, quem goza com estes 4 portugueses é novo demais para se lembrar. Na altura, éramos todos timorenses e todos achávamos que a Indonésia oprimia uma parte de nós. A diferença, agora, é que o opressor se chama Israel.

Fizemos uma festa enorme quando Timor se tornou um país livre e se viu livre dos opressores. Agora, há quem tenha feito uma festa enorme porque quem ia no Lusitânia Expresso de 2025 foi preso.

É mesmo... O que te aconteceu, Portugal?

Jorge Soares

 

publicado às 16:32

ONG promove ato em repúdio ao assassinato de crianças palestinas |  Radioagência Nacional

Imagem retirada da net

Acho que é mais do que evidente que o que está a acontecer em Gaza é terrível: milhões de pessoas encerradas num pedaço de terra, sem nenhuma hipótese de sair, sujeitas, nos últimos dois anos, dia após dia, a ataques com todo o tipo de armas. Nos melhores dias, os mortos contam-se às dezenas; nos piores, às centenas. Homens, mulheres, crianças... os ataques são indiscriminados, repetindo-se dia após dia.

Das cidades, pouco resta. As populações são obrigadas a mover-se de um lado para o outro ao sabor do desejo de destruição. Há muito que deixou de existir economia em Gaza. É difícil imaginar como ainda há quem consiga sobreviver no meio de tanta destruição, morte, miséria e fome. Não contente com a devastação, Israel não permite a entrada de água nem de alimentos.

Hoje, mais uma vez, Israel passou por cima de todos os direitos e resoluções, impediu a chegada de ajuda humanitária — ainda em águas internacionais — e prendeu quem seguia nos barcos.

Em Portugal, houve quem, nas redes sociais, brincasse com a situação e se regozijasse com a prisão de ativistas portugueses. Pelos vistos, há quem olhe para isto de forma simplista: a Palestina é de esquerda e Israel é de direita... Portanto, quem é de esquerda ficou furioso e quem é de direita rejubilou porque quatro portugueses de esquerda foram presos por Israel.

Os mortos — os da Palestina dos últimos dois anos ou os de Israel do dia 7 de outubro de 2023 — não querem saber se as balas eram de esquerda ou de direita. As famílias dos milhares de mortos, de um lado ou de outro, não querem saber quem tem razão.

Custa-me entender esta visão do mundo dividida entre esquerda e direita. O que acontece em Gaza todos os dias é um genocídio, uma matança infame, sem lógica, sem razão. O facto de Israel ser uma democracia não é motivo para a sua defesa; o facto de o Hamas ser um movimento terrorista não é justificação para que se faça uma limpeza étnica, para que não fique pedra sobre pedra em Gaza e, muito menos, para as dezenas de milhares de mortos entre a população civil.

Na semana passada, Portugal reconheceu a Palestina como um país de direito. Hoje, Portugal, como o resto do mundo, viu Israel passar por cima de todas as leis internacionais e olhou para o lado.

Não vejo grande futuro para uma humanidade que olha para o valor da vida humana numa perspetiva de esquerda ou de direita.

Jorge Soares

 

publicado às 21:54

Um não lugar chamado Palestina

por Jorge Soares, em 02.10.25

A palestina

 

Segundo a Wikipédia a primeira referência escrita à Palestina é de Heródoto que em 450 antes de Cristo visita o lugar e a ela se refere como Síria Palaestina.

Desde então para cá, fez parte dos Impérios de Carlos Magno, Egípcio, Romano, Bizantino. Foi conquistada e libertada dezenas de vezes pelos mais variados povos, foi tomada pelos Cruzados católicos e reconquistada pelos Árabes,  pelos Turcos, pelos Otomanos e de novo pelos Turcos.

Durante a primeira guerra mundial os Turcos são de novo derrotados e o território é dividido entre a Grã Bretanha e a França.

Em 1946 o seu território, era maioritariamente ocupado pelos palestinos Árabes e Católicos, sendo que os judeus ocupavam uma pequena faixa junto ao mar. A partir de 1947 com o patrocínio da ONU e dos Estados Unidos e num processo que dura até hoje, os palestinos viram o seu território ir encurtando cada vez mais, até um ponto em que apenas restam umas pequenas faixas em que o povo é obrigado a sobreviver em campos de refugiados.

Repito, tudo isto foi feito com o patrocínio das nações Unidas e dos Estados unidos e com a cumplicidade de todo o resto do mundo.

Neste momento Israel prepara-se para invadir o que resta da faixa de Gaza, todos os dias morrem numa guerra não declarada dezenas de pessoas, das que 60 % são mulheres e crianças.

Daqui a uns anos, na fotografia acima haverá um novo mapa com uma faixa completamente branca e a Palestina será só uma pequena nota de rodapé na história reescrita do mundo... um não lugar.

Tal como aconteceu durante centenas de anoscom os judeus, os palestinos que restarem ao massacre andarão pelo mundo, um povo sem pátria, sem lugar....

É incrível como a história se repete e a humanidade não aprende nada com ela...

Jorge Soares

PS:Este post foi publicado por mim em 20 de Novembro de 2012, desde então não mudou nada e as mortes (de um lado muitas ,do outro poucas) continuam, com o mundo a ver futebol

publicado às 21:50


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