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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Acabo de ler no DN que o Nissan Leaf, o primeiro totalmente eléctrico à venda em Portugal, foi eleito carro do ano 2011, normalmente os artigos sobre carros terminam com o preço, eu vou começar por aí, o carro vai custar em Portugal 35000 Euros, sendo que os primeiros 5000 tem um desconto de 5000 Euros, especial graça do governo para incentivar a venda dos carros eléctricos.
Eu faço 110 Kms por dia, seria um candidato lógico a ter um carro eléctrico, mas com uma autonomia de 150 Kms, este teria sempre que ser um segundo carro, e convenhamos que dar 35000 Euros por um segundo carro não está definitivamente dentro das minhas possibilidades, nem o primeiro custou isso, eu diria que não estará dentro das possibilidade da maioria das famílias.
Acredito que o futuro do automóvel será eléctrico, mas a evolução tecnológica actual não permite o fabrico de carros com autonomias superiores a 150 Kms, mesmo assim baterias e motores são muito caros o que faz com que os preços dos carros sejam altos demais, se a isso acrescentarmos a nossa fiscalidade, temos um carro eléctrico que ou muito me engano, ou demorará bastante tempo até atingir vendas significativas no nosso mercado.
A unir a isto, há muito trabalho por fazer, eu vivo num prédio novo e tenho garagem, mesmo assim teria que fazer adaptações para poder carregar o carro durante a noite. O parque de estacionamento da empresa onde trabalho não tem tomadas eléctricas, muito menos as pedidas para carregar um carro. Há muitíssima gente que não tem garagem, cujos carros ficam sempre na rua e não me lembro de ter passado alguma vez por um lugar onde se poderiam deixar os carros a carregar... em modo normal o carro demora 8 horas a carregar.
Tendo em conta tudo isto, na minha opinião, carros eléctricos sim, dadas as condições actuais do país e da tecnologia, por 35000 Euros não e convinha que o governo fizesse um esforço maior para que a sociedade se preparasse para a revolução que, espera-se, ai vem.
Jorge Soares