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O natal, afinal, o que é o natal?

por Jorge Soares, em 19.12.10

Natal, afinal, o que é o natal?

Imagem minha, do Momentos e Olhares

 

Este post da Manu deixou-me a pensar, o post e os comentários, assim como este da Rita, e hoje uma troca de ideias com a Sandra no Facebook. Ao contrario da maioria das pessoas, eu não tenho grandes recordações do natal da minha infância, por muito que tente não me consigo lembrar de nenhuma prenda... mentira, lembro-me que havia sempre um chapéu de chuva de chocolate... curiosamente lembro-me dos carrinhos e camiões, dos legos e demais brinquedos de moda que os meus primos recebiam.. e que invariavelmente eu invejava quando no dia 25 nos encontrávamos em casa da minha avó.

 

Quer isto dizer que os meus natais eram tristes? não, claro que não, eram simplesmente os natais humildes das pessoas humildes, em minha casa havia árvore de natal, presépio e luzinhas, e havia batatas e bacalhau e bolo rei... mas o facto de haver menos consumismo, menos prendas,  menos coisas, fazia do meu natal de então um natal melhor que o de hoje? É que por vezes fico com a sensação que assim é, que o natal de hoje como tem muitas coisas, muitas prendas, muita comida, muito consumismo, é mau.

 

Lendo os comentários ao post da Manu ficamos com a sensação que as pessoas  resistem a ser felizes,  a aceitar que um natal cheio de coisas, cheio de prendas, cheio de consumismo é um natal mau... não é natal, porquê? O que tem de mal que as pessoas possam comprar, dar prendas, partilhar?

 

Eu olho para trás e resisto-me a pensar que o natal dos meus filhos seja pior que os meus, não, resisto a acreditar que o facto de que os meus filhos tenham tudo aquilo que eu sonhava e não podia ter seja mau...eu sou muito feliz porque ao contrário dos meus pais, eu posso dar-me ao luxo de comprar para os meus filhos muitas coisas.

 

As pessoas dirão que se perdeu o significado do natal... pois a isso eu respondo que o natal, para além de ser quando o homem quiser, também significa o que quisermos. Eu sou ateu, evidentemente não festejo o nascimento de um menino numa manjedoura, mas festejo o momento, a presença da família, se quiserem, festejo a alegria de poder ter um natal, de poder comer, comprar, gastar.... porque o natal já era natal antes de supostamente ter nascido um menino algures a Oriente... e como vão as coisas, daqui a 3 ou 4 gerações já poucos pensarão nesse menino, mas aposto que o natal continuará a ser festejado.. e espero que com muito mais luz, muito mais festa... muito mais alegria...

 

Jorge Soares

publicado às 21:45


17 comentários

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De Sandra Cunha a 19.12.2010 às 23:43

Jorge, eu concordo contigo. Não acho que por actualmente existirem mais coisas à volta do natal, mais comida, mais prendas não é mau. Pelo contrário!

O meu problema com as prendas é que no Natal se compra quase sempre por obrigação. Porque sim. Porque alguém nos dá uma prenda e é de bom tom retribuir. E isso torna a coisa numa obrigação e eu não gosto. Gosto de dar prendas que dêem prazer a quem as recebe e a mim que as dou. Gosto de dar algo especial que só podia ser mesmo dado àquela pessoa. E para isso é preciso tempo e disposição e calma. Não gosto de ir a correr ao centro comercial comprar um perfume para o pai e um creme para a mãe e uma garrafa para o tio e um cachecol para a tia porque sim. Porque no Natal se trocam prendas. Dar e receber devia ser um prazer e não uma obrigação. Por isso, de há uns anos para cá decidi parar com isso. Dou prendas no aniversário da pessoa, porque é o seu dia ou quando me apetece. Para além disso não suporto o fanatismo das compras, os centros comerciais com o ar pesado e viciado de tanta gente, as ruas cheias, as pessoas carregadas de sacos por todo o lado, os engarrafamentos. Não suporto! Tenho ataques de pânico. Logo, não há prendas. Temos pena. Tenho prenda apenas para a Nessa, porque pela primeira vez ela pediu uma coisa e está convencida que não vai receber nada. Nem posso esperar para ver a surpresa nos olhos dela! É um microscópio. Mas não te chibes! :)

Em relação ao Natal em si, já sabes que sou como tu. Ateia mais que convicta mas também costumo passar o Natal em família. E gosto, mas é um jantar como tantos outros que tenho durante o resto do ano. Excepto no bacalhau cozido (que tenho de comer mas que é algo que dispensava vivamente) e nos doces (que adoro!).

Por fim, uma nota. Em muitas famílias há troca de prendas, há muita coisa para partilhar, para comer, para enfeitar e decorar as casas mas é à conta de créditos e de sacrifícios e de penúria durante o mês seguinte, para não dizer meses! Qual é a necessidade disto? Para dar porque sim, porque fica bem ou é politicamente correcto, não obrigado.

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De naterradosplatanos a 20.12.2010 às 13:10

Sandra, nunca encontrei ninguém com quem me identificasse tanto quanto ao Natal como com a Sandra (mesmo quanto ao bacalhau cozido e ao abuso dos doces!). Durante muitos anos para mim era época de uma interior depressão e o que realmente valia aos meus filhos era que os Natais eram sempre passados na casa da avó Alice. Não fosse a alegria e magia que lá se vivia os meus filhos não teriam grandes recordações!
Não estou muito de acordo com o Jorge quanto a minimizar o excesso de presentes que as crianças recebem pois, muitas vezes, demasiadas vezes, o prazer delas dura apenas o momento de rasgarem o papel que as embrulha ( os tempos vão tão bons que já nem é preciso desembrulhar o presente com cuidado para guardar e usar mais tarde o papel que o embrulhava, como antigamente se fazia!)
Sandra, tenha um Bom Natal
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De Jorge Soares a 20.12.2010 às 22:11

Não concordo... haveria que perguntar à minha R. e ao N. de que natal eles se recordam mais, se do cá de casa se do da casa da avó...e de certeza que teve um enorme prazer em ter lá em casa os seus filhos a festejar um natal antes de tempo mas feliz e alegre na mesma, certo?

Se calhar não me fiz entender, eu não sou a favor de crianças que se enchem de brinquedos, nem eu faço isso com os meus filhos, o que eu digo é que não é porque antes as crianças não receberem prendas e agora receberem a mais que o natal era melhor antes e é pior agora, é simplesmente diferente... como o são so tempos... tempos muito melhores.. digo eu.

Jorge
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De naterradosplatanos a 21.12.2010 às 19:04

Claro, Jorge que adorei ter-vos a todos naquele Natal antecipado! Porém não quer dizer que eu não ache que actualmente as crianças não tenham excesso de brinquedos e como tal não se liguem afectivamente a nenhum! Mas também estes natais o devo a todos vós e não vós a mim. Acredita que digo isto sinceramente!
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De Jorge Soares a 20.12.2010 às 22:07

Sandra

É evidente que cada um vive o natal à sua maneira, cada um dá as prendas que entende, haverá que o faça de coração e quem o faça por hipocrisia.. mas isso não diminui o significado do natal, só diminui o significado de algumas pessoas .

Eu entendo as tuas palavras, mas há algo que não percebo, porque é que o consumismo das outras pessoas, a correria dos outros, a forma como os outros vivem o natal te afecta tanto até ao ponto de simplesmente ignorares o natal que afinal, palavras tuas, até gostas?

Que tal tentares perceber se a V. gostaria ou não de ter enfeites e partilhar isso com ela?.. é claro que se ela achar que para ti é uma chatice o mais certo é não querer nada com o natal, não?

Jorge

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De Sandra Cunha a 20.12.2010 às 22:40

Jorge,

Primeiro - só me faz confusão as compras dos outros, a correria, o consumismo dos outros porque nesses sítios (com muita gente, muita correria, muito barulho) eu tenho ataques de pânico. A sério. Não estou a ironizar. E são uma coisa séria. Não há como os controlar. Chegam repentinamente e sem pré-aviso. Já não me assusto porque já sei o que é. Mas a única solução é evitá-los.

Segundo - Isto aqui em casa não é nenhuma ditadura! Da forma como falas até parece que proíbo enfeites e árvores e isso tudo cá em casa! Nada disso! Nos primeiros anos da Nessa cá em casa até fiz árvore de Natal com ela (construímos os três), mas sempre explicando-lhe o que nós pensávamos sobre o assunto. Nos dois últimos anos ela enfeitou a casa. Eu disse-lhe que se quisesse, ela enfeitava tudo. Mas depois tinha de arrumar tudo. E assim fez. Este ano, entretanto, acho que cresceu! O que é que isso tem de tão anormal?

Terceiro - ela sabe o que pensamos sobre os assuntos. As coisas são sempre discutidas e explicadas. E se me esforço por lhe ensinar que devemos manter-nos, sempre que possível, fiéis aos nossos princípios, às nossas ideias, às nossas crenças porque haveria de agir de forma diferente com o Natal?! Há muitas coisas, de que não gosto especialmente, mas que faço com a Vanessa ou pela Vanessa. Ter filhos também traz destas coisas. Mas não tudo. O Natal é uma delas e com 12 anos acho que já está crescida o suficiente para compreender isso e respeitar as ideias dos outros. Se ela quiser enfeitar (desde que não me vá cortar um pinheiro algures) está à vontade!

Quarto - eu não gosto nem desgosto do Natal. Gosto dos doces sim (de alguns) e gosto de estar com os meus pais e tios sim. Tal como estou em tantas outras ocasiões do ano. E por acaso até gosto mais dos almoços/jantares de Verão porque também cá está a minha irmã.

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De Existe um Olhar a 19.12.2010 às 23:47

Se calhar e sem querer passei a ideia que o meu Natal era triste, nada disso, eu e os meus irmãos vivíamo-lo com muita alegria, mesmo sem prendas.
Hoje vivo-o de maneira diferente , mas sobre isso escreverei mais tarde.
Não acredito quando dizes que daqui a uns anos as pessoas se vão esquecer desse menino que nasceu numa manjedoura, o local não interessa. Para mim foi um mestre como tantos outros e doutras religiões , que deixou princípios e ensinamentos com os quais concordo e tento viver a minha vida baseada no que Ele ensinou. Era um Homem, não era um Deus invisível e se algum mérito tem hoje o Natal é o sentido de família, união, partilha e muita alegria, que surgiu com o seu nascimento.
Continuo a dar prendas ao meu filho no Natal e não me arrependo, mas continuo a achar estranho que haja muita gente que festeje sem saber o que se está a festejar.
E já que nada posso mudar a esse respeito, fico feliz por saber que apesar de tudo as famílias se sintam mais unidas e felizes.

Beijos
Manu

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De Adna de Souza a 20.12.2010 às 14:20

Ele existiu como homem, está escrito na história humana. Tinha uma missão e a cumpriu. Sobre o Natal, é apenas uma festa pagã, criada pelos americanos para ganhar dinheiro, e evidente que Jesus não nasceu em Dezembro, afinal na época era verão, haviam pastores nos campos, uma estrela visivel nos céus, e o bêbe nasceu numa manjedoura, se fosse inverno ele teria morrido de pneumonia, os pastores também. EUREKA! Jesus nasceu em outra época certamente não era dezembro. Mas vai dizer isso para os humanos que comemoram essa data há tanto tempo, e o comercio só engorda através da burrice humana.
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De Jorge Soares a 20.12.2010 às 22:16

Olá

Não, não passaste a ideia de que o teu natal era triste, pelo contrário, mas no ar ficou a ideia que o natal real era aquele e que agora o que temos é um sucedâneo mal amanhado.. coisa que não é verdade.. acho eu.

A prova de que mais tarde ou mais cedo o menino e a manjedoura vão ser esquecidos, é que agora ninguém se lembra de que antes do menino e da manjedoura já havia a festa do natal.. que tem a ver com os solstício de inverno e remonta a muito antes do cristo... como a maioria das festas católicas, esta tem origem em coisas que já existiam.. simplesmente foi adaptada.

Beijinho
Jorge
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De naterradosplatanos a 22.12.2010 às 14:48

Jorge, és capaz de ter razão quanto ao mais ou menos futuro desaparecimento do Presépio das festas do Natal: Aqui em Montreal só vi um e foi na PADARIA PORTUGUESA!!
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De Leamar a 20.12.2010 às 09:25

Olá bom dia.
Olha antes de mais, eu adoro e adoro oferecer!!! Mais do que receber... Pode ser uma coisa sem importância e valor monetário...mas gosto de ter algo para dar. Este ano o meu marido já me disse para não lhe comprar nada! É óbvio que vou respeitar, mas não se livra de uma lembrança. Eu e a minha filha vamos pintar uma tela para lhe dar na noite de Natal. São estes presentes que mais me preenchem!!! E mais chatices me dão porque depois a filhota não quer largar o pincel...
Natal é alegria, é espirito de família, é amor...eu tenho um Natal muito feliz!!! Com muitas prendinhas à mistura...E à conta delas a N. come a sopinha todos os dias
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De Jorge Soares a 20.12.2010 às 22:17

Olá

Ora lá está.. isso é que é o verdadeiro espírito natalício actual.
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De DH a 20.12.2010 às 12:31

Olá Jorge.

Vou aproveitar o teu post para dar a minha "opinião", sem sequer criticar a tua.

A pergunta ao título deste teu post é que Natal é a festa que celebra o nascimento de Jesus, e que, mesmo sendo ateu e não acreditando que ele é Deus, continua a ser a festa de aniversário de um homem que nasceu há mais de 2000 anos em Belém.

Não acho que o Natla dos meus filhos seja melhor ou pior do que o Natal que eu tinha em criança (quem sou eu para avaliar essas coisas? Eu era uma criança feliz e eles são crianças felizes!! Como posso medir a felicidade?) .

Sabes que eu sou daquelas que me custa imenso o consumismo exagerado desta época. Não é que eu não goste de oferecer prensas, adoro! Quem convive comigo de forma próxima é muitas vezes surpreendido por um embrulhinho em cima da cama (algum desejo que eu torno realidade, alguma surpresa que me apeteceu fazer, alguma coisa que vi e que era exactamente aquilo que sei que essa pessoa ía gostar, alguma coisa que tive tempo de fazer a pensar em quem vai receber, ...).

Mas... A nossa casa Terra e a nossa Mãe Natureza não vão aguentar muto mais tempo a forma como estamos a viver. E o Natal tornou-se o expoente máximo da loucura consumista, quando se oferece o que o outro não quer só porque deve ser, quando se compra coisas que não são necessárias, quando se gasta o tempo que era importante ter para a família em filas para comprar e pagar "se-lá-o-quê" que afinal até nem fazia falta nenhuma, quando se compra um brinquedo que no dia a seguir vai para o lixo, ou com o qual a criança nunca vai brincar...

Eu já assisti a um miúdo a abrir dezenas de prendas, às quais não ligou nenhuma, e fez uma birra a seguir porque se tinham esquecido de uma porcaria qualquer no meio de tanto embrulho (e os papás ainda chateados com o esquecimento). Como este miúdo há milhares!... E este é o Natal que eu não gosto, o do egoísmo.

Para além disso existe a parte dos excessos alimentares estúpidos, que nos roubam depois anos de vida e convívio com aqueles que amamos. E isto não faz sentido, se metade do que temos na mesa chegava e a outra metade podia ter sido dada a quem relamente precisa.

...Mas eu não consigo comer se tiver à porta um cão abandonado que sei que não comeu nada durante todo o dia. Vou alimentá-lo e depois é que como. Sou um ET :)

Se perguntares aos meus filhos o que é que eles querem para o Natal, eles nem sabem dizer... Têm o que precisam e são felizes com o que têm. Eu sou feliz, este Natal não quero nada, estou tão cheiinha daquilo que enche o coração.

Bom Natal, muitas prendas e miminhos da família.
Um beijinho
Dulce
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De Sandra Cunha a 20.12.2010 às 16:43

Dulce, estou em sintonia contigo!

E a minha Nessa também nunca consegue dizer o que quer! Normalmente pede o que precisa. À avó pediu umas luvas porque as dela já estão pequenas...

E como todas as pessoas lhe perguntam e ela encolhe sempre os ombros, desta vez andou a ver tudo quanto era panfleto de prendas e deve ter andado a trocar ideia com as colegas e lá disse que gostava muito de ter um microscópio. Mas foi a primeira vez que ela pediu alguma coisa :)

É sinal que está bem como está e não precisa de mais 'coisas'.

Ainda hoje estive a arrumar o meu armário da casa de banho. Sabem quantos perfumes eu lá tenho por usar? 14!!!! E eu nunca comprei nenhum! Existe alguma necessidade disto?! Se alguém me oferecer um perfume, juro que leva com ele na cabeça!
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De Jorge Soares a 20.12.2010 às 22:24

Dulce, eu entendo perfeitamente o teu ponto de vista... queria esclarecer só o seguinte, evidentemente cada pessoa dá ao natal o significado que entender, se até eu que sou ateu lhe dou um significado. Mas há algo ao que não podemos fugir, muito antes do suposto nascimento de Cristo, já se festejava nesta altura o solstício de inverno, com o tempo os católicos apropriaram-se da data e da festa.. na realidade ninguém sabe quando nasceu o menino na manjedoura, mas como já havia uma festa nesta altura....

Quanto ao resto, concordo plenamente contigo... é assim que devíamos ser todos.

Bom natal para todos... e um ano novo cheio de tudo o que mais desejas.
Jorge
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De naterradosplatanos a 20.12.2010 às 13:18

Jorge, é só para te dizer que tens comentadoras de grande nível, pelo menos no que diz respeito ao Natal!
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De Jorge Soares a 20.12.2010 às 22:25

Disso não há a menor dúvida e todos os dias aprendo imenso com eles.

Jorge

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