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Refugiados em Lampeduza

Imagem do Público

 

 

Vivemos num mundo de contrastes, há bem poucos dias vimos como os Estados Unidos, um dos membros da NATO, utilizou de uma forma magistral os seus soldados e a sua tecnología para no outro lado do mundo, invadindo outro país, aplicar a sua peculiar forma de justiça.

 

Hoje um Jornal inglês relatava como apesar de  toda essa tecnología, de todos esses meios, dos muitos milhares de homens, dos muitos milhões de Euros que diariamente se gastam numa guerra civil patrocinada e apoiada pelos países ocidentais, ali ao lado, a poucos kms de terra e à vista de Porta-aviões, Helicópteros, navios e aviões, mais de 60 pessoas, incluindo duas crianças pequenas, morreram de fome e de sede num barco no mediterrâneo.

 

O mediterrâneo é um mar interior, todos os dias há centenas de navios que o cruzam em todas as direcções, como é possível que um barco com mais de 70 pessoas ande à deriva durante 16 dias sem que ninguém o veja? Como é possível que no século XXI se deixem morrer pessoas à fome e à sede só porque nasceram no lado errado do mar e não desistem de chegar ao lado certo?

 

É claro que nesta altura a culpa não é de ninguém, ninguém viu, ninguém ouviu, ninguém soube.... na verdade, ninguém quis saber, são refugiados, que importa mais 50 ou menos 50?

 

Há quem diga que o mundo está mais seguro sem Bin Laden e sem muitos dos ditadores que foram caindo nos últimos meses... depois de ler notíciass como esta eu tenho sérias dúvidas. De que serve um mundo mais seguro se estamos a construir uma sociedade que não é capaz de ser humana?

 

Jorge Soares

publicado às 22:08


4 comentários

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De Anónimo a 10.05.2011 às 00:20

“Desgrândola”

Oh Grândola, vila morena
Povo pensa que ordenou
Mas alguém os ludibriou
E a ilusão não é pequena

Ordena o cortex frontal
Fraternidade é pr’acabar
A esquina é pr’a destroçar
Igualdade, não sou igual

Talvez me reste um amigo
Mas não me leves a mal
É um gajo já muito antigo

Contra ele tanta atrocidade
Num tempo tão irracional
Por isso não sabe a idade.
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De Anónimo a 10.05.2011 às 21:22

“Estado da nação”

Discutir o estado da nação
É um must dos nossos dias
Mas não entrem em fobias
O resgate obteve aprovação

Quem manda são os credores
Tentaremos ser cumpridores
Para amenizar nossas dores
E no fim levar uns louvores

Profícua seria essa discussão
Antes do caldo ter entornado
O resgate teria sido evitado

Agora é ver chover no molhado
É como olhar o leite derramado
Mudem lá para outra canção.
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De sentaqui a 10.05.2011 às 22:25

Penso que os papéis andam invertidos e já ninguém tem consciência para perceber o que é humano e desumano. Aqui vale o que tiver mais impacto mediático e que contribua para um determinado líder suba nas sondagens.
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De José a 10.05.2011 às 22:42

Sabe o que eu digo? Acho que tinha sido melhor termos nascido sem umbigo… Há tempos um amigo depois de ter saído da igreja onde tinha ido assistir à missa de domingo, dirigiu~se ao carro e arrancou, mas como o local onde os carros estavam estacionados dificultava as manobras, demorou um pouco mais, fazendo com que um outro se detivesse perto dele e tivesse buzinado. O meu amigo fez-lhe sinal para ter calma, só que o outro não foi de modas: “Vai p’ró …. palhaço de merda”. O meu amigo saiu do carro e perguntou-lhe se sido aquilo que ele tinha aprendido na igreja, de onde também tinha saído. Caro Jorge, o mundo é assim… como nós o fazemos…

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