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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem do Público
Já se tinha falado sobre isto por cá, foi neste post, hoje voltamos ao assunto. Ficámos a saber que alugar a barriga de uma mãe pode custar entre 30 e 100 mil Euros e pelos vistos acontece muito mais que aquilo que estaríamos à espera. Como dizia no primeiro post, não tenho uma opinião formada sobre o assunto, haverá quem o faça por altruismo e a pensar em ajudar quem desespera por ter um filho, haverá quem o faça por necessidade, há de certeza quem o faça porque é só mais uma maneira de vender o seu corpo.
O aluguer do útero é desde 2006 “punido com pena de prisão até dois anos ou pena de multa até 240 dias” O trabalho de investigação é da Jornalista Sandra Martinho, da Lusa, e pode ser lido aqui, o assunto é tratado em profundidade e nas suas várias vertentes.
Na verdade nada do que lemos na noticia me estranha, há uns dias estava a olhar para os logs aqui do blog e seguindo o google, fui parar a um fórum brasileiro onde para além de muitas senhoras a oferecerem-se para serem barrigas de aluguer, encontrei um casal português que se oferecia para "com urgência, contratar uma barriga de aluguer ou comprar uma criança", era o que estava lá escrito preto no branco e com telefone para contacto.
O trabalho jornalístico é interessante e permite retirar algumas conclusões, do que foi dito e sobretudo, do que não foi dito. Podemos discutir se será mais ou menos ético, mas de uma coisa não há dúvida, é ilegal!.
Sendo ilegal levantam-se algumas questões, a começar por, como registam estas pessoas a criança? partimos do principio que quem entra num esquema destes vai querer registar a criança, ninguém paga cem mil Euros para depois ficar com um filho de outra pessoa, por outro lado, o estado português é picuinhas nestas coisas, não descansa até saber quem é o pai e a mãe das crianças.
A principal conclusão que eu retirei, é que há alguém, um hospital?, uma clínica?, um médico?, que está a fazer desta situação um negócio. Não só as pessoas pagam pelo aluguer da barriga, como pagam pelo esquema de legalização da criancinha.
Parece que depois da legalização do aborto e com o fim de uma galinha dos ovos de ouro, outra terá nascido, é urgente que o estado português se debruce sobre este assunto, não vale a pena fazer de conta que não se passa nada, as mulheres portuguesas e os seus filhos não se podem tornar numa mina de ouro para gente sem escrúpulos. É urgente um debate aberto sobre tudo isto.
Jorge Soares