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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem do Público
Terá sido hoje, ou há uns meses, ou daqui a uns meses, a realidade é que é impossível saber quando ou onde foi que nasceu o habitante sete mil milhões do nosso planeta, alguém das nações Unidas decidiu que seria nas Filipinas e assim de repente saiu uma especie de sorte grande a uma menina chamada Danica e à sua família.
A população da terra cresce de modo exponencial, há dois mil anos pouco passávamos de 300 milhões, no inicio do século passado não tínhamos chegado sequer aos dois mil milhões... os últimos mil milhões demoraram só 12 anos em ser ultrapassados.
Num mundo em que 48% da população vive com menos de um Euro por dia e em que a distribuição da riqueza está mais desnivelada que nunca, talvez mais que perguntar onde nasceu, haveria que perguntar como poderá ser o futuro desta ou de qualquer outra criança que nasça no mundo actual.
Se tivermos em conta que a pressão demográfica é mais intensa precisamente nos paises mais pobres, o mais certo é que a criança sete mil milhões tenha nascido com a garantia de uma vida cheia de dificuldades.
Eu diria que muito mais importante que saber onde e quando nasceu ou nascerá o próximo bebé, o mundo deveria preocupar-se em encontrar uma forma de poder garantir alguma esperança de uma vida decente para ele e para todos os outros bebés que nascem hoje e que nascerão no futuro. Pensar numa forma de controlar de forma eficaz o crescimento da população e encontrar uma forma de garantir educação, saúde e alimentação para cada um dos habitantes do planeta.. isso é que era importante.
Jorge Soares