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Mãe ajuda filhoa copiar em exame enviando SMS para o telmvel

 

Imagem do Público

 

No inicio do ano calhou-me ir assistir à primeira reunião da directora de turma da R., não altura achei um bocado exagerada a forma como ela proíbia terminantemente a presença de telemóveis dentro da sala de aulas, os aparelhos não podem simplesmente entrar, é proibido, mesmo que desligados e dentro da mochila... e ameaçou mesmo os espantados pais com confiscar qualquer aparelho que encontrasse. 

 

Sou dos que concordo que os telemóveis devem ser proibidos dentro das salas de aula, não me espanta que existam escolas em Portugal que já tenham instalado aparelhos para bloquear o sinal dentro do recinto da escola, afinal, para grandes males, grandes soluções.

 

Hoje a meio da tarde dei por mim a lembrar-me de tudo isto, a noticia não deixa de  ter o seu quê de insólito, não fosse porque dá uma imagem triste daquilo em que nos estamos cada vez mais a tornar, e até teria a sua graça. O que dizer quando lemos que numa escola de Chaves: Aluno do 5.º ano copiou em teste com a ajuda da mãe através de mensagens escritas.

 

Sempre achei que devemos educar em primeiro lugar pelo exemplo, dificilmente posso dizer aos meus filhos para serem bem comportados, se eu não o for, não há forma de fazer ver a uma criança que deverá respeitar colegas e professores se eu não o fizer, ora, que exemplo está esta mãe a dar a esta criança ao não só aprovar a falta de honestidade do filho, como ao ser cúmplice dessa desonestidade?

 

O que esperar do futuro desta criança se é a própria mãe que em lugar de o incitar a estudar e ser honesto, lhe apoia o facilitismo e a desonestidade?

 

Mas mais triste ainda é ler os comentários à noticia e verificar que há muitíssima gente que em lugar de criticar a mãe que é cúmplice num acto desonesto, centram a discussão sobre o facto de a professora ter invadido a privacidade do aluno ao ler as mensagens no telemóvel. Há quem fale dos direitos da criança, de autoridade, de ilegalidade, de advogados.... Como é que alguém consegue transformar o apoio à burla e ao facilitismo numa questão de privacidade de mensagens de telemóveis?... mas está tudo doido?

 

Jorge Soares

publicado às 21:00


19 comentários

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De Jorge Soares a 11.11.2011 às 00:11

Explique lá uma coisa, se ela não fosse ver as mensagens, com base em quê é que ia anular o teste? Ela só descobriu que ele estava a copiar porque viu as mensagens.

Eu acho perfeitamente válido que ante a desconfiança de que ele estava a utilizar o telemóvel para copiar que tenha ido ver... o resto são desculpas de mau pagador.

Jorge
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De vitor a 11.11.2011 às 00:28

Caríssimo, além da violação da privacidade, poderia também ameaça-lo, bater-lhe... a tortura também é uma foram eficaz (ao que consta) de obter "bases" para condenar uma pessoa. E neste caso difamam também uma terceira pessoa junto dos media, sem terem qualquer confirmação sequer do emissor da mensagem. Se o prof. tem autoridade, expulsa o aluno pelo simples facto de ele usar o aparelho. Não aceito que um professor tenha arbitrariamente o direito de aceder a seu bel-prazer ao telemóvel de um aluno. É que nem um polícia o pode fazer assim à vontade. Veja pf o art. 34º da nossa Constituição. Se ainda tivessem tratado confidencialmente do assunto... Mas esta exposição é criminosa, estamos a falar de um puto de 10 anos que fez o que quase todos fizemos na nossa altura, e que está a ser sujeito a este falatório. Um abraço
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De Jorge Soares a 11.11.2011 às 00:33

Violação de privacidade?... ok, para a próxima ele leva um computador e quando vir a professora cercar-se fecha a tampa..e lá está, alega a privacidade para que ela não veja que ele estava a copiar..... ou melhor, leva as respostas numa folha e dobra-a ..e lá está, a privacidade impede que se saiba que ele tinha alia as respostas..

Sabe uma coisa, não há sistema que resista à falta de bom senso, poderiam ter tratado do caso de forma mais privada?, é claro que sim... mas não me venham falar de privacidade numa situação destas... a mãe devia ser castigada junto com o filho.

Jorge Soares

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De vitor a 11.11.2011 às 00:54

O simples facto de usar o telemóvel tem que servir para anular o teste. Não vejo que seja um problema.
Já consultar o aparelho e apreendê-lo são coisas que o ministério da educação deveria regulamentar claramente, e sustentar isso legalmente, no meu tempo não havia disso nas aulas, mas quer-me parecer que hoje em dia são causas de muitos conflitos. E neste caso passa-se com um miúdo de 10 anos, fácil de atemorizar, com um de 16 ou 18 já o caso piava mais fino (não esquecer que andam muitos na escola porque o estado os obriga). Da mesma forma que eu não admitiria que no emprego um chefe mo viesse retirar e ver o conteúdo. Desculpe vir aqui quebrar a unanimidade. E como amanhã é dia de trabalho...

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