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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem do Sinal de Alarme
Talvez fosse no José que João Gil estava a pensar quando escreveu "São os loucos de Lisboa que nos fazem duvidar", é uma daquelas noticias que parece que foram inventadas para a época do natal, e no entanto a história é real, damos uma volta pela página do facebook e vemos como há tanta gente que até já tinha reparado na rosa atada a um papel e pendurada no sinal de alarme de uma carruagem do metro de Lisboa, a grande maioria reparou e seguiu em frente, porque reparar não é olhar... e convenhamos que não é muito usual ver o amor assim, pendurado num sinal de alarme.
Mas o José decidiu acreditar e de um jantar de encalhados em dia dos namorados nasceu uma ideia que teima em manter-se viva, dia após dia José rouba uma flor, ata-lhe um papel com uma frase sobre o amor e pendura-a no sinal de alarme da carruagem do Metro que o leva para o trabalho ou para casa.
Que sentido faz faz tudo isto?... nenhum, e no entanto a página do Facebook tem até agora 2869 seguidores e centenas de comentários de incentivo, há até quem peça autorização para copiar o gesto no Metro de outras cidades, sucursais do amor por quem acredita que ainda há amor em pequenos gestos anónimos.
Não consta da história que entretanto o José tenha deixado de estar encalhado, talvez não esteja escrito que esta seja a forma certa de procurar o amor, mas de certeza que haverá muita gente que vê neste pequeno grande gesto do José, sinais de que o amor ainda existe por aí... e está vivo... eu confesso que não vejo grande romantismo na frase “A paixão é tremoço, o amor é azeitona”, uma das que foi deixada pelo José... mas confesso que o romântico que já morou dentro de mim acha o gesto diário do José um sinal delicioso de que o amor e o romantismo, mesmo quando parecem gestos bizarros e inuteis, continuam vivos por aí.... um enorme bem haja para o José, para o amor e para todos o que ainda temos capacidade de amar e de acreditar nos pequenos gestos..
Jorge Soares