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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem do Público
No Egipto, um jogo de futebol terminou numa tragédia cujo resultado até agora vai em pelo menos 73 mortos, no final do jogo os adeptos de ambas as equipas invadiram o relvado e após tentarem agredir os jogadores, envolveram-se em confrontes que resultaram em dezenas de mortos e num número indeterminado de feridos.
Manuel José, treinador português do Al-Ahly, uma das equipas que se enfrentavam, relatou para a RTP o ambiente inacreditável em que todo o jogo se desenrolou e as agressões de que foi vitima até que conseguiu sair do estádio escoltado pela policia.
O futebol sempre foi e sempre será um desporto de paixões, mas será que tudo isto é resultado dessa paixão?, o Egipto é um país que atravessa uma forte convulsão social, o povo que na Primavera Árabe se uniu para depor um regime com décadas liderado pelo ditador Mubarak, anseia agora pela implementação da democracia que os militares que herdaram o poder tardam em permitir.
O que aconteceu hoje, para além de revelar as condições de segurança inacreditáveis em que se desenrolam os espectáculos desportivos no país, recorda-nos como tantas vezes o futebol se revela como uma válvula de escape onde se libertam todos os demónios...
Numa altura em que por cá também vivemos momentos sociais complicados e onde as paixões clubistas são tantas vezes acirradas, deveríamos olhar com muita atenção para o que aconteceu... já diz o velho ditado, quando vires as barbas do vizinho a arder ..... já se queimaram cadeiras e bancadas em nome da cor clubista, esperemos que os demónios a libertar nunca passem disso, cadeiras queimadas e uns vidros partidos... que a morte nunca suba ao relvado.
Jorge Soares