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Sara Norte e a geração dos morangos estragados

por Jorge Soares, em 21.02.12

Sara Norte, condenada em Espanha

 

Imagem de aqui 

 

Sara Norte, foi condenada em Espanha a dois anos de prisão por tráfico de droga, Sara, que ficou conhecida pela sua participação nas series de televisão Médico de família e Morangos com Açúcar, é só mais um de muitos casos em que a fama precoce antecede a caída no abismo.

 

A televisão,  o dinheiro, a fama, povoam os sonhos de muita gente, inclusivamente de muitos pais, é evidente que uma andorinha não faz a primavera, haverá muita gente que consegue lidar com tudo isto, acredito que por cada Sara Norte, por cada Tiago Fernandes, haverá muitos actores que conseguem viver com a fama e o que esta traz consigo, mas estes casos devem servir para chamar a atenção.

 

Há pais que começam a levar os filhos aos castings ainda antes da idade de lhes retirarem as fraldas, há quem olhe para a televisão como a saída mais fácil para uma vida sorridente, esquecem que tudo na vida tem um preço a pagar e nem todos estão preparados para enfrentar a realidade. A Fama como a beleza é efémera, e um dia estes adolescentes dão por si a sentir que o seu momento passou, era bom que a família que incentivou e aplaudiu quando se estava na mó de cima, soubesse estar lá para apoiar e encaminhar quando se está na mó de baixo.

 

A Sara é só mais um caso, será talvez o caso mais conhecido até porque é filha de actores, haverá de certeza muita mais gente que vê todos os dias a fama passar e os sonhos a ir pelo cano abaixo, talvez a maioria não caia tão fundo, mas muitos, principalmente aqueles que deixaram tudo para correr atrás da fama, encontram-se de um momento para o outro perdidos numa encruzilhada da qual não é fácil saír.. sem trabalho e sem perspectivas.

 

Por trás de tudo isto, de tantos castings, de tantos morangos, ídolos, reality Shows e programas de caça talentos, há uma enorme industria que vive dos 5 minutos de fama destes jovens, haverá sempre mais Saras e mais Tiagos para sorrir para as câmaras, era bom que houvesse também quem os alertasse para os perigos do caminho que teimam em escolher..... 

 

Jorge Soares

 





publicado às 22:29


153 comentários

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De Susana Carvalho a 23.02.2012 às 13:38

Na verdade não estou a dizer que antigamente é que era bom. Sou da opinião de que os bons valores devem ser preservados. E tem de haver um meio termo: não como era antigamente que era tudo muito à base da porrada e escola, pouco ou nada, mas também não acho que se deva deixar a miudagem na libertinagem.
Também reclamei dos meus pais, mas nunca lhes gritei, nem lhes faltei ao respeito, por sua vez, eles também não me deram as sovas que os meus avós lhes deram.
Os meus pais não me deixavam ir para discotecas (e sinceramente também não são ambientes que me interessem muito), concertos só fui depois dos 18 anos e drogas e tabaco nunca lhes toquei. Por um lado, já tinha os avisos e chamadas de atenção dos meus pais, mas por outro, eu mesma tomei a decisão de não ir por certos caminhos, apesar da pressão e influência de colegas, como muito acontece na escola.
Tudo conta para a educação e formação de uma pessoa, inclusivé a própria pessoa, que no final das contas é que faz as suas opções de vida. Continuo a achar que na via das dúvidas, deve-se tentar formar os jovens e crianças o mais possível, falar com eles sobre a vida, dar exemplos (ou mostrar exemplos), mas no final, a decisão do que fazer com a sua vida cabe a cada um.
Só digo que nem oito nem oitenta. Eu cresci nos anos 80, quando esfolava um joelho, se calhar ainda punha mais terra por cima, para o sangue não andar a escorrer pela perna abaixo e podia brincar na rua sem me preocupar muito se vinha alguém para me levar, mas já havia problemas de drogas e meninos mal comportados, como sempre houve. Há sempre coisas más e boas em todas as épocas e na actual, fazer tudo pelos jovens que se pretende educar, não é necessariamente o mais benéfico, mas temos precisamente, mais ferramentas para os encaminhar para o melhor caminho. A obrigação de um educador é precisamente formar e mostrar os caminhos disponíveis e cabe a cada um decidir que caminho quer percorrer. Isto não tem nada a ver com ter nascido nos anos 50, 70 ou 90...

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