O que é o Jantar?

De facto, concordo com o Jorge. A Liga Portuguesa está a ficar muito pouco portuguesa e já me queixo disso desde o final dos anos 90.
Eu gosto muito de futebol... e gosto muito do meu Benfica, mas detesto ver um clube de futebol português minado de sul americanos. Já passámos por uma fase em que íamos buscar britânicos, holandeses, belgas e todos os jogadores cujo nome acaba em "ovic" ou "ov" (tipo Stokovic ou Balakov), lá dos lados da ex-Jugoslávia, brasileiros... agora os latino-americanos de língua espanhola são a grande moda do futebol. Poucos são os que chegam cá e vêm mesmo para ficar e mostrar algum respeito à camisola; os clubes portugueses tornaram-se uma espécie de "entrevista de emprego" para os jogadores conseguirem contratos milionários nos clubes ricos da Europa (embora isso também aconteça com os próprios jogadores portugueses).
Não tenho nada contra os jogadores estrangeiros, mas se uma equipa é portuguesa, deveria ter jogadores portugueses, na sua maioria.
Lembro-me de o Benfica ir em pré-temporada para a Ásia, faz alguns anos e num jogo particular tocaram o hino de Portugal em representação do Benfica e eu fiquei a pensar: "estão ali 2 jogadores portugueses; para os restantes, o hino não faz sentido nenhum, nem sabem o que lá estão a cantar".
Mais uma vez repito, não tenho nada contra jogadores estrangeiros, mas a sua entrada devia ser feita com moderação. Os jogadores já não jogam por amor à camisola, jogam por amor ao euro.
A Lei Bosman veio alterar o futebol de tal maneira que hoje em dia permitem que uma equipa possa jogar sem nenhum jogador nacional! Preferia ver o número de jogadores estrangeiros (sejam eles da União Europeia ou não) mais moderado.
A Lei Webster, por seu lado, fez com que os jogadores possam rescindir contrato unilateralmente, mesmo que o motivo não tenha nada a ver com más condições de trabalho, ou seja, as rescisões estão relacionadas com o para ir para um clube onde paguem mais e com isto, basta aos clubes mais ricos abanem o livro de cheques e lá estão os meninos a quererem rescindir contratos, atrás do cheiro do dinheiro.
Inicialmente estas leis foram elaboradas para dar mais direitos aos jogadores, mas a liberalização das coisas é tal, que o amor ao futebol e o amor à camisola ficaram pelo caminho.
Estas leis favoreceram o futebol como negócio e não como desporto e faz dos Clubes ricos, cada vez mais ricos e cada vez mais "ladrões" de jogadores com talento.
Em dia de jogo, portugueses só mesmo nas bancadas...

Efectivamente não é a equipa que melhor representa o futebol português, mas a que melhor o credibiliza.
O Benfica é um entreposto de valorização de jogadores que possam gerar mais-valias monetárias ao clube.
A prova irrefutável, se dúvidas houvesse, foram bem dissipadas com a alta produção do Gaitan no jogo de ontem. Arrasta-se pelo campo, mas ontem sob vigilância apurada do Inglês, que ele não desconhece, foi simplesmente o melhor jogador em campo
Alguém ou alguns se estão a encher à grande.

Tive pena que os portugueses do Apoel tivessem levado 3. Em relação ao logo da Luz estava pelo Chelsea.

Jorge, desculpa lá mas acho que todos ganhávamos, se não escrevesses aqui todos os dias. Eu explico porque digo isto: acho que nos dava mais tempo a comentar o que muitas vezes, embora tendo lido, não se pode fazer de imediato. Assim quando eu vou comentar algo que já li, deparo-me logo com mais dois ou três!Assim o que eu digo torna-se extemporâneo e provavelmente nem tu nem mais ninguém vai saber a minha opinião ( se é que interessa). Às vezes gostava de responder ao/ás tuas comentadoras/es, mas como já passaram 2 ou 3 dias com certeza que não irão lê-lo, logo não vale a pena fazê-lo!!

Concordo com (quase) tudo o que dizes.
Não se percebe porque os clubes não fazem formação, e entende-se ainda menos que os que fazem formação continuem gastando o que não têm para contratarem (comprarem?) estrangeiros; ou mesmo nacionais em detrimento dos seus formados!
Mas o futebol já não é somente um jogo. Passou a ser uma indústria/comércio onde o amor à camisola está morto e enterrado (com excepção de um ou outro dirigente), e por isso os jogadores vão para onde melhor lhes pagam.
E os melhores portugueses já são caros demais para os clubes portugueses. E os portugueses que não são tão bons, emigram porque cá ninguém os contracta.
Para não mencionar os interesses dos "agentes" que ganham sempre com as transferências sem que isso signifique o interesse dos seus representados.
Daí que falar-se se este ou aquele "representa" o futebol de um país, deixa de fazer sentido.
Aliás, com o teu exemplo podes confirmar o que digo: o Apoel representa o futebol Cipriota?
O que me surpreende nesta área é que ainda hajam clubes (empresas, seria mais apropriado chamar-lhes) que tenham sócios pagando quotas mensais para poderem ver por época meia dúzia de jogos "sem pagar".

1 abraço!

elabora aqui um a lista de 4 "onzes" só com jogadores portugueses, mas atenção nao podes meter portugueses que nao estao ao alcance das nossas possibilidades.