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Ricardo Rodrigues, é agora que se demite?

por Jorge Soares, em 26.06.12

Ricardo Rodriguez condenado

Imagem do Público 

 

O deputado socialista Ricardo Rodrigues foi condenado a 110 dias de multa de 45 euros por dia, o que perfaz 4950 euros. Rodrigues foi considerado culpado no caso do roubo dos gravadores aos jornalistas da revista Sábado.

 

 

Para quem não se lembra, este senhor é aquele que há uns dois anos atrás a meio de uma entrevista com dois jornalistas da revista Sábado e ao não gostar das perguntas,  se levantou e levou com ele os gravadores de quem o entrevistava.

 

Levou, roubou, apropriou-se, confiscou, tomou posse... utilize-se a forma que mais se goste, o certo é que o senhor levou com ele sem autorização algo que não lhe pertencia, agora ele foi condenado pelo crime de atentado à liberdade de imprensa e um crime de atentado à liberdade de informação.

 

Já na altura achei que um deputado da nação não pode ter atitudes destas, quem não gosta de perguntas incómodas não dá entrevistas ou em último caso nega-se a responder, até podia levantar-se incomodado e ir-se embora deixando os jornalistas sem resposta, não era bonito, mas pronto, agora, roubar os gravadores, nunca!.

 

Hoje, para além de que continua a ser deputado pelo PS, o senhor pertence à Comissão Parlamentar para a Ética, a Cidadania e a Comunicação, convenhamos que uma comissão que trata da ética para a comunicação é o lugar certo para quem foge ao escrutínio público furtando os gravadores dos jornalistas.

 

Hoje o senhor foi condenado, é claro que faltam os cinquenta mil recursos da praxe e com um bocado de sorte dele e de azar da justiça deste país, a coisa estende-se até que o caso prescreva, mas tanto ele como o PS deveriam ter vergonha. este senhor que na qualidade de acusado já não deveria ter integrado as listas das últimas eleições, deveria na qualidade de condenado pelo tribunal, demitir-se de imediato e dar lugar a alguém que seja um melhor exemplo de honestidade e honradez.

 

Gostei das declarações do director da Revista Sábado que ouvi na antena 1:

 

"Está provado que quando os processos são analisados por instituições independentes e não por aquelas que foram criadas por políticos para defender políticos, a justiça funciona."

 

Para bom entendedor, meia palavra basta.

 

Para quem já não se lembra, temos aqui a prova do crime:

 


 

Update: Parece que afinal resta algo de vergonha algures, mas continua como deputado

 

Jorge Soares

publicado às 21:42


8 comentários

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De Kok a 26.06.2012 às 23:40

Nem ele se demite, nem o PS teve algum pudor quando o incluiu nas listas para a última eleição legislativa.
E ainda tiveram a lata de o proporem para chefiar os estudos judiciários, que não sei se foi concretizada!
Já não é uma pouca vergonha; é mesmo ausência dela!

1 abraço!
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De Jorge Soares a 30.06.2012 às 18:12

Acho que pudor e políticos não cabe na mesma frase...

Jorge
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De DyDa/Flordeliz a 27.06.2012 às 01:26

Só pobre paga divída e é preso. O resto?!
Pagam com o que roubam e fica tudo como antes.
Basta pensar nos perseguidos da nossa história recente:
Valeemqualquerlugar
Carlosaiudacruz
TintodaCostaLitoral
DesaltinoMorais
Trócastetudo
LimãoDuarte
FátimaPãodelódeFelgueiras
Relvacrescente
LoureiroaindatemDias
AzeiteidoDiadeuàCosta
E tantos outros que já nem apetece lembrar.
Só brincando se consegue levar ainda este país a sério.
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De Jorge Soares a 30.06.2012 às 18:13

Pois... mas devíamos era querer políticos sérios e a sério... com estes não vamos a lado nenhum.

Jorge
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De Marão a 27.06.2012 às 09:30

A raiz do mal está na lei eleitoral, e enquanto não se atalhar o mal pela raiz não saímos da cepa torta. É preciso refrescar o sistema, que de democracia vamos tendo apenas máscaras. Tudo funciona em circuito fechado em obediências aos interesses de casulo em que os nossos eleitos vivem, entrincheirados sem conceder ordem para entrar quando alguém bate á porta. Não se pode esperar que sejam os próprios a deixar cair as tetas onde mamam, que a coisa só lá vai ao empurrão.
Cá vai:
-Sistema eleitoral que contemple conjugação com círculos uninominais
- 99 a 180 deputados no máximo, e acabar com os votos em manada na AR.
- Ninguém deve poder concorrer fora do distrito ou concelho onde resida ou exerça actividade regular pelo menos nos últimos três anos. Válido para autarquias.
- Todos os eleitos pelo menos para os mais altos cargos poderem ser considerados, só seriam reconhecidos com bom comportamento moral e cívico, por obrigatórios testes de apuramento de efectiva idade adulta e comprovada sanidade mental.
- Acabar com o exclusivo das ditaduras partidárias (onde os medíocres afastam os melhores para sobrevivência indigente) na participação e representação política do País, deixando espaço para iniciativas da sociedade civil que contemple participação e representação efectiva, nomeadamente, na AR.
- Assim, considerar representação política fora da alçada dos partidos, nomeadamente, no parlamento, começando por contemplar o direito a assento por inerência a representantes de organizações sindicais, patronais e outras não estatais com expressão efectiva na sociedade, e ainda por profissões como operários, engenheiros, médicos, professores, jornalistas, trabalhadores, empresários …………….
- Da obediência aos partidos só entraria gente por eleição mas com ligação efectiva ao eleitor. Regra dos 3 x 33 = 99 deputados. 1/3 Por inerência para autarcas, 1/3 ainda por inerência aos grupos e profissões atrás assinalados e, finalmente, 1/3 para eleitos em nome dos acantonamentos partidários.
- Deixar uma cota ainda que residual para representação dos considerados analfabetos estruturais à antiga, que se ainda existirem, facilmente podem provar que muito frequentemente possuem mais cultura geral e conhecimentos de vida de que muitos doutores novos que por aí passeiam a ignorância.
-Reformular o conceito de abstenção, não a confundindo com insondáveis razões de ausência nas urnas. Criar um campo (X) para esse efeito em cada boletim de voto. Esta intransmissível, pessoal e inconfundível opção merece e deve exigir a dignidade de voto validamente expresso. Uma civilizada, consciente e ponderada escolha não pode ser obrigada a ficar na rua em vala comum de incertos. Os nossos deputados, na Assembleia da República, apesar da aviltante disciplina partidária a que se submetem, para se abster tem que marcar presença. Quero lá uma cruzinha para me abster, querendo.
Mais deputados da Nação e menos figurantes de guião.
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De Jorge Soares a 30.06.2012 às 18:16

Infelizmente quem decide estas coisas pensa para si e o seu umbigo, logo nunca estariam de acordo com medidas que pusessem ordem na politica...

Este seu comentário é digno de ser lido

Obrigado
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De golimix a 27.06.2012 às 17:58

Saberão o que é a palavra e o sentimento de vergonha?
Acho que já há muito que não se sabe. Qualquer dia entra para aí um novo acordo ortográfico a retirar a palavra dos dicionários, pode ser que assim que o povo se esqueça aos poucos sequer de a pronunciar.

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De Jorge Soares a 30.06.2012 às 18:17

Duvido que saibam... há palavras que nunca conjugam com politica, vergonha é de certeza uma delas.

Jorge

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