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Para que lado da linha queremos olhar?

por Jorge Soares, em 12.07.12

A linha 

 

Quando olhamos para a imagem acima o que nos indigna?, quando no outro dia fiz o Post sobre o salário do Cristiano Ronaldo e restantes jogadores da selecção, o que indignou as pessoas? Para que lado da linha olhamos?

 

Ontem quando partilhei a imagem no Facebook o André, que não é nem pretende ser político, disse o seguinte:

 

"-Isto é demagógico. Tu ias para o governo se não te pagassem ajudas de custo sempre que tivesses fora em trabalho?"

 

O André, tal como a grande maioria das pessoas olhou para o lado de cima da linha e para os 207 Euros das ajudas de custo, ao contrário do André a grande maioria das pessoas fica indignada com o valor das ajudas de custo e o salário do Passos Coelho. Conheço imensa gente que acha que os nossos governantes deveriam ganhar o salário mínimo e não ter ajudas nenhumas...., é claro que quando pergunto a essas pessoas se elas deixariam os seus empregos e negócios para irem governar o país ou para um qualquer cargo político em troca do salário mínimo, é claro que ninguém ia.

 

Tal como respondi ao André, o que está errado na imagem acima não são os 207 Euros do Passos Coelho, o que está mesmo errado são os 212 Euros da parte inferior da linha, o que nos deveria escandalizar a todos é que o estado pretenda que alguém que é inválido consiga viver com 212 Euros por mês.

 

Tal como o que está errado não são os muitos milhares de Euros que ganha um qualquer futebolista a jogar à bola, não, o que está mesmo errado é que por cada futebolista que ganha milhões, existem muitos milhares de pessoas que ganham salários de miséria e não era pelo futbolista ganhar menos que isso ia mudar.

 

Está na hora de passarmos a olhar para o lado certo da linha e de passarmos a lutar e a exigir que os senhores da parte superior da linha façam com que a linha desapareça e  de uma vez por toda deixe de haver uma linha que separa as vidas com e sem dignidade.

 

Jorge Soares

publicado às 22:14


9 comentários

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De eu ando às voltas a 13.07.2012 às 09:20

Claro que o problema deste país não está nos €207 de Passos Coelho, mas numa altura em que se pede que se aperte o cinto os que recebem €212 de pensão de invalidez, os que trabalham e recebem pouco mais do salário minimo sejam afectados nos seus rendimentos, que vejam subtraídos os seus subsídios de férias e natal, mas os €207 de PPC não sejam afectados.
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De momentosdisparatados a 13.07.2012 às 09:26

Concordo inteiramente consigo .
Bom fim de semana
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De Cris a 13.07.2012 às 09:42

A minha resposta a este post está no seguinte link:

http://www.youtube.com/watch?v=3aC4A7bSnXU

São só dois minutos.
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De Jorge Soares a 13.07.2012 às 09:54

Já conhecia o Vídeo... é daqueles coisas que já todo o mundo viu, infelizmente o sueco é uma barreira completamente intransponível como para sabermos quanto do que ali está é mesmo verdade.

Mas vamos supor que é verdade, agora a questão é Cris, tu deixavas o teu emprego, a tua vida para durante 5 anos ir para o parlamento servir o país naquelas condições e ganhando o mesmo que ganhas agora ou menos?

Jorge
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De Cris a 13.07.2012 às 12:25

Ia sim. Ia ser um bicho estranho com ideias muito diferentes das vigentes, mas ia.

Ah, eu estou desempregada há um ano. E não tenho subsídio. Nem RSI.
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De golimix a 13.07.2012 às 17:42

Aí está o cerne da questão! Numa palavra que tu disseste "servir" o país! E não ser servido por ele!
Claro que este vídeo é o 8 do nosso 80, mas a questão é,
Precisamos deste 80? Precisam deste 80?

Jorge, e se o dinheiro for grande parte para um lado não há para ir para o outro! Não estou a dizer que os senhores Ministros deveriam ganhar o salário mínimo, passarem a roupa e dormirem em sofás cama, nem 8 nem 80! Mas o que ganham e a opulência de que se envolvem não torna de todo as coisas equitativas para além de ser completamente vergonhoso, num país à rasca! Eu teria vergonha de por as fuças fora de casa!! E, tal como disse, se vai para um lado não há para ir para o outro, é que dinheirito não nasce em árvore!!

Bom fim de semana
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De Marão a 13.07.2012 às 10:52

É fácil. Basta que no lado de cima da linha esteja um familiar ou alguém que nos interesse, chame-se Relvas ou Ronaldo. Com gente da nossa nesse compartimento passa-nos logo a indignação.
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De Marta M a 13.07.2012 às 12:25

Exactamente Jorge.
Continuamos a ter esta visão imitada de que todos devem empobrecer, quando o válido, o correcto é que todos progridam e vivam com a mesma dignidade.
Redistribuir de uma forma mais limpa -essa é a proposta a discutir.
Um abraço
Marta M
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De Kok a 14.07.2012 às 12:04

Quem é quer quer servir o país, por dinheiro?
Se quem vai para a política o faz pelo dinheiro não admira que os políticos sejam medíocres, incompetentes e irresponsáveis!
E essa treta de "servir o país" não passa disso mesmo: uma treta!
Não tem que ver com o ordenado mínimo, a que todos os portugueses deveriam ter direito e que continua a ser negado porque verdadeiramente nunca foram procuradas nem criadas as condições necessárias a tal.
Acho que é correcto que cada um ganhe de acordo com as suas capacidades e desempenhos, ou então deixariam de fazer sentido quaisquer tipos de especializações e/ou cursos específicos, fossem eles técnicos ou superiores (não me estou a referir ao coiso).
Porque a questão não está aí! A questão está na forma e no modo de como o país é governado e do melhor ou pior uso que é dado ao contributo dos que DE FACTO pagam os seus impostos!
Uma coisa é certa, ninguém pode servir dois amos ao mesmo tempo!
Ou serve o dinheiro, ou serve o país!
E quando o amo é o dinheiro, ou a vaidade, ou o próprio umbigo, não há lugar para outros tipos de preocupação nem com o dinheiro dos outros!

1 abraço!

E eu aceitaria ser governante/deputado/ou outro se acreditasse que tinha capacidade e saber para tal!

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