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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem do Público
A notícia é da semana passada, mas é algo de que já falamos cá em casa várias vezes e é um assunto que tinha pensado há bastante tempo cá para o blog.
Segundo o tribunal de Contas, cada aluno custa ao estado Português perto de 4500 Euros por ano, já seja no ensino público ou nas parecerias, sim estas também são parecerias, com os colégios privados.
Por acaso tinha ideia que nos tempos do Sócrates os números andavam acima dos cinco mil Euros, os cortes no número de professores e horários zero devem ter servido para poupar os 500 euros por aluno.
Cá em casa cada vez que ouvimos falar nisto fazemos sempre a mesma pergunta: porque é que o estado não nos pergunta se em vez de mandar os nossos filhos para a escola pública, preferimos receber os 5000 Euros por criança e com esse dinheiro escolhemos a escola privada onde queremos colocar os nossos filhos?
O nosso sistema de ensino não é evidentemente dos piores do mundo, mas quem como eu tem filhos na escola,s abe que há muitas coisas a repensar e a melhorar e que a cada ano que passa as coisas em vez de melhorarem vão piorando e a nós pais vão-nos crescendo as preocupações, as dores de cabeça e os cabelos brancos.
Não sou dos que acha que o ensino privado tem todas as virtudes e o público todos os defeitos, mas se me dessem a escolher, escolheria de certeza ficar com os 5000 Euros e com eles escolher a escola que me garantisse uma série de coisas que actualmente não tenho por garantidas na escola pública.
Porque não um ensino só com escolas privadas e com cheques educação que os país utilizariam na escola que lhes desse as melhores garantias?
É um sistema que já existe em alguns países e que está mais que provado que funciona.
É claro que haveria alguns problemas a resolver, nomeadamente a forma de garantir que haveria escolas disponíveis em todo o país, não seria fácil convencer os privados a abrir escolas nas aldeias do interior desertificado. Seria também necessário garantir que mesmo os alunos mais problemáticos teriam acesso à escola.. mas de certeza que quem já utiliza este sistema já terá arranjado forma de resolver estes problemas.
O estado teria evidentemente que ter um papel fiscalizador de modo a garantir padrões elevados, mas para além de definir as regras, finalizaria aí o seu papel, sendo que mesmo a contratação dos professores seria feita pela escola e caberia aos pais exigir a qualidade, coisa que neste momento é impossível....
Para quem acha que os 5000 euros não chegavam para pagar os colégios privados, em Setúbal e se exceptuarmos as elites, dava.. além disso, se todas as escolas fossem privadas, aumentaria de certeza a concorrência e os preços iriam descer.
Jorge Soares