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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem do Pontos de Vista
É daquelas coisas que julgamos que já não pode acontecer no nosso país, mas acontece, em pleno século XXI, em Celeirós, Braga, um pequeno empresário dirigiu-se ao balcão de um banco para tentar descontar um cheque que acabava de receber, para seu espanto foi posto na rua pelo gerente da agência e obrigado a receber o dinheiro no passeio em frente ao banco devido a que estaria mal vestido.
Não contente com colocar o cliente na rua, o senhor gerente quando lhe foi pedido o livro de reclamações respondeu que só o entregaria depois do senhor ir tomar banho e trocar de roupa.
Não contente com tudo isto, ainda disse que tinha tomado aquelas atitudes porque julgava que o cliente era romeno e quando a GNR o tentou identificar, recusou-se a tal dizendo que se queriam identificar alguém, que identificassem o banco.
O conceito de bem ou mal vestido é evidentemente relativo, haverá de certeza muita gente que devido aos horários que os bancos praticam, vão às agências com a roupa de trabalho. Uma agência bancária não é um clube exclusivo, é um lugar público e de porta aberta, a roupa de trabalho pode não ser a mais agradável à vista, mas é roupa e tirando as mentes mesquinhas de alguns gerentes bancários, não ofende a dignidade de ninguém.
O facto do senhor dizer que tinha procedido dessa forma porque julgava que o cliente era Romeno, é para além de uma enorme discriminação, um acto de xenofobia e racismo...e o racismo é um crime público.
Também não percebo porque é que ante a recusa de entregar o livro de reclamações e de se identificar, a GNR não leva o senhor detido, há tanta gente que termina nos calabouços por coisas bem menos graves que estas.
E há quem ache que não somos um país racista, somos sim, racistas, xenófobos e preconceituosos... e tudo isto com a cumplicidade de quem deve fazer cumprir as leis.
Jorge Soares