Se deus existisse era de certeza português

por Jorge Soares, em 22.01.13

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Eu não acredito em milagres, mas que do que se vê nas fotografias tenham resultado só catorze feridos ligeiros é aquilo a que eu chamaria um milagre, é claro que também é a prova evidente de como os caminhos de ferro portugueses andam pela hora da amargura.

Num país em que os caminhos de ferro funcionassem a sério e em que os comboios andem com passageiros e não às moscas, de um acidente como o que aconteceu ontem em Coimbra resultariam dezenas de mortos... é claro que num país desses talvez estes acidentes não aconteçam

Jorge Soares

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publicado às 21:24

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13 comentários

De Cris a 23.01.2013 às 12:12

ó Jorge, não concordo contigo. Houve um acidente grave, felizmente sem mortes, mas aqui até nem há muitos acidentes de comboio graves ou pouco graves. E, ainda há poucos dias, na Áustria, um país supostamente mais desenvolvido do que o nosso, houve um acidente grave com feridos graves, às portas de Vienna. Aquilo que eu vejo no nosso país é que os acidentes que acontecem com os comboios são provocados ou por terceiros ou por intempéries ou por falta de manutenção das linhas e afins. Porque de resto até funciona bem.

De Jorge Soares a 24.01.2013 às 00:22

Cris.. é verdade, não me tinha lembrado do acidente na Áustria... o que não concordo é com a parte em que dizes "Até funcionam bem", se assim fosse os comboios não andariam vazios, o caminho de ferro seria uma verdadeira alternativa aos transportes individuais e não estariam encerradas a maioria das linhas....

Jorge

De António Manuel Dias a 24.01.2013 às 09:34

Os comboios não são alternativa ao transporte individual (e, já agora, ao de mercadorias) porque andamos há 40 anos a investir no transporte rodoviário em detrimento dos caminhos de ferro. Por isso temos comboios regionais tão obsoletos e urbanos apenas na região do Porto e Lisboa (e aqui até recorrendo a uma empresa privada). Por isso temos os preços que temos.

De Cris a 24.01.2013 às 20:21

Mas quando eu digo que funcionam bem, refiro-me em termos de não haver muitos acidentes. É claro que eu concordo com o que diz o sr. António Manuel Dias. Em vez de se investir nos caminhos de ferro, investe-se em estradas (ou melhor desinveste-se, porque são uma roubalheira), que cada vez estão mais vazias, porque isto de ter carro é cada vez mais um luxo.

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