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Livro - Mataram a cotovia, Harper Lee

por Jorge Soares, em 12.03.13

Mataram a Cotovia

 

 

Não sou grande fã dos escritores norte americanos, acho sempre a escrita muito directa e pouco mágica, este Mataram a Cotovia andava cá em casa desde o Verão, a R. leu e adorou, quando terminei o "O Caderno de Maya" encontrei-o pousado algures e fui lendo.

 

Não acho que seja um daqueles livros que nos prende desde o inicio, mas é sem duvida um livro que se deixa ler e que pouco a pouco nos vai conquistando.

 

O livro mostra-nos a visão da sociedade americana numa pequena cidade do interior em meados do século passado, vista através dos olhos de uma criança. Uma miúda que acaba de entrar para a escola e que pouco a pouco vai descobrindo o mundo. O seu mundo cheio de brincadeiras de crianças e o mundo muito mais sério dos adultos que a rodeiam, um mundo que então tal como agora, está cheio de contradições, injustiças, meias verdades, muitas mentiras.

 

Stout é filha de Aticus, um advogado viúvo que no meio de uma sociedade cheia de preconceitos tenta educar os seus filhos com uma enorme civilidade de forma a que mesmo sendo crianças, estes consigam olhar para o mundo pelos seus olhos e não pelos da sociedade que os rodeia.

 

Aticus é um homem justo e ponderado  que consegue perceber que na sociedade em que vive nem sempre a justiça se faz da forma mais directa, principalmente quando o que está em causa é a luta de classes e o profundo racismo da sociedade americana e tenta fazer entender isso  Stout e ao seu irmão Jem, 4 anos mais velha que ela.

 

Em suma, este é um excelente livro, um clássico da literatura americana escrito de uma forma diferente e desde um ponto de vista muito pouco habitual.

 

Sinopse:

 

Situado em Maycomb, uma pequena cidade imaginária do Alabama, durante a Grande Depressão, o romance de Harper Lee, vencedor do Prémio Pulitzer, em 1961, fala-nos do crescimento de uma rapariga numa sociedade racista.


Scout, a protagonista rebelde e irónica, é criada com o irmão, Jem, pelo seu pai viúvo, Atticus Finch. Ele é um advogado que lhes fala como se fossem capazes de entender as suas ideias, encorajando-os a reflectirem, em vez de se deixarem arrastar pela ignorância e o preconceito. Atticus vive de acordo com as suas convicções. É então que uma acusação de violação de uma jovem branca é lançada contra Tom Robinson, um dos habitantes negros da cidade. Atticus concorda em defendê-lo, oferecendo uma interpretação plausível das provas e preparando-se para resistir à intimidação dos que desejam resolver o caso através do linchamento. Quando a histeria aumenta, Tom é condenado e Bob Ewell, o acusador, tenta punir o advogado de um modo brutal. Entretanto, os seus dois filhos e um amigo encenam em miniatura o seu próprio drama de medos, centrado em Boo Radley, uma lenda local que vive em reclusão numa casa vizinha.

 

Jorge Soares

publicado às 22:16


2 comentários

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De naterradosplatanos a 13.03.2013 às 20:03

Eu gostei imenso do livro e por isso o ofereci à minha neta R., leitora compulsiva.
Perguntas-te-lhe a opinião? Eu esqueci-me de o fazer...
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De golimix a 13.03.2013 às 20:40

Ainda não lhe peguei apesar de já ter ouvido falar imenso nele. Mas pela sinopse deu-me a entender que podia ser algo violento e fui adiando a leitura, já que sou facilmente impressionável, miúda para não dormir... enfim...

Depois de ler “Os Filhos da Liberdade", leitura intensa, parece-me que apesar da curiosidade com que me deixaste vou adiar outra vez...

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