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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Este foi um dos que a R .levou para as férias da Páscoa, com tudo o que choveu por aqueles dias (que saudades da chuva) ao terceiro dia já ela o tinha lido, encontrei-o pousado algures e peguei nele... já foi difícil de largar. Por algum motivo que não percebi, o livro perdeu-se na viagem de volta, apareceu há pouco e pude finalmente terminar a leitura.
Este romance de Emilie Jane Brontë já é considerado um clássico da literatura inglesa. É um livro que fala de amor, de grandes paixões, de grandes desilusões e sobretudo de raiva e vingança.
A história passa-se algures no campo na Inglaterra pré-vitoriana e é contada por Nelly Dean, a governanta da família Earnshaw. Numa Viagem a Liverpool, Mr. Earnshaw recolhe Heathcliff um órfão que encontra na rua e leva-o para sua casa para que este cresça junto com os seus dois filhos biológicos, Hindley e Catherine
A relação entre os três nunca é pacifica, com o tempo o pobre órfão cresce e apaixona-se por Catherine, num romance impossível que termina quando Catherine se casa com outro e Heathcliff após inúmeros maltratos e humilhações, decide partir.
Quando volta, Heathcliff tornou-se um homem duro, tem como único objectivo de vida tornar-se dono de tudo o que pertenceu aos Earnshaw e vingar-se deles por todas as formas possíveis.
Todo o livro apresenta não só romantismo poético em que se vão desenvolvendo as várias vidas, como também um realismo violento e perturbador. É um livro forte e complexo e as suas personagens revelam um carácter profundo e forte.
A obra foi adaptada para cinema, com título homónimo, destacando-se o filme de William Wyler (1939) e o de PeterKosminsky (1992); este tem as interpretações de Juliette Binoche e Ralph Fiennes.
Nunca vi nenhum dos filmes, mas apesar da dureza e até crueldade da narração, adorei o livro.
Jorge Soares