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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
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O futebol é pródigo em criar figuras, na sua grande maioria o mais perto que estiveram do jogo foi nas tribunas vips dos estádios, mas estão sempre por perto quando se assinam contratos milionários já seja com jogadores ou com patrocinadores.
Blatter é o exemplo fiel destas eminências pardas, economista de profissão, não consta que alguma vez tenha sequer jogado futebol, mas teve o engenho suficiente para durante o consulado de João Havelange saber mover as peças de forma a em 1998 ser eleito o sucessor do brasileiro e manter-se no poder até agora.
O que acontece na FIFA não é de agora, desde há muito que a troca de influências e até a compra de votos principalmente na eleição dos países sede dos mundiais, são muito mais que um rumor, só é difícil de perceber como é que com tanta gente a comentar e a falar do assunto, só agora alguém decidiu tomar medidas.
Ontem a única opinião em contra do que está a acontecer na Suíça veio da Rússia, os dirigentes russos acusam os Estados Unidos de estarem a impartir justiça fora do seu país. Não será por acaso que a eleição da Rússia como organizadora do próximo mundial está no centro do furacão.
A escolha do Qatar como sede do mundial de 2022, um país sem estádios, sem futebol e com temperaturas no verão a rondar os 50 graus, é outro exemplo de como se fazem as coisas na FIFA. Para além do governo do Qatar e dos dirigentes da FIFA, ninguém acha que o mundial se deva jogar lá, mas o certo é que foi este o país eleito, e nem as provas de que os estádios e infra-estruturas estão a ser construídas com recurso a mão de obra escrava, conseguem convencer os todo poderosos senhores que mandam no futebol mundial de que há algo de errado.
Não acredito que o timing escolhido pelas autoridades Suíças e Americanas para deter os suspeitos tenha sido inocente, as eleições da FIFA são amanhã, a prisão de vice presidentes e outros dirigentes destacados da cúpula do futebol mundial deveria ser um sinal claro para Blatter e sus muchachos.
Num mundo normal ante um escândalo como este Blatter, afinal o principal responsável, pediria a demissão e as eleições seriam adiadas até ao aparecimento de candidatos sérios, mas na FIFA e no futebol nada parece ser normal. Não só se mantém as eleições como continua a ser quase garantido que o senhor será reeleito e talvez com uma ou outra mudança de cara, vai ser difícil que quem está preso tome pose nos cargos, tudo continuará igual.
E há quem ache que estas coisas só acontecem por cá.
Jorge Soares