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As mulheres católicas o quê? II

por Jorge Soares, em 18.01.09

Violência familiar

 

Hoje à tarde no Rádio Clube o tema era  a violência familiar, somos um país estranho, por um lado somos pioneiros e dos povos que aderem mais rapidamente a algumas coisas, o multibanco, a internet, o telemóvel, por outro lado há coisas que não mudam, e temas que são tabu.

 

Todos ouvimos falar das vitimas de carjacking, ou do aumento da criminalidade, mas ninguém ouviu falar das 48 mulheres que morreram assassinadas durante o ultimo ano. 48 mulheres é quase uma por semana. Pessoas que morrem por vezes de forma brutal e macabra, mas que por algum motivo estranho não aparecem na abertura do telejornal, ou nas primeiras páginas dos jornais.... parece que há casos em que nos limitamos a olhar para o lado.

 

Morreram duas pessoas em assaltos de carjacking e estivemos dias, semanas a ouvir falar do assunto, morre uma mulher por semana vitima da violência familiar..... e ninguém ouve nada sobre o assunto... alguém me explica o que é que se passa?

 

A propósito do meu post de sexta sobre os comentários de Dom José Policarpo, dizia a minha amiga Flor o seguinte.

 

"Queimada Viva" é um livro que li que me chocou pela brutalidade e falta de dignidade pelo ser humano (neste caso a mulher).
Este relato é feito na primeira pessoa. Não é um crime do passado. É dos nossos dias (como muitos que não tiveram a sorte "se se pode chamar de sorte a sobreviver depois de ser queimado vivo por um familiar" de passarem até nós)!

 

Não li o livro, acredito que reflicta alguns casos reais, há uma ou duas semanas atrás li uma reportagem no Diário de Noticias sobre a violência familiar em Portugal, havia 4 ou 5 relatos impressionantes, deixo aqui uma parte de um deles:

 

Numa discussão meses antes, o marido de Célia matou o cão e disse-lhe que era para não a matar a ela. Mas avisou-a de que seria tão fácil fazê-lo como fez com o animal. Ela já tinha escondido facas, já se escondera com os filhos, mas não descobriu a arma que ele guardava no quarto. No dia 17 de Outubro de 2000, ele não veio jantar. Ela só teve tempo de "arrumar a cozinha e tratar dos três filhos". O homem chegou e mandou-os para a cama. A filha mais nova viu o pai pegar na arma e gritou: "Não mates a mãe, não mates a mãe!" Nada o demoveu. Disparou três tiros sobre a mulher, que "perdeu os sentidos".

 

Isto não é algo que saiu de um livro, é algo que saiu da vida real, algo que se passou no nosso país, com pessoas reais, na reportagem não dizia, mas imagino que seriam católicas e casadas pela igreja.

 

Não faço ideia de quantos casamentos interreligiosos haverá por ano em Portugal, imagino que muito poucos, e entre católicos e muçulmanos haverá no máximo um ou dois, somos um povo racista...essas coisas ainda não acontecem.

 

Sei sim que durante o ano passado morreram 48 mulheres vitimas da violência, atendendo às estatisticas, 95% dessas mulheres seriam católicas e de certeza casadas pela lei da igreja, e disso não ouvi a o cardeal falar, bem pelo contrário, a igreja continua a ser contra o divorcio, continua a achar que a mulher deve ser submissa e aguentar, como sempre aguentou. Em suma, a igreja é cúmplice e fala de coisas que não interessam a ninguém, de coisas que só contribuem para acirrar os ânimos, mas não fala daquilo que realmente interessa..do que realmente se passa no país.

 

Jorge

PS:imagem retirada da internet

publicado às 21:49


20 comentários

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De sininho a 18.01.2009 às 23:14

li queimada vida..é um livro com uma realidade dura..bj
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De Jorge Soares a 20.01.2009 às 22:34

Olá

Ainda não li... tenho que ler um destes dias.

beijinho
Jorge
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De smootha a 18.01.2009 às 23:30

Era mesmo a isso que me referia!
Como se as moças portuguesas só devessem temer os muçulmanos.
Gente reles há em todos os credos.
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De Jorge Soares a 20.01.2009 às 22:34

Olá

Pois, é aí onde quero chegar.... gente reles há em todos os lados...e há quem goste de generalizar.

beijinho
Jorge
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De Zaka a 19.01.2009 às 01:36

E que mais há a dizer?!
Muito bom post!

A minha irmã saíu de um casamento assim... com menos dois dentes, inúmeras nódoas negras e uma perna partida... mas... pagou caro... os filhos ficaram para trás... (e ainda lá estão... :( )
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De Jorge Soares a 20.01.2009 às 22:35

Olá

Não há muito a dizer... ainda bem que a tua irmã saiu a tempo.

Jorge
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De marta a 19.01.2009 às 10:21

Li o primeiro post sobre o tema e li este. E apesar de eu apontar à igreja as falhas que falas, apesar das hipocrisias, apesar do assobiar e olhar para o lado, não posso dizer que discordo das palavras do Cardeal.

Na verdade é uma cultura bem distinta da nossa. Em que a mulher é apenas um objecto que pertence a alguém. À família e mais tarde a um marido. Que dentro da lei mata, apedrejando ou rega com gasolina ou o que quiser. É um bocadinho diferente da violência doméstica. Apesar de também termos casos de gasolinas e ácidos e outros que tais.

É verdade que somos maioritariamente católicos, mas isso é mais por tradição que outra coisa. Os casamentos são na igreja porque a festa é bonita. Convenhamos que dessas 48 mulheres que morreram em Portugal, se 3 ficaram casadas por causa da igreja condenar o divórcio foi muito (sendo que essas 3 já foram demais, sem duvida).
É claro que me enoja que a igreja seja permissiva com a violência doméstica, é claro que me enoja que a comunicação social também o faça, mas a maioria das mulheres que se sujeita à violência, fá-lo pela vergonha, não do divorcio, mas de assumir que é vitima, por razões económicas, por medo de represálias, por medo de perder os filhos... não pela religião.

Não estou de forma nenhuma a desvalorizar a violência doméstica, quem me conhece sabe o quanto sinto o tema, apesar de nunca ter sentido uma bofetada. Mas creio que são temas distintos apesar de não parecer.


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De Jorge Soares a 20.01.2009 às 22:38

Olá Marta.

Nunca fiz 3 posts sobre o mesmo assunto.... há sempre uma primeira vez... vai ser agora.

O que dizes é pertinente, mas estás a esquecer um detalhe, estás a julgar os outros por aquilo que somos.... e nem sempre aquilo que é bom para nós é bom para os outros.... mas vou deixar o meu comentário para outro post.

Beijinho
Jorge
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De S.Tear a 19.01.2009 às 16:51

Existem muitas vitimas de violencia domestica ... acho que é mesmo por vergonha que muitas se calam e deixam os abusos continuar e depois ás vezes acontecem as mortes.

É incrivel a posição da Igreja... ser contra o divorcio mesmo nestas condições.

bj*
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De Jorge Soares a 20.01.2009 às 22:39

Olá

É mesmo terrível, sobretudo porque atrás da igreja vai a comunicação social e a sociedade.... muita gente que se cala, que não v~e, que é cúmplice.

beijinho
Jorge
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De Paola a 19.01.2009 às 20:27

Jorge,

Depois de ler este, e o outro, post posso sentir tristeza... vergonha... e raiva. Muita raiva quando se permitem estas situações. A Igreja, por exemplo, sempre considerou certo... é dever conjugal a total obediência ao marido. Talvez o pior seja o facto de algumas mulheres acreditarem... Nada importa! Somos um país de futebol, Ronaldo, Obama, estádios... liga a televisão e logo vês!!!!

Beijinho
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De Jorge Soares a 20.01.2009 às 22:43

Olá

Somos sobretudo um país que olha muitas vezes para o lado... para não ver, para não ouvir, porque olhos que não vêem, coração que não sente.

Tens razão, é muito triste.

beijinho
Jorge
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De Cátia a 20.01.2009 às 14:54

Olá Jorge,

Vinha comentar este teu post, mas quando li o comentario da Marta, pensei em não o fazer, pois acho que ela já disse tudo! Tanto ela, como eu, já por diversas vezes (ja lhe perdi a conta) juntamo-nos para de alguma forma falarmos sobre a violência doméstica nos nossos blogs. Somos totalmente contra e mete-nos nojo tudo o que se passa no silêncio das "nossas" casas. Mas como ela diz, também não acredito que seja por se terem casado pela igreja, mas pela vergonha e pelo medo. Generalizar e associar uma coisa ha outra se calhar é exagerado...

Quanto às palavras do Sr. Cardeal, vieram na sequência de umas noticias que indicavam a vinda de muçulmanos para a Europa, para casar... Acho que o Sr. Cardeal teve muita coragem em dizer tudo aquilo, mesmo mexendo com sensibilidades das várias comunidades. A verdade é que a "violência" física, psicológica e social praticada por estas comunidades (à luz do que é comum na nossa cultura), é bastante mais aterradora que a violência doméstica (nao desprezando tais gestos e consequências).

Sinceramente acho que é diferente, e não deve ser comparável. São os dois assuntos mt graves, que não poderão e que deverão ser tidos em conta com a mesma preocupaçao, não deve ser colocado no mesmo saco.

Com todo o respeito que sabes que tenho por ti,
Mts beijinhos
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De António Manuel Dias a 20.01.2009 às 18:26

Tens razão, a realidade desses países é muito diferente da realidade do nosso e bastante mais aterradora. No fundo, José Policarpo tem razão ao avisar as mulheres portuguesas quanto aos perigos de casar com um muçulmano e ir viver com ele para o seu país, quando este for um dos países em que as tradições religiosas ainda são para levar à risca. Quanto a isso penso que estamos de acordo.

O problema é que essas palavras foram proferidas enquanto representante da igreja católica e tendo como destino as mulheres católicas, dando portanto a ideia de que a religião católica é melhor que a muçulmana no tratamento das mulheres. Ora, eu penso que a diferença entre os países a que ele se referia e Portugal ou qualquer uma das ditas democracias ocidentais não está na religião maioritariamente professada pelos seus povos mas antes na prevalência que a lei civil tem sobre a religiosa neste último caso. Ou seja, é o estado de direito que faz com que um homem que maltrate a sua mulher ou um familiar que mate uma rapariga por esta se portar mal sejam presos, não a religião católica.

As mulheres católicas devem lembrar-se que se seguissem à risca os ensinamentos da sua religião não teriam direito ao divórcio, nem à contracepção e muito menos à interrupção voluntária da gravidez, fosse em que caso fosse. Nem direito a voto! E devem lembrar-se que teriam de submeter-se aos seus maridos, pais e irmãos e ter sexo apenas após o casamento. E que quando se esquecessem dessas regras se poderiam sujeitar à violência dos seus homens... ou mesmo à morte. E devem lembrar-se que hoje isso não é assim na nossa sociedade, mas tudo isso custou o suor e sangue de muitas mulheres e alguns homens não há muito tempo. E sempre contra a opinião da igreja católica.

É por isto que acho que aquela intervenção de José Policarpo foi um exemplo perfeito de como falando verdade se pode dizer uma mentira.
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De marta a 21.01.2009 às 11:32

Concordo no geral. Não fosse uma palavra de apenas duas letras "se" eu também concordaria que o comentário foi infeliz. SE as mulheres católicas seguissem a religião à letra, ou a interpretação de alguns, acontece que NÃO seguem e face a isso a igreja apesar de espernear, tem-se ido conformando, pelo menos antes deste Papa.
Por isso e, principalmente porque em Portugal é crime o que em muitos países muçulmanos é legitimo, o comentário do Cardeal foi politicamente incorrecto, mas na minha opinião que se lixe, é a verdade!
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De António Manuel Dias a 21.01.2009 às 18:03

Bem, SE as mulheres portuguesas não seguem a religião à letra, NÃO são católicas (ou cometem muitos pecados...), pelo que nesse caso o comentário do cardeal, não se lhes aplica. Como disse atrás, também acho que o que ele disse efectivamente é a verdade, mas o que ele quis dizer, aquilo que está implícito nas entrelinhas por ele ser quem é e pelas destinatárias das suas palavras, é uma grande mentira.
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De Jorge Soares a 20.01.2009 às 22:46

Cátia, respeito mutuo.

Não sei qual a origem dos comentários do Cardeal, mas para mim não fazem sentido... mas como dizia na resposta à Marta, já voltarei ao assunto noutro post.

beijinho
Jorge
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De smootha a 20.01.2009 às 21:08

Chocante, chocante... foi no dia em que me chamaram ao posto a perguntar se eu queria retirar queixa. A sério, fiquei chocadíssima.
Perguntei: "Mas retirar a queixa porquê?", e a resposta do comissário foi esta: "É porque como é hábito as senhoras uns dias depois virem retirar a queixa..."
A sério que fiquei chocada...
Retirar nada! Foi a melhor decisão da minha vida.

Adiante, Jorge: vim aqui para te dizer que passes na Lua, tens lá um pequeno desafio.
Beijinhos
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De Jorge Soares a 20.01.2009 às 22:48

Olá

Pois, chocante mesmo.

Já lá fui:-)

beijinho
Jorge
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De Mané a 19.06.2009 às 16:32

Jesus (Yaohushua) não delegou a sua Igreja Imaculada (Ef.5,27 (http://www.paroquias.org/biblia/index.php?c=Ef+5#27)) a Pedro.
Os que pretendem afirmar-se como sucessores de Pedro é que dizem isso, como que puxando a brasa à sua sardinha, para dominarem os outros.

YaohuShua começou, sim, a construir a sua Igreja com «pedras» semelhantes a «Pedro»
« sobre esta pedra (http://www.paroquias.org/biblia/index.php?c=Mt+16,18) »

Assim como você precisa das chaves da sua casa para entrar nela, também «Pedro» e todos os outros precisam de chaves para entrar na Igreja de Cristo.

Não compete sequer a Cristo escolher os membros da sua Igreja nem determinar os lugares destinados a cada membro, mas sim ao Pai (Mateus 20,21-23 (http://www.paroquias.org/biblia/index.php?c=Mt+20,21-23). Continue a ler a partir do verso 23 (http://www.paroquias.org/biblia/index.php?c=Mt+20,23-28).

Quando as igrejas começam a lutar por uma supremacia, querendo mandar uns nos outros é o que acontece: INDIGNAÇÃO (http://www.paroquias.org/biblia/index.php?c=Mt+20,24).

Veja o caso de Diotrofes (1 João 9-12 (http://www.paroquias.org/biblia/index.php?c=3+Jo+1,9-12))


Os Apóstolos não deixaram sucessores. Apenas Judas. O sucessor de Judas foi Matias (Actos 1 (http://www.paroquias.org/biblia/index.php?c=Act+1,15-24)). Para ser nomeado Apóstolo era necessário ter acompanhado Cristo desde o seu baptismo até a sua subida ao céu.

Quanto aos bispos. No princípio, não havia bispos diocesanos em que um manda em muitas paróquias e tem os "padres" como seus subordinados. No princípio havia Igrejas locais tendo cada uma vários bispos (episcopos = presbíteros). Faziam parte do corpo que superintendia a congregação. Por isso não sucediam uns aos outros, mas o número de bispos em cada congregação (igreja local) aumentava ou diminuía, consoante as contingências. Quando era nomeado (ou chegava) mais um era apenas mais um que se juntava aos já existentes nessa igreja local. Quando um partia o número apenas diminuía.

As coisas mudaram muito ao longo dos tempos e corromperam-se.

Em vez de seguirem as recomendações do Mestre «se quiseres ser o primeiro faz-te o servo de TODOS» (Mateus 23,11 (http://www.paroquias.org/biblia/index.php?c=Mt+23,8-12))

Leia todo o cap 23 de Mateus (http://www.paroquias.org/biblia/index.php?c=Mt+23).

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