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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem do Público
Sim, eu fui um dos que aderiu no site da Deco, um dos 500 mil, aderi porque achei que era uma ideia interessante e porque acreditei que dali ia realmente sair algo de positivo.. Como a muita gente achei que umas centenas de milhares de clientes seria algo apelativo para as empresas eléctricas.
Achei um bocado estranho quando li que a EDP estava a ponderar se participaria ou não no leilão, na altura a coisa já ia em mais de 300 mil inscritos e não estava a ver como é que eles tinham dúvidas... . A DECO é uma associação de defesa do consumidor, é verdade que também é aquela empresa que semana sim semana não, me inunda a mailbox com spam, mas pronto, pareceu-me que esta vez, spam à parte, até poderia sair de ali algo positivo... engano meu.
Hoje saiu a público que a DECO, a associação de defesa do consumidor, tinha umas letras pequeninas no leilão, sim, devem ser letras pequeninas , porque quando eu me inscrevi não vi referência a isso em lado nenhum..e sim, se tivesse visto não sei se me inscrevia, letras pequeninas que diziam que a empresa vencedora teria que pagar 15 Euros por cada contrato assinado. Ora, 15 Euros vezes 500 mil contratos são qualquer coisa como... mais de sete milhões de Euros.
É claro que ter ideias custa dinheiro.. mas 15 Euros por contrato?... se tivessem pedido 1 euro por contrato eram 500 mil Euros... uma pipa de massa, até era coisa que se aceitasse, mas 15 Euros?
É claro que com este valor, os fornecedores eléctricos foram desistindo e no fim restou uma empresa no leilão... ora, para mim um leilão com um único licitante tem outro nome, adjudicação... e toda esta história do leilão eléctrico passou a anedota.
Não sei que preços terá a empresa vencedora, mas aposto que arranjo mais barato na concorrência.. e mesmo que não arranje, eu não gosto de ser tomado por parvo, se alguém quer ganhar dinheiro à minha custa, faz favor de me avisar primeiro, já basta o spam.
Update: Hoje anunciaram os valores apresentados pela Endesa, no meu caso e como tenho tarifa bi-horária, teria uma desconto de 1,5 %, ou seja, quase podia dizer que os 15 Euros que a Deco embolsaria se eu assinasse o contrato seriam mais que o que eu iria poupar.. ridículo.
Jorge Soares
O seguinte texto é uma adaptação do «Auto da Barca do Inferno» de Gil Vicente, feita por três alunos do 9º D da Escola EB23 Dra. Maria Alice Gouveia, de Coimbra numa aula de Português. Gonçalo, Filipe e Carolina estão no 9º ano e tiveram direito a uma publicação na biblioteca digital da escola que merece ser partilhada:
Vem Miguel Relvas conduzindo aos zigue zagues o seu Mercedes banhado a ouro e sai do carro com o seu diploma na mão. Chegando ao batel infernal, diz:
RELVAS – Hou da barca!
DIABO – Ó poderoso Doutor Relvas, que forma é essa de conduzir?
RELVAS – Tirei a carta de scooter e deram-me equivalência. Esta barca onde vai hora?
DIABO – Pera um sítio onde não hai contribuintes para roubar!
RELVAS – Pois olha, não sei do que falais… Quantas aulas eu ouvi, nom me hão elas de prestar?
DIABO – Ha Ha Ha. Oh estudioso sandeu, achas-te digno de um diploma comprado nos chineses ao fim de três aulas?
RELVAS – Um senhor de tal marca não há de merecer este diploma?
DIABO – Senhores doutores como tu, tenho eu cá muitos.
Miguel Relvas, indignado com a conversa, dirige-se ao batel divinal.
RELVAS – Oh meu santo salvador, que barca tão bela, porque nom eu dir eu nela?
ANJO – Esta barca pertence ao Céu, nom a irás privatizar!
RELVAS – Tanto eu estudei, que nesta barca eu entrarei.
ANJO – Tu aqui não entrarás, contribuintes cortaste, dinheiro roubaste e um curso mal tiraste.
Relvas, sem alternativa, volta à barca do Diabo.
RELVAS – Pois vejo que não tenho alternativa. Nesta barca eu irei…Tanto roubei, tanto cortei, não cuidei que para o inferno fosse.
DIABO – Bem vindo ao teu lar, muitos da tua laia já cá tenho e muitos mais virão. Entra, entra, ó poderoso senhor doutor magistrado Relvas. Pegarás num remo e remarás com a força e vontade com que roubaste aos que afincadamente trabalharam.
Gonçalo, Filipe e Carolina
Turma 9º D
Escola EB23 Dra. Maria Alice Gouveia
Coimbra
Quem diz que a juventude está perdida? com jovens como estes algo resta de esperança para o futuro deste pais.
Jorge Soares
Imagem de aqui
De certeza que na Austrália não conhecem o nosso ditado popular "Trabalho é trabalho conhaque é conhaque". O caso é relativamente simples. Durante uma viagem profissional, uma funcionária pública australiana conheceu um senhor, uma coisa levou à outra e terminaram numa cama de hotel.
Durante a relação sexual, que não sabemos se terá sido muito ou pouco atribulada, um candeeiro desprendeu-se da parede e feriu a senhora que para além das marcas físicas, ficou com graves sequelas emocionais que a tem mantido afastada do trabalho.
Como a coisa se deu durante uma viagem profissional, a senhora alega que os ferimentos físicos e emocionais são produto de um acidente de trabalho, isto apesar de não constar que a senhora fosse uma trabalhadora sexual. Como tal, todos os custos decorrentes do mesmo, incluindo as faltas ao emprego, deverão ser pagos pelo seguro da entidade empregadora, neste caso o estado Australiano.
Levado o assunto ao tribunal, um juiz acaba de decretar que sim senhor, há lugar aos pagamentos, porque independentemente do lugar e das circunstâncias do lamentável (ou não ) acidente, este se deu durante uma viagem profissional.
Pensando bem, imaginemos que o candeeiro lhe tinha caido encima quando ela estava simplesmente a dormir sozinha na cama do hotel.. seria ou não acidente de trabalho?.... ou que ela tinha escorregado ao entrar no hotel e tinha partido uma perna?.. a diferença é ela não estar sozinha na cama?
Trabalho é trabalho,.. neste caso, sexo é trabalho!
Jorge Soares
Imagem do Blog Pedro Rolo Duarte
A imagem correu mundo, e não é para menos, um polícia apalpado por uma beldade no meio de uma multidão não é algo que se veja todos os dias...
Divulgada até à exaustão (mea culpa também) na blogosfera e no facebook, aquela fotografia tirada por José Manuel Ribeiro tornou-se o símbolo da luta contra a austeridade e a TSU. A beldade, Adriana Xavier de seu nome, teve direito aos seus cinco minutos de fama, com direito a entrevistas em tudo o que era meio de comunicação.
Na altura a Jonas reparou num detalhe importante e neste post perguntava-se se "o Policia tinha mel", já que circulavam pela net não uma, mas duas miúdas giras a apalpar em momentos diferentes o mesmo policia no meio da multidão.
Curiosamente, na altura não li nem ouvi ninguém a queixar-se ou a burlar-se das entrevistas que a menina Sónia deu aos vários jornais e outros meios de comunicação, mas bastou que aparecesse uma entrevista um bocadinho mais cor de rosa na revista Lux, para que caísse o Carmo e a trindade...e já todo mundo, acha que todo aquele apalpanço ao polícia teve pouco de revolucionário e inocente e muito de falso....
Não li a entrevista na revista cor de rosa, não faço ideia se as repostas foram mais para o inteligente ou mais para o estilo Casa dos Segredos, mas juro que não percebo qual é a diferença entre aquelas entrevistas aos vários jornais diários e esta.
De resto, com tantas mulheres a quererem apalpar o senhor polícia, o que eu não entendo é porque é que ninguém até agora o quis entrevistar, era giro ouvir o outro lado da história de tanto apalpanço... não?
Jorge Soares
Update: Já estava nos comentários do Post da Jonas, que eu não tinha lido, aparentemente não foram duas raparigas a abraçar o Polícia, foi a mesma que primeiro posou de cabelo comprido e depois de cabelo apanhado... vá lá a gente perceber porquê. O meu obrigado ao anónimo que nos esclareceu
A notícia é do Correio da manhã e portanto vale o que vale. Hoje à hora do almoço reparei na capa do jornal em cima de uma mesa "Morto em assalto deixa 4 `viúvas´".. quatro?... e achava a malta que o Otelo com as suas duas famílias é um homem de coragem... afinal, parece que há quem tenha ainda mais coragem
O senhor ali da fotografia era assistente de voo na TAP e foi morto a tiro quando tentava impedir que assaltassem a sua mulher... bom, pelos vistos não era a sua mulher, era só uma das suas mulheres.
O assaltante foi capturado no mesmo dia do assassinato e está a ser julgado no tribunal de Sintra, acontece que na hora de apresentação de familiares ao tribunal, não só apareceu a senhora que foi assaltada, como apareceram, até agora, mais três senhoras que reclamam,supõe-se que com provas, que viviam em união de facto com o senhor.
É claro que o facto de em vida o senhor ser abastado ,de não ter filhos nem mais herdeiros conhecidos e de se prever que o tribunal venha a condenar o assassino ao pagamento de uma indemnização à família, deve ter algo a ver com este súbito aparecimento de viúvas.
Há tanta gente que não consegue conviver em paz com uma... e este senhor dava-se ao luxo de manter pelo menos 4 mulheres, aparentemente felizes, na sua vida.. é obra...e digno de um qualquer super homem.
Jorge Soares
PS:Sim, eu sei, é um post parvo, mas estou farto da crise, do governo, da TSU... farto.
Imagem do Facebook
Lá vamos nós ficar com o jantar estragado, porque é que o raio do gajo não anuncía as medidas a meio da tarde ou a meio da manhã à hora da missa? Sempre se poupava uma pipa de massa em medicamentos para a indigestão.
Sobre a ideia de apresentar estas coisas em dia de jogo de futebol com o Luxemburgo já nem falo, recuso-me a acreditar que não seja coincidência... recuso-me a acreditar que quem está à frente de um país ao borde do precipício se lembre que existe o futebol...... sim, eu sei, sou um lírico.
Jorge Soares
Imagem de Terra
Acreditem ou não, a fotografia acima é a de uma família feliz, a bébe do centro, branca e de olhos azuis, chama-se British Nmachi Ihegboro é o rebento mais novo do casal Angela e Benjamin Ihegboro e irmã das duas outras crianças.
Apesar de ter pais negros oriundos da Nigéria e sem ascendentes brancos, Nmachi, que significa "beleza de deus", nasceu no Sul de Londres, loira e de olhos azuis. A mãe considera este nascimento um milagre de deus e o pai, que confia plenamente na sua mulher, diz sem margem para dúvidas que a criança é sua filha.
Já o professor Bryan Sykes, director de Genética Humana da Universidade de Oxford, chamou o nascimento de "extraordinário", já que este tipo de situações costuma acontecer nos casos em que os pais tem algum tipo de ascendência genética branca, o que não é o caso destes pais oriundos da Nigéria.
Toda esta história fez-me lembrar uma anedota que li há muito tempo atrás, acontecia numa aldeia africana e tinha como protagonistas um padre, o único branco da aldeia, um bebé branco e um rebanho de ovelhas brancas com umas crias negras. Terminava assim:
- Está bem padre, eu não falo a ninguém dos seus encontros com a minha mulher e o senhor não fala a ninguém dos meus encontros com as ovelhas.
Confesso, tive algumas duvidas na forma de encarar este assunto, não me conseguia decidir se devia valorizar a confiança cega do pai na mãe da criança ou o facto de em casos como estes os genes não explicarem tudo... a menos claro que alguém peça uma análise de ADN.
Uma coisa é certa, duvido que neste caso alguém tenha tido alguma duvida sobre se o rebento era mais parecido com o pai ou com a mãe... é que basta olhar para a fotografia para se perceber logo que ela é igualzinha aos irmãos.... ou não!
Update: A maioria das pessoas tem o mesmo pensamento que eu tive, a criança é albina, no entanto, em várias das noticias que referem o caso pode ler-se o seguinte: Segundo os especialistas do Hospital Queen Mary, a menina não é albina
Jorge Soares
Imagem do Público
O senhor ali da fotografia chama-se Jean-Marc Ayrault, e é o Primeiro Ministro Francês, a França tem um primeiro ministro?, hoje o senhor foi notícia não pelas qualidades políticas das suas propostas ou por alguma decisão que tenha tomado, mas porque parece que em Árabe a palavra Ayrault significa pénis.
Sabendo nós o sensível que os árabes são a estas coisas, principalmente quando elas vem do ocidente, dá para perceber as dores de cabeça que estão a ter neste momento os responsáveis das redacções dos meios de comunicação por esse oriente fora.... cheira-me que o senhor não vai ser notícia muitas vezes . Não é que o Primeiro Ministro Francês seja notícia muitas vezes... mesmo por cá raramente ouvimos falar dele.. chame-se como se chame.
Mesmo assim tem mais sorte que Akbar Zeb, diplomata do Paquistão que foi rejeitado em vários países do médio oriente porque em Árabe do médio oriente o seu nome significa “a maior pila”....
Isto fez-me lembrar uma ex colega da minha meia laranja que é oriunda da Venezuela e é professora na Universidade do Algarve, de vez em quando esquecia que a palavra "Pila" tem significados diferentes em Castelhano e em Português e nas aulas de informática passava a vida a tirar e a colocar coisas na pila, em vez de na pilha.... estão a ver a cara dos alunos?
Jorge Soares
Imagem da internet
— Onofre, acabei de pegar teu exame. O médico disse que você vai morrer em uma semana.
— Hein?! O quê?!
— Você morre terça feira que vem. Dia 25. Dia do soldado.
— Mas... que coisa horrível!
— Horrível por quê? Melhor que morrer, sei lá, no dia do Índio. No dia da Secretária. No dia do Ginecologista.
— Meu Deus! Vou morrer em uma semana e você me conta assim, na bucha, sem me preparar?
— Deixa de ser infantil, Onofre. Você não é prato de bacalhau pra eu te preparar.
— Uma semana... Eu estou chocado! Se bem que...
— O quê?
— Quer saber? De certa forma foi bom saber logo. Assim aproveito o tempo que resta. Vou viajar, beber e comer tudo que eu tenho direito.
— Aí é que está, Onofre. Você vai ter que fazer dieta.
— Dieta?!
— Pra emagrecer. O caixão que a gente tem não é seu número. Com essa barriga, você não entra naquele ataúde de jeito nenhum. Só entra de lado. Você quer ser enterrado de lado, Onofre?
— Claro que não! Mas... não dá pra trocar de caixão?
— É da loja do teu primo. Fui do médico direto pra lá, e foi o que ele me deu. Ele só trabalha com modelagem única e a gente não tem dinheiro pra comprar outro.
— Mas não é justo! Tenho que fazer regime na última semana da minha vida?
— E ginástica. E cooper. Talvez até balé — que só regime não vai dar conta dos 15 quilos que você precisa perder. Já te matriculei numa academia.
— Mas...
— Outra coisa. Não esquece de começar a convidar as pessoas pro velório.
— Eu?!
— É, ué. Não é você que vai morrer? Era só o que me faltava... você é que vai morrer e eu é que tenho o trabalho... Aliás, por falar em trabalho, arranja um bico extra essa semana pra conseguir dinheiro — pra pagar a dívida do mercado.
— Peraí... regime, ginástica, e agora... trabalho extra? Eu estou doente, estou cansado!
— Deixa de frescura, Onofre. Daqui a uma semana você vai ter tempo de sobra pra descansar. E se eu não pagar essa dívida, o seu Joaquim disse que me mata.
— Ele disse isso?
— Disse. E pode me matar em menos de uma semana. E aí eu vou ser enterrada no seu caixão. E você fica sem dinheiro pra comprar outro caixão. E aí você não vai ser enterrado. Vai ficar por aí, pelas ruas, em processo de decomposição.
— Meu Deus!
— Mais uma coisa. Você vai ter que visitar a tia Augusta.
— Ah, não! Visitar a tia Augusta não! Estou brigado com ela, você sabe disso.
— Vai na quinta feira. Já marquei.
— Assim não dá! Eu, pensando que ia passar uma semana boa, tranqüila, esperando pra morrer... mas nada. Já vi que vai ser um inferno. E se eu não for na casa da tia Augusta?
— Ela vai se sentir culpada por não ter feito as pazes antes de você morrer. E vai acabar morrendo de desgosto.
— E eu com isso? Não quero saber.
— Não quer saber? Acontece que está provado que uma pessoa leva, em média, uns seis meses pra morrer de desgosto.
— E daí?
— Daí que daqui a seis meses é o casamento da tua filha. E se a tua tia morrer, a gente vai ter que adiar o casamento. E se a gente adiar é capaz do noivo desistir de casar. Se ele desistir, tua filha vai ficar arrasada e pode sair por aí namorando o primeiro que aparecer na frente. E o primeiro que aparecer na frente pode ser um drogado. E tua filha pode virar uma drogada. E daí para o crime e para a prostituição é um passo. E daí ela pod...
— Chega! Eu vou visitar a tia Augusta!
— Ótimo.
— Que mais? O que mais você quer que eu faça nessa semana? Já tá perdida mesmo...
— Mais nada. Só cavar sua cova — pra economizar no coveiro, que coveiro está saindo pela hora da morte.
— Deixa eu anotar, senão esqueço... com tanta coisa... Cavar a cova.
— E não esquece de, no dia da tua morte, ir pro lugar do velório cedo. Pra morrer lá mesmo... pra gente também economizar no transporte do corpo. Vai de ônibus.
— Mas...
— De preferência atrás, agarrado no pára-choque, pra não pagar.
— É uma boa... No pára-choque. Só uma coisa. Uma dúvida.
— Fala.
— E se, por um acaso... eu não morrer?
— Tá maluco, Onofre? Depois desse trabalhão todo? Nem pensa nisso! Esquece essa possibilidade!
— É que de repente...
— De repente uma pinóia! Vê lá, hein, Onofre? Não vai me fazer a gracinha de aparecer no teu velório... vivo!
Elisa Palatnik
Retirado de Releituras