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A morte de Beatriz será em nome de que deus?

por Jorge Soares, em 02.06.13

Beatriz

 

Imagem do Público

 

No Jornal diz "Tribunal protege a vida de Beatriz e do seu filho" Beatriz é uma jovem mulher de El Salvador, está grávida de 24 semanas, tem uma doença auto-imune chamada lúpus que lhe está a causar graves problemas renais e que põe a sua vida em risco. Tem também pré-eclampsia, uma doença que pode surgir durante a gravidez ou logo após o parto e que se caracteriza por hipertensão, retenção de líquidos e ainda um excesso de proteínas eliminadas pela urina.

 

Afectado pela doença de Beatriz, o feto desenvolveu-se sem uma parte do cérebro e portanto na melhor das hipóteses sobrevirá umas horas após o nascimento, isto se Beatriz cujo estado de saúde se deteriora dia após dia, conseguir sobreviver até ao momento do nascimento.

 

No El Salvador o aborto é completamente proibido, mesmo o aborto terapêutico nos casos em que está em perigo a vida da mulher.

 

Levado o caso até ao tribunal supremo, este proibiu o aborto, o que na prática não é mais que uma condenação de Beatriz à morte, dada a pouca probabilidade que com o seu debilitado estado de saúde ela consiga sobreviver até ao momento do parto.

 

É nestas alturas e perante casos como este que me pergunto que sentido faz tudo isto?  Percebo que exista quem em nome princípios morais e/ou religiosos seja contra o aborto e contra o livre arbítrio das mulheres sobre o que devem ou não fazer com o seu corpo, não partilho desses princípios mas tento entender e respeitar... mas que sentido faz colocar em causa a vida de uma jovem de 22 anos quando não há a menor hipótese de salvar o filho que ela leva no ventre? Para que sacrificar duas vidas quando se pode salvar uma?

 

Qual é o preceito moral ou religioso que explica que Beatriz tenha que morrer só porque algumas pessoas não abdicam dos seus princípios?

 

A maioria das pessoas que é contra o aborto fala de salvar vidas, qual é a vida que se salva neste caso? 

 

As últimas noticias falam de uma esperança para Beatriz, uma ministra salvadorenha encontrou um artifício que permitirá fazer um aborto com outro nome, mas no caso que ela venha a morrer entretanto, alguém acredita que a sua morte seja em nome de deus? A sério alguém acredita que existe um deus que prefere que morram dois seres em lugar de salvar um? Qual deus?

 

Jorge Soares

publicado às 21:35

 

A Endometriose é uma doença muito comum que afecta 1 em cada 6 mulheres que estão na idade reprodutora. Cerca de 80% destas mulheres apresentam como principal sintoma a Dor. As restantes 20% apresentam em primeiro lugar infertilidade.
Esta é uma doença feminina socialmente expressiva devido ao impacto que causa na vida da mulher, no entanto, é ainda muito pouco conhecida e divulgada em Portugal. Para além do desconhecimento da sociedade de um modo geral, são poucos os especialistas devidamente qualificados para lidar com esta patologia o que leva a que em média o seu diagnóstico demore cerca de 8 anos.
O endométrio é a parte do revestimento interno do útero que no ciclo menstrual sofre um processo cíclico de regeneração e descamação provocando a menstruação. Quando as células que compõem o endométrio se encontram fora da parte interna do útero e se implantam noutros locais dá-se o processo de Endometriose.
A Endometriose é uma doença progressiva que pode levar ao mau funcionamento de vários órgãos  e provocar quadros de dor muito elevados o que impede muitas mulheres de fazerem a sua vida de forma normal. 
Quando a Endometriose está num estado inicial estas alterações são sentidas com mais intensidade apenas durante o período menstrual, no entanto, com o passar dos anos e o evoluir da doença são muitos os casos em que a mulheres sentem alterações e perdem a sua qualidade de vida antes, durante e após a menstruação.
Sintomas
Dor abdominal
Esta dor pode ser sentida antes, durante e após a menstruação. Na maioria dos casos são dores muito fortes, que causam muito desconforto e que muitas vezes impedem a mulher de estar na posição vertical, sentido necessidade de se "encolher" ou deitar na posição "fetal".
Alterações intestinais
Um dos muitos sintomas da Endometriose são as alterações intestinais. As alterações referidas podem variar entre estados de diarreia e obstipação. São muitos os casos em que os dois sintomas aparecem no mesmo dia, com diferença de poucas horas. Este sintomas são geralmente acompanhados de cólicas fortes. Para além do referido, em algumas mulheres ocorre libertação de muco intestinal que é também muito incomodativo, bem como de sangue nas fezes.
Dor nas relações sexuais 
Infelizmente, o acto sexual nem sempre é sinónimo de prazer. Para muitas das portadoras de Endometriose a dor durante as relações sexuais é bastante comum. A dor profunda e intensa na penetração deve-se essencialmente à existência de tumores de Endometriose no septo recto-vaginal ou nos ligamentos útero-sagrados (ligamentos posteriores do útero). Nas mulheres que também sofrem igualmente de síndrome do cólon irritável a dipareunia é um dos sintomas típicos.
                                                                                                                 
Cansaço extremo
São muitas as mulheres com Endometriose que se queixam de cansaço anormal e injustificado. Um sono pouco reparador que leva a "acordar já cansada", sensação de corpo quebrado e pernas muito pesadas sem um motivo aparente são apenas algumas das queixas referidas pelas pacientes com Endometriose. Existem vários casos em que associada à Endometriose surge a Fibromialgia, não havendo ainda muitos estudos significativos neste campo.
Menstruação Abundante e Irregular
Muitas das mulheres com Endometriose que não tomam a pílula anti-concepcional nem usam qualquer dispositivo, apresentam uma menstruação com um fluxo demasiado abundante que dura vários dias. São também vários os casos em que o período menstrual é muito irregular, chegando a mulher com Endometriose a não menstruar durante dois meses.

Problemas de Rins/ Bexiga
A Endometriose pode também causar alterações ao nível da bexiga e dos rins. Infeções urinárias frequentes, com possível sangramento na urina (hematúria), durante ou fora do período menstrual e dor ao urinar (disúria) são os sintomas mais frequentes. Estes sintomas podem ser acompanhados de febre moderada. Estas alterações são muitas vezes descritas como "peso nos rins". Em casos menos frequentes a endometriose ao invadir os ureteres, pode levar à paragem total e irrecuperável dos rins.
Falta de apetite/Enjoos
Durante o período menstrual para as mulheres que sofrem de Endometriose, é também normal sentir alguns enjoos e perder o apetite. Ambas as alterações podem ser consequência das fortes dores provocadas pelos sintomas anteriormente referidos. 
Infertilidade
Apesar de ainda tão desconhecida a Endometriose é uma das maiores causas de Infertilidade feminina. Muitos são os casos em que a Endometriose só é diagnosticada após a procura da causa da infertilidade. 

 

Outros sintomas
Para além de todos os sintomas abordados anteriormente, algumas mulheres apresentam ainda barriga inchada, dores/picadas nos ombros, dificuldades respiratórias e ciatalgias.
Ausência de Sintomas
É de salientar ainda que, enquanto a grande maioria das mulheres que sofre de Endometriose apresenta grande parte dos sintomas referidos há uma pequena percentagem que, de forma inexplicável, não apresenta qualquer sintoma.
Para além da dor física as mulheres portadoras de Endometriose apresentam um sofrimento psicológico muito elevado. Sendo esta uma doença desconhecida e pouco valorizada pela sociedade de um modo geral, as suas portadoras são pouco compreendidas pelos seus familiares e amigos. 
São ainda muitos os casos em que estas mulheres para além de viverem com dores agonizantes, se vêm obrigadas a “saltar” de médico em médico na procura de um diagnóstico e de respostas para um quadro que nada tem de normal, como muitos afirmam.
Diagnóstico
A Endometriose pode ser diagnosticada com o auxilio de alguns exames específicos tais como Ressonância Magnética, Clister Opaco ou Colonoscopia, Ecografia Pélvia, entre outros. Normalmente os exames são prescritos tendo em conta os sintomas apresentados pela doente.
Sendo esta uma doença que pode ser controlada quando diagnosticada, seja por via cirúrgica ou medicamentosa, é importante estar atento aos seus sinais, dar-lhes o devido valor e consultar um especialista na doença.

Post do MulherEndo

publicado às 21:13

Hiperactividade, a visão de uma professora

por Jorge Soares, em 16.12.11

Hiperactividade

 

Imagem minha do Momentos e Olhares

 

Em todas as profissões há melhores e piores profissionais, os professores não são excepção, à medida que os nossos filhos vão crescendo vamos tendo a consciência plena disso, nós já passamos por quase tudo, desde a menina que achava que qualquer criança que saía um bocadinho da norma dela era um problema, tinha que ser avaliada e se possivel medicada, até à senhora professora à moda antiga, super disciplinadora, que levava a turma com mão de ferro, mas que olhava para qualquer diferença, cor da pele incluída, de lado, passando pela professora que tinha consciência plena do problema e que sabia como lidar com ele.

 

Com o tempo a sensação que fica é que a maioria não sabe ou não quer saber, já seja porque não se preocupa, porque simplesmente desistiram, ou porque se acham acima do problema... felizmente há excepções,.... hoje a Marta deixou-me um comentário ao meu post sobre a hiperactividade de terça-feira passada que não posso deixar de partilhar porque é importante termos a visão do outro lado. Obrigado Marta.

 

 

Jorge:
Voltei aqui porque este é um tema que me toca e gostaria de deixar aqui umas palavras, ainda que breves que o tempo é de avaliações e, DT de uma turma complicada, o tempo voa.


Já fui professora de vários alunos com as mesmas características do teu filho e este ano, tenho outro menino que,como referes, tem uma dificuldade enorme em se concentrar e trabalhar com algum silêncio. E, refira-se, em deixar trabalhar a turma.


Se é um desafio? Enorme e saberás melhor do que eu do que falo, mas é preciso nunca esquecer que não é algo intencional, muito menos reflecte directamente pouca vontade de colaborar.


Ou de aprender.


É mesmo mais forte que eles e, portanto, por muito difícil e exigente que seja no dia a dia, há que contextualizá-lo.


A maioria dos professores entende, conhece as particularidades desta doença e trabalha no sentido de os integrar e minimizar os impactos para ele e para os outros. E tudo deve ser feito no sentido de os incluir e socializar, eu sei.


Este meu aluno deste ano, passa ainda pelo processo de divórcio altamente litigioso entre os pais e, portanto, pedir-lhe que se acalme assemelha-se uma quase impossibilidade. Como directora de turma e receptora de todas as queixas, procuro ser assertiva e escolher os momentos que pedem, de facto, uma intervenção minha ou uma convocatória dos EE à escola. 


Até agora tenho conseguido atenuar os percalços e "acalmar" os ânimos , os do menino inclusivé.


Posso dizer-te que até a técnica da respiração abdominal e umas noções de Yoga tenho sugerido e treinado na turma e ele sempre participa na medida que vai conseguindo... Tem sido engraçado vê-lo tentar ficar quieto e, pelo canto do olho, ir olhando para os outros ;)


Outro dia desapareceu a meio da aula e fui dar com ele debaixo da banca do laboratório. Tive que conter-me muito para não rir (não fossem os outros querer imitá-lo depois), porque ele é muito engraçado.


Há que entender as características e as dificuldades que uma criança dessas passa, há que olhar com atenção os seus olhos e perceber que, às vezes, eles não conseguem nem ter os olhos focados num mesmo objecto por mais que uns segundos...


É um verdadeiro jogo de paciência, de harmonização entre interesses que se chocam e as necesidades de pedagogia diferenciada destas crianças. E tentamos corresponder.


Mas depois são todas aquelas pressões de cumprimentos de programas e metas de aprendizagem e sucesso educativo...E avaliações cegas.E toneladas de papéis que nos tiram energias...


Estamos atentos Jorge e tenho a certeza que muitos pensam (e agem) como eu.


Desculpa-me o lençol,mas tinha que dizer algo e tentar ser solidária com pais que nos pedem ajuda.


Nesse caso, contigo.

 

Marta M 

 

Jorge Soares

publicado às 22:15

Crianças hiperactivas

 

Imagem minha do Momentos e Olhares

 

De vez em quando fico a pensar que os professores do meu filho deviam passar um fim de semana com ele... um fim de semana em que ele não tomasse a medicação, um ou dois dias em que pudessem lidar com o normal de uma criança com esta doença, talvez assim percebessem que não, que eles não são assim porque são malcriados, que não são assim porque são do contra, ou porque não lhes apetece fazer o que o professor manda.

 

Talvez se eles vissem e sentissem como é difícil para estas crianças estarem un segundo quietas, se vissem e sentissem o que passam alguns pais todos os dias, tentassem olhar para o assunto de outra forma e não tentassem resolver tudo com castigos, faltas disciplinares e baixas notas.

 

O N. desde o segundo ano que está sinalizado com hiperactividade, défice de atenção e dislexia, desde essa altura que a escola tem conhecimento e que ele está sujeito a apoio e condições especiais de avaliação de acordo com  o Decreto-lei 3/2008.

 

A lei diz que após a notificação, deverá ser elaborado um plano de apoio e avaliação específico e de acordo com as necessidades, a verdade é que salvo raras excepções, a maioria dos professores insiste em ver o assunto como um problema disciplinar e muito raramente elaboram planos de avaliação específicos. 

 

Num destes dias o N. teve uma prova de avaliação de matemática que para além de ocorrer ao fim da tarde, quando já passou o efeito da medicação, tinha mais de 40 alíneas... é claro que correu muito mal, mas havia alguma hipótese de correr bem?

 

Um dos maiores problemas do N. é com o inglês, apesar das muitas horas de estudo em casa, do apoio no centro de estudo e das aulas, não conseguiu fazer nada no teste... crianças hiperactivas e com dislexia dificilmente conseguem decorar... quando a P. tentou falar com a professora esta insistiu em que o problema era falta de estudo... e ela nem acreditava que ele tivesse dislexia.... Fantástico, andamos nós anos a gastar rios de dinheiro em especialistas, ele foi testado e avaliado por especialistas em dislexia, por psicólogos, por pedo-psiquiatras... e agora aparece uma professora de inglês que mandou esta gente toda às urtigas.. porque ela é que percebe do assunto... e avalia-o como a todos os outros alunos.

 

Infelizmente não há forma de contornar os horários das escolas, o horário é à tarde e não há volta a dar, dar-lhe a medicação a meio do dia está fora de questão, porque nesse caso, para além de que não consegue estudar ou fazer o que quer que seja durante a manhã, à noite não dorme. Resta-nos tentar que a escola entenda o problema e que aplique o que está na lei de modo a minimizar o problema, infelizmente a grande maioria dos professores insiste em olhar para estas crianças de lado, sem entender que o que ali está é uma doença como outra qualquer, não é um problema disciplinar. Ou será que como dizia a minha meia laranja um destes dias:

 

Será que chamam:

um pai de um filho cego para se queixarem que ele não vê para o quadro?

Um pai de um filho surdo para se queixarem que ele não ouviu a campainha do recreio, ou um ditado?

Um pai de um filho paraplégico para se queixarem que ele não conseguiu correr os 100 metros ?

Um pai de um filho com muletas para se queixarem que ele é sempre o último a entrar?

 

Então porque é que se chama todas as semanas um pai de um filho hiperactivo com défice de atenção para se queixarem

- que ele não está quieto na carteira

- que ele se distrai com facilidade

- que ele se esquece dos tpcs ?????

 

Jorge Soares

publicado às 22:31

Bendito preservativo que tiras a SIDA ao mundo

por Jorge Soares, em 06.12.10

Bendito preservativo que tiras a SIDA do mundo

 

Encontrei a noticia no Público, o Cartaz acima faz parte de uma campanha  da Juventude Socialista da Andaluzia que foi preparada para o Dia Mundial contra a Sida.  É uma imagem forte e como seria de esperar, parece que está a causar um enorme burburinho em Espanha. Eu sou leitor habitual tanto do El Pais como do El Mundo, dois jornais de referência no país vizinho, curiosamente não tinha visto nada sobre este assunto... o tema do momento para nuestros hermanos é mesmo a paralisação "selvagem" dos controladores aéreos.

 

Quando fui ao El Pais à procura desta noticia, encontrei uma outra que diz o seguinte: A média de positivos com HIV nas análises feitas a jovens, multiplicou por 5 desde  2004.

 

A mesma noticia diz que a média de positivos em Madrid em jovens entre os 13 e os 20 anos passou de 1,8 em 2004 para 9,7 % em 2009. A noticia termina com uma chamada de atenção para a deficiente educação sexual entre os jovens que os está a levar a seguir comportamentos de risco... lá como cá!

 

Quando pensamos em 10% de jovens infectados entre os que fazem as análises, se calhar olhamos para o cartaz e já não o achamos assim tão violento, não acham?

 

Esta é a realidade Espanhola, alguém acredita que em Portugal é diferente?

 

 

Toma medidas, Utiliza-o

 

 

 

Prevenção é preciso, educação é preciso.. campanhas como esta, fortes, directas, são definitivamente precisas.

 

Jorge Soares

publicado às 21:56

Hiperactividade ou falta de educação?

por Jorge Soares, em 07.06.09

 

Hiperactividade ou falta de educação?

 

Na sexta, este post do Cocó na fralda chamou a minha atenção, a minha e a de muita gente, é um tema complicado. A fronteira que separa o problema de saúde da falta de educação é muitas vezes muito ténue  e há coisas que estão na moda, uma delas é ao menor desvio levar a criancinha ao especialista.

 

Eu tenho dois filhos em idade escolar, já conheci várias professoras, e muitas crianças e tenho uma opinião formada sobre este assunto.. é claro que ela vale o que vale, não sou médico nem especialista em nada disto... sou só pai e uma pessoa bastante observadora.

 

O que tenho observado é que há uma enorme desresponsabilização por partes de pais e professores, as crianças são medidas por parâmetros, e tanto pais como professores gostam de criancinhas perfeitas, tudo o que sai do normal é rapidamente enviado para especialistas, que claro, detectam de imediato um problema qualquer que deve ser tratado.

 

A R. sempre foi uma criança feliz e de trato fácil, quando chegou à escola não teve problemas nenhuns de aprendizagem e nunca tivemos queixas sobre o seu comportamento, ela absorve tudo o que lhe passa à volta e segundo algumas professoras, só não é uma aluna excepcional porque é completamente distraída... até quando escreve. Para azar dela, no primeiro e segundo ano apanhou uma professora picuinhas, ela tem a letra horrível, não consegue manter um caderno limpo e organizado e a professora decidiu que aquilo não era normal, vai de aí decidiu marcar uma reunião connosco e sugeriu que a levássemos a um especialista. É claro que disse que não, ela é boa aluna, aprende bem e rapidamente. No ano a seguir trocamos a miúda de escola e assunto resolvido.

 

Com o N. as coisas não são tão fáceis, quando começaram os problemas na escola, achamos que ele precisava de mão dura e controlo... quando as coisas continuaram, aqui o céptico teve que se render à evidência, e quando o segundo especialista diagnosticou o as mesmas coisas, tivemos que nos conformar. Défice de atenção e dislexia,... mas acreditem que não foi fácil convencer uma professora rigorosa e à antiga, ela durante muito tempo achava que era fita do miúdo.

 

Mas é claro que no meio de tudo isto há muitas falhas de educação, por muito hiperactiva que seja uma criança, quando eu leio isto:

 

- Acho que chega a um restaurante e pega nos pratos, de uma ponta da mesa à outra, e atira-os para o chão, estilhaçando tudo.

 

Ou o seguinte que li neste blog

 

A festa começou no carro, eles lembraram-se de disputar o lugar do condutor e o avô não achou piada nenhuma...acabamos por perder mais de trinta minutos, com o carro na torreira do sol, tentando sentar os diabinhos nas respectivas cadeirinhas....o melhor que conseguimos foi um Rafa sentado no banco mas sem cinto e um Quico sentado no chão do carro, entalado entre os bancos....pronto, sei que não iam em segurança mas pelo menos estavam no carro!!

 

O que vejo aqui é falta de educação, as crianças até podem ser hiperactivas, mas desculpem lá, mesmo as crianças hiperactivas necessitam de controlo por parte dos pais. As crianças hiperactivas, para além de tratamento, necessitam de mão  firme, deixar que uma criança chegue a um restaurante e desate a partir pratos ou admitir que elas viajem como lhes apetece no carro é irresponsabilidade por parte dos pais.  Lá por as criancinhas serem doentes não se pode permitir tudo, até porque elas vão sempre explorar os limites e vão querer sempre ir mais longe, e ou colocamos rédea curta... ou acontece o que vimos escrito ali em cima. 

 

Peço desculpa se estou a ser injusto com alguém, mas fala a minha experiencia de pai e muitas vezes uma palmada dada na hora certa evita muitos problemas no futuro.

 

Hiperactividade ou falta de educação?... ambos!!!!

 

Jorge Soares

 

 

publicado às 21:43


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