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Madeira, o jardim da desonestidade

por Jorge Soares, em 18.09.11

Passos Coelho e Alberto João Jardim

Imagem retirada do Arrastão

 

Para termos a noção do que estamos a falar quando se fala do buraco que se acaba de descobrir na Madeira, é uma quantia equivalente a uma vez e meia o que o estado vai arrecadar com o imposto extraordinário que nos vai levar metade do subsidio de natal. São quase 1200 milhões de Euros que foram utilizados à revelia e escondidos do resto do país. Uma boa parte deste dinheiro deveria ter aparecido nas contas de 2009 e 2010, ou seja, quando por cá já se apertava o cinto e se exigiam sacrificios e cortes, o governo da Madeira olhava para o lado, fingia que não era nada com ele, sendo que o seu presidente até ia mandando umas farpas sobre a forma como se governava em Lisboa.

 

Veja-se por onde se veja, tudo isto é sinal de uma enorme desonestidade, uma desonestidade que nos vai ficar muito cara a todos, porque esse dinheiro vai ter que sair de algum lado e não vai ser de certeza absoluta dos bolsos de quem andou a enganar o país. Ao contrário do que dizia Alberto João Jardim ontem algures na campanha eleitoral, a Madeira não está rica, está completamente falida e quem vai pagar por isso vão ser os meus impostos, os impostos de todos nós.

 

Convém recordar que Alberto João Jardim é candidato ás eleições regionais pelo PSD, candidatura que mesmo depois de tudo isto se mantém e de parte do partido do governo não ouvimos uma critica. É muita falta de vergonha de João Jardim, do PSD e do primeiro ministro que dia sim dia também anuncia mais um imposto, mais uma medida, mais um sacrifício, mas que é incapaz de num caso como este mostrar ao país que a situação económica está acima dos interesses partidários. Enquanto os jornais internacionais fazem titulos com Madeira, a ilha desonesta, por cá olha-se para o outro lado e mais uma vez tudo isto irá ficar impune.

 

O PSD e o Primeiro Ministro Passos Coelho, não só não tomam medidas como contribuem para que o senhor esteja no poder mais 5 anos e assim continue a pôr e dispor do dinheiro que não é dele, é de todos nós. E viva a falta de vergonha e a desonestidade politica.

 

Jorge Soares

publicado às 21:40

Que falta de vergonha tem estes senhores

 

Alberto João Jardim e Miguel Mendonça foram notificados pela Caixa Geral de Aposentações (CGA) para devolverem os valores das pensões que acumulam com as respectivas remunerações pelo exercício do cargo, respectivamente, de presidente da Assembleia Legislativa e do Governo Regional. Mas não são os únicos.

 

Há uns dias a Madeira foi noticia porque no dia da Autonomia as Bandeiras da Flama apareceram um pouco por todo o lado. Para quem não sabe a FLAMA-Frente de Libertação do Arquipélago da Madeira, é um movimento que reclama a independência para a região. Quando li a noticia o primeiro que me veio à cabeça foi, é pá, que bela ideia..a quantidade de dinheiro que se poupava.

 

O orçamento de estado de 2011 prevê transferências de perto de 300 milhões de Euros para a Madeira, eles ganhavam a independência, a malta livrava-se do João Jardim e poupava 300 milhões de Euros... não estava mal visto não senhor.

 

Hoje a Madeira é noticia porque os políticos madeirenses, João Jardim incluido, ao contrário dos do continente, continuam a acumular chorudas pensões de reforma com os salários de governantes e negam-se a devolver os valores já recebidos indevidamente.  Ou seja, enquanto em nome da crise que nos afecta a todos, milhões de portugueses viram primeiro o seu salário reduzido, impostos e serviços aumentados e agora ficaram sem 50% do subsidio de natal, na Madeira há uns senhores que acham que a crise é uma coisa lá do continente, que não é nada com eles e portanto não tem porque os afectar.

 

É evidente que estamos a falar de uns míseros milhares de Euros, um valor cujo efeito será zero nas contas públicas, mas é uma questão de principio e  de justiça. É preciso ter uma enorme falta de vergonha para numa altura como esta em que todos temos que fazer sacrifícios, virem estes senhores que deveriam dar o exemplo, armarem-se em prima donas acima da lei e de todos os restantes portugueses.

 

Depois de coisas como esta, Independência para a a Madeira Já!!!

 

Jorge Soares

publicado às 21:41

 

 

Sou só eu que acho que este senhor é um idiota? eu também acho que os paparazzi são uma praga, mas há um preço para a fama e para os milhões e não é de certeza com ameaças e chantagens que ele vai conseguir o que quer que seja, até porque os paparazzi estão-se de certeza a marimbar para o Porto Santo e Portugal

 

Ver noticia no ionline

Jorge Soares

 

 

publicado às 14:44

João Jardim e os roubos d eigreja

 

Imagem do Público

 

É uma medida que no seu conjunto irá poupar ao estado umas poucas centenas de milhar de Euros.. umas gotas no grande oceano das contas nacionais.. mas que para nós, que temos todos os dias que apertar o cinto porque os impostos não param de aumentar, enquanto os salários na melhor das hipóteses não diminuem.. tem um enorme significado moral.

 

Porque é da mais elementar justiça que alguém que serve o estado porque quer, não receba a duplicar ou em casos como o de Cavaco Silva a triplicar. Era uma medida que já pecava por tardia.. assim como peca por muito tardia o facto de não haver um limite máximo para  o valor das reformas.

 

O estado decidiu que a partir de e Janeiro, não vai ser possível acumular salários do estado e reformas, como disse antes, uma medida da mais elementar justiça. Só vai para a politica quem quer, as pessoas devem encarar os lugares de governo como uma missão e não como mais uma forma de ter mais uma remuneração.. quem não está de acordo com esta medida tem uma saída muito simples, abandonar os cargos e passar a viver da reforma dourada que a maioria tem. Haverá de certeza muita gente capaz que estará disposta a ocupar os seus lugares.

 

Mas basta uma medida destas para saber o que faz correr as pessoas, como podemos ler nesta noticia do Público, há quem ache mal...Alberto João Jardim acumula uma reforma de 4400 Euros por mês com o salário de presidente de governo... e quem sabe com quanto mais em ajudas de custo... e acha que esta medida é um acto de gatunos. O estado está-se a preparar para roubar os pobres reformados que ocupam os cargos politicos.

 

Dr Alberto João, na minha terra costuma-se dizer que quem está mal, muda-se...  faça lá um favor à Madeira, ao País e a todos nós... não se deixe roubar ..  deixe lá o lugar a alguém que não  o queira pelo valor do salário.. alguém que queira governar pelo bem da Madeira e do país... pode ser? olhe que já vai tarde.

 

Jorge Soares

publicado às 22:01

Não, não aconteceu nada!

por Jorge Soares, em 26.02.10

Não, não me aconteceu nada

 

Imagem do Público

 

“Não aconteceu nada.” Repito e repito a quem liga. Estou intacta, os “meus” estão intactos, suponho que não aconteceu nada.

 

Mas é um “nada” cheio de pessoas desaparecidas, é um “nada” repleto de cadáveres sujos, é um “nada” com muitas despedidas, com filhos perdidos, com mãos vazias.

 

E, sim, tenho lama até à cintura e pedregulhos no coração. E à noite, entre sonhos e pesadelos, tenho a casa inundada, filhos a escaparem-me dos braços e gritos maternos ecoam-me no peito e caem no colo saqueado.

 

E, sim, quando a chuva cai, em gotinhas miudinhas e inofensivas, não consigo respirar, vejo-me presa no carro vazio e sou arrastada para o fim do mundo e nada me prende e morro uma e outra vez.

 

E, sim, de vez em quando, vou a correr para casa e espero que ela lá esteja, rezo para que ela lá esteja, que as fotos de quem eu era, de quem os avós eram, esses que já cá não estão, lá estejam. Porque tenho medo de não ter mais passado, de sucumbir no meio da lama, da terra, do entulho e de me tornar invisível. Medo de acordar e já não existir.

 

E, sim, quando ando na rua olho de soslaio a ribeira, que vai murmurando baixinho, e as montanhas imponentes, que recortam o céu, e já não lhes adivinho nenhuma beleza…oiço-as troçar de mim, dos que choram, dos que partiram, dos que ficaram.

 

E, sim, a cada passo que dou, as pontes e as estradas parecem abrir buracos e as fendas invisíveis atormentam-me e não me surpreenderia cair no vazio e perder-me de mim, dos outros e não mais me encontrar ou ser encontrada.

 

E, sim, espero que me salvem e admira-me que me vejam a lama até à cintura, os pedregulhos na alma e não chamem ninguém para ajudar, espanta-me que na minha casa, inundada e vazia, não haja bombeiros atarefados, jornalistas curiosos a relatar ao mundo a tragédia que me assolou, que nos assolou a vida.

 

Parece que as ruas vão ficando limpas, algumas…e parece que decretaram que temos de sorrir e acenar e andar e comer e trabalhar e, de novo, sorrir e até, quem sabe, rir.

“Não, não aconteceu nada.”

 

Texto escrito e enviado por Lena Câmara Pacheco

Advogada/Madeira

 

Via Meninos de Ninguém

publicado às 17:15

Tragédia na Madeira

Imagem do Público

 

O que aconteceu na Madeira é lamentável, é sempre de lamentar quando se perdem vidas humanas, e na Madeira perderam-se muitas vidas humanas em poucos minutos.

 

É evidente que o nosso planeta está a mudar, podemos achar que as noticias sobre o aquecimento global e as alterações climáticas são mais ou menos exageradas, mas a verdade é que assistimos cada vez mais a fenómenos extremos, fenómenos que cada vez nos afectam de forma mais próxima e violenta.

 

Tenho estado a acompanhar as noticias através da televisão, hoje estive em casa e as imagens que nos vão chegando são sem duvida impressionantes e brutais.  Agora é hora de confortar os afectados, reparar os danos e seguir em frente, porque a vida segue sempre.

 

É claro que nestes dois dias as opiniões sobre o que aconteceu e sobre as suas causas, são mais que muitas, 99% das opiniões apontam para além da chuva, a incúria de quem decide. O 1% restante vem de uma única voz, alguém que para além de não aceitar as opiniões dos técnicos, diz que não fez nada de mal e que vai continuar a fazer o mesmo....  esta afirmação é para além de irresponsável, criminosa!

 

Ontem um dos repórteres mostrava uma rua convertida em rio e alguém dizia que aquele era o leito do  original do  rio, só que alguém o tinha desviado e encanado há uns anos, e no antigo leito do rio havia agora uma rua e muitas casas,  que evidentemente foram destruídas pela força das aguas que voltaram ao seu leito natural.

 

Este é o exemplo típico de aquilo que aconteceu na Madeira, leitos de rios desviados ou fechados entre 4 paredes, todo o espaço de cheia ocupado com ruas, casas, rotundas e até edifícios com um rio que os atravessa.... 

 

Se isto não é incúria, é o quê? Que o Sr. Alberto João Jardim é arrogante e desbocado nós já sabíamos, o que não sabíamos é que também é cego... sim, porque não há pior cego que o que não quer ver.

 

Por certo, ontem ao fim do dia havia 40 mortos declarados, durante a amanhã passou para 42, entretanto encontraram mais 5 de uma família que foi esmagada por uma grua...mas a contagem continua em 42..... não foi o Salazar que mandou mentir sobre os mortos das cheias na Lezíria?

 

Mas o que aconteceu na Madeira deveria de servir-nos a todos de exemplo, porque PDM's desrespeitados e/ou desenhados ao gosto do freguês imobiliário, há em todo o país.... assim como chuva, rios e ribeiras.

 

Podem ver neste post, como podem ajudar a Madeira.

 

Jorge Soares

publicado às 21:38

Alguém viu por aí uma crise?

por Jorge Soares, em 29.12.09

Onde está a crise?

Imagem da internet

 

Durante pouco mais de um ano a crise não saiu das nossas vidas, crise, desemprego, empresas em falência técnica, salários em atraso, crise, empresas que fecham, crise, crise nas vendas de carros, crise nos empresários hoteleiros, crise nas empresas publicas, crise nas empresas privadas .... enfim, crise em todo lado... mas, eis senão quando (estava mortinho por utilizar esta expressão) parece que o espírito natalício resolveu o problema, senão vejamos:

 

Hoje no público, a noticia era esta:

 

Na radio ouvi um empresário de hotelaria do Algarve dizer que as ocupação é superior à dos dois últimos anos..., crise, a Madeira está vendida a 100%, não há lugares para o Brasil..crise.
Nestes dias vi uma reportagem na RTP em que entrevistavam uma serie de pessoas que faziam compras de roupa para utilizar a noite da passagem de ano, o vestido mais barato custava para cima de 150 Euros, a isso havia que juntar os sapatos e mais algumas coisas,.. que a malta gosta de entrar no  novo ano a estrear tudo... Ora se ao gasto na farpela juntarmos o custo da noite num sitio qualquer fino... que ninguém gasta os dois olhos da cara em trapos para passar o ano na rua... eu diria que a coisa não fica por menos de 500 Euros... ora, crise.. A Jornalista não perguntou, mas não me pareceu que os proprietários das lojas estivessem com ar de quem está em crise....
Estamos a falar da classe média, que é quem ocupa os hotéis no Algarve e na Madeira e enche os aviões para o Brasil,.. ora, ou eu não percebo nada disto, ou esta classe média passou ao lado da crise. Isto para já não falar que durante este mês se bateram todos os recordes em levantamentos de dinheiro e compras com multibanco.... esta é uma crise estranha, uma crise em que existe uma enorme disponibilidade de dinheiro a circular....
Ou a malta é muito optimista e acredita mesmo no governo que diz que saímos da crise... ou eu não percebo nada disto... mas, alguém viu por aí uma crise?
Jorge Soares

publicado às 21:20

JARDIM QUER PROIBIR COMUNISMO EM PORTUGAL

 

Aqui há uns dias todos ficamos indignados, eu incluído,  com um ministro que resolveu que no parlamento o que ficava bem era a tourada.... o homem demitiu-se de imediato e não faltou em Portugal e no mundo quem falasse do assunto. É claro que toda a oposição foi unânime e até o presidente da República veio a terreiro mostrar a sua indignação.

 

Dito isto, ante uma proposta que prevê:

 

"proibir o comunismo na Constituição, a exemplo das “organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista”. Retirado desta noticia do Público.

 

O que diz o PSD nacional?, e o que dirá o Sr. Presidente da República? o que diz a Dona Manuela Ferreira Leite?

 

Segundo a mesma noticia do Público, olham para o outro lado.

 

O que vale ao Alberto João, é que felizmente e ao contrário do que ele desejaria, ainda vivemos em democracia... e portanto ele pode fazer e dizer todos os disparates que lhe apetecer... que nós olhamos para o lado.

 

 Jorge Soares

publicado às 14:15

Algures no meio do atlântico....

por Jorge Soares, em 07.11.08

 ..... há bananas.

 

É difícil fugir ao tema nacional da semana, na Madeira as coisas azedaram, depois de um deputado da nova Democracia ter chamado fascistas aos membros do governo e da maioria do PSD, estes últimos tiveram por bem mostrar que ele tinha razão e vai daí decidiram que ele não era bem vindo no parlamento, e contra todas as leis, suspenderam o mandato do deputado acusador e impediram a sua entrada no edifício da assembleia.

 

Hoje o Alberto João Jardim numa das suas habituais tiradas disse que Portugal era um pais de chinelos... porquê?, porque existem leis que impedem que se faça justiça e que o senhor da Nova Democracia seja julgado como ele acha que deve ser.

 

Evidentemente o que o deputado da Nova democracia fez é um completo exagero e não deve passar impune, mas cada vez que olho, acho que a Madeira está mais perto de ser uma Republica das bananas. ....nós por cá sorrimos enquanto o Presidente da Republica e o governo, fingem que não é nada com eles....... falta muito para o carnaval?

 

Jorge

 

 

publicado às 22:23


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